AULA 00 AULA DEMONSTRATIVA

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Transcrição:

AULA 00 AULA DEMONSTRATIVA 2. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. LEI 7.543/88 + decreto 2.993/89 RIPVA/SC SUMÁRIO 1. Considerações iniciais 7 2. O IPVA na CF/88 8 3. O IPVA na Lei 7543/88 e no RIPVA 3.1. Fato gerador do IPVA 13 3.2. Momento de ocorrência do FG 17 3.3. Contribuintes e Responsáveis 19 3.4. Base de Cálculo 21 3.5. Alíquotas 22 4. Isenções 24 5. Hipóteses de Não incidência 26 6. Pagamento do IPVA 28 7. Penalidades 29 8. Questões Propostas 30 Página 1 de 30

Olá meus amigos, guerreiros combatentes que serão meus colegas de profissão em 2019! Rumo ao FISCO!!!! Futuro (a) Auditor Fiscal do Estado de Santa Catarina! Em primeiro lugar, cumpre me a satisfação em lhe dar meus sinceros PARABÉNS pela sua coragem em se dedicar aos concursos públicos, principalmente na elite, que é área fiscal! Podem ter certeza, que esse pesado investimento de tempo, abdicação e grana serão recompensados, te digo do fundo do meu coração, vale MUITO a pena ser Fiscal! E essa vitória, você vai gozar o resto da vida! Tenho o mais profundo respeito e admiração pelo concurseiro, até pouco tempo atrás eu estava na situação de vocês e sei exatamente o quão difícil é, mas também sei as melhores formas de furar essa fila e tornar nosso estudo o mais proveitoso possível. Minha pretensão é tão somente fazer você gabaritar a prova de Legislação Tributária, respiro ICMS desde 2007 e pretendo usar minha experiência tanto em concursos públicos e como Coach, como na fiscalização para transmitir aos senhores os pontos que serão exigidos na prova, recheados de exemplos práticos e as pegadinhas, no intuito de fazer você assimilar os dispositivos legais que regem esse arcabouço Tributário. Vamos quebrar a banca senhores!!! tamu Junto! Seja muito bem-vindo (a) a este curso de LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL (Resumo teórico + questões comentadas), direcionado para sua preparação pro próximo certame da SEF-SC. Vamos vencer juntos todos os temas do edital, frisando as principais pegadinhas e a tendência da FCC, pra gente colocar o examinador no bolso. Como já é do conhecimento de todos, temos um edital na praça, com provas para 17 e 18/11 e ele não veio light, principalmente na nossa matéria! Mas que bom! Assumo essa responsabilidade de te levar pelo caminho das pedras, da maneira mais eficiente possível. Vamos pra cima! Nossa querida legislação tributária, veio com o maior peso dentre as disciplinas, representando 28% do concurso, portanto é ela quem vai separar os homens dos meninos. Página 2 de 30

Apresentação do professor Já que estaremos juntos nessa caminhada (até o churrasco de comemoração), deixa eu fazer uma breve apresentação para criarmos uma proximidade: André Fantoni Me chamo André Fantoni, sou Carioca da Gema, Bacharel em Ciências Navais, ex-oficial da Marinha formado pela Escola Naval, além de formação em nível superior em Comércio Exterior e possuo pós-graduação em Economia do Setor Público, Direito Administrativo e MBA em Comércio Exterior e MBA em Contabilidade e Direito Tributário (IPOG), além de diversos cursos ligados à área do ICMS pela Escola fazendária. Fui aprovado nos concursos da Escola Naval, TRF 5ª Região (Analista Administrativo) e SEFAZ-MT, onde atuo desde 2008, além de ser palestrante, autor e professor de cursos preparatórios e instrutor interno da Escola Fazendária. Atuo também como Coach e, tive ainda, a honra de publicar pela os Livros: Economia Questões Comentadas (Editora Ferreira) e Processo Administrativo Tributário no MT (Ed. Lumen Juris) Página 3 de 30

Quer tirar alguma dúvida antes de adquirir o curso? Deixo abaixo meus contatos: Instagram: @Professorandrefantoni Facebook: Prof e Coach Andre Fantoni YouTube: Professor Andre Fantoni Email: professorfantoni@yahoo.com.br Vale dizer que este curso é concebido para ser o seu único material de estudos, isto é, você não precisará adquirir livros ou outros materiais para tratar da nossa disciplina. É um curso mais prático, com resumo teórico e mais exercícios comentados, portanto é imprescindível que você tenha as leis e decretos exigidas no edital salvos numa pasta para consulta, quando necessário ok? A ideia é que você consiga economizar bastante tempo, pois abordaremos todos os tópicos exigidos nos editais e nada além disso. Com ele, você poderá estudar conforme a sua disponibilidade de tempo, em qualquer ambiente onde você tenha acesso a um computador, tablet ou celular, e evitará a perda de tempo gerada pelo trânsito das grandes cidades. Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso. Página 4 de 30

