Análise demonstrações financeiras instrumento de grande utilidade; Previsão de insolvência; Análise de informação objetiva do desempenho.



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Transcrição:

1. Histórico Análise de Balanço: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Uérito Cruz Na década de 30, surgiu dentro da empresa Du Pont, de Nemours, um modelo de análise da rentabilidade de empresa que decompunha a taxa de retorno em taxas de margem de lucro e giro dos negócios, chamado análise do ROI (Return on Investiment). (MATARAZZO, 1994, p. 24). 1931 Divulgação de índicespadrão nos Estados Unidos (Dun & Bradstreet); 1 2 1. Histórico Análise de Balanço: No Brasil, até 1968, a Análise de Balanços é considerado um instrumento pouco utilizado na prática. Neste mesmo ano, temse a criação da SERASA (empresa central de Análise de Balanço). 2. Preparação das demonstrações contábeis para análise Raciocínio científico: 1. Extraemse índices das demonstrações financeiras; 2. Comparamse os índices com os padrões; 3. Ponderamse as diferentes informações e chegase a um diagnóstico ou conclusões; 4. Recomendações; 5. Tomamse as decisões. 3 Segundo Matarazzo (1994,p.22): Quando esta sequencia não é levada em conta, fatalmente a Análise de Balanços fica prejudicada. 4 2. Preparação das demonstrações contábeis para análise Análise demonstrações financeiras instrumento de grande utilidade; Previsão de insolvência; Análise de informação objetiva do desempenho. 2.1 Conceitos Básicos 2.1.1 Análise: Interpretação, através de método de preparação de dados estatísticos. 2.1.2 Análise das demonstrações financeiras: Estudo detalhado da situação patrimonial das empresas, através da decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis, com interesse na obtenção de informações analíticas e precisas. 5 6 1

2.2 Objetivos 2.3 Aspectos que podem não ser evidenciados pela análise Fornecer informações numéricas de dois ou mais períodos, de modo a auxiliar ou instrumentar acionistas, administradores, fornecedores, clientes, governo, instituições financeiras, investidores e outras pessoas físicas ou jurídicas interessadas em conhecer a situação da empresa ou para tomar decisões. ( NEVES E VICECONTI, 2002, p. 437). 7 a) Capacidade ociosa de máquinas e equipamentos; Verificação in loco ; b) Análise de tendências: através da análise comparativa de diversos períodos podese obter a tendência do resultado. Para melhor ilustração, a figura 1, exemplifica esta análise. 8 Empresas X6 X7 X8 X9 Qual a empresa com tendência de melhor crescimento? A 20% 17% 13% 10% B 2% 4% 7% 8% Figura 1: Análise de tendência da taxa de lucratividade de várias empresas Se a tendência seguir esta trajetória, a situação da empresa B em um ou dois anos estará melhor do que a empresa 9 10 Fonte: NEVES & VICECONTI, 2002, p.438. A. c) Comparações: Com outras empresas do mesmo ramo e porte; Com índicespadrão estabelecidos pela média dos índices das empresas do mesmo ramo ou porte. Objetivo: Verificar se o índice obtido pela empresa está na média, abaixo ou acima 3. Métodos de Análise 3.1 Análise de Estrutura ou Vertical Medir percentualmente cada componente em relação ao todo do qual faz parte, e fazer as comparações caso existam dois ou mais períodos. Exemplo: Medir o percentual do valor do Ativo Circulante em relação ao total do ativo. % = 520/1150 x 100=45% O ativo circulante representa 45% do total do ativo. dela. 11 12 2

