PROSUB: Avança a instalação do shiplift na Base Naval de Itaguaí Estrutura do shiplift em construção A Marinha do Brasil concluiu o recebimento de sete módulos da plataforma elevatória, 34 guinchos e acessórios que irão compor o shiplift (elevador de navios), com instalação prevista para o final deste mês. O fabricante do material é a TTS Handling System AS, empresa norueguesa, que projeta, desenvolve e fornece soluções e serviços de equipamentos para a indústria marítima. O elevador de navios é empregado no lançamento dos submarinos
ao mar e no recolhimento para manuntenção. É constituído por uma plataforma estrutural que se move na vertical, possibilitando que a embarcação, ao entrar na doca do elevador de navios, seja erguida ao nível do cais e movimentada para o pátio ou para o prédio do estaleiro. Desembarque dos 34 guinchos que irão compor o shiplift A construção do elevador de navios está sendo realizada na área sul da Base Naval, localizada no Complexo Naval de Itaguaí, região destinada à montagem, lançamento, operação e manutenção dos submarinos. Instalada em área marítima, a plataforma elevatória possuirá 110 metros de comprimento por 20 metros de largura e sua estrutura suportará cargas de até 8 mil toneladas.
Desembarque dos módulos da plataforma elevatória no cais da área sul da Base Naval A realização deste projeto representa um avanço tecnológico nas obras do Programa de Desenvolvimento de Submarinos. A área sul abrigará quatro grandes empreendimentos: dois estaleiros, um de construção, onde está sendo instalado o elevador de navios, e outro de manutenção de submarinos; a Base Naval e o Complexo Radiológico. FONTE e FOTOS: MB
Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas visita o PROSUB O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA), Almirante de Esquadra Ademir Sobrinho, acompanhado do Secretário-Geral do Ministério da Defesa, General de Exército Joaquim Silva e Luna, e comitiva visitaram, no dia 16 março, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), na cidade de Itaguaí (RJ). A visita contou com as presenças do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Luiz Guilherme Sá de Gusmão, e do Secretário-Geral da Marinha, Almirante de Esquadra Liseo
Zampronio, tendo o Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), Almirante de Esquadra (RM1) Gilberto Max Roffé Hirschfeld, apresentando os desafios e objetivos do PROSUB. A comitiva percorreu as instalações do Complexo Naval de Itaguaí, visitando a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) e a área sul do empreendimento, onde funcionarão os estaleiros de construção e manutenção dos submarinos, a base naval e o complexo radiológico. A visita foi encerrada nas instalações do shiplift, plataforma elevatória que possuirá 110 metros de comprimento, cuja estrutura suportará cargas de até 8 mil toneladas. O equipamento será empregado no lançamento dos submarinos ao mar e no recolhimento para manuntenção. FONTE e FOTO: MB Embaixador da França Brasil visita obras Programa de Submarinos no do
O Embaixador da França no Brasil, Laurent Henri Bili, acompanhado do Cônsul-Geral Adjunto, Jean-François Laborie, e comitiva, visitou, no dia 28 de janeiro, o Complexo Naval do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), no município de Itaguaí (RJ). Na ocasião, o Embaixador foi recepcionado pelo CoordenadorGeral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Almirante-de-Esquadra (RM1) Gilberto Max Roffé Hirschfeld. Durante a visita, a comitiva assistiu a uma palestra sobre o PROSUB e percorreu as instalações do complexo. Os visitantes conheceram o prédio principal da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas e as obras dos Estaleiros e Base Naval, onde funcionarão os Estaleiros de Construção e Manutenção dos submarinos, a Base Naval e o Complexo Radiológico. O PROSUB surgiu em 2008, a partir de um acordo firmado entre os governos do Brasil e da França. Um dos principais aspectos do Programa diz respeito ao crescimento tecnológico a ser vivido pelo País, em função da transferência de tecnologia, que garantirá ao Brasil a capacidade de projetar, construir,
operar e manter seus próprios submarinos convencionais e com propulsão nuclear. Programa de submarinos deve ser plenamente cumprido, diz Aldo Itaguaí (RJ), 02/12/2015 Transferência de tecnologia, nacionalização e capacitação pessoal. Essas são as premissas básicas do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), cujas instalações o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, e o Comandante da Marinha, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, visitaram nesta terça-feira (1º), em viagem à Itaguaí (RJ). Segundo o coordenador geral do PROSUB, almirante Gilberto Reffé Hirschfeld Max, uma das maiores contribuições do programa para o País é capacidade de adquirir conhecimento e
tecnologia. É muito importante que o País detenha conhecimento e tecnologia, afirmou, durante apresentação feita à comitiva, na Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM). O PROSUB tem como objetivo final o projeto e a construção de um submarino com propulsão nuclear. Foi concebido por meio da parceria estratégica estabelecida entre o Brasil e a França, em 2008. O contrato principal do programa foi celebrado pela Marinha Brasileira e o Consórcio Baía de Sepetiba (CBS), formado pela DCNS (empresa estatal francesa de projeto e construção naval), Construtora Norberto Odebrecht (CNO) e Itaguaí Construções Navais (ICN). Esta última é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), na qual o Governo Federal é representado pela Marinha. Engenheiros e técnicos brasileiros trabalham em conjunto em diferentes etapas do Programa. A Transferência de Tecnologia (ToT) se dá nas áreas de projeto e construção de submarinos e da infraestrutura industrial. Na área nuclear, toda a tecnologia é brasileira.
