Relatório da Gestão da Empresa Sadia S/A.
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- Valentina Bandeira Natal
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1 Relatório da Gestão da Empresa Sadia S/A. A política de gestão da Empresa Sadia S/A, está estruturada fortemente pelos seus índices financeiros, que se comportaram da seguinte maneira nos períodos analisados entre 2002 a 2007, entre eles estão os mais relevantes: # Liquidez Corrente: Apresentou uma relevância, em relação a 1 (uma) unidade monetária de Bens e Direitos de Curto Prazo para fazer frente com Obrigações de Curto Prazo, relevância essa que se deu com evoluções de 2002 a 2007, justificada pelo aumento do Ativo Circulante e diminuição do Passivo Circulante, mantendo uma média anual de R$ 1,73, ou seja, a empresa paga suas obrigações de Curto Prazo e ainda sim lhe resta R$ 0,73 centavos para dar continuidade em sua vida empresária. # Liquidez Seca: Apresentou uma relevância, em relação a 1 (uma) unidade monetária de Bens e Direitos, excluídos os Estoques, de Curto Prazo para fazer frente com Obrigações de Curto Prazo.Levando em consideração da análise anterior (liquidez corrente), a empresa detém o seguintes estoques: *VALOR DOS ESTOQUES 2002: 0,40 *VALOR DOS ESTOQUES 2003: 0,41 *VALOR DOS ESTOQUES 2004: 0,44 *VALOR DOS ESTOQUES 2005: 0,47 *VALOR DOS ESTOQUES 2006: 0,59 *VALOR DOS ESTOQUES 2007: 0,60 De 2002 a 2007 a empresa manteve uma média anual de R$ 1, 25, que demonstra que a empresa paga suas obrigações, e ainda lhe resta R$ 0,25 centavos para dar continuidade em suas atividades. Diante disso, esse índice é bem conservador, e geralmente, é adotado para fins de tomada de créditos. # CCL: Demonstrou uma evolução considerável nos períodos analisados, evolução essa justificada pelo aumento relevante das Disponibilidades, que variou de 83,90% em 2003 para 161,20% em 2004 e se manteve evoluindo nos anos seguintes, mantendo uma média de CCL anual de R$ 6.030,21 (em milhões). Com isso demonstra que a empresa apresenta um Caixa saudável. # Independência Financeira: A empresa é totalmente independente financeiramente, isso se explica pela evolução que a empresa demonstra no decorrer dos anos pelos índices apresentados com uma média anual de R$ 0,31 centavos, já Dependência Financeira está em involução em média anula de R$ 0,69 centavos. Os demais índices financeiros mostram uma evolução considerável, exceto o índice de Grau de Endividamento, que apresentou uma involução em média anual de R$ 1, 27, involução justificada, pela diminuição das obrigações de curto prazo (passivo circulante) e o aumento do capital próprio.
2 Com relação a sua a sua capacidade de pagamento demonstra que é rentável, porque apresenta um percentual de retorno, acima do que se aplicado no mercado que é consideravelmente menor, com exceção do ano de 2006 que apresentou uma rentabilidade menor a do mercado, esse fato se explica devido a crise da Gripe Aviária, que se resultou uma ausência de demanda por parte dos consumidores, gerando uma diminuição em seu faturamento nesse mesmo ano. (**) Diante disso, segue o exposto sobre a relação de aplicação do Capital Próprio, no Mercado ou na própria Empresa: CUSTO DE OPORTUNIDADE A.M 0,67% 2002 CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NA EMPRESA: R$ 496,81 MAIOR CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NO MERCADO: R$ 32,56 A.M. R$ 390,76 A.A. MENOR 2003 CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NA EMPRESA: R$ 1.006,54 MAIOR CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NO MERCADO: R$ 38,44 A.M. R$ 461,34 A.A. MENOR 2004 CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NA EMPRESA: R$ 1.077,87 MAIOR CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NO MERCADO: R$ 34,57 A.M. R$ 414,85 A.A. MENOR 2005 CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NA EMPRESA: R$ 1.426,01 MAIOR CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NO MERCADO: R$ 54,96 A.M. R$ 659,50 A.A. MENOR **2006 CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NA EMPRESA: R$ 681,74 MENOR CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NO MERCADO: R$ 62,21 A.M. R$ 746,47 A.A. MAIOR 2007 CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NA EMPRESA: R$ 1.384,63 MAIOR CAPITAL PRÓPRIO APLICADO NO MERCADO: R$ 72,43 A.M. R$ 869,15 A.A. MENOR
3 Com relação à política de vendas, a empresa se comporta nos períodos analisados da seguinte maneira: GESTÃO DE VENDAS VENDAS Á PRAZO 2003: 56,23 % VENDAS Á VISTA 2003: 43,77 % VENDAS Á PRAZO 2004: 8,67 % VENDAS Á VISTA 2004: 91,33 % VENDAS Á PRAZO 2005: 10,48 % VENDAS Á VISTA 2005: 89,52 % VENDAS Á PRAZO 2006: 9,61 % VENDAS Á VISTA 2006: 90,39 % VENDAS Á PRAZO 2007: 6,82 % VENDAS Á VISTA 2007: 93,18 % Diante do gráfico acima, mais uma vez se confirma o potencial de capital de giro da empresa. Com relação à política de compras, a empresa se comporta nos períodos analisados da seguinte maneira: GESTÃO DE COMPRAS COMPRAS Á PRAZO 2003: 14,81 % COMPRAS Á VISTA 2003: 85,19 % COMPRAS Á PRAZO 2004: 13,42 % COMPRAS Á VISTA 2004: 86,58 % COMPRAS Á PRAZO 2005: 15,55 % COMPRAS Á VISTA 2005: 84,45 % COMPRAS Á PRAZO 2006: 15,09 % COMPRAS Á VISTA 2006: 84,91 % COMPRAS Á PRAZO 2007: 13,57 % COMPRAS Á VISTA 2007: 86,43 % Diante do gráfico acima, conclui-se que a empresa está pagando o maior percentual á vista, ou seja, não está acumulando obrigações de Curto Prazo, o que não afeta o CCL, que com isso é positivo. Isso ilustra o que já havia sido comentado anteriormente, que a empresa possui um Caixa saudável e compatível, para fazer frente com suas obrigações de Curto Prazo. A respeito dos Indicadores de Gestão de Recursos, eles são ferramentas que servem para medir quantos dias a empresa demora, em média, para receber suas vendas, para pagar suas compras e para renovar o seu estoque. Portanto, os seus prazos médios tiveram o seguinte comportamento: # (+) Com relação ao Prazo Médio de Renovação dos Estoques (P.M.R.E.): Nos períodos de 2003 a 2007: ,23 dias / ,15 dias / ,96 / ,43 dias / ,37 dias. Diante dos dados apresentados, temos as seguintes conclusões: em 2003 a empresa teve em média 132,23 dias para vender seus estoques; em 2004 a empresa teve em média 118,15 dias para vender seus estoques; em 2005 a empresa teve em média 109,96 dias para vender seus estoques; em 2006 a empresa teve em média 133,43 dias para vender seus estoques e em ,37 dias para vender seus estoques. Mantendo uma média anual de 121,23 dias para renovar seus estoques.
