UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE A LOGÍSTICA DA DISTRIBUIÇÃO NA AMBEV JOSÉ ALBERTO BARROSO SOUTO ORIENTADOR: NÍLSON GUEDES DE FREITAS RIO DE JANEIRO, RJ, JANEIRO DE 2002

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE A LOGÍSTICA DA DISTRIBUIÇÃO NA AMBEV JOSÉ ALBERTO BARROSO SOUTO Trabalho Monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Marketing RIO DE JANEIRO, RJ, JANEIRO DE 2002

SUMÁRIO RESUMO 03 INTRODUÇÃO 04 CAPÍTULO I A FUSÃO 07 1.1 Diretorias Regionais 07 CAPÍTULO II O QUE É LOGÍSTICA? 11 CAPÍTULO III DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 14 3.1 Coleta e distribuição 14 3.2 Prazos 14 3.3 Malha 15 3.4 Paletização 15 CAPÍTULO IV PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO DA AMBEV 17 4.1 Processo de geração de pedidos Revendas NAF 17 4.2 Tratamento dos pedidos NAF Revendas 18 4.3 Envio dos pedidos NAF Fábricas 18 CAPÍTULO V TECNOLOGIA DE DISTRIBUIÇÃO 19 5.1 Área Comercial 21 5.2 Operação Industrial 21 CAPÍTULO VI O PROGRAMA DE QUALIDADE 5S 23 CONCLUSÃO 27 REFERÊNCIAS 29

RESUMO A presente monografia aborda o processo de logística da distribuição na Ambev - Companhia de Bebidas das Américas. A logística é um processo de administrar os recursos disponíveis, de maneira eficiente e efetiva quanto ao custo, criado pelos militares que acabou sendo utilizado por empresas que até hoje se beneficiam com as vantagens oferecidas por um sistema bem organizado e controlado. A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica quanto aos conceitos e o estudo de caso do processo de logística, utilizado na Ambev. No capítulo um é apresentado o processo da fusão das empresas Brahma/Skol e Antarctica; o capítulo dois e três abordam o que é logística e o processo de distribuição física da Ambev; no capítulo quatro é descrito o processo de distribuição, que engloba o processo de geração de pedidos, tratamento de pedidos e envio de pedidos; o capítulo cinco aborda a tecnologia de distribuição da área comercial e operação industrial; no capítulo seis é apresentado o programa de qualidade 5S da Ambev; e na conclusão são feitas considerações sobre a logística da Ambev.

INTRODUÇÃO A importância da distribuição da Ambev - Companhia de Bebidas das Américas é de grande valia, uma vez que adapta ao panorama atual, com tecnologia de ponta, a busca pela eficiência e eficácia de todos os processos logísticos. Em 1888 nascia a Companhia Cervejaria Brahma e a partir daí começou uma revolução no mercado de bens de consumo que dura até hoje. Atualmente conta com um quadro de 17.500 profissionais, distribuídos por 46 unidades (42 no Brasil, 2 na Argentina, 1 na Venezuela e 1 no Uruguai) entre fábricas de cervejas, refrigerantes, concentrados, que possuem uma capacidade instalada de 131 milhões de hectolitros por ano. Sua estrutura compreende, ainda, 24 centros de distribuição direta, mais de 700 revendas e 1 milhão de pontos de venda, e uma frota de cerca de 12.000 caminhões. Como cervejaria, atualmente é a maior do Brasil e da América Latina e a terceira do mercado mundial; como indústria de bebidas, é a quinta maior do mundo. A Ambev produz, respectivamente, a quarta e a sexta marcas de cervejas mais consumidas no mundo: a Skol e a Brahma. As vendas da companhia em 2000, somaram 82 milhões de hectolitros de cervejas e refrigerantes. O crescimento do volume total das vendas de cerveja foi de cerca de 13,9% em relação a 1999. O lucro líqüido em 2000 foi de R$ 470 milhões, com uma receita líquida da ordem de R$ 5,2 bilhões. Ao longo de sua história, a Ambev sempre procurou investir para se destacar e alcançar seus objetivos e metas. Possui parcerias com empresas líderes de mercado como a Gessy-Lever, a Miller Brewing Company, a Cervejaria Carlsberg e a Pepsi Company International, essa a mais antiga parceria de sucesso e que data de 1984, para produção e comercialização dos produtos Lipton Ice Tea (líder de mercado em chá gelado), a cerveja Miller Genuine Draft (oitava cerveja mais vendida no mercado norteamericano), a cerveja Carlsberg Beer (presente em mais de 120 países) e o refrigerante Pepsi (eterno concorrente da Coca-Cola). Após esse intróito sobre a Ambev, precisamos entender, como logística, um processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente e efetiva quanto a custos, fluxos, armazenagem de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e informações relacionadas desde o ponto de origem até o consumo, com o propósito de atender às necessidades do cliente, bem como a minimização dos custos envolvidos de armazenagem, de processamento de informações, de fabricação e de

