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Relato de Caso 1 Pcte do sexo masculino, 12 anos, com queixa de dor testicular há 1 semana
Anatomia
Diagnóstico Diferencial Torção do apêndice testicular: Sintomatologia mais gradual e responde bem ao tratamento conservador. USG: Lesão nodular bem definida e heterogênea, predominantemente hipoecóica localizada entre o epidídimo e o testículo. Doppler: nódulo avascular, circundado por halo de fluxo periférico. Posteriormente: foco de calcificação nodular adjacente ao testículo.
Diagnóstico Diferencial Orquiepididimite: Quadro clínico de edema, dor, febre. USG: Epidídimo: hipoecóico, com aspecto edemaciado tendendo a heterogeidade. Hidrocele e espessamento podem estar presentes. Testículo: aumento volumétrico do parênquima e ecotextura heterogênea. Quando focal apresenta-se como múltiplas lesões hipoecóicas dispersas. Doppler: aumento significativo do fluxo para o epidídimo e testículo.
Torção do Cordão Espermático Extravaginal Extratesticular Recém-natos nos primeiros dias de vida, na fase final da fixação dos testículos. Intravaginal Intratesticular Representa a maioria dos casos, ocorrendo em crianças maiores e adultos, sendo o seu pico na puberdade.
Manifestações e Exame Físico Dor de início súbito e grande intensidade, não relacionada a traumas ou exercícios físicos. Quadros iniciais podem apresentar somente edema e hiperemia da bolsa testicular ipsilateral, devido a congestão venosa. Exame físico: Testículo torcido mais alto e próximo à raiz da bolsa, fixo; Reflexo cremastérico: consiste em estimular a parte interna da coxa, obtendo como resposta positiva, a elevação do testículo, devido a contração do músculo cremáster. Quando presente exclui a hipótese de torção do testículo.
Diagnóstico e Tratamento Diagnóstico: Exame físico + método de imagem (USG - Doppler tem acurácia de 97% no diagnóstico) USG: Quadro inicial pode apresentar apenas discreta hidrocele reacional, necessitando de avaliação adicional com Doppler que evidencia redução significativa ou ausência de fluxo intratesticular. Testículo pode assumir uma posição mais alta na bolsa, com eixo horizontalizado. Redução da ecogenicidade e aumento da heterogeneidade. Epidídimo: aumentado com ecotextura heterogênea. Espessamento da pele escrotal devido ao edema. Fase crônica (>10 dias): a hidrocele está ausente, parede e pele escrotais voltam ao normal e o testículo encontra-se menor e difusamente hipoecóico.
Tratamento Tratamento: Cirúrgico, com avaliação da viabilidade do testículo e sua fixação a parede. 5 a 6h: 80 a 100% dos testículos; 6 a 12h: 70% >12h: 20% Testículos inviáveis devem ser removidos.
Relato de Caso 2 Pcte do sexo feminino, 42 anos, com queixa de cefaléia intensa.
Sem contraste Com contraste
Diagnóstico diferencial Lesões da parte anterior do terceiro ventrículo/quiasma óptico: Germinoma Metástase Cisto colóide (forâmen de Monro) Cisto glioependimário
Cisto Colóide Tumor congênito benigno, de origem neuroepitelial, que tem origem aderido na porção supero-lateral do III ventrículo, de aspecto cístico e contendo material mucóide em seu interior.
Cisto Colóide Incidência 0,5 a 1% dos tumores cerebrais primários; 15 a 20% das massas ventriculares Idade e sexo Adultos dos 20 ao 40 anos; raro nas crianças; M = F Localização: Mais de 90% adjacentes ao forame de Monro.
Cisto Colóide Quadro clínico: Cefaléia, vertigem, diplopia. Súbita interrupção da circulação do LCR com coma e morte tem sido relatada. Poucos cistos colóides são assintomáticos. Tratamento: A remoção completa por cirurgia aberta ou microcirugia estereotática é curativa A degeneração maligna não ocorre.
Controle após tratamento cirúrgico Sem contraste Com contraste