NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: NO MEIO DO CAMINHO... MUITAS PEDRAS. Nara Caetano Rodrigues Universidade Federal de Santa Catarina



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Transcrição:

NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: NO MEIO DO CAMINHO... MUITAS PEDRAS. Nara Caetano Rodrigues Universidade Federal de Santa Catarina Resumo: Neste painel, pretendo discutir o uso das novas tecnologias da informação e da comunicação na educação, com o objetivo de investigar como os professores de ensino fundamental e médio estão vendo a utilização das tecnologias na sua prática educacional. Em um primeiro momento, será feita uma reflexão sobre a inserção de alguns recursos tecnológicos nas escolas com fins educativos e a reação causada no ambiente escolar bem como sua interferência na mudança no papel do professor. Posteriormente, serão analisados os dados obtidos por meio da aplicação de um instrumento de pesquisa em uma escola pública federal de Florianópolis, a fim de traçar um panorama dos recursos tecnológicos e ambientes virtuais mais utilizados pelos/as professores/as, bem como dos fatores que impedem ou dificultam o uso das tecnologias na prática docente desses profissionais. Palavras chaves: novas tecnologias, formação de professores, infra-estrutura, educação básica. 1 Introdução Os profissionais da educação defrontam-se hoje com exigências de ordens diversas no sentido de incorporarem à sua prática em sala de aula as novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs). Documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que se apresentam como diretrizes norteadoras do ensino, recomendam o uso dessas tecnologias na escola. Tais documentos certamente exercem influência na atuação docente, mas é da relação cotidiana com os alunos que vem a demanda às vezes, impiedosa e até mesmo pouco criteriosa pela diversificação de recursos e aproveitamento das possibilidades desses nas atividades educacionais. Muitos dos alunos da escola pesquisada são representantes de uma geração que incorporou naturalmente as novas tecnologias como o computador e o telefone celular a sua rotina, seja no lazer, na comunicação pessoal ou nas tarefas da escola. (Sem esquecer, no entanto, que esta não é a realidade dos alunos da maioria das escolas brasileiras.) Embora reconheça que as novas tecnologias foram desenvolvidas principalmente para a modalidade de ensino a distância, Masetto (2004, p. 152) ressalta que elas "cooperam para o desenvolvimento da educação em sua forma presencial (fisicamente), uma vez que podemos usá-las para dinamizar nossas aulas em nossos cursos presenciais, tornando-os mais vivos, interessantes, participantes, e mais vinculados com a nova realidade de estudo, de pesquisa e de contato com os conhecimentos produzidos." Cabe ressaltar que a abordagem aqui proposta não envolve as tecnologias como recurso ou mediação para o ensino a distância (EAD); uma vez que o público pesquisado é composto por professores de educação básica, o foco da presente discussão está centrado no uso das tecnologias da informação e da comunicação como recurso ou mediação complementar no ensino presencial.

