PROPOSTA DE TRABALHO 1- Título: Leitura, análise e produção de lendas urbanas 2- Autor: Jilvane de Mello 3- Aplicativo utilizado: Internet/Blog e BrOffice Impress 4- Disciplina: Língua Portuguesa 5- Objetivos / Expectativas de aprendizagem: Aumentar o repertório de lendas conhecidas. Aprimorar a escrita e identificar características das modalidades oral e escrita. 6- Conteúdo: - Lendas urbanas. - Leitura e produção de texto. 7- Recursos relacionados: A utilização de recursos didáticos, mediados pelo uso do computador (softwares e internet), permitem ao aluno ampliar seus conhecimentos sobre os diferentes tipos de lendas urbanas. Os recursos online a seguir, podem contribuir no trabalho realizado pelo professor. texto A análise da narrativa, disponível em: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp? codigo=881&titulo=a_analise_da_narrativa; texto Três exemplos de lendas urbanas, disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/tres-exemplos-lendas-urbanas- 649057.shtml. 8- Encaminhamento Metodológico: Esta é uma proposta de trabalho elaborada para turmas de 7º ano e pode ser desenvolvida em aproximadamente 8 aulas. As atividades propostas serão desenvolvidas em 6 etapas que são as seguintes:
1ª etapa: Preparar-se, previamente, estudando o subgênero para melhor explorá-lo e trabalhar com os alunos de uma maneira mais proveitosa. As seguintes leituras contribuirão para o melhor desenvolvimento Da aula: - Lendas brasileiras para jovens, de Luis da Câmara Cascudo, Global Editora. - A análise da narrativa, de Yves Reuter. Ed. Difel. - Lendas urbanas, Jorge Tadeu, Ed. Planeta do Brasil. - Introdução à literatura fantástica, de Tzvetan Todorov, Ed. Perspectiva. - Em Busca do Gênero Lenda Urbana, artigo de Carlos Renato Lopes, do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Lendas urbanas da Loira do banheiro e Vovó Maria, de Heloisa Prieto, e do Homem do Saco, de Anna Claudia Ramos. 2ª etapa: Indague seus alunos buscando saber quais lendas urbanas eles conhecem e através de que meios ficaram conhecendo tais lendas. Como tarefa, os educandos farão uma pesquisa buscando saber quais lendas seus familiares conhecem e farão o relato das mesmas com as marcas de oralidade que a pessoa que está contando a história usar. Com os dados recolhidos, os alunos poderão montar uma apresentação em slides, com auxílio do sofwtare BrOffice Impress, para ser utilizado durante a apresentação da 3ª etapa. 3ª etapa: Os estudantes compartilharão com os demais colegas o que descobriram com esta pesquisa, através de exposição oral com auxílio das apresentações em slides construídas. Será realizada uma comparação através de tabela para se verificar as semelhanças e as diferenças entre conto e lenda, a qual deverá ser escrita no quadro. LENDAS MITOS Texto anônimo e ficcionado. Texto anônimo, mas baseado em fatos reais fantasiados pelo povo. Bastante breve para permitir a Bastante breve para permitir a
memorização. Pouca descrição de ambientes ou de personagens. Tempo e espaço da ação são indeterminados ( Era uma vez, Há muito, muito tempo, Num reino distante...). Personagens são poucas e não são identificadas pelo nome. Pouca descrição de personagens. O final do conto tem um objetivo moralizante. - memorização. Pouca descrição de ambientes ou de personagens. Tempo e espaço identificados, na maior parte dos casos. Poucas personagens, mas normalmente identificadas pelo nome. Pouca descrição das personagens. Existência de episódios ligados ao Maravilhoso algo acontece inexplicavelmente. A lenda tem como objetivo global explicar determinado fato. Questione os estudantes sobre o que sentem quando ouvem as lendas folclóricas e urbanas, se ficam com medo, acreditam ou pensam que são apenas histórias passadas de gerações a gerações para aterrorizar as crianças e os mais medrosos. 4ª etapa: Instigue a turma a diferenciar aspectos da linguagem oral e escrita nas lendas contadas por seus familiares, que destaquem as marcas de oralidade, como pausas, repetições e termos coloquiais. Torne claro, que não devemos confundir língua falada com a escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante. Comente que no Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacamse: fatores regionais, fatores culturais, fatores contextuais, fatores profissionais e fatores naturais. Texto qual poderá ser encontrado no site: http://www.soportugues.- com.br/secoes/seman/seman3.php.
Em seguida, pedir aos estudantes que circulem os trechos nos quais estão presentes linguagem oral. 5ª etapa: Busque ampliar o repertório de lendas urbanas dos alunos através de uma pesquisa na Internet. Oriente a turma para que, ao fazerem a leitura, busquem observar que as lendas urbanas geralmente são histórias populares tristes, alegres ou assustadoras, que ninguém sabe quem contou pela primeira vez, mas que trazem consigo pelo menos uma fonte de referência do tipo: "o pai do meu amigo me contou...", "aconteceu com um amigo de um amigo meu...", com o intuito de dar credibilidade à história contada. Outra característica das lendas urbanas é o fato de serem contadas com um tom de verdade e que normalmente abordam temas ligados à violência urbana, exploram nomes, lugares e marcas conhecidas etc. Um exemplo de lenda urbana assustadora é o caso do roubo de rins que circulou há três anos atrás na Internet e relatava sobre pessoas que tiveram seus rins removidos após tomar sonífero ou serem seduzidas, dentre outras variantes. 6ª etapa: Sugira aos alunos que reescrevam o texto utilizado na 4ª etapa, proponha que observem as expressões e maneiras de falar próprias da tradição oral, que já foram anteriormente circuladas e que reescrevam a lenda adequando-a a linguagem escrita, observando a sequência em parágrafos, coesão, coerência, concordância verbal e nominal e as demais regas gramaticais necessárias. 7ª etapa: Analise as produções realizadas e relate escrevendo no quadro quais foram as principais dificuldades apresentadas pela maioria dos alunos ao transcrever um texto de linguagem oral para linguagem escrita. 8ª etapa: Inspire seus alunos a transformar algum fato real que aconteceu com eles ou algum familiar em uma lenda, levando em conta que nela contenham as características anteriormente estudadas. Os trabalhos realizados nesta etapa podem ser postados no blog, pela professora, com o objetivo de socializar os fatos
descritos, bem como instigar os alunos a comentarem sobre os conteúdos trabalhados. 9- Resultado da proposta: Espera-se que após este trabalho, com auxilio das tecnologias, os alunos realizam a transposição da lenda da linguagem oral para a linguagem escrita, distinguindo as marcas de oralidade e da escrita formal. 10- Referências: Língua Falada e Língua Escrita. Disponível em: <http://informatica.terra.com.br/virusecia/spam/interna/0,,oi198471-ei2403,00.html>. Acesso em: 10 nov. 2012. Três exemplos de lendas urbanas. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/tres-exemplos-lendas-urbanas- 649057.shtml>. Acesso em: 10 nov. 2012. DANTON, Gian. A análise da narrativa. Disponível em: <http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp? codigo=881&titulo=a_analise_da_narrativa>. Acesso em: 10 nov. 2012.