Informações sobre o curso 1. Conteúdo e cronograma das aulas Nosso curso será ministrado ao longo de 10 aulas, incluindo esta aula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo e compreende o conteúdo de Legislação Tributária conforme nosso edital: AULA 00 IPVA (Lei 7.543/88 e Decreto 2.993/89) 21/09/2018 AULA 01 ICMS Aspectos Constitucionais e Lei Complementar 24/75 27/09/2018 AULA 02 ICMS - Decreto nº 2.870/01 e Lei 10.297/96 Parte I 04/10/2018 AULA 03 ICMS - Decreto nº 2.870/01 e Lei 10.297/96 Parte II 11/11/2018 AULA 04 18/10/2018 AULA 05 ICMS - Decreto nº 2.870/01 e Lei 10.297/96 Parte III ICMS - Decreto nº 2.870/01 e Lei 10.297/96 Parte IV 25/10/2018 AULA 06 ITCMD (Lei 13.136/04 e Decreto 2.884/04) 01/11/2018 AULA 07 Processo Administrativo Tributário (Lei Complementar 465/09 e Decreto 3.114/2010) 05/11/2018 AULA 08 10/11/2018 AULA 09 Taxas (Lei 7.541/88 e Decreto 3.127/89), Infrações (Lei 5.983/81) e Lei Complementar 313/05 (Código de Direitos e Deveres do Contribuinte de SC) BIZUÁRIO FINAL + SIMULADO 13/11/2018 Página 5 de 30

2. Metodologia utilizada O curso seguirá o Edital N 001/SEF/DIAT/2018 de Abertura de Inscrições, exatamente o programa da disciplina. O curso contém teoria com questões comentadas intercaladas entre os diversos temas abordados. Assim, você tem a oportunidade de fixar imediatamente os assuntos após a leitura, além de explorar o assunto com o enfoque nas questões. A idéia é fazer um curso mais prático e dinâmico. Ao longo do curso serão disponibilizadas mais de 200 questões, fazendo com que você tenha uma visão completa do assunto. 3. Suporte Lembre-se que o curso não se resume à apresentação das aulas. Ao se inscrever há opção de também adquirir o fórum de dúvidas. Assim, vc poderá solucionar suas dúvidas através do respectivo fórum. Estarei sempre à disposição para responder aos seus questionamentos através do fórum de cada aula. Portanto, não guarde sua dúvida! Acione o fórum! Uma duvidazinha vira um problemão lá na frente. Página 6 de 30

IPVA 1. Considerações iniciais Historicamente, o IPVA, de competência dos Estados e do Distrito Federal, surgiu em substituição à antiga Taxa Rodoviária Única TRU, de competência da União e cobrada no licenciamento dos veículos. O IPVA nasceu através da Emenda Constitucional nº. 27, de 28.11.1985, que atribuiu aos Estados e ao Distrito Federal competência para instituir imposto sobre propriedade de veículos automotores. O IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - é um imposto estadual pago anualmente pelo proprietário de todo e qualquer veículo automotor ao qual seja obrigado o emplacamento. FGV 2008 SEFAZ/RJ FISCAL DE RENDAS No caso de o veículo utilizar força motriz complementar ou alternativa de fonte de energia natural, para efeito do IPVA: a) não se considera veículo automotor salvo se for veículo marítimo. b) considera-se veículo automotor apenas se a fonte de energia natural representar menos de 50% de sua força motriz. c) considera-se veículo automotor, mas o IPVA é devido na proporção da utilização da fonte alternativa. d) considera-se veículo automotor apenas se for veículo terrestre. e) considera-se veículo automotor. RESPOSTA: Letra e COMENTÁRIO: Entende-se por veículo automotor, o veículo autopropulsionado, ou seja, aquele que se locomove com seus próprios meios, o que envolve as aeronaves e as embarcações marítimas, além dos veículos terrestres. Página 7 de 30