Os contratos firmados entre a França e o Brasil incluem cláusulas que se referem à transferência de tecnologia tanto para a Marinha quanto para empresas brasileiras, com o objetivo de promover a nacionalização de equipamentos. Mais de 600 empresas brasileiras foram envolvidas na construção da UFEM, dos estaleiros e da base naval, o que garantiu a nacionalização de 95% dos componentes e sistemas. O PROSUB oferece ao Brasil o orgulho de um projeto que, ao mesmo tempo, preenche a necessidade da defesa nacional e também um projeto de construção científica e tecnologia do País, disse o ministro. É compatível com a tradição da Marinha do Brasil, que é uma instituição que sempre se voltou para a defesa e também para a construção científica e tecnológica do País, completou. O ministro disse que tem o compromisso de buscar os recursos necessários para a continuidade do programa. Vou zelar para que o programa seja plenamente cumprido, disse. Depois da apresentação sobre o PROSUB, a comitiva conheceu as instalações da UFEM, do Estaleiro e Base Naval (EBN) e da
Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep). A UFEM fabrica, monta e instala os sistemas, equipamentos, tubulações, dutos, suportes e estruturas internas do submarino. A EBN é destinada à montagem, lançamento, operação e manutenção dos submarinos. Já a Nuclep, é responsável pela fabricação dos cascos dos submarinos. O PROSUB também inclui o projeto e construção de quatro submarinos convencionais (S-BR). Além disso, prevê a construção do reator multipropósito, considerado outra importante contribuição para o País. O reator resultará em vários benefícios para a população. Um deles é a capacidade de gerar energia para uma cidade de 20 mil pessoas. Após conhecerem as instalações do PROSUB, a comitiva visitou o Navio-Aeródromo São Paulo e o Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV). FONTE: Asscom Contingenciamento e corte de verbas afetam projetos
Por Virgínia Silveira O contingenciamento de recursos e corte de verbas nos programas estratégicos de defesa da Marinha do Brasil têm obrigado as empresas do setor a renegociar contratos e prazos de pagamentos. Os impactos também incluem a suspensão de alguns projetos e a demissão de mão de obra. O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), por exemplo, sofreu um corte de 41% no orçamento deste ano. Houve redução do ritmo das obras do estaleiro de construção e paralisação das obras do estaleiro de manutenção e da base naval, que estão sendo feitas pela Construtora Norberto Odebrecht. O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, confirmou que 1.200 empregados que trabalhavam nessas obras foram demitidos até setembro, 36% do total. O Prosub, segundo a Marinha, tem R$ 1 bilhão alocados para 2015. O valor total do programa é de R$ 31,85 bilhões, dos quais R$ 13,34 bilhões já foram gastos até o momento.
Os contratos públicos necessitam de previsão orçamentária. Como a arrecadação caiu muito, somos obrigados a sentar com as empresas e rever cronogramas físicos e financeiros para que se adaptem à realidade orçamentária atual, disse o diretor do Departamento de Produtos de Defesa (Deprod), do Ministério da Defesa, brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso. No caso do submarino, segundo o brigadeiro, existe de fato um atraso na execução dos contratos, mas as empresas parceiras têm procurado manter o processo de transferência de tecnologia em andamento para não perder o time da absorção tecnológica. A mesma estratégia a Marinha tem tentado aplicar ao seu programa nuclear, no projeto de construção do reator do futuro submarino nuclear do Prosub. A parte mais complexa, seu sistema de controle, está a cargo da Atech, uma controlada da Embraer Defesa & Segurança. O diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, contra-almirante André Luis Ferreira Marques, disse que parte dos 20 especialistas envolvidos no desenvolvimento do reator está sendo desmobilizada devido à redução de recursos para o projeto.
A previsão, segundo ele, é que a construção do reator sofra atraso de quatro a cinco anos em relação ao prazo inicial de 2018. O desenvolvimento tem custo estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão já foi investido. Vamos transferir parte dessa mão de obra da Atech para a Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A), empresa controlada pela Marinha, para garantir que o desenvolvimento da tecnologia mais crítica não seja afetado, disse o diretor presidente da empresa Ney Zanella dos Santos. O comandante da Marinha disse que o programa nuclear tem previsão de recursos de R$ 250 milhões neste ano, ante uma necessidade de R$ 320 milhões para que os projetos de capacitação, como o do reator, possam ser cumpridos conforme o planejado. Em 2016 teremos R$ 250 milhões novamente. Isso não nos permitirá avançar na velocidade desejada, afirmou. O programa emprega hoje 3 mil pessoas no Centro Experimental Aramar, em Iperó (SP). De acordo com o almirante, 200 pessoas serão desligadas entre 2015 e 2016. O presidente da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), André Amaro, disse que as atividades relacionadas à construção dos submarinos do Prosub (quatro convencionais e um nuclear) prosseguem, mas que a apreensão é enorme, pois o montante em atraso está atingindo níveis insustentáveis.