4 # (+) Com relação ao Prazo Médio de Duplicatas a Receber (P.M.D.R.): Obtivemos os seguintes dados: ,22 dias / ,21 dias / ,68 / ,76 / ,17 dias. Com isso, temos os seguintes resultados: a empresa apresentou uma involução desse prazo, isso é bastante significativo, porque uma vez que a Conta Clientes ou Duplicatas a Receber (curto prazo) forem antigas, é uma evidência que haja clientes inadimplentes, o que acaba gerando uma imobilização de recursos que não poderão ser transformados em dinheiro. # (=) Com relação ao Ciclo Operacional: Esse ciclo representa a soma do prazo médio dos estoques e do prazo médio de duplicatas a receber. A empresa apresenta em todos os períodos analisados, um ciclo bem considerável, isto é, a empresa compra mercadorias, agrega valores a essa nova entrada de mercadoria e depois a vende, completando então seu Ciclo Operacional, que nada mais é do que o ciclo das vendas, que em média se completa em 190,04 dias ao ano. # (-) Com relação ao Prazo Médio de Duplicatas a Pagar (P.M.D.P.): O resultado desse índice é o mesmo entendimento do prazo médio de duplicatas a receber, só que se refere ao passivo, e por isso esse prazo apresentou prazos maiores e em evolução, é o que demonstra a inadimplência para com os fornecedores, se a conta Fornecedores ou Duplicatas a pagar estiverem com saldos antigos. Está muito bem justificado e ratificado pela gestão de compras que a empresa adotou. # (=) Ciclo Financeiro: Esse ciclo representou um período de pagamento médio de 141,24 dias. O Fluxo de Caixa se dá pela diferença entre o Ciclo Operacional (vendas Entradas) e o Financeiro (pagamentos Saídas). A empresa possui um fluxo de caixa com excesso de entradas sobre as saídas em todos os períodos analisados. Diante de tudo o que foi citado, explicado e justificado dos Prazos Médios, a empresa apresentou o seguinte resultado: em todos os anos a política de gestão da empresa está Financiando Terceiros, ou seja, ela quita primeiro suas obrigações para com fornecedores e recebe depois seus direitos de seus clientes. O ideal seria que a empresa atingisse uma posição em que a soma do Prazo Médio de Renovação de Estoques com o Prazo Médio de Recebimento de Vendas fosse igual ou inferior ao Prazo Médio de Pagamento de Compras: Prazo Médio de Renovação de Estoques + Prazo Médio de Recebimento das Vendas 1 Prazo Médio de Pagamento de Compras
5 Dessa forma, a empresa poderia vender a receber a mercadoria adquirida para, depois, liquidá-la junto a seu fornecedor. Com isso, a mesma teria uma certa folga em dias e seu posicionamento será favorável ou desfavorável. Com os resultados encontrados no período de 2003 a 2007, a empresa obteve as seguintes posições: ,84 / ,08 / ,17 / ,86 / ,95. Diante desses resultados a empresa apresenta uma posição desfavorável em todos os períodos, ou seja, menores ou iguais a 1 (um). Porém, essa posição pode mudar nos anos seguintes, devido a involução de um não para o outro. No que se diz a respeito às Aplicações de Recursos em todos os períodos, mostram que o Ativo Circulante obteve o maior percentual dentro da composição total do Ativo. E as Origens de Recursos, mostram que, de 2002 a 2005 o Passivo Circulante obteve a maior participação na composição total do Passivo e em 2006 a 2007 o maior percentual foi o do grupo Exigível a Longo Prazo. Isso demonstra que a empresa tem um equilíbrio em seus Investimentos. Com relação às despesas e aos custos, a maior despesa foi a com Despesas/Receitas Operacionais em todos os períodos e o maior Custo foi o com Custo de bens ou serviços vendidos. Com relação à predição: usamos como referência o Termômetro de Kanitz, que é uma ferramenta utilizada no mercado para o seguinte fim: prever falências. A empresa apresentou Solvência em todos os períodos analisados pelo Termômetro de Kanitz, tendo como relevância o ano de 2007 que apresentou um fator de 5,14 levando em consideração os índices de LS, LG, RPL, P.C. TERC. e L.C. Manteve uma média de 4,42 ao ano. Vale ressaltar que esta ferramenta, não deve ser considerada de maneira isolada, mas outros indicadores também deverão ser tomados para que haja maior eficiência de análise. Diante de tudo o que foi exposto, fica fortemente evidenciado que a Empresa Sadia S/A, é totalmente viável, tanto para investimentos vindos de fora, como para retorno para seus próprios sócios. No mercado ela detém uma grande fatia da demanda provocada pelos consumidores, com tudo o foi analisado e justificado, fica claro e confirmado de que a mesma trabalha com excelência, competência e qualidade em seu ramo de atuação no mercado. Aconselha-se a gestão que mantenha essa mesma política, até mesmo porque os resultados alcançados foram satisfatórios, só redobrando a atenção para as obrigações vencíveis a Curto Prazo ( período de 1 (um) ano), para não afetarem o seu capital circulante líquido.
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