PJ 14/11 Rev. 1. 29 setembro 2011. Original: inglês. Comitê de Projetos 2. a reunião. Cooperação com a Rede Mundial de Genômica do Café (ICGN)



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Transcrição:

PJ 14/11 Rev. 1 20 setembro 2011 Original: inglês P Comitê de Projetos 2. a reunião 29 setembro 2011 Londres, Reino Unido Cooperação com a Rede Mundial de Genômica do Café (ICGN) Antecedentes 1. Em novembro de 2010, o Diretor Executivo Interino distribuiu o documento ED 2105/10, solicitando aos Membros que, em consulta com suas instituições de pesquisa e setor, lhe enviassem dados e informações sobre pesquisas relevantes na área do genoma do café, incluindo documentos e relatórios sobre projetos e propostas atuais e pesquisas passadas ou em curso. Os Membros também foram convidados a enviar suas opiniões sobre propostas já apresentadas à OIC e a sugerir doadores, contemplando a implementação de iniciativas deste tipo. 2. Esta questão será discutida na reunião do Comitê de Projetos agendada para 29 de setembro de 2011, quando serão examinadas diferentes iniciativas e o trabalho em curso, para, com base na perícia existente e nas constatações disponíveis, estabelecer prioridades para o futuro e explorar fontes potenciais de financiamento. 3. As respostas recebidas até agora são reproduzidas no Anexo. As propostas devem ser enviadas em inglês, que é o idioma usado pela comunidade internacional de pesquisa científica. Ação Solicita se ao Comitê de Projetos que aprecie este documento.

ANEXO I Respostas recebidas dos Membros: Colômbia Há diversos anos a Federação, através do Centro Nacional de Pesquisa Cafeeira (Cenicafé), desenvolve várias estratégias avançadas para controlar pragas e doenças e aprimorar os atributos de qualidade do café. No contexto de estudos sobre o genoma do café, a broca do café (BC) e seu controle através da Beauvaria bassiana, o Cenicafé identificou as sequências de 32.000 genes na espécie Coffea arabica e preparou mapas genéticos e físicos que permitem caracterizar a resistência a doenças, fatores relacionados com a produção e a interação com o meio ambiente. O seguinte link dá acesso a descrições mais detalhadas do trabalho desenvolvido: http://www.cenicafe.org/modules.php?name=genoma_del_cafe&lite=0. Bancos de dados sobre publicações relativas ao genoma do café estão disponíveis no Centro de Documentação Alberto Machado Sierra, do Cenicafé. O link a seguir possibilita consultas online e disponibiliza cerca de 30 solicitações correlatas de busca: http://www.cenicafe.org/cgibin/wxis1?isisscript=consulta.xis&isisdb=cenic&expression=geno ma&format=1&desple=30. Nos últimos seis anos o Cenicafé desenvolveu um programa de pesquisa em Genômica centrado em acessões e variedades do Coffea arabica preservadas ou desenvolvidas na Colômbia. Entre os principais propósitos do programa até agora estão os seguintes: A identificação de marcadores moleculares úteis no preparo de um mapa genético e físico da espécie, e a aplicação desses marcadores na caracterização dos recursos genéticos do café, com o objetivo de reconhecer materiais apropriados para fins de reprodução e definir coleções centrais para a preservação da diversidade genética. A identificação de marcadores genéticos e genes envolvidos nas reações a patógenos e pragas, em particular à ferrugem do café (FC) e à broca do café (BC), usando genômica para entender a genética e a fisiologia dos agentes causais desses importantes problemas na Colômbia: o fungo Hemileia vastatrix e o inseto Hypothenemus hampei. O melhoramento das estratégias de controle biológico mediante caracterização da diversidade e atividade patogênica do fungo Beauveria bassiana, um inimigo natural da BC.