Questões: 3 Métodos de Análise 3.1 Análise de Estrutura ou Vertical Qual o grupo de ativo que tem maior participação percentual? Qual o grupo do passivo que tem maior participação percentual? 3.1.1. Balanço Patrimonial Ativo Dez/X2 AV Dez/X3AV Circulante 520 45% 612 40% Realizável LP 100 9% 80 5% Permanente 530 46% 840 55% Totais 1.150 100% 1.532 100% Qual a evolução destes dados? 13 14 3.1.1. Balanço Patrimonial Passivo Dez/X2 AV Dez/X3 AV Circulante 285 25% 330 22% Exigível LP 250 21% 220 14% Res. Ex.Fut. 20 1% PL 615 54% 962 63% Totais 1.150 100% 1.532 100% 15 Notas: 3.1.1. Balanço Patrimonial O grupo no ativo com maior percentual é o AP (46% e 55%), enquanto o PL (54% e 63%); Em 20X2 a empresa trabalha com 46% (25% + 21%) de capital de terceiros e 54% de capital próprio. No ano de 20X3 a situação melhorou, ou seja, trabalha com 36% (22% + 14%) de capital de terceiros e 64% (63% + 1%) de capital próprio; 16 3.1.1. Balanço Patrimonial Podese destacar grupo do ativo e fazer análises em separado. AP 31.12.X3 % Investimentos 190 23 Imobilizado 650 77 Diferido x x Total 840 100 3.2.1. Objetivo: 3.2. Análise de Evolução ou Horizontal Avaliar o aumento ou a diminuição dos valores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, numa determinada série histórica de exercícios 17 18 3

Como fazer? 3.2. Análise de Evolução ou Horizontal Atribuir 100% e verificar a variação percentual para os demais períodos. Conta Dez/X2 AH Dez/X3 AH D Ex.: AC 520 100% 612 118% 18% Finalidade A finalidade da análise horizontal é elucidar as variações de cada conta ou grupo de conta dos balanços e demonstrações de Resultados, bem como de outros demonstrativos, através dos exercícios sociais, com o objetivo de identificar tendências. 19 20 Metodologia dos Cálculos A análise horizontal é realizada com a utilização de índices. Um determinado exercício ano é considerado a base, e seu valor será associado a 100. Dessa forma, os índices dos exercícios sociais subsequentes serão todos expressos em termos do índicebase (100). 21 Os Cálculos Os número índices foram encontrados dividindose os valores do ano de dez/x2 pelos valores de dez/x3 e multiplicandose por 100, ou seja, foi usado com base, o ano imediatamente anterior, isto não é uma regra, pois poderia ser escolhido um ou alguns anos com base e a evolução ou involução dos outros anos seriam analisados em relação ao período ou períodos base. 22 Significado dos números índices: Para conhecer a variação dos números índices e consequentemente seu significado basta fazer a subtração deste número por 100, o resultado será a variação. Por exemplo: Conta Dez/X2 AH Dez/X3 AH D Ex.: AC 520 100% 612 118% 18% 3.2. Análise de Evolução ou Horizontal AH = Análise Horizontal D= Variação (crescimento) 612 (base dez/x3)/520(x2) = 1,17692 x 100 = 117,69231 100 = 17,69231 23 24 4

3.2. Análise de Evolução ou Horizontal 3.3. Análise por Diferenças Absolutas 3.2.2. Análise de Evolução Nominal Quando não leva em consideração a inflação ocorrida no período. Ex.: Total do Ativo 31.12.X2 31.12.X3 Valor R$ 1.150,00 R$ 1.532,00 Percentuais 100% 133% Crescimento 33% Obs.: Este crescimento de 33% pouco ou nada representa, tendo em vista que a inflação do período pode ter sido inferior, igual ou até superior a tal percentual 25 Objetivo: Avaliar qualitativa e quantitativamente os novos recursos injetados na empresa e a forma como esses recursos foram aplicados 26 3.3. Análise por diferenças Absolutas 3.3. Análise por diferenças Absolutas Componentes 31.12.X2 31.12.X3 Origens Aplicações AC ARLP AP 520 100 530 612 80 840 20 92 310 Total do Ativo 1.150 1.532 20 402 Contas do Ativo Contas do Passivo Aumentos = Aplicações Diminuições=Origens Aumentos= Origens Diminuições= Aplicações PC PELP REF PL 285 250 615 330 220 20 962 45 20 347 Total do Passivo 1.150 1.532 412 30 27 30 Contas de Natureza Devedora Contas de Natureza Credora Aumentos=Aplicações Diminuições=Origens Aumentos= Origens Diminuições=Aplicações 28 3.3. Análise por diferenças Absolutas 3.4. Análise por Quocientes Baseiase na diferença dos saldos do inicio e fim do período, para determinar o fluxo de origens e aplicações de recursos Origens O grupo que apresenta a maior origem é o Patrimônio Líquido (347). Somandose as origens: Ativo 20 + Passivo 412= 432 Aplicações O grupo que apresenta a maior aplicação é o Ativo Permanente (310). Somandose as aplicações: Ativo 402 + Passivo 30= 432 É determinada em função da relação existente entre dois elementos, indicando quantas vezes um contém o outro ou a proporção de um em relação ao outro. Avaliar a capacidade financeira da empresa, para satisfazer compromissos de pagamento com terceiros. 29 30 5