A jurisprudência do STF entende que não há incidência do IPVA sobre as embarcações. Dessa forma, embarcações de alto luxo, como os iates, não pagam o IPVA, enquanto o proprietário de um veículo terrestre simples deve pagar esse imposto, o que, no mínimo, ofende os princípios da isonomia e da capacidade contributiva. RE n 134.509, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 13-9-2002; RE n 379.572, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 1-2-2008; RE n 414.259- AgR, Rel. Min. Eros Grau, DJe de 15-8-2008 2. O IPVA E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL A Constituição Federal de 1988, CF/88, em seu artigo 155, inciso III, assim definiu a competência para instituir o IPVA: CF/88 - Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:... III - propriedade de veículos automotores. A CF/88, em seu art. 155, 6º, inciso I, com a finalidade de evitar a guerra fiscal por parte dos Estados Federativos, em relação à propriedade dos veículos, estabelece que cabe ao Senado Federal estabelecer e fixar alíquotas mínimas a serem aplicadas ao IPVA. Infelizmente, essa Resolução do Senado, instituindo qual alíquota mínima a aplicar para o IPVA, ainda não existe. CF/88 Art. 155, 6º. O imposto previsto no inciso III: I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; Existe, também, no Art. 155, 6º, inciso II, a autorização constitucional para a possibilidade de que as alíquotas do IPVA possam ser diferentes de acordo com o TIPO ou a UTILIZAÇÃO do veículo. Página 8 de 30

CF/88 Art. 155, 6º. O imposto previsto no inciso III: II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. FCC 2016 PGE/MT ANALISTA De acordo com a Constituição Federal, o IPVA é imposto de competência estadual e I. terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal. II. poderá ter suas alíquotas máximas fixadas pelo CONFAZ. III. poderá ter alíquotas reduzidas quando o veículo não for automotor. IV. poderá ter alíquotas diferenciadas em função da utilização do veículo. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e IV. b) I e IV. c) II e III. d) I e II. e) III e IV. Comentários: I Correta O IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, conforme dispõe a CF/88, em seu art. 155, 6º, inciso I. II Errada Não há previsão constitucional, legal ou por convênio de alíquota máxima de IPVA. III Errada O IPVA incide somente sobre veículos automotores. Página 9 de 30

IV Correta A CF/88, art. 155, 6º, inciso II, prevê a possibilidade de que as alíquotas do IPVA sejam diferenciadas em função do tipo ou da utilização do veículo. Gabarito 1: B Seguindo o que a CF/88, em seu art. 150, 1º, diz a respeito do IPVA, ele é um imposto que está sujeito à anterioridade anual. Com relação à noventena é estabelecido que a fixação da Base de Cálculo NÃO estará sujeita a anterioridade nonagesimal. Um aumento de base de cálculo de IPVA ocorrido em 31 de dezembro pode ser cobrado a partir de 01 de janeiro. Pois assim acata a anterioridade anual e que não necessita respeitar a anterioridade nonagesimal. Art. 150 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 1º(...)a vedação do inciso III, c, (noventena) não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III (IPVA) e 156, I. Por fim, vamos falar sobre o que a CF/88 diz a respeito das repartições de receita do IPVA e o que o Regulamento do IPVA de Santa Catarina também dispõe. O IPVA é instituído e arrecadado pelo Estado, mas será devido ao município, onde o veículo é registrado, metade (50%) do valor decorrente do pagamento de IPVA. CF/88 - Art. 158. Pertencem aos Municípios: III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; Página 10 de 30

RIPVA - Art. 18. Do produto da arrecadação do imposto, 50% (cinquenta por cento) será repassado ao Município em que estiver registrado, matriculado ou licenciado o veículo. FCC 2018 PGE/TO - PROCURADOR Em 16 de novembro de 2016 foi publicada lei estadual, que produziu efeitos a partir da data de sua publicação, e que alterou a lei do IPVA de um determinado Estado brasileiro. As alterações promovidas implicaram a fixação da I. alíquota das motocicletas em percentual superior ao anteriormente fixado. II. alíquota dos veículos de carga, tipo caminhão, em percentual inferior ao anteriormente fixado. III. base de cálculo de veículos de passeio importados do exterior, em valor superior ao anteriormente fixado. De acordo com a disciplina constitucional, a norma relacionada com a situação mencionada acima, no item a) I já pôde ser aplicada desde 16 de novembro de 2016. b) I já pôde ser aplicada desde 1o de janeiro de 2017. c) II só pôde ser aplicada a partir de 1o de janeiro de 2017. d) III só pôde ser aplicada a partir de 1o de janeiro de 2017. e) III só pôde ser aplicada a partir de 15 de fevereiro de 2017. Comentários: Lei de 16 de novembro de 2016, no respeito a anterioridade e a noventena, uma lei que aumenta ou cria tributo só pode ser usada para cobrar o tributo no ano seguinte a sua instituição e noventa dias depois, respectivamente, e em regra. A exceção fia em relação ao aumento de base de cálculo do IPVA. Página 11 de 30