Para problematizar tema tão polêmico, inicialmente se faz necessário refletir um pouco sobre a chegada das TICs às escolas e as mudanças provocadas no ambiente escolar e no papel do professor. Posteriormente, a partir da análise dos dados coletados junto a professores do Colégio de Aplicação-CED/UFSC, procuraremos situar a questão nesse contexto particular (ensino fundamental e médio), a fim de ter um panorama dos recursos tecnológicos mais usados na escola, dos ambientes virtuais utilizados pelos/as professores/as e dos fatores que impedem ou dificultam o uso das tecnologias na prática docente desses profissionais. O instrumento de pesquisa, composto por 10 questões, foi elaborado pela pesquisadora para desenvolver a presente pesquisa e encontra-se em anexo. Embora neste painel sejam discutidas apenas parte das informações, os dados foram documentados e poderão ser analisados em trabalhos futuros. 2 "Por mares nunca dantes navegados..." Muito se tem debatido, principalmente nas últimas duas décadas, a respeito do uso das novas tecnologias da informação e da comunicação nas escolas. Entretanto, a discussão envolvendo educação e tecnologia não é tão recente e não teve início com a expansão ("popularização"?) do acesso aos computadores pessoais. A tecnologia, em muitos momentos, foi responsável pelo surgimento de novas formas de acesso ao conhecimento. Segundo Niskier (1993, p. 40), a radiodifusão com finalidades educativas, nasceu no Brasil, em 1923, quando foi fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que transmitia programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, de línguas, de literatura infantil entre outros. Mais tarde, surgiu a Teleducação, cuja experiência mais significativa o Telecurso 2º grau teve início em 1977, numa parceria entre a fundação Roberto Marinho e a Fundação Padre Anchieta. (NISKIER, 1993, p. 73). O termo teleducação passou a ser adotado, em 1969, na Conferência Internacional dos países membros da OEA, e abrange atividades educativas por rádio, televisão e outros meios audiovisuais a distância. (NISKIER, 1993, p. 42) Já o uso da informática na educação passou a ser objeto de estudo ainda no final da década de 1970, por meio do projeto EDUCOM (Educação com Computador) o qual constituiu-se como "a primeira ação oficial e concreta para levar os computadores até as escolas públicas." (TAJRA, 1998, p. 14) Com o intuito de avaliar a contribuição do computador no processo pedagógico, segundo Carneiro (2002, p. 49), "no início da década de 80, começa a desenvolver-se a Política de Informática Educativa (PIE), caracterizada por atividades de pesquisa e seminários de discussão em pequena escala." A autora aponta o PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação), criado em 1997, pelo Ministério da Educação, e os PCN, como manifestação da preocupação do governo brasileiro com o uso das novas tecnologias nas escolas. Dentre as razões oficiais para a implantação dos computadores nas escolas, Carneiro (2002, p. 50-51) destaca a aproximação da escola dos avanços da sociedade no que se refere ao armazenamento, à transformação, produção e transmissão de informações; a diminuição da lacuna existente entre o mundo da escola e a vida do aluno o que diminuiria também "as diferenças de oportunidade entre a escola pública e a particular, cada

vez mais informatizada". Ela admite esse dado como verdadeiro, entretanto, ressalta que "pouco se discute quais os modos de informatização que estão sendo trabalhados e com que finalidade." Assim, o universo das novas tecnologias da informação e da comunicação apresenta-se ou impõe-se, nesse momento, como um imenso oceano, ainda inexplorado, desconhecido para muitos educadores; fascinante e cheio de possibilidades para outros. Há pouco mais de uma década, Niskier (1993, p. 100) apontava como principal motivo de resistência por parte dos professores a possibilidade de os mesmos serem substituídos pelos recursos tecnológicos "O uso do computador na educação está em plena ascensão em diversos países. O receio inicial de que a máquina poderia vir a substituir o professor aos poucos está sendo desmistificado." Uma década depois, Carneiro (2002, p. 23) também discute a história recente da criação e utilização dos computadores e a sua imagem associada aos objetivos bélicos e à automação industrial, com o trabalho humano