A construção dos submarinos é coordenada pela Itaguaí Construções Navais (ICN), formada pela ODT e a francesa DCNS, responsável por transferir a tecnologia ao Brasil. Estamos priorizando as atividades onde o impacto no prazo e na perda de investimentos em transferência de tecnologia seja o menor possível, disse Amaro. Na construção do Estaleiro e Base Naval, mais de 600 empresas locais prestam serviços e fornecem materiais, equipamentos e insumos. A construção dos submarinos convencionais, de acordo com a Marinha, envolve 104 projetos de nacionalização, dos quais 56 são considerados prioritários. Nove engenheiros da Fundação Ezute, de São Paulo, participaram de um programa de treinamento e absorção de tecnologia durante três anos nas instalações da DCNS, na França. A Fundação fornece o sistema de combate dos submarinos. O sistema é um dos mais estratégicos do programa, pois abre frente para reaplicar esse conhecimento no futuro, na sua nacionalização e em outros submarinos da Marinha, disse, Tarcísio Takashi Muta, presidente da Ezute.
FONTE: Valor Econômico Um sonho que submergiu Por Tássia di Carvalho Localizada em uma área estratégica da Região Metropolitana, Itaguaí vem desde a década de 1980 sendo incluída em planos que prometem dar uma guinada no desenvolvimento econômico da cidade. Como um polo petroquímico, que chegou a ser lançado e ganhou licença do Ibama, mas nunca saiu do papel. O último deles, iniciado em 2006, parecia ser ainda mais ambicioso e envolvia a construção de três submarinos pela Marinha. No entanto, a crise econômica estagnou os planos grandiosos, gerando uma grande onda de recessão e desemprego. O programa de construção de submarinos, tocado pela Marinha, sofreu cortes profundos, como mostrou o Informe do DIA. Em 2013, foram R$ 943 milhões. No ano passado, mais R$ 1,6
bilhão. Mas até julho deste ano, a verba não passou de R$ 352 milhões, segundo dados do Portal da Transparência. Além disso, o Porto Sudeste, idealizado pelo ex-bilionário Eike Batista para a cidade, previsto para começar a operar em julho, ameaça naufragar sem um grande contrato por conta da redução das exportações de minério. A queda no valor da commodity afetou drasticamente também o Porto de Sepetiba, onde Vale e CSN têm terminais de exportação. Foto André Valentim Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram 3.753 demissões de janeiro a setembro, impactando fortemente a economia local. Prova disso são as extensas filas que se formam na porta do único Centro de Oportunidades que a cidade possui. Tem dia que há mais de 150 desempregados aqui, conta o mecânico Fabiano da Rocha, de 33 anos, que há oito meses tenta se recolocar no mercado.
Quando fizeram essas obras, achamos que teríamos oportunidades, mas nada aconteceu, reclama o maçariqueiro Jader de Andrade, 53, demitido da Odebrecht. Segundo ele, empresas que chegaram a Itaguaí oferecem vagas apenas para pessoas que moram fora da cidade boa parte vem da vizinha Santa Cruz, bairro da Zona Oeste carioca, e de outras cidades do estado. Aqui só entra quem indicam, denuncia. Os dados do Caged mostram um quadro de recessão no município, pois o principal empregador a construção civil demitiu 2449 trabalhadores (queda de 32,45%). Segundo o economista Ranulfo Vidigal, Itaguaí representa 7,5% do PIB estadual, um dos cinco municípios mais importantes da Região Metropolitana, pois é o quarto em participação no emprego industrial. A queda das matérias-primas (como o minério de ferro) pela crise internacional afeta o desempenho recente da atividade portuária local, afirma. Jorge Vaz, 32, aprendeu a pescar com o pai, que tinha nove barcos na Baía de Sepetiba. Apenas um restou. Tinha muita variedade, mas a Baía agora está tão poluída, que sumiram
todos os peixes. Para conseguir seu sustento, ele joga as redes em alto mar, mas lembra que no passado encontrava várias espécies na própria baía. Tem muita gente parando de pescar. Acho que sou um dos últimos. Empresas se explicam sobre a crise Segundo a Marinha que está construindo três submarinos em parceria com a Odebrecht, os pescadores da região foram indenizados. A Nuclebras Equipamentos Pesados S/A (Nuclep) informou que entregou encomendas e por isso diminuiu o número de terceirizados. A Odebrecht esclareceu que sempre priorizou a contratação do maior número de trabalhadores da região para atuar em suas obras, impulsionando a geração de empregos e incentivando a economia local. Já a Vale informou que sua produção bateu recorde de 248 milhões de toneladas, de janeiro a setembro, mas não comentou sobre demissões. FONTE: O Dia