I Aumento de alíquota de IPVA deve respeitar anual e noventena, portanto, só pode ser cobrada em 15 de fevereiro de 2017, conforme art. 150, inciso III, b e c da CF/88. II Redução de alíquota não precisa esperar nenhuma anterioridade, pode valer a partir de 16 de novembro. III Aumento de base de cálculo de IPVA deve respeitar a anterioridade anual e não precisa respeitar os noventa dias, por isso, pode ser cobrado a partir do dia 01 de janeiro de 2017, conforme art. 150, 1º da CF/88. Gabarito: D FGV 2018 SEFIN/RO TÉCNICO TRIBUTÁRIO Sobre a repartição da receita obtida na arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), assinale a afirmativa correta. a) Pertence ao município, 50% (cinquenta por cento) do valor do IPVA arrecadado sobre a propriedade de veículo registrado, matriculado ou licenciado em seu território. b) Pertence ao município, 60% (sessenta por cento) do valor do IPVA arrecadado sobre a propriedade de veículo registrado, matriculado ou licenciado em seu território. c) Pertence ao Estado, 100% (cem por cento) do valor do IPVA arrecadado sobre a propriedade de veículo registrado, matriculado ou licenciado em seu território. d) Pertence ao município, 30% (trinta por cento) do valor do IPVA arrecadado sobre a propriedade de veículo registrado, matriculado ou licenciado em seu território. e) Pertence à União 10% (dez por cento) do valor do IPVA arrecadado sobre a propriedade de veículo registrado, matriculado ou licenciado no território brasileiro. Comentário: A porcentagem devida de IPVA ao município é de 50%, em relação ao valor arrecadado dos veículos registrados, matriculados ou licenciados no território, conforme dispõe o art. 158, inciso III da CF/88 e o art. 18 do RIPVA. Gabarito: A Página 12 de 30

3. O IPVA na Lei 7.543/88 e no RIPVA 3.1 Fato Gerador O IPVA tem como fato gerador a propriedade, plena ou não do veículo automotor de qualquer espécie. Em relação ao tipo de veículo é preciso fazer uma ressalva. Existiu uma grande discussão sobre o que seria veículo automotor e quais os tipos de veículos automotores que seriam objeto de cobrança do IPVA. Existem veículos que podem ser terrestres, aquáticos ou aéreos. A discussão girou em torno da possibilidade ou não de incidência de IPVA sobre veículos aquáticos e aéreos. Ou seja, se os Estados poderiam cobrar IPVA sobre embarcações e aeronaves. Essa discussão foi para no STF, que se posicionou no sentido de que o IPVA só deve incidir sobre veículos terrestres, sendo proibido cobrar esse imposto sobre embarcações e aeronaves. Esse posicionamento do STF NÃO é súmula, apenas entendimento do tribunal. Alguns Estados, mesmo após o entendimento do STF, mantiveram a sua legislação de cobrança de IPVA sobre aeronaves e embarcações. O Estado de Santa Catarina é um desses. Então, muita atenção na prova, se a pergunta for sobre a posição do STF, você deve colocar que não cabe IPVA sobre embarcações e aeronaves. E em contrapartida, você deve levar em conta que, de acordo com a LEGISLAÇÃO CATARINENSE, há sim previsão legal de Página 13 de 30

incidência de IPVA sobre veículos automotores aquáticos e aéreos. Observe abaixo como a legislação estadual de Santa Catarina trata do assunto. LEI 7.543/88 - Art. 2 O imposto sobre a propriedade de veículos automotores tem como fato gerador a propriedade, plena ou não, de veículos automotores de qualquer espécie. RIPVA - Art. 1 O imposto sobre a propriedade de veículos automotores tem como fato gerador a propriedade, plena ou não, de veículos automotores de qualquer espécie. Pelo que prevê tanto a lei estadual como o regulamento, o IPVA incide sobre a propriedade de veículo automotor. É um imposto real, ou seja, incide sobre a coisa, e por isso, a regra é que o imposto está vinculado ao veículo. Exemplo, quem adquire a propriedade de um carro adquire as dívidas de IPVA. E como falado, para o Estado de Santa Catarina, esse veículo automotor, sujeito ao IPVA, pode ser terrestre, como carros, ônibus e caminhões, aquático, como barcos, lanchas e jet-ski, ou aéreo, como aviões e helicópteros. O sinal de riqueza imposto como hipótese de incidência tributária (HI) é a PROPRIEDADE. Não obstante tratar-se de um imposto real, o legislador não cuidou da extensão adequada e mais precisa do conceito de propriedade. Inclusive, cabe citarmos que foi assunto posto em pauta em uma reunião realizada em 1999 pelo CONFAZ, a inclusão do termo posse no dispositivo constitucional que trata do IPVA (art. 155, III), haja vista a dificuldade na definição da HI do imposto, diante das diversas figuras limitadoras da propriedade. Página 14 de 30