3.4.1 Índices de Liquidez 3.4.1.1 Liquidez Absoluta, Imediata ou Instantânea (LI) Li = Disponivel / PC 70/330 0,21 3.4.1.2. Liquidez Seca (LS) LS = AC Estoques/PC 612 350/330 0,79 Se o quociente fosse igual a 1, indicaria que os estoques da empresa estariam totalmente livres de dívidas, ou seja, se a empresa negociasse o AC (sem os estoques), pagaria as dívidas de curto prazo (PC) e restaria todo o estoque livre de dívidas, para que a empresa pudesse trabalhar. 31 3.4.1.3. Liquidez Corrente (LC) Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos, financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são evidenciadas respectivamente como Ativo Circulante e Passivo Circulante. LC = AC/PC LC = 612/330 = 1,85 32 Resultado da liquidez corrente 3.4.1.4. Liquidez Geral (LG) Maior que 1: Resultado que demonstra folga no disponível para uma possível liquidação das obrigações. Se igual a 1: Os valores dos direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da empresa, incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes valores também são obtidos no balanço patrimonial. LG = Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) Se menor que 1: Não haveria disponibilidade suficientes para quitar as obrigações a curto LG= 612 + 80 / 550 = 1,25 prazo, caso fosse preciso. 33 34 SG= AT/PE 3.4.1.5. Solvência Geral (SG) Ativo Total/ Passivo Exigível SG= 1.532/550= 2,7 Indica que, para cada real de dívidas totais com terceiros (Passivo Exigível), a empresa dispõe de R$ 2,78 no ativo total para pagar, ou seja, se negociar o ativo total, para cada R$ 2,78 que receber, paga R$ 1,00 e sobram R$ 1,78. Resultado da Solvência Geral Notas: Se o grau de solvência for: 1. Igual a um, a empresa estaria operando em estado de préinsolvência (situação nula); 2. Menor que um, a empresa seria insolvente, ou seja, estaria em estado de passivo a descoberto; 3. Maior que um, quanto mais elevado pode ser uma situação de vantagem competitiva no mercado, aparentando ser uma situação boa. 35 36 6

3.5. Índices de Endividamento 3.5.1. Endividamento Total ET = PE / AT = Passivo Exigível (PC + PELP) / Ativo Total ET = 550/1.532 = 0,36 Para cada real (R$) do ativo total, R$ 0,36 estão presos a dívidas, R$ 0,64 estão livres. 3.5.2. Garantia de Capital de Terceiros (GT) GT = PL/PE = Patrimônio Líquido Passivo Exigível (PC + PELP) GT= 962/550 = 1,74 Indica que para cada real de dívidas com terceiros, existem R$ 1,74 de Capital Próprio. 37 38 3.5.2. Garantia de Capital de Terceiros (GT) Obs.: Alguns analistas costumam calcular tal índice da seguinte forma: GT = PE/PL = 550/962 = 0,57 Indica que para cada real (R$) de capital próprio (PL), Existem R$ 0,57 de capital de terceiros 3.5.3 Relação de Dívidas de Curto Prazo (PC) com Dívidas Totais com Terceiros (PE) Quociente = PC/PE Passivo Circulante/ Passivo Exigível (PC + PELP) 330/550 = 0,60 Indica que, para cada real (R$) de dívidas totais com Terceiros (PE), R$ 0,60 são de curto prazo (PC) e R$ 0,40 (R$ 1,00 R$ (PE). 39 40 0,60) são de longo prazo (PELP). 3.6. Índices de Rotação Determinam o giro (velocidade) dos valores aplicados. 3.6.1. Rotação do Ativo Giro = Vendas/ AT 3.000/1.532 = 1,95 Vendas promovem o giro de 1,95 o Ativo total. Quanto maior for o índice, melhor será o aproveitamento dos recursos aplicados no ativo 41 3.6.2. Rotação do Patrimônio Líquido Giro = Vendas/ PL 3.000/ 962 = 3,11 Se as vendas tivessem sido atendidas somente com os recursos próprios da empresa (PL), teriam um giro de 3,11 vezes o valor do PL. Quanto maior for o índice, melhor será o aproveitamento dos recursos aplicados pelos sócios ou acionistas no PL 42 7