I 2 O desenvolvimento de novos genes que poderiam ser usados nas estratégias de controle genético dos principais problemas de limitação biótica na Colômbia. A determinação da interação entre fatores genéticos e o meio ambiente na qualidade e nos metabólitos presentes no café e de como ela define a diversidade dos cafés especiais. O desenvolvimento de uma plataforma de Bioinformática e Biologia Computacional que apoie a todas as necessidades de informação e análise para o projeto e que capacite a interação dos dados do Cenicafé com recursos disponíveis no mundo todo. No que concerne a uma iniciativa da OIC referente à Genômica do Café, o Cenicafé está interessado em participar, com seus recursos humanos, capacidades técnicas e de análise de dados nas áreas da Genômica do Café e afins, no âmbito dos projetos propostos à OIC nos seguintes domínios: Genômica comparativa voltada para a preservação e caracterização dos recursos genéticos do Coffea arabica, incluindo as espécies parentais Coffea eugenioides e Coffea canephora, bem como outras espécies do Coffea de interesse, incluindo o C. liberica. Ampla caracterização fenotípica (conhecida como Fenômica ), para o estudo da interação de genomas e meio ambiente, concentrando se na qualidade da xícara, na produtividade e na resposta às mudanças climáticas. Transcriptômica, Proteômica e Metabolômica, para identificar caminhos que expliquem respostas fenotípicas e apoiem programas de reprodução voltados para o desenvolvimento de novas variedades, juntamente com informação genômica. Caracterização genômica aprofundada dos patógenos e pragas associados com problemas bióticos que limitam o café no mundo todo, entre os quais a broca do café, a traqueomicose, a doença rosada, a cercosporíase, a mancha americana, a cochonilha da raiz e outros. Metagenômica, para entender as interações entre o café e os microorganismos com ele associados, em relação ao começo das doenças, controle biológico, assimilação de nutrientes e adaptação ao meio ambiente. Bioinformática, para fortalecer o armazenamento e processamento de dados e as capacidades de disponibilização.

I 3 Costa Rica O Instituto do Café da Costa Rica (ICAFÉ) até agora não realizou estudos na área de Genômica do Café. Só temos conhecimento de aspectos relacionados com os fundamentos das técnicas, o uso de instrumentos e os detalhes de codificação aos quais pudemos ter acesso como parte do estágio no IAC. Consideramos que é tema de muita importância para a busca de solução de, entre outros, problemas de pragas e doenças para nossa cafeicultura, e esperamos que no futuro o ICAFÉ possa contar com o equipamento básico necessário para desenvolvermos nós mesmos nossos próprios estudos. Equador Ver quadro incluso (Anexo II). França Ver carta inclusa (Anexo III). Haiti Em junho de 2011 o Instituto Nacional do Café do Haiti informou que o café cultivado no Haiti é da espécie Coffea Arabica L., tetraploide (2n = 4x = 4 x 11 = 44 cromossomos), var. Typica a 80% e outros cultivares como Caturra, Caturaí, que se encontram principalmente nas áreas de Thiotte (Sudeste do Haiti), onde fertilizantes são usados. PROMECAFÉ Na América Central, em virtude de mudanças nos métodos de produção de café para alcançar melhor qualidade na xícara e maior adaptabilidade, bem como resistência a pragas e doenças, as atividades de melhoramento genético para obter cultivares com características melhoradas são essenciais. A maioria das variedades tradicionais cultivadas na América Latina tem uma base genética muito limitada. Esta característica, favorável no tocante a aspectos como a homogeneidade, não é favorável no tocante à suscetibilidade a uma série de doenças e à baixa adaptabilidade a condições agroecológicas específicas. O Centro Agronômico Tropical de Investigação e Ensino (CATIE) abriga uma coleção de variedades de café que, possuindo uma vasta gama de diversidade genética, constitui um recurso estratégico para futuros programas de aprimoramento genético e, devido a seus objetivos, é reconhecida como bem público.