sendo substituído por enormes máquinas, gerando desemprego. Blikstein e Knörich (2003, p.23) comparam as novas tecnologias da comunicação e da informação com os cantos das sereias as quais seduzem e encantam, para depois devorar sem piedade suas presas. As primeiras vítimas das encantantes melodias das novas tecnologias teriam sido os profissionais da informática, do comércio eletrônico e os web-jornalistas; o próximo alvo das sereias seriam os educadores. Na sua opinião, o maior problema é o fato de que as novas tecnologias são vistas como possibilidade de solução para todos os problemas da educação. Kenski (2003, p. 70) reconhece que, na maioria das escolas brasileiras, as tecnologias digitais de comunicação e de informação "são impostas, como estratégia comercial e política, sem a adequada reestruturação administrativa, sem reflexão e sem a devida preparação do quadro de profissionais que ali atuam." Ela destaca que é preciso, além da infra-estrutura tecnológica, que o propósito da escola seja revisto, que sejam discutidas questões estruturais como: "Que tipo de aluno vai ter acesso a esses meios? Com que finalidade? Ensinar computação ou ensinar com o auxílio do computador? Que alterações curriculares acarretarão essas transformações? Que formação será necessária aos professores que vão atuar com os novos meios?" (p. 75) Com relação à formação adequada dos professores, a autora (p. 76-80) também ressalta que os programas aligeirados de preparação docente para o uso das novas tecnologias são falhos, instruem sobre o uso das máquinas sem outro tipo de apoio para criar novas possibilidades pedagógicas, o que gera insatisfação tanto para professores como para alunos. Ela cita estudos que apontam para um período de capacitação que compreende até 4 ou 5 anos para que o professor possa desenvolver novas habilidades de ensino, utilizando a tecnologia como ferramenta. Na sua opinião, não é suficiente os professores terem o conhecimento instrucional de como operar novos equipamentos para utilizarem esse novo meio como auxiliar para transformar a escola. Dada a complexidade do meio tecnológico as atividades de aproximação entre docentes e tecnologia devem ocorrer, de preferência, nas licenciaturas e nos cursos de pedagogia. Masetto (2004, p. 133) problematiza o uso da tecnologia como mediação pedagógica no processo de aprendizagem, começando pelo fato de que, por muito tempo, se acreditou que educar significava transmissão de conhecimento organizado e sistematizado de diversas áreas e exigência de memorização e reprodução (nas provas)

das informações passadas. Outro aspecto que, segundo o autor, contribuiu para a desvalorização/rejeição da tecnologia em educação é a sua associação às experiências vividas nas décadas de 1950 e 1960, em decorrência da imposição do modelo tecnicista bastante criticado pelos educadores da época. Não obstante esses problemas com a tecnologia, Masetto (2004, p. 136-137) menciona fatos que realimentam a discussão sobre a mediação pedagógica e uso da tecnologia. Começando pelo surgimento da informática e da telemática que proporcionaram inúmeras possibilidades de acesso ao/construção do conhecimento, utilizando uma enorme diversidade de recursos multimídia e as novas formas de interação a distância via internet. O autor fala também da recente abertura no ensino superior para a formação e desenvolvimento das competências pedagógicas dos professores universitários. Ao buscar a formação pedagógica de que necessitam, professores de diversas áreas, mestrandos e doutorandos de diversos programas "ao mesmo tempo em que buscam novas metodologias de aula, procuram também a discussão de seus papéis como professores e da maneira como se relacionam com seus alunos em aula, como motivá-los etc."(masetto, 2004, p. 138) Com a mudança no papel do professor, de especialista que possui e transmite o conhecimento para o de mediador, incentivador e orientador no processo de aprendizagem, surgem novas exigências para o profissional que vai atuar como mediador pedagógico (MASETTO, 2004). A seguir serão analisadas as respostas de um grupo de professores/as de educação básica sobre o uso de novas tecnologias na educação e os obstáculos que os impedem de incorporar tal uso em sua prática. 