3.6.3. Rotação ou Giro do Ativo Operacional (RAO) RAO = Vendas Líquidas / Ativo Operacional 3.000/ 1.262 = 2,37 AO = AC + AP (Imobilizado e Diferido) Vendas promovem um giro de 2,37 vezes o montante dos Recursos aplicados no AO. Quanto maior for o índice, melhor será o aproveitamento dos recursos aplicados no ativo operacional 43 3.6.4. Rotação ou Giro do Ativo Total Médio Giro = VL / ATM Vendas Líquidas/ Ativo Total Médio Ativo Total Médio = Ativo Inicial + Ativo Final/2 1.150 (X2) + 1.532 (X3)/2 = 1.341 Giro = 3.000/1.341 = 2,24 Vendas promovem um giro de 2,24 vezes o valor aplicado no ativo total médio. Quanto maior for o índice, melhor será o aproveitamento dos recursos aplicados no ativo 44 3.6.5. Prazo Médio de Renovação de Estoques: Giro = CMV ou CPV/ EM Estoque Médio = Estoque Inicial (X2) + Estoque Final(X3)/2 Estoque Médio= 220+350/2 = 285 Giro = 1.800/285 = 6,31 O estoque girou (Renovação) mais de 6 vezes durante o ano. Quanto maior o índice, melhor será 3.6.5. Prazo Médio de Renovação de Estoques: Giro = CMV ou CPV/ EM Prazo = Período / Giro = 360 dias/6,31 = 57 dias A cada 57 dias, a empresa renova totalmente seus estoques. Se o giro fosse 12, a cada mês (30 dias) a empresa renovaria seus estoques. a rotatividade dos estoques 45 46 3.6.6. Prazo Médio de Recebimento de Contas a Receber Giro= Vendas a Prazo / Média de Valores a Receber Média de Valores a Receber = MVR MVR= Dupls. A Receber (Inicial (X2) + Final (X3)/2 MVR= 260+200/2= 230 Giro= 3.000 (X3)/230 = 13 vezes Prazo = Período/ Giro = 360/13 = 27 dias A cada 27 dias em média houve uma venda completa, ou seja, venda e recebimento. A empresa vendeu e recebeu 13 vezes durante o ano 47 3.6.7. Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores Giro = Compras à Prazo/Média de Fornecedores 1930/190 = 10 A empresa comprou e pagou em média 10 vezes durante o ano Compras CMV =Ei (estoque incial) + C(compras) EF(estoque final) 1800 = 220 + C 350 C= 1800 220 + 350 = 1930 Média de fornecedores = Fornecedores (inicial + final)/2 180 + 200 / 2 = 190 48 8

3.6.7. Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores Prazo= Período / giro = 360/10 = 36 dias A cada 36 dias, em média, a empresa efetuou uma compra completa, ou seja, comprou e pagou. Notas: 1. Prazo fixado em número de dias; 2. Prazos Médios cuidado com o efeito da sazonalidade do valor; 3. Período correspondente ao balanço a ser analisado, ou seja. 1 ano ou 360 dias comerciais. 49 3.6.8. Imobilização do Capital Próprio (ICP) ICP = AP/ PL = 840/962 Análise: 87% do PL estão aplicados no AP, e 13% do PL estão aplicados no restante do ativo (AC + ARLP) 50 3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade Avaliar o rendimento. 3.7.1.2. Lucratividade Operacional ou Margem Operacional 3.7.1. Índices de Lucratividade 3.7.1.1. Lucratividade s/ Vendas ou Margem Líquida Taxa = LOL x 100/ Vl = 170/3000 x 100 = 5,6% O LOL corresponde a 5,6% do valor das Vl. Taxa = LLE x 100/VL = 120x 100/ 2000 = 4% LLE corresponde a 4% das Vendas Líquidas. 51 52 3.7.1.3. Lucratividade Bruta ou Margem Bruta sobre Vendas Taxa = Lb x 100/Vl = 1200/3000 x 100 = 40% O LB corresponde a 40% do valor das Vl 3.7.1.4. Lucratividade NãoOperacional ou Margem NãoOperacional (+) Receita NãoOperacional 20 () Despesas Não Operacional 30 (=) Prejuízo NãoOperacional 10 Taxa = RNO / Vl = 10/3000 x 100 = 0,33% 53 O prejuízo nãooperacional corresponde a 0,33% do valor das Vl. Este resultado contribuiu para a redução do LLE. 54 9