manutenção dos estoques. Logística é o ramo da administração que interrelaciona o fluxo de produtos ou serviços com fluxo financeiro de sua remuneração, tratando de todas as atividades de movimentação e armazenamento, facilitando o escoamento dos produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o consumo final. Outro aspecto importante é o fluxo de informações, que coloca os produtos em movimento com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes. Durante a última década, a distribuição de produtos tem passado por uma revolução. As empresas tendem a estar preparadas para atender as expectativas do cliente e suas necessidades, podendo adaptar-se em suas operações. Tendo em vista o seu próprio objetivo, a Ambev buscou no mercado as melhores empresas de transporte que atendam à essas necessidades e as que ofereceram os melhores custos de frete, prazos de entrega e frota de caminhões, foram cadastradas corporativamente. Nesse cadastramento, consideram-se as normas, condições e exigências de qualidade e segurança nas entregas, alem da existência de veículos e equipamentos que obedeçam a padrões de transporte e manuseio dos produtos Ambev. A área responsável pela distribuição dos produtos é o NAF - Núcleo Administrativo Financeiro e existem dois processos à serem destacados. O sistema principal é através dos revendedores, que fazem suas solicitações de produtos através da Internet, com 24hs de antecedência ao carregamento, e recebem a confirmação via Internet também. Nesta confirmação são ratificados os horários de carregamento, preços e produtos que serão puxados pelo revendedor no dia seguinte. A partir daí, a revenda comparece à fábrica no dia e horário acertado, otimizando sua logística para transporte, tendo o cuidado de utilizar como padrão operacional de carregamento o mesmo utilizado pelas transportadoras contratadas pela Ambev. Esse sistema integrado via Internet é conhecido como EDI - Eletronic Data Interchange, que permite a troca eletrônica de seus dados com clientes, fábricas e fornecedores. Suas vantagens são a rapidez com que as informações chegam aos clientes do sistema, o baixo custo para a empresa e a facilidade operacional, tornando-o mais adaptado aos avanços tecnológicos. Nesse novo conceito de distribuição, a Ambev sentiu o retorno na utilização do sistema EDI, que também foi incorporado quando da fusão com a Antarctica, revolucionando todos os conceitos antes utilizados por essa empresa.

Outro sistema importante de distribuição é a venda direta. A companhia negocia, vende e entrega a mercadoria diretamente ao cliente final, ficando com a margem anteriormente cedida aos revendedores (comissão, frete e carreto), aumentando, dessa forma, a sua lucratividade. A missão da Logística na Ambev se resume em garantir a disponibilidade de produtos com qualidade e excelência, de forma a contribuir para maiores e melhores resultados para a Cia. Contando ainda com programas de qualidade como o 5S, conceito japonês que foca 5 elementos de suma importância dentro de uma organização (seleção, organização, limpeza, conservação e auto-disciplina), todo o trabalho logístico torna-se mais eficiente, agregando mais valor para a Cia.

CAPÍTULO I A FUSÃO Em 1999, mais precisamente 1º de julho, as duas maiores empresas brasileiras de bebidas, a Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma, comunicam a criação da Ambev - Companhia de Bebidas das Américas, Dessa fusão surge uma das principais empresas de bebida do mundo, com produtos e marcas de qualidade e prestigio, distribuídos pelos segmentos de cerveja, refrigerante, água, isotônico e chá. O CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica começou a analisar o processo de fusão, que requer, através de pareceres, o apoio de outros dois órgãos fiscalizadores da livre concorrência : a SEAE - Secretaria de Acompanhamento Econômico e a SDE - Secretaria do Direito Econômico. Após nove meses de muita discussão, entre o CADE, a concorrência e os órgãos fiscalizadores, nasce, com algumas restrições, a Ambev. Seria necessário vender a marca Bavária, cinco fábricas localizadas em estados estratégicos (Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Amazonas) e abrir a rede de distribuição da companhia. Essas restrições, apesar de fortes, não inviabilizariam a fusão, que nasceu com 38% do mercado nacional e, no âmbito mundial, como a quinta maior empresa de bebidas e a terceira maior cervejaria. Em apenas cinqüenta dias após o anúncio oficial da fusão da Antarctica e com a Brahma/Skol, iniciou-se a distribuição integrada dos produtos. 1.1 DIRETORIAS REGIONAIS Para acompanhar um mercado do tamanho do Brasil, é preciso contato direto e rápido com os clientes de cada região; é necessário falar a linguagem local e sentir o jeito regional, estando sempre acessível e próximo à todos os clientes e consumidores. Estar perto do mercado é uma receita simples, mas requer uma estrutura complexa, a nível nacional, com várias ramificações atuando com total sintonia e sinergia entre si e com uma Administração Central. É assim que funcionam as Diretorias Regionais da AMBEV. A Ambev é dividida em 5 Diretorias Regionais, que englobam determinados