Tome-se como exemplo o arrendamento mercantil (leasing) quando o arrendador seja domiciliado no exterior, situação em que se pretende que o arrendatário que mantém o veículo no país seja o gravado pela exação tributária relativa ao IPVA. Ao menos, quanto a tal exemplo, entende-se por resolvida a pretensão, haja vista uma interpretação sistemática da lei, da qual se infere pela responsabilidade solidária do arrendatário. No que tange ao conceito de veículo automotor, nos socorremos ao que dispõe o Código Brasileiro de Trânsito CBT, no seu anexo I, no qual consta que veículo automotor é todo veículo a motor de propulsão que circula por seus próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para transporte de pessoas e coisas. Ressaltamos, por fim, que o IPVA é vinculado ao veículo, não se exigindo, nos casos de transferência, novo recolhimento do imposto já pago neste ou em outro Estado, observado sempre o respectivo exercício. Página 15 de 30

INCIDÊNCIA DO IPVA Lei 7.543/88 RIPVA STF VEÍCULOS: - TERRESTRES - AQUÁTICOS - AÉREOS VEÍCULOS TERRESTRES CC 2014 - SEFAZ-PE - AUDITOR FISCAL Sobre os impostos, analise: O IPVA não incide sobre a propriedade de aeronaves, mas incide sobre a propriedade de embarcações. Comentário: Incide sim, segundo a Lei 7.543/88 e o RIPVA, sobre a embarcação. RESPOSTA: ERRADA Página 16 de 30

3.2 Momento da Ocorrência do Fato Gerador do IPVA O fato gerador do IPVA é a propriedade do veículo. Como não é um evento que ocorrerá em um determinado momento, fez bem o legislador em estabelecer uma data definida para a ocorrência do fato gerador do IPVA de acordo com a situação. A regra mais comum está prevista nessa legislação que é o dia 1º de janeiro (Art. 1º, III do RIPVA). Essa regra é válida para veículos adquiridos em anos anteriores. Por ser considerado FG periódico, fixa-se o dia 1º de janeiro de cada ano como a data em que restará configurada a obrigação tributária referente àquele exercício. Se o veículo for novo e comprado no decorrer do ano, para esse ano de primeira aquisição, o fato gerador do IPVA será a data da aquisição (Art. 1º, I do RIPVA). Nesse primeiro momento tem-se o caso de veículo automotor novo, que enquanto no pátio das montadoras, em estoque, ou nas lojas, exposto à venda, figura-se apenas como mercadoria. O FG do IPVA, ou seja, a propriedade do veículo, só se verifica na data de sua aquisição por consumidor (aparente redundância da expressão consumidor final, considerando o art. 2º, do CDC), noutras palavras, quando o veículo passa a servir ao fim a que se destina. É caso de ocorrência originária do FG do IPVA. Sobre veículo importado por consumidor final também há incidência de fato gerador, mas nesse caso a data da ocorrência será a do desembaraço aduaneiro (Art. 1º, II do RIPVA). Tem-se no dispositivo outro caso de ocorrência originária do IPVA, quando o veículo for importado do exterior por pessoa na condição de consumidor. Nesta situação o FG ocorre na data do desembaraço aduaneiro, na nacionalização do veículo. Caso haja um intermediário, ou seja, quando o importador não for o efetivo consumidor, o FG só ocorrerá na operação subseqüente, qual seja, a venda ao consumidor. Página 17 de 30

Os veículos com isenção ou com direito à não incidência e que venham a perder esses benefícios passam a ser devedores do IPVA na data dessa perda. Torna-se devido o IPVA quando não mais se cumprirem os requisitos para a sua desoneração, considerando-se como momento do FG a data da perda do benefício fiscal. MOMENTO DO FG IPVA Data da Aquisição Desembaraço Aduaneiro 1º de Janeiro Veículos Novos Veículos Importados Veículos usados FCC 2010 SEFIN/RO AUDITOR FISCAL (ADAPTADA) Ocorre o fato gerador do IPVA na data a) da entrada no país, em relação a veículo importado do exterior, diretamente por contribuinte que não seja consumidor final. b) da incorporação de veículo novo ao ativo permanente do seu fabricante, revendedor ou importador. c) do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado do exterior, por meio de trading, por contribuinte que não seja consumidor final. d) da primeira aquisição do veículo usado por consumidor final. e) em que ocorrer a outorga da isenção do imposto. Comentários: Página 18 de 30