3.7.2. Índice de Rentabilidade Representam a relação correspondente aos rendimentos e o capital investido na empresa. 3.7.2.1. Rentabilidade do Capital Próprio (PL) ou Taxa de Retorno sobre o PL Taxa = LLE x 100/ PL = 120 x 100/962 = 12,47% Indica a remuneração do capital dos proprietários (PL) aplicados na empresa. É possível calcular também a rentabilidade do capital próprio inicial e médio, bastando colocar no denominador o PL inicial ou a média entre os PL inicial e final. 55 3.7.2.2. Rentabilidade do Ativo Final ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Final Taxa = LLE x 100/ Ativo Total = 120 x 100/15322 = 7,83% Indica o retorno do Lucro Líquido sobre o valor do ativo total. Podemos calcular a rentabilidade do Ativo Total Médio ou do Ativo Total do início do período. 56 3.7.2.3. Rentabilidade do Ativo Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Investimento Total 3.7.2.3. Rentabilidade do Ativo Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Ativo Total Médio ou Taxa de Retorno sobre o Investimento Total Taxa (TIR) = Margem Líquida x Giro do Ativo Médio 4 x 2,24 = 9% (Ver ítem 3.7.1.1 e 3.6.4) Taxa = LLE/VL x VL/ATM x 100 = LLE/ATM x 100 Taxa = 120 x 100/1.341 = 9% (O LLE corresponde a 9% do ATM) 57 Esta taxa mede o poder de ganho da empresa, ou seja, para cada R$ 100,00 investidos há um ganho de R$ 9,00 ( R$ 100,00 x 9%). Um índice que pode ser calculado. A partir da TIR é o chamado payback do investimento ou tempo de recuperação do capital investido, que indica quantos anos demora, em média, para que a empresa obtenha de volta seu investimento. 58 3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade 3.7.2.4.Taxa de Rentabilidade sobre o Capital realizado PayBack = 100/tir = 100/9= 11,11 anos O retorno do investimento é de 11 anos. LLE x 100/CR = 120/500 x 100 = 24% Indica o retorno do Lucro Líquido sobre o valor do Capital Realizado. Podemos calcular a rentabilidade do Capital Realizado Médio e no início do Período. 59 60 10

3.7.2.5. Taxa de Retorno sobre o Investimento Operacional 3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade Taxa = LOL x 100/ VL x VL / AO LOL / AO (*) x 100 Taxa = 170 x 100/ 1.262 = 17.000/1.262 = 13% 61 Taxa = Margem Operacional x Giro do Ativo Operacional Taxa= 5,6 x 2,37 = 13% Ítem 3.7.1.2 e 3.6.3 Significa que as vendas produziram um retorno, em termos de Lucro Operacional Líquido (LOL), de 13% dos valores aplicados no Ativo Operacional. AO = AC + AP (Imobilizado e Diferido) Este índice pretende medir a eficiência, ou seja, como os administradores aplicaram os recursos em investimentos destinados a uso e operação na empresa (ativo Operacional), de modo a contribuir para a geração de vendas. A análise mostra que, para aumentar a rentabilidade sobre os recursos aplicados no ativo operacional, a empresa dispõe de três caminhos: aumentar a margem operacional, aumentar o giro do ativo ou uma 62 3.7. Índices de rentabilidade e Lucratividade Taxa = Margem Operacional x Giro do Ativo Operacional Taxa= 5,6 x 2,37 = 13% 63 Significa que as vendas produziram um retorno, em termos de Lucro Operacional Líquido (LOL), de 13% dos valores aplicados no Ativo Operacional. AO = AC + AP (Imobilizado e Diferido) Este índice pretende medir a eficiência, ou seja, como os administradores aplicaram os recursos em investimentos destinados a uso e operação na empresa (ativo Operacional), de modo a contribuir para a geração de vendas.a análise mostra que, para aumentar a rentabilidade sobre os recursos aplicados no ativo operacional, a empresa dispõe de três caminhos: aumentar a margem operacional, aumentar o giro do ativo ou uma combinação desses dois. 64 11