estados: Regional I (RJ, ES, MG, BA) Regional II (SP) Regional III (TO, GO, DF, MS, MT, RO, AC, AM, RR) Regional IV (PR, SC, RS) Regional V (SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI, MA, PA, AP) Dentro de cada Diretoria Regional, existe a divisão por área comercial que podemos perceber como sendo, por exemplo no estado do Rio de Janeiro, Skol RJ, Brahma RJ, e Antarctica RJ. Existe uma tendência do surgimento de comerciais Ambev, que trabalharão com todo portfolio de produtos Skol, Brahma e Antarctica. Cada área comercial possui uma malha de produtos, que é o volume de cada item do portfolio, distribuído nas várias fábricas que irão abastecer o comercial. É necessário realizar o acompanhamento dessa malha afim de que não falte produto aos clientes. Caso a malha de determinado produto acabe, é necessário realizar um ajuste para aumentá-la e obter a disponibilidade, evitando-se assim a falta de produto ao cliente final. Cada regional possui um NAF, que controla as áreas comerciais e funciona com um único propósito de garantir o retorno aos investidores e acionistas da Cia. Organograma da Diretoria I: Em essência, esse sistema era o mesmo utilizado separadamente pela Brahma/Skol e Antarctica, mas que, com a fusão, teve de ser adaptado e ampliado, já que houve a junção das três grandes marcas e suas respectivas equipes de venda e de distribuição. Isso fez com que a Cia partisse para a criação de uma nova Divisão,

chegando a um número ideal para atender às necessidades locais, sem perder a visão global. Os critérios são claros: as características regionais, área geográfica e a representatividade de volume em cada região. A divisão foi feita levando em consideração o potencial de consumo e a concorrência nas diferentes regiões do Brasil. Cada diretoria regional possui áreas comerciais, responsáveis pela rede de revendas de cada marca da Ambev, e CDD s - Centro de Distribuição Direta, que atendem diretamente aos PDV s - Pontos de Venda em algumas das principais cidades do Brasil. Os CDD s já são uma realidade nas empresas de bens de consumo, pois centralizam, em pontos estratégicos, complexos de distribuição que atendem áreas do mercado varejista, como hipermercados e mercearias. O varejista passa a receber mercadorias em um único local, consolidar o estoque de toda a rede, aumentar a freqüência de abastecimento das lojas e formar lotes com quantidade e sortimento exatos dos produtos necessários para repor as gôndolas. O caminho até executar essas tarefas, com eficiência, segue uma extensa metodologia. Num primeiro momento, são avaliadas quais categorias de produtos serão intermediadas pelo CDD. É consenso que frutas, verduras, legumes, alimentos refrigerados e outros perecíveis, continuam sendo transportados do produtor diretamente para a loja, praticamente direto para as gôndolas. Segundo informativo interno da Ambev (Agente Ambev v.2, 2001) pág. 5,...numa análise superficial, também seria coerente manter a entrega nas lojas em parceria com aqueles fornecedores que atualmente cumprem prazos, enviam notas fiscais corretas, respeitam normas de paletização e outras exigências da loja. Aí também estão incluídos os acordos de reposição automática, desde que estejam funcionando de acordo com as expectativas. Por outro lado, ainda segundo o informativo Ambev, o gerente da consultoria multinacional Price Waterhouse, Amadeu Brugat Júnior, alerta que essa prática pode transformar o centro de distribuição em mais um depósito, quando sua função seria a de eliminar os demais. Com uma administração eficiente e centralizada, ele acredita que é possível liberar todo o espaço da retaguarda das lojas para o setor de vendas. "Deve haver somente uma área de transferência, mas os produtos seguem direto para as gôndolas, não ficam nem um dia parados", recomenda.

CAPÍTULO II O QUE É LOGÍSTICA? Segundo Bazoli (2000) pág. 124, a primeira tentativa de definir logística foi feita pelo Barão de Antoine Henri de Jomini, general de Napoleão Bonaparte (1779-1869), em seu Compêndio da Arte da Guerra, declarou que logística é "A arte prática de movimentar exércitos, ou seja, tudo ou quase tudo no campo das atividades militares, exceto o combate" O vocábulo logistique é derivado do posto de Marechal de Logis, responsável pelas atividades administrativas relacionadas com os deslocamentos, alojamento e acampamento das tropas do exército francês durante o século XVII. Durante a II Guerra, a palavra logística adquiriu mais amplitude, em decorrência do vulto de operações militares realizadas, determinando a utilização de quantidades e variedades de suprimentos jamais vistos anteriormente. Em 1948, as forças armadas americanas compreenderam que a logística abrangia todas as atividades relativas a