Objetivos da SMAM 2013

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Transcrição:

Objetivos da SMAM 2013 1. Conscientizar da importância dos Grupos de Mães (ou do Aconselhamento em Amamentação) no apoio às mães para iniciarem e manterem a amamentação. 2. Informar ao público sobre os benefícios dos Grupos de Mães (ou do Aconselhamento em Amamentação) e unir esforços para ampliar estes programas. 3. Incentivar quem apoia a amamentação, independentemente de suas profissões, a dar um passo à frente e capacitar-se no apoio às mães e seus bebês. 4. Identificar apoio comunitário a quem as mães que amamentam possam recorrer. 5. Convocar governos e centros de saúde para que cumpram os 10 Passos para uma Amamentação Bem Sucedida, principalmente o Passo 10 para melhorar a duração e os índices de amamentação exclusiva.

Respostas a crise ou Emergências Famílias e Apoio Social Sistemas de Saúde Governos/L egislação Locais de Trabalho e Emprego

Os cinco círculos de apoio ao Aleitamento Materno ilustram o suporte necessário para a decisão das mães em amamentarem e propiciam que de fato tenham uma experiência positiva. Na Semana Mundial de Aleitamento Materno 2008, já se havia falado destes círculos de apoio como algo vital para as mães. Assim como cada um dos círculos também já foram temas centrais de SMAM anteriores. No ano passado o tema central foi a EG que também engloba os assuntos dos círculos.

SISTEMAS DE SAÚDE Estes incluem várias oportunidades para apoiar o aleitamento materno: Pré-natal, Parto e nascimento, Pós-parto, Cuidados pós-natal, A equipe de saúde deve estar capacitada nas habilidades de comunicação para praticar o aconselhamento em aleitamento materno antes, durante e após o nascimento do bebê.

FAMÍLIAS E APOIO SOCIAL Companheiros/pais/esposos, família e amigos próximos constituem a rede de apoio mais imediata para as mães. O apoio social inclui a comunidade O apoio durante a gravidez reduz as tensões. O apoio durante o parto e nascimento fortalece as mulheres. O apoio da sociedade aumenta a auto confiança das mães e sua capacidade de amamentar não apenas nas primeiras semanas ou meses.

LOCAIS DE TRABALHO E EMPREGO As mulheres com emprego formal enfrentam desafios particulares e necessitam apoio extra para poder trabalhar e amamentar ao mesmo tempo. As oportunidades de apoio dependem das formas de trabalho, porém usualmente envolvem as que facilitem o contato mãe/bebê, a ordenha e o armazenamento do leite materno.

GOVERNOS/LEGISLAÇÃO As mulheres que planejam amamentar ou que já o fazem podem beneficiar-se dos documentos internacionais que protegem a alimentação infantil ótima, além dos financiados instrumentos, como as comissões nacionais. A legislação que protege contra o mercado agressivo de pseudo-substitutos do leite materno e as licenças-maternidade pagas são outros benefícios.

RESPOSTAS A CRISES OU EMERGÊNCIAS Este círculo de apoio representa a necessidade de apoio quando as mulheres encontram-se em uma situação inesperada ou muito séria que limita seu controle. Estes momentos requerem planejamento e apoio especial: desastres naturais, campos de refugiados, em processo de divórcio, doença crítica da mãe ou do bebê ou quando se vive em uma área de alta incidência de HIV/ AIDS sem apoio à amamentação.

Na visão das mulheres o que é apoio para amamentar?

Estudo (Müller,2008) Qualitativo Referencial teórico Representações Sociais Sujeitos 14 mulheres usuárias do sistema único de saúde, residentes no município de São Paulo com filhos de até 6 meses de idade, sem restrição de faixa etária, paridade, condição socioeconômica, raça ou cor, que estavam amamentando exclusivamente ou não. Local de estudo Centro de Saúde Escola Técnica de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas gravadas Análise de dados Discurso do Sujeito Coletivo

Objetivos do Estudo 1- conhecer as representações sociais de um grupo de nutrizes sobre o apoio para amamentar. 2- identificar as ações do entorno social que são percebidas por essas mulheres, como apoio em seus processos de amamentação.