I 4 Nas décadas passadas, a coleção internacional de café sofreu perdas significativas por três razões principais: 1. Idade da coleção existente: Muitas aquisições (57,5%) foram introduzidas antes de 1970 e agora têm mais de 40 anos. 2. Método de cultivo: O método de cultivo era similar ao usado nas lavouras comerciais e o mesmo no caso de aquisições silvestres e cultivadas. Uma porcentagem significativa dos valiosos genótipos silvestres atualmente só é representada por um ou dois indivíduos. 3. Inundações: A coleção é situada ao nível do chão, com camadas de solo cimentadas a uma profundidade de 30 80 cm. Em colaboração com o CATIE, o PROMECAFÉ atualmente patrocina uma iniciativa para resgatar a coleção de café do CATIE com base em sua renovação ou transferência. O propósito é reestruturá la como coleção de base e ativa, facilitando sua gestão apropriada, conforme as diferentes categorias dos materiais conservados. Esta iniciativa é desenvolvida em um programa que observa as diretrizes gerais estabelecidas para a formulação da Estratégia Regional de Mudanças Climáticas. A primeira fase do programa, descrita na proposta do projeto Renovação da coleção internacional de café do CATIE, foi apresentada pelo PROMECAFÉ e aprovada pelo Conselho Internacional do Café em sua sessão de setembro de 2007, com a recomendação de assegurar se financiamento para sua implementação. A renovação e transferência da coleção de café do CATIE permitirão sua reestruturação como coleção de base (principalmente genótipos silvestres) e como coleção ativa (seleções, variedades locais e variedades modernas), facilitando sua gestão apropriada, conforme as diferentes categorias dos materiais conservados. Em vez de simplesmente multiplicar cada indivíduo na coleção, propõe se aplicar uma estratégia racional que atribua prioridade máxima à multiplicação de variedades altamente valiosas e variedades em risco de erosão, e que permita a eliminação de materiais com informações genéticas redundantes. A base de conhecimentos que possibilita a tomada das decisões pertinentes está disponível em resultado de uma caracterização abrangente de toda a coleção de café, empreendida nos dez últimos anos. Esta estratégia reduzirá significativamente os custos de gestão da coleção e, simultaneamente, aumentará a segurança de sua conservação no longo prazo.

ANEXO II EQUADOR GENEALOGIA E CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS PRIMÁRIAS DAS VARIEDADES E HÍBRIDOS DE CAFÉ CULTIVADOS NO EQUADOR Variedades e híbridos / Data da introdução no Equador Lugar de origem / Genealogia Altura do Genealogia e características fenotípicas primárias Cor do broto Rendimento potencial do Adaptabilidade agroecológica Resistência a doenças Cultivares Typica / 1830 no Cantão de Jipijapa, Província de Manabí Etiópia (África). Grande Bourbon / 1956 Caturra / 1956 Pacas / 1966 Mundo Novo / 1956 Catuaí / 1976 Villalobos / 1956 San Salvador Pache / 1996 Geisha / 1980 ARÁBICAS PUROS Castanho dourado Baixo Ampla Ilha de Reunião (anteriormente Bourbon) perto de Madagáscar, ao largo do Sudeste da África. Grande Verde Alto Ampla Estado de Minas Gerais, Brasil, conhecido como um mutante do Bourbon (Monroig s.f.). Pequeno Verde Alto Ampla El Salvador, considerado um mutante da variedade Bourbon. Pequeno Verde Alto Ampla Município de Mundo Novo, Estado da Bahia, Brasil, descoberto em 1943 (IBC 1981). Prováveis origens em um cruzamento natural entre as variedades Sumatra e Bourbon. Médio Verde Médio Restrita Estado de São Paulo, Brasil, originário de um cruzamento artificial entre as variedades Mundo Novo e Caturra em 1949 (IBC 1981). Médio Verde Alto Ampla Costa Rica, considerado um mutante da variedade Typica (INIAP 1973). El Salvador. Considerado um mutante da variedade Typica (INIAP 1973). Pequeno Pequeno Guatemala (Colindres 2008). Considerado um provável mutante da variedade Typica (Ordóñez Muito 1991). pequeno Descoberto na Abissínia (Sudoeste da Etiópia) em 1931 (SCAP 2011). Grande Castanho dourado Alto Ampla Castanho dourado Alto Ampla Verde Castanho dourado Alto Restrita Castanho dourado Baixo Restrita ferrugem da folha Sumatra, Villalobos, Blue Mountain e Pache Bourbon Vermelho Bourbon Amarelo Esta variedade é classificada como Caturra Vermelho ou Amarelo conforme a cor do fruto maduro. Catuaí Vermelho Catuaí Amarelo Pache 01 Pache 02