a) Errada No caso de importação a data será a do desembaraço aduaneiro em caso de aquisição por consumidor final. b) Correta Veículo que venha a ser incorporado ao ativo permanente do fabricante, revendedor ou importador será objeto de IPVA na data da incorporação c) Errada Na importação do veículo, para a data ser a do desembaraço, tem que ser feita por consumidor final, mesmo no caso de ser feito por trading. d) Errada A data da primeira aquisição é utilizada para veículo novo. e) Errada É a data da perda da isenção e não da outorga. Gabarito 5: B 3.3 Contribuintes e responsáveis pelo IPVA Todo tributo, para ser exigível, deve ter os seus elementos identificados, um dos elementos dessa relação jurídica de crédito é a identificação de quem é o sujeito passivo, ou seja, a pessoa responsável por pagar o tributo. Sujeito passivo pode ser o contribuinte, o substituto tributário, o responsável ou ainda pode ser o solidário. Vamos aprender os sujeitos passivos determinados pela lei para o IPVA. Contribuinte do IPVA, como não poderia deixar de ser, é o proprietário do veículo automotor, pessoa FÍSICA ou JURÍDICA, seja o veículo terrestre, aéreo ou aquático. A responsabilidade pelo pagamento do IPVA pode recair sobre o substituto tributário, essa substituição de responsabilidade da sujeição passiva recai sobre o fiduciante, na alienação fiduciária, e sobre o arrendatário no arrendamento mercantil. A responsabilidade pelo pagamento do IPVA recairá sobre a pessoa que vier a comprar o veículo inclusive em relação a fatos gerados que tenham ocorrido antes da compra, claro que nos casos de imposto ainda não pago. Essa responsabilidade é decorrência do fato de ser esse um imposto real, ou seja, que recai sobre a coisa, o bem. Página 19 de 30

Nesse caso, as dívidas do veículo acompanham o veículo, assim vale também para os créditos tributários. É solidariamente responsável pelo pagamento do IPVA o credor fiduciário com o fiduciante em relação ao veículo objeto da alienação fiduciária. A lei está atribuindo responsabilidade financeira pelo pagamento do IPVA. No caso de arrendamento mercantil a empresa arrendante também responde solidariamente com a arrendatária pelo pagamento do IPVA. As pessoas detentoras de posse legítima do veículo, como, no caso de alienação fiduciária, o devedor fiduciário e no arrendamento mercantil (leasing), o arrendatário, RESPONDEM SOLIDARIAMENTE pelo imposto devido. Como já é sabido, os casos de solidariedade não comportam benefício de ordem, ou seja, a administração poderá cobrar de qualquer dos sujeitos que tenham interesse comum em relação à propriedade do veículo (FG) ou que estejam expressamente designadas nesta lei, consoante o art. 124, CTN. FCC 2009 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas Em 2005, Arquimedes comprou em determinada concessionária um veículo automotor por meio de contrato de arrendamento mercantil, financiando-o em 60 meses. Registre-se que durante a vigência desse contrato, a instituição financeira arrendante continua sendo proprietária do veículo e o comprador, Arquimedes, chamado arrendatário, é o seu possuidor indireto. Arquimedes não pagou o IPVA referente aos anos de 2006, 2007 e 2008. Para a cobrança do tributo devido, o Fisco I. não poderá exigir o imposto do arrendatário, posto que o IPVA incide sobre a propriedade do veículo. II. somente poderá exigir o imposto da Instituição Financeira arrendante, posto que ela é a proprietária do veículo, contribuinte do imposto. Página 20 de 30

III. poderá exigir o imposto tanto do arrendante quanto do arrendatário, uma vez que existe responsabilidade solidária para o pagamento do IPVA nos termos da legislação. IV. poderá exigir o imposto da concessionária em que o veículo foi adquirido. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) II. c) III. d) IV. e) I e IV. Comentário: Como foi visto, em caso de veículo em arrendamento mercantil, há a responsabilidade solidária, ou seja, tanto o arrendatário como o arrendante possuem responsabilidade de pagar o IPVA devido. Gabarito: C 3.4 Base de cálculo do IPVA Base de cálculo é o montante que vai ser usado como valor para calcular o imposto devido conforme as características do veículo. Assim como o momento da ocorrência, na base de cálculo, o valor considerado estará sujeito à uma situação específica. Vamos ver: No caso de primeira compra de veículo por consumidor final, a base de cálculo do IPVA será o valor que estiver na nota fiscal de aquisição. A esse valor deve ser adicionado os opcionais e acessórios que tenham sido comprados junto com o veículo. Na importação de veículo do exterior, novo ou usado, feita por consumidor final, a base de cálculo será o valor do documento de importação além de somar os tributos incidentes e despesas da importação. O valor de mercado de veículo automotor usado é o constante de tabela específica aprovada por portaria do Secretário de Estado da Fazenda. Página 21 de 30

