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Imóvel que, pertencente à sociedade comercial que serve de residência para os sócios; Penhorabilidade, porque a caracterização do bem de família supõe que a propriedade seja da entidade familiar. (, 3ª T., unânime, REsp. nº 326.019/MA, Rel. Min. Ari Pargendler, abril/2002.) 1

O artigo 185 do CTN não traz como requisito essencial para caracterização da fraude à execução a citação válida. Contudo, possuímos jurisprudência dominante no sentido de que a fraude à execução apenas se configura quando demonstrado que a alienação do bem ocorreu após a efetiva citação do devedor, em sede de execução fiscal. A má-fé não pode ser presumida, sendo necessário que o exeqüente prove que o executado aliena seus bens após a ciência de que está sendo processado. (REsp 1044823/PR - Recurso Especial 2008/0067721-1 - Ministro Francisco Falcão - Primeira Turma - 02/09/2008) Se o sócio alienou bem de sua propriedade antes de que lhe fosse redirecionada a execução fiscal originariamente proposta contra sociedade de que fazia parte, não há fraude à execução. (REsp nº 172.036/SP 2ª T. Rel. Min. Ari Pargendler DJU 14/12/1998, p. 212.) A não-localização de bens penhoráveis não se presume, devendo ser demonstrado o esgotamento das diligências para localização de bens pela exequente. (AgRg no REsp 1125983 / BA - Agravo Regimental no Recurso Especial 2009/0041113-2 - Ministro Humberto Martins Julgamento: 22/09/2009) 2

É possível o bloqueio de valores depositados em conta corrente, mas somente após a constatação da inviabilidade dos meios postos à disposição do exequente para a localização de bens do devedor, d ou quando os bens penhorados se mostrarem de difícil alienação. ( - AgRg no REsp 1041351/MG - Agravo Regimental no Recurso Especial 2008/0060893-9 - Ministro Castro Meira - 02/09/2008) 1. Quanto ao recurso fazendário, conforme preceitua o art. 185-A do CTN, apenas o executado validamente citado que não pagar e nem nomear bens à penhora é que poderá ter seus ativos financeiros indisponibilizados por meio do BACEN-JUD. 2. Uma das bases do Estado Democrático de Direitoéadequealeiéimpostacontratodos, e a Fazenda Pública não foge a essa regra. É inadmissível indisponibilizar bens do executado sem nem mesmo citá-lo, sob pena de violação ao princípio do devido processo legal. ( - REsp 1044823/PR - Recurso Especial 2008/0067721-1 - Ministro Francisco Falcão - Primeira Turma - 02/09/2008) O art. 185-A do CTN, acrescentado pela Lei Complementar no 118/05, também corrobora a necessidade de exaurimento das diligências para localização dos bens penhoráveis, pressupondo um esforço prévio do credor na identificaçãodopatrimôniododevedor. (REsp nº 796.485/PR Recurso Especial nº 2005/0188.407-0 Rel. Ministro Castro Meira DJ 13/03/2006, p. 305) 3

2. O fato de o Juiz do processo do inventário haverprocedidoàpartilhadosbenssemexigir a prévia comprovação do pagamento do imposto não pode alterar o prazo decadencial, que não se suspende nem se interrompe. ( - AgRg nº REsp 577899 / PR - Agravo Regimental no Recurso Especial 2003/0157152-8 - Ministro Castro Meira - 13/05/2008) Não cabe ao Judiciário, contrariando lei expressa, autorizar a contratação de contribuinte com a Administração Pública sem prova da regularidade de suas obrigações. (RMS nº 9.938/RO Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 1998/0041.250-6 Rel. Ministro José Delgado DJ 15/03/1999.) Súmula 270 O protesto pela preferência de crédito, apresentado por ente federal em execução que tramita na Justiça Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal. 1. É pacífico o entendimento de que, ante a preferência dos créditos trabalhistas face os créditos tributários, o produto da arrematação realizada na execução fiscal deve ser colocado à disposiçãoi do juízo falimentar para garantir a quitação dos créditos trabalhistas. Trata-se de interpretação sistemática dos arts. 29 da Lei 6.830/80 e 186 e 187 do Código Tributário Nacional - CTN. 4

2. Respeita-se o prosseguimento do processo executivo fiscal, contudo, o produto da alienação é que deve ser colocado à disposição do Juízo Falimentar, satisfazendo a preferência legal. (AgRg no Ag 111589/SP - Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 2008/0240682-8 Min. Mauro Campbell Marques Julgamento: 28/09/2009) 1. O Código Tributário e a Lei nº 6.830/80 prevalecem sobre a Lei nº 6.024/74 ao disporem sobre a não-sujeição da Fazenda Pública ao concurso de credores nos casos de liquidação extrajudicial. 2. Sejam créditos tributários cujos fatos geradores tenham ocorrido em momento anterior ou posterior à quebra, a forma de cobrança se dá igualmente, por meio de execução fiscal, quenão é atraída ou suspensa pelo juízo do concurso de credores. (REsp 902771/RS - Ministro Castro Meira - Segunda Turma - 04/09/2007) 1. Os créditos de FGTS equiparam-se aos créditos trabalhistas, gozando de prerrogativas semelhantes (art. 2º, 3º, da Lei nº 8.844/94). 5

2. Os créditos de natureza trabalhista preferem a todos os demais, inclusive os tributários (art. 186 do CTN), independentemente de penhora na respectiva execução. (REsp 1029289/RS - Recurso Especial 2008/0026573-0 - Ministro Castro Meira - T2 - Segunda Turma - 17/06/2008) I. Efetuada a penhora na execução fiscal, não háquesecogitardereservadenumerário,no juízo da concordata, o que se constituiria, sem dúvida, em garantia dúplice, que se não comprazcomodispostonoart.188, 1º,do Código Tributário Nacional. II. O processo de concordata não paralisa a execução fiscal nem desconstitui a penhora, uma vez que a execução fiscal prossegue até a alienação do bem penhorado. ( - DJ 12/11/2001, p. 134; LEX vol. 149, p. 120; R vol. 152, p. 215.) A remuneração do síndico da falência goza de preferência sobre os créditos tributários. (REsp nº 135.296/MG Recurso Especial nº 1997/0039.530-8 Rel. Ministro Aldir Passarinho Júnior DJ 19/08/2002, p. 167) 6

STF Súmula nº 563 O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único, do art. 187 do Código Tributário Nacional, é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da Constituição Federal (de 1967 ). Penhorado o bem exclusivamente na execução fiscal proposta pela Fazenda Estadual, não é lícito à Fazenda Nacional, sob argumento de ser credora preferencial e possuir execução contra o mesmo devedor, apropriar-se do fruto da venda do bem constrito. (, 2ª T., unânime, REsp nº 101.494/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, setembro2002.) A União e suas autarquias preferem aos Estados, mas quando tiver sido ajuizada a execução, com a instauração do concurso de credores (CTN, art. 187). Não é lícita sua intervenção em execução movida pela autarquia estadual. Deverá ajuizar execução própria, exercendo oportunamente sua preferência. (, 1ª Turma, unânime, REsp nº 60.825/SC, Rel. Min. Garcia Vieira, abril/2001.) 7