II 2 EQUADOR (Cont. 1) GENEALOGIA E CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS PRIMÁRIAS DAS VARIEDADES E HÍBRIDOS DE CAFÉ CULTIVADOS NO EQUADOR Genealogia e características fenotípicas primárias Variedades e híbridos / Data da introdução no Equador Lugar de origem / Genealogia Altura do Cor do broto Rendimento potencial do Adaptabilidade agroecológica Resistência a doenças Cultivares H. Timor / Usado desde 1959 pelo Instituto de Investigação Científica Tropical Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (IICT CIFC) em Oeiras, Portugal, para criar os híbridos Catimor e Sarchimor (Bettencourt 1982). Introduzido no Equador, tendo vindo da Costa Rica, em 1971, (INIAP 1971). Icatu / 1985 Catimor / Há duas seleções primárias no Equador: Catimor CIFC, compreendendo linhas do Instituto de Investigação Científica Tropical Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (IICT CIFC), Oeiras, Portugal, e Catimor C 86, compreendendo linhas do Grupo 86, do Centro Agronômico Tropical de Investigação e Ensino (CATIE) (Amores et al. 2004). HÍBRIDOS DE CAFÉ Descoberto nas Ilhas Timor em 1927. Provavelmente originário de um cruzamento natural entre o Coffea arabica e o Coffea canephora (Bettencourt 1981). Grande Verde Baixo Restrita O híbrido Icatu resulta de um cruzamento entre o Coffea arabica e o Coffea canephora desenvolvido desde 1950 pelo Instituto Agronômico de Campinas, Brasil (IBC 1981, Orozco 1990). O objetivo do desenvolvimento do híbrido Icatu foi melhorar as características dos Arábicas (Orozco 1990). Em termos fenotípicos, as linhas do Icatu são semelhantes às do Mundo Novo. Grande Verde Médio Restrita Resultante de um cruzamento entre o híbrido Timor e a variedade Caturra (Bettencourt 1982). Pequeno Nas linhas do Catimor desenvolvidas pelo CIFC, os brotos são predominantemente verdes, e nas linhas do Catimor C 86 eles são predominantemente castanho dourado. Alto Restrita Apresenta genes resistentes à do, a nematóides e à coffee berry disease (CBD): uma doença da qual não se tem notícia na América, causada pelo fungo Colletotrichum cofeanum var. virulans) (Eskes 1989). Apresenta genes resistentes à do (REDETEC 2002), bem como à coffee berry disease (CBD) (Carvalho 1976). Resistente à ferrugem da folha. Catimor 01 Catimor 02

II 3 EQUADOR (Cont. 2) GENEALOGIA E CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS PRIMÁRIAS DAS VARIEDADES E HÍBRIDOS DE CAFÉ CULTIVADOS NO EQUADOR Genealogia e características fenotípicas primárias Variedades e híbridos / Data da introdução no Equador Lugar de origem / Genealogia Altura do Cor do broto Rendimento potencial do Adaptabilidade agroecológica Resistência a doenças Cultivares Sarchimor/ A linha C 1669 do Sarchimor, introduzida no Equador em 1985, tem boa adaptabilidade, especialmente nas zonas secas de Manabí, El Oro e Loja. Cavimor / Várias linhas do Cavimor foram introduzidas no Equador em 1985 (INIAP 1985). HÍBRIDOS DE CAFÉ Resultante de um cruzamento entre o híbrido Timor e a variedade Villa Sarchi, desenvolvido pelo Instituto de Investigação Científica Tropical Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (IICT CIFC), Oeiras, Portugal (Quijano e Gil 2009, IHCAFÉ 2004). Pequeno Castanho dourado Alto Ampla Resultante de um cruzamento entre o Catuaí e o Catimor. Este cultivar foi monitorado em condições agroecológicas variadas e tem potencial de alto rendimento em regiões subtropicais. O é maior que o da variedade Catimor. Fontes: IBC 1981, Eskes 1989, Orozco 1990, Bettencourt 1981. Médio Verde Castanho dourado Alto Restrita Resistente à ferrugem da folha Sarchimor 02 Resistente à ferrugem da folha Cavimor 01 Cavimor 02