No caso de veículo automotor usado não constante da tabela, o seu valor de mercado será determinado mediante arbitramento da autoridade fazendária, à vista da nota fiscal de aquisição ou de outro documento relativo à transmissão da propriedade. 3.5 Alíquotas do IPVA Para determinar o valor de IPVA a ser pago pelo proprietário do veículo é necessário apanhar a base de cálculo e multiplicar pela alíquota. A alíquota de cada veículo será determinada de acordo com a Lei 7.543/88 e o Regulamento. A CF/88 possibilita a diferenciação de alíquotas por tipo e por utilização do veículo. Isso acontece com a legislação que estamos considerando. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:... III - propriedade de veículos automotores.... 6º O imposto previsto no inciso III:... II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. A Lei 7.543/88, art. 5º, prevê alíquotas de 0,5%; 1%; e de 2%. Página 22 de 30

Segue abaixo a lei e logo após a tabela esquematizada para ajudar na compreensão: ALÍQUOTAS 0,5% Aeronaves de qualquer tipo 1% 2% Veículos terrestres de duas rodas e os de transporte de carga e/ou passageiros (coletivos), nacionais e estrangeiros Embarcações de qualquer tipo Veículos terrestres destinados à locação, de propriedade de locadoras de veículos ou por elas arrendados mediante contrato de arrendamento mercantil Veículos terrestres de passeio e utilitários, de fabricação nacional ou estrangeira IESES 2011 - TJ-MA Notário - ADAP O princípio da progressividade é hoje aplicável a vários impostos previstos na Constituição Federal, sejam de competência da União, Estados ou Municípios. Com base nessa assertiva, podemos afirmar que em relação ao IPVA, trata-se de um imposto progressivo, eis que possui diferentes alíquotas, as quais incidem sobre aeronaves (0,5%), ônibus e micro-ônibus (1%) e veículos automotores utilitários (2%). Comentário: As alíquotas estão de acordo com a Lei 7.543/88, art. 5º e RIPVA, art. 4º e estão dispostas de acordo com a CF/88, art. 155, 6º, inciso II. Gabarito: CERTA Página 23 de 30

4 ISENÇÃO DE IPVA Isenção é um tipo de exclusão do crédito tributário e que deve estar previsto em lei. Temos, então, na Lei 7.543/88 e no RIPVA, alguns casos em que não será necessário pagamento do IPVA porque o legislador previu essa dispensa. De acordo com a doutrina, as isenções são classificadas em objetivas e subjetivas. As isenções objetivas são as concedidas em função do bem, do objeto, já as isenções subjetivas estão relacionadas à pessoa que usufruirá do benefício. 4.1 Isenção pela UTILIZAÇÃO e TIPO de Veículo As isenções são obtidas em consequência de tipos específicos de veículos usados em algumas atividades e têm como suporte o incentivo a prática das atividades em função da relevância e importância. Máquina Agrícola Isenção pela UTILIZAÇÃO e TIPO de Veículo Ambulância Ônibus e micro-ônibus Corpo de Bombeiros 4.2 Isenção em função da PESSOA que utiliza o veículo Algumas isenções são conferidas em função da situação da pessoa que utiliza o benefício ou da pessoa que é proprietária. Nesses casos, o legislador percebeu as situações peculiares dessas pessoas, e Página 24 de 30

por meio da isenção, pratica um incentivo e benefício a pessoas em situações especiais. Muitas vezes a pessoa deficiente não pode dirigir, mesmo assim, deve prevalecer a isenção, basta que seja feita uma autorização para que outra pessoa possa conduzir o veículo. Pescadores Embarcação de Pescadores Isenção em função da PESSOA que utiliza o veículo Táxi Portador de deficiência física Entidades Filantrópicas 4.3 Isenção em função da CONDIÇÃO Isenção em função da CONDIÇÃO Veículo terrestre, nacional ou estrangeiro, fabricado até 31 de dezembro de 1984 Veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas com cilindrada não superior a 200 cm³ Página 25 de 30

FCC 2010 SEFIN/RO AUDITOR FISCAL - ADAPTADA A isenção do IPVA aplica-se à propriedade de a) veículo com 15 anos ou mais de uso. b) veículo fabricado especialmente para uso de deficiente físico, ou adaptado para tal finalidade, limitada a isenção a 2 veículos por proprietário. c) veículo de 2 (duas) rodas com cilindrada não superior a 500 cm³. d) trator de terraplanagem. e) veículo destinado ao socorro de feridos ou doentes e ao transporte de médicos e enfermeiros. Comentários: a) Errada Isento é veículo fabricado até 31/12/84. b) Errada Deficiente físico tem direito a isenção de IPVA, limitada a uma isenção por proprietário. c) Errada Somente o veículo de 2 (duas) rodas com cilindrada não superior a 200 cm³. d) Correta Trator de terraplanagem é isento de IPVA. e) Errada Veículo de socorro de feridos (ambulância) é isento, mas o de transporte de médicos e enfermeiros não. Gabarito: D 5. Não-incidência do IPVA Não incidência é caracterizado pela possibilidade que o legislador possui de não instituir o tributo sobre algumas situações ou pessoas. Enquanto na isenção a lei dispensa o pagamento do tributo, na nãoincidência nem há instituição do tributo. Não incidirá IPVA para os veículos que pertencem aos entes federativos, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Página 26 de 30