Resultados Com base na análise do material verbal, emergiram cinco discursos sobre as experiências de amamentação das participantes do estudo. 1. Contexto hospitalar 2. Contexto familiar 3. Contexto do trabalho

Os discursos revelam Trajetórias de superação das dificuldades encontradas no estabelecimento da amamentação. Percepções sobre o apoio recebido nos contextos hospitalar, familiar e de trabalho.

Contexto hospitalar A percepção sobre o apoio oferecido neste contexto mostrou-se sustentada por uma interação efetiva estabelecida entre a mulher e o profissional. O ambiente, as informações e a qualidade da relação com os profissionais de saúde propiciaram às mulheres se sentirem atendidas em suas necessidades e apoiadas.

Contexto hospitalar De acordo com o relato das mulheres participantes do estudo pode-se compreender e traduzir o apoio no contexto hospitalar como instrumental ou seja, a ajuda prática, a transmissão de conhecimentos e o incentivo para a prática de amamentar. A experiência hospitalar foi percebida e relatada de forma positiva sendo que a representação do apoio para amamentar foi identificado por meio dos elementos afetivos envolvidos na interação com a equipe de saúde.

Apoio: o profissional que está ao lado Quando ela nasceu, meu peito encheu muito, foi leite pra trás do braço, aí elas (enfermeiras) vieram e me ensinaram a massagear, amamentar dos dois lados e sempre dar o leite todo até o fim. No hospital, me deram bastante apoio, me explicaram tudo direitinho (...). Elas vinham e ajudavam, mostravam como a gente tinha que fazer pra não pegá só o bico, pra não machucar (...) se elas não me ajudassem, eu não teria dado, porque no começo dói. (...) Eu gostei muito do cuidado delas, o jeito que ensinaram. Ela falou o que você precisar, eu estou aqui ao lado.

Contexto familiar A fala das mulheres revela que o apoio oferecido pelos familiares e amigos tem como base uma implícita valorização da mulher como mãe e que amamenta. Um dos elementos mais relevantes na representação do apoio neste contexto foi a ajuda prática, o fato de os membros da família terem assumido tarefas que, em tese, são da mulher, dentro da dinâmica familiar, propiciaram a ela dedicar mais tempo ao bebê e, consequentemente, à amamentação. Outro elemento de relevância foi o apoio emocional, reconhecido pelas manifestações de afeto e bem-querer por parte dos familiares.

Uma rede de apoio forma-se para a mulher amamentar Quando cheguei em casa (...) eu e minha filha tivemos muito amor, nos receberam com muito carinho (...) me senti acolhida (...). Eu tenho apoio, um vai lá adianta uma comida, outro ajeita uma coisa na casa e eu não preciso parar de amamentar, posso ficar com ela até que fique satisfeita. (...) Minha filha me ajudou muito a cuidar dela, limpar a casa, fazer serviço (...). Minhas irmãs sempre estão admirando ela, isso me ajuda bastante, eu me sinto mais confiante de ter alguém comigo. Minha mãe está em cima toda hora (...) ela tem feito tudo pra eu te uma boa amamentação (...). As irmãs da igreja me deram tudo compraram alimentos, roupa para a nenê, tudo que precisei. Também tem uma grande amiga que está sempre do meu lado, principalmente quando sinto que preciso desabafar conversar. Minha sogra (...) é como se fosse minha mãe. (...) Ela é ótima, me dá apoio emocional e ajuda no dia a dia (...).

Contexto de trabalho No que concerne ao ambiente de trabalho, as mulheres participantes deste estudo relataram dificuldades relativas à manutenção da amamentação. Em suas falas, percebe-se que identificam o desconhecimento e/ou descaso dos empregadores em relação à legislação de proteção à maternidade, gerando conflitos no relacionamento trabalhista e angústia materna para fazer valer seus direitos. Na percepção das mulheres do estudo, a sociedade não apoia a mulher que trabalha e amamenta.

Em busca de exercer o direito de amamentar após o retorno ao trabalho: onde está o apoio? Vou pegar 4 meses e 20 dias de licença-maternidade, estou dando nome nas creche (...) eu vou tentar que continue mamando o peito,(...) até 1 ano, mas, eu dou uma mamadeira de vez em quando para ele ir acostumando. A sociedade não apoia a mulher que trabalha e está amamentando. Eu sei que tenho direito por lei a uma hora por dia para amamentar (...) eles (empregadores) criam mais dificuldade (...) pela minha encarregada, quem está amamentando sairia no horário normal. Às vezes, fico estressada, porque ela não compreende o nosso lado (...). Eu estou sofrendo antecipadamente, porque se eu pudesse não voltar a trabalhar eu não voltava, mas a gente não tem condição (...). O maior apoio que a sociedade poderia dar seriam as empresas parar de ver a mãe como uma desocupada. (...) Pra consegui a exclusividade na amamentação, a licença de 6 meses tinha que virá lei mesmo. A mãe com 2 meses já começa a dar outros alimentos, porque tem que ir adaptando o paladar para ir pra creche. É muito sofrimento.

É possível inferir que, no ambiente público, a nutriz veja seu papel de mãe subjugado às exigências do setor produtivo, como se fosse possível uma ruptura dos papéis que a mulher representa na sociedade. As participantes deste estudo revelam que há uma falta de apoio estrutural que lhes proporcione condições para manter e conciliar a amamentação com suas atividades profissionais. A incongruência do apoio nos ambientes domésticos e de trabalho para a conciliação da amamentação e da atividade extralar tornam a manutenção da amamentação exclusiva uma tarefa difícil de ser alcançada pela mulher.

Considerações As diversas ações para apoiar a amamentação e os elementos que as compõem, foram mencionados como significativos para o alcance da experiência do amamentar. Sob o ponto de vista da mulher, o apoio pode ser entendido como um fenômeno social que engloba um conjunto de ações que devem ser oferecidas integralmente e em congruência com suas necessidades.

Instrumental Apoio para amamentar Estrutural Afetivo

Considerações Na perspectiva das mulheres participantes deste estudo, o apoio para amamentar relaciona-se à realidade em que vivem e às ações que lhes conferem oportunidade e condição física e emocional para amamentar. A vivência dessa realidade pressupõe a existência de relações interpessoais que valorizem seu papel materno e feminino na sociedade e de suportes concretos de fundo instrumental e estrutural, possibilitando seu trânsito como mãe e mulher na interface com o espaço público e privado.

Perspectivas e Desafios Os serviços de saúde precisam prover ações baseadas na percepção das mulheres com o objetivo de estabelecer uma parceria com a mulher, sua rede familiar e também integração com os aparelhos sociais disponíveis. Essa necessidade apresenta-se como um desafio para o profissional de saúde que atua no apoio ao aleitamento materno. Isso implica em superar a sua práxis ou seja, não somente o conhecimento técnico, mas, sobretudo, no exercício da competência para acolher dúvidas, preocupações, dificuldades das mães e seus familiares, por meio de escuta ativa, que revele disponibilidade, empatia e percepção para propor ações factíveis e congruentes ao contexto de cada família.

Habilidades para ouvir e aprender Habilidades para aumentar a confiança e oferecer apoio Competência para o cuidado em amamentação

Ouvir e aprender Possibilitam ao profissional compreender: - situação e condições de vida da mulher, - suas preocupações e sentimentos em relação à amamentação. - Quando o profissional de saúde aprende sobre as necessidades da mãe e seu bebê, ele tende a fazer sugestões mais realistas e fáceis de serem adotadas pela mãe. Aumentar a confiança e oferecer apoio Possibilitam ao profissional: - Criar ambiente em que a pessoa sinta-se bem consigo mesma. - Estimular a autoconfiança da mulher fazendo com que ela se sinta mais segura para tomar decisões e também resistir a pressões.

OBRIGADA! Fabiana Swain Müller Enfermeira Obstetra. Mestre em Enfermagem. Membro da IBFAN. Contato: muller_metne@terra.com.br Os membros da IBFAN não aceitam patrocínio das indústrias de alimentos infantis, mamadeiras e bicos, dos laboratórios farmacêuticos, da indústria bélica, de cigarros e de bebidas alcoólicas, por entender que isto envolveria um sério conflito de interesses e uma conduta não ética.