ANEXO III CIRAD PESQUISA AGRONÔMICA PARA O DESENVOLVIMENTO Montpellier, 18 de julho de 2011 Sua Ref. : Documento ED 2105/10 Nossa Ref.: DIRBIOS/2011/123 Cooperação com a Rede Mundial de Genômica do Café (lcgn) Assunto: ICGN/OIC Setembro de 2011 Prezado/a Senhor/a, A presente é para confirmar o apoio resoluto das instituições de pesquisa francesas (CIRAD e IRD) que fazem pesquisa em café às proposições da Rede Mundial de Genômica do Café (ICGN). Essas duas instituições já trabalham com afinco na área de Genômica do café, mantendo parcerias de pesquisa com diversos Membros da OIC. Em particular, com financiamento da ANR (Agence Nationale de la Recherche), o CIRAD e o IRD, em associação com outro instituto francês (Genoscope CEA) e vários outros colaboradores internacionais, vêm combinando seus recursos e perícia científica em um projeto destinado a sequenciar, montar e anotar todo o genoma do Coffea canephora. Esse projeto tem os seguintes objetivos específicos: i) produzir sequências suficientes para alcançar uma alta cobertura genômica, ii) gerar uma boa montagem do genoma, com a maior parte do genoma ancorada nos cromossomas, e iii) realizar uma primeira anotação e análise do genoma completo. Todos os dados produzidos serão postos à disposição à comunidade cafeeira, sem ônus. A sequência do genoma do café será usada para decifrar a base genética e molecular de importantes características biológicas do café relevantes para produtores, processadores e consumidores. Esse conhecimento é fundamental para o uso eficiente e a preservação dos recursos genéticos do café no desenvolvimento de cultivares melhorados, em termos de maior qualidade, rendimento e resistência, com menores custos econômicos e ambientais.

Nos próximos anos, ambas as instituições estariam muito interessadas em participar de uma iniciativa internacional devotada ao aprimoramento da conservação, caracterização e uso do pool genético global do café para o desenvolvimento de variedades que possibilitem satisfazer à demanda futura, em um mundo de sistemas agrícolas e condições climáticas em mudança. Em particular, poderíamos organizar cursos de treinamento especializado e receber cientistas, ajudando os a acessar e explorar uma grande quantidade de dados genômicos e afins. A nosso ver, milhares de genes ainda não descobertos têm potencial para beneficiar a produtividade e a qualidade do café, e os processos destinados a decifrar suas funções são complexos, exigindo biotecnologia de ponta, métodos de fenotipagem, e bioinformática. Uma única instituição só tem condições de lidar com alguns deles de cada vez. Para explorar o genoma do café adequada e oportunamente, são necessários os esforços de uma rede global de pesquisa capaz de integrar os pontos fortes e recursos de organizações públicas e privadas que incluam desde os laboratórios de alta tecnologia até a lavoura. A OIC, usando centros e redes de pesquisa atuais como o ICGN como base para parcerias mais amplas, tem condições ideais para liderar esses esforços. Peço que não hesite em me contatar, caso precise de maiores informações, e aguardo sua resposta. Atenciosamente, a) Daniel Barthélémy Diretor Científico Sistemas Biológicos