Não incidirá IPVA também sobre os veículos de propriedade das embaixadas e consulados estrangeiros devidamente credenciados. As autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público também não sofrerão incidência do IPVA em relação aos seus veículos. Templos de qualquer culto são alvo da não incidência do legislador. Por fim, o IPVA não incidirá sobre os veículos pertencentes às instituições de educação sem fins lucrativos, instituição de assistência social sem fins lucrativos, partidos políticos, as fundações de partidos políticos e as entidades sindicais de trabalhador. FAPESE 2010 SEF AUDITOR FISCAL - ADAPTADA De acordo com o disposto na Lei 7.543/88 e RIPVA que institui o imposto sobre a propriedade de veículos automotores, analise os itens abaixo. Também não se exigirá o imposto: 1. De entidades sindicais de trabalhadores. 2. De instituições religiosas, de educação e de assistência social. 3. De fundações instituídas e/ou mantidas pelo Estado. 4. De associações de pais e alunos legalmente constituídas. Assinale a alternativa que indica todos os itens corretos. a) É correto apenas o item 2. b) São corretos apenas os itens 1 e 4. c) São corretos apenas os itens 2 e 3. d) São corretos apenas os itens 1, 2 e 3. e) São corretos os itens 1, 2, 3 e 4. Comentários: A banca elencou as situações e quer saber quais são casos de não incidência de IPVA. Página 27 de 30

1 Correto, não incide sobre veículos de entidades sindicais de trabalhadores. 2 Correto instituições religiosas é caracterizo nos termos da lei como templos de qualquer culto, além delas, as instituições de educação e de assistencial social sem fins lucrativos também usufruem da não incidência. 3 Correto já que fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público também se enquadram nessa hipótese. 4 Errada - Associação de pais e alunos não estão no rol da não incidência. Gabarito: D 6. PAGAMENTO DO IPVA O IPVA será pago através de documento de arrecadação oficial. O IPVA é devido anualmente e será pago no seguintes prazos: I - até 30 (trinta) dias após a aquisição ou o desembaraço aduaneiro, para os veículos automotores novos e para os importados, no ano do internamento; II - até o último dia útil do mês de janeiro, em cota única, ou dividida em três parcelas mensais consecutivas, com vencimento no décimo dia dos meses de janeiro, fevereiro e março, para as embarcações e aeronaves adquiridas ou desembaraçadas em exercícios anteriores; III - para os veículos terrestres adquiridos ou desembaraçados em exercícios anteriores o pagamento será de acordo com o final da placa e podendo ser parcelado em até três vezes; IV - até 30 (trinta) dias após a ocorrência do fato determinante da perda do direito à fruição da imunidade ou isenção; V - até 30 (trinta) dias após a alienação do veículo; Página 28 de 30

7. PENALIDADES do IPVA Recolhimento do IPVA fora do prazo expontaneamente 0,3% ao dia até o limite de 20% Recolhimento do IPVA fora do prazo exigido de ofício 50% Falta de cumprimento de obrigações acessórias R$ 21,00 Página 29 de 30

QUESTÕES PROPOSTAS: 01. Em relação aos veículos automotores usados, o fato gerador do IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores ocorre na(no): a) data da aquisição do veículo; b) dia 1º de janeiro de cada ano; c) dia 31 de dezembro de cada ano; d) data do licenciamento do veículo; e) primeiro dia útil do mês seguinte ao da aquisição do veículo. 02. Considerando as normas relativas ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), assinale, entre as opções abaixo, a que corresponde a uma proposição incondicionalmente verdadeira. a) em se tratando de veículo importado, o fato gerador ocorre na data de sua entrada no país; b) são isentos do IPVA os veículos empregados no transporte escolar e de propriedade de motoristas profissionais; c) O valor do imposto a pagar relativo a veículo novo é proporcional ao número de meses restantes do exercício fiscal, contado a partir do mês de aquisição d) o IPVA pode ser pago em até 6 (seis) parcelas mensais e consecutivas; e) é isento do IPVA o veículo de combate a incêndio. GABARITO 1 B 2 C Bom Galera, essa aula foi apenas uma degustação, para você ir se familiarizando com nossa matéria ok? Ressalto que o IPVA não se encerra nessa aula, como dito no início, este é apenas um resumo. Mais adiante ainda vamos trocar mais idéia acerca do nosso tributo. Forte Abraço e te espero na próxima! Equipe André Fantoni Página 30 de 30