3 Perfil do grupo pesquisado A fim de ter a opinião de profissionais da educação que estão em sala de aula, foi aplicado um instrumento de pesquisa constituído por questões abertas e fechadas, divididas em duas partes: 1ª) identificação e 2ª tecnologias da comunicação e da informação. Com base nas respostas fornecidas, é possível traçar um perfil do grupo pesquisado: é composto por 9 professores e 23 professoras que atuam no ensino fundamental e no ensino médio. Assim o universo de atuação desses profissionais vai desde o público infantil (07 anos), passando pelo público adolescente, indo até o público jovem (18 anos). Os participantes da pesquisa possuem uma formação bastante diversificada, atuando como professores de: Educação Física, Língua Portuguesa, Inglês, Espanhol, Arte; História, Geografia, Sociologia; Ciências Biológicas e Física; Séries Iniciais. Também participaram especialistas que atuam na Orientação Educacional e na Supervisão Escolar. Quanto à situação funcional, 26 são efetivos (81,25%) e 06 são substitutos (18,75%). A data de ingresso na instituição vai de 1974 a 2005 e o ano de conclusão da graduação vai desde 1968 a 2005, ou seja, há profissionais com mais de 30 anos de experiência e recém formados que estão em sua primeira experiência profissional. A escola pertence à rede pública, vinculada a uma universidade federal, possui cerca de 900 alunos e 110 professores, desses 32 participaram da pesquisa, o que corresponde a 29% do total. Segundo os dados, os professores possuem a seguinte titulação máxima: 04 graduação (12,5%); 03 especialização (9,37%); 20 mestrado

(62,5%) e 05 doutorado (15,62%). 4 Tecnologias da Comunicação e da Informação: Com a palavra os/as professores/as... A partir das respostas fornecidas no instrumento de pesquisa, foi possível obter depoimentos que permitem: a) ter um panorama dos recursos tecnológicos mais usados na escola, quais os ambientes virtuais utilizados pelos/as professores/as e os fatores que impedem ou dificultam o uso das tecnologias na prática docente desses profissionais; b) conhecer a opinião do grupo pesquisado sobre as características necessárias ao professor/a para a utilização das tecnologias com fins educacionais; c) saber quais são, para o grupo, os aspectos positivos e os negativos da utilização das tecnologias na educação; d) conhecer alguns posicionamentos/comentários do grupo sobre o assunto da pesquisa que não estavam topicalizados nas questões feitas. A fim de centrar o foco da análise no mapeamento dos recursos e ambientes virtuais mais utilizados ou não utilizados, foi necessário fazer um recorte nas informações fornecidas nas respostas. Assim, neste artigo, será abordado apenas o primeiro tópico, referentes ao uso das tecnologias e aos fatores que levam ao não uso. 4.1 Recursos tecnológicos utilizados pelos/as professores/as Com base nas respostas dadas, percebe-se que os recursos tecnológicos mais utilizados nas atividades com alunos por aproximadamente 70 a 80% dos/as professores/as são o videocassete, o DVD, o data-show, aparelho para CD e o televisor. O computador aparece em 6º (sexto) lugar, 53,12% disseram utilizar o computador na prática docente. Já os recursos como gravador, filmadora e rádio foram citados por 25% ou menos dos/as professores/as. Vale destacar que 96,87% informaram ter conhecimento de que a escola dispõe de computadores em rede, entretanto pouco mais da metade diz fazer uso de tal recurso em suas aulas. O mesmo percentual que diz utilizar ambientes virtuais para desenvolver atividades envolvendo os alunos. Esse dado contrasta com os 96,87 que diz utilizar ambientes virtuais para atividades como comunicação pessoal, atualização, formação e lazer. 93,75% dos/as professores/as fazem uso do e-mail e 90,62% dizem utilizar a rede para atividades pessoais, entretanto apenas 43,75% dos/as professores/as informaram utilizar esses ambientes virtuais (e-mail e rede) para desenvolverem atividades com os alunos. 4.2 Fatores que impedem ou dificultam o uso das tecnologias Dentre os/as 13 professores/as (40,62% do total) que disseram não utilizar nenhum ambiente virtual para atividades com alunos, o motivo recorrente em cinco das justificativas foi a falta de infra-estrutura na escola, como se pode ver nos depoimentos de P2 O Colégio não está adequadamente equipado. E de P11 Não dispomos de laboratório multimedia, então o único modo possível é trabalhar via e-mail com os alunos que tenham internet em casa.

Esse dado se confirma na questão específica sobre os fatores que impedem ou dificultam o uso das tecnologias na prática docente dos informantes; o fator assinalado por 20 professores/as (62,5% do total) faz uma referência genérica à falta de equipamento adequado no local de trabalho. Para reforçar tal aspecto, 05 dos/as 07 professores/as que acrescentaram outros fatores à relação fornecida também fizeram referência a problemas de infra-estrutura, conforme se pode observar nas respostas de P27 Não há no CA um lab. de informática c/ PCs em rede que possibilite um trabalho c/ 25 alunos simultaneamente. E de P30 Pouco tempo disponível para uso do auditório (datashow). O segundo item mais assinalado para indicar os fatores que impedem ou dificultam o uso das tecnologias também está relacionado à infra-estrutra, mais especificamente à falta de pessoal para o apóio técnico: 15 professores/as (46,87% do total) assinalaram que não há profissionais na instituição para o apoio técnico necessário. O terceiro fator mais indicado como impedindo ou dificultando o uso das tecnologias na prática docente desloca a questão do âmbito da instituição para o âmbito do individual: 11 professores/as (34,37% do total) assinalaram o item não tenho o conhecimento necessário para utilizar esses recursos. Como defende Kenski (2003, p. 71), "para que a escola possa estar conectada ao ambiente tecnológico das redes é preciso, antes de tudo, possuir a infra-estrutura adequada: computadores em número suficiente, de acordo com a demanda prevista para sua utilização; modems e formas diversificadas e velozes de conexão (via telefone, cabo, rádio...)." Segundo a autora, as questões estruturais estão diretamente relacionadas com o modelo de educação tecnológica que a escola pretende oferecer aos seus alunos. Essa definição, por sua vez, passa por questões como: se a escola pretende ensinar os alunos a lidar com o computador ou vai ensinar com o computador? Tipo de equipamento a ser adquirido? Quantidade? Condições de uso? Espaços? Apoios técnicos disponíveis? Manutenção e assistência técnica dos equipamentos? Ou seja, se a opção for pelo ensino com computador, segundo Kenski (2003, p. 72), essa escolha interferirá em toda a lógica do ensino e da ação docente. Por outro lado, os/as professores/as que participaram da pesquisa apresentam um excelente nível de formação aproximadamente 80% possui Mestrado ou Doutorado, entretanto apontaram a carência do conhecimento técnico necessário para a utilização das tecnologias em sala de aula. Kenski (2003, p. 77) destaca que é importante "que os professores se sintam confortáveis para utilizar esses novos auxiliares didáticos." Ou seja eles precisam "conhecê-los, dominar os principais procedimentos técnicos para sua utilização, avaliá-los criticamente e criar novas possibilidades pedagógicas, partindo da integração desses meios com o processo de ensino". 5 Considerações finais Considerando que a instituição pesquisada é uma escola que se propõe a ser experimental, está inserida em uma universidade federal, parece urgente a problematização dessas questões de fundo sem a ilusão de que as maravilhas das novas tecnologias provocarão mudanças na escola como num passe de mágica; pois há sérios obstáculos que precisam ser enfrentados e cujas soluções só serão viabilizadas a médio e longo prazo.

Não se pode ignorar os tristes equívocos que estão sendo cometidos, como equipar as escolas sem preparar os professores ou ter uma equipe qualificada sem a contrapartida institucional de infra-estrutura necessária. Entretanto, autores como Kenski apontam caminhos para que esse desafio não paralise os profissionais da educação, ao contrário, que se possa fazer a exploração consciente dessas novas tecnologias como mais um recurso pedagógico. Bibliografia BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. BLIKSTEIN, Paulo; ZUFFO, Marcelo Knörich. As sereias do ensino eletrônico. In SILVA, M. (org.) Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003. CARNEIRO, Raquel. Informática na educação: representações sociais do cotidiano. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002. KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003. MASETTO, Marcos, T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos, T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 8. ed. Campinas, SP: Papirus, 2004. NISKIER, Arnaldo. Tecnologia educacional: uma visão política. Petrópolis, RJ: vozes, 1993. TAJRA, S. F. Informática na educação: professor na atualidade. São Paulo: Érica, 1998.

A N E X O Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação em Lingüística PPGL Disciplina: S.E. Letramento na cibercultura: o uso da informática no ensino da língua portuguesa Profª Drª Nilcéa Lemos Pelandré Aluna: Nara Caetano Rodrigues Instrumento de Pesquisa sobre Educação e Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação Prezado(a) Colega: Para atender às exigências do PPGL/UFSC, um dos requisitos é a qualificação de dois artigos em áreas diferentes da área na qual o projeto de tese está inserido. A Educação foi uma das áreas que escolhi e pretendo produzir um dos artigos tendo por base dados coletados no Colégio de Aplicação-CED/UFSC sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação na educação. Nesse sentido, conto com a sua colaboração quanto ao fornecimento dos dados solicitados a seguir. 1ª Parte IDENTIFICAÇÃO 1. Sexo: ( ) feminino ( ) masculino 2. Disciplina que ministra ou área: 3. Formação: Graduação em Ano de conclusão: Especialização em Ano de conclusão Mestrado em Ano de conclusão: Doutorado em Ano de conclusão: 4. Situação funcional: ( ) Professor(a) Efetivo(a) ( ) Professor(a) Substituto(a) 5. Ano de ingresso no Colégio de Aplicação: 2ª Parte TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO 1. Que recursos tecnológicos você tem conhecimento de que a escola dispõe: ( ) gravador ( ) filmadora ( ) videocassete ( ) televisor ( ) rádio ( ) DVD ( ) aparelho para CD ( ) computador em rede ( ) datashow 2. Que recursos tecnológicos você utiliza em suas aulas: ( ) gravador ( ) filmadora ( ) videocassete ( ) televisor ( ) rádio ( ) DVD ( ) aparelho para CD ( ) computador em rede ( ) datashow 3. Você utiliza ambientes virtuais para atividades como comunicação pessoal, atualização, formação, lazer? ( ) Sim Quais? ( ) Rede (ambiente de buscas) ( ) e-mail ( ) ambiente chat síncrono ( ) foros de discussão assíncronos (lista de discussão) ( ) blogs ( ) videoconferências ( ) outros: ( ) Não utilizo Motivo(s) : 4. Você utiliza ambientes virtuais para atividades educacionais envolvendo os alunos? ( ) Sim Quais? ( ) Rede (ambiente de buscas) ( ) e-mail ( ) ambiente chat síncrono

( ) foros de discussão assíncronos (lista de discussão) ( ) blogs ( ) videoconferências ( ) outros: ( ) Não utilizo Motivo(s): 5. Que fatores impedem ou dificultam o uso das tecnologias na sua prática docente? ( ) não disponho de equipamento adequado em casa ( ) não disponho de equipamento adequado em meu local de trabalho ( ) não tenho o conhecimento necessário para utilizar esses recursos ( ) não vejo necessidade de utilizar esses recursos na minha disciplina ( ) a instituição não incentiva o uso desses recursos ( ) não há profissionais na instituição para o apoio técnico necessário ( ) meus alunos não têm as condições socioeconômicas necessárias ( ) o computador está associado à sociedade de consumo e à globalização ( ) o ambiente virtual é incompatível com as características do ambiente escolar ( ) não conheço bons materiais educativos construídos com recursos multimídia ( ) outros: 6. Na sua opinião, que características são necessárias ao professor para a utilização das tecnologias com fins educacionais? 7. Cite alguns aspectos positivos da utilização das tecnologias na educação. 8. Cite alguns aspectos negativos da utilização das tecnologias na educação. 9. Você utiliza algum material educativo multimídia que considera adequado aos seus objetivos pedagógicos? Qual? Quais? 10. Relacione sites que costuma consultar ou indicar para seus alunos. Comentário livre sobre o assunto da pesquisa. Agradeço sua valiosa contribuição e solicito a devolução deste, em meu escaninho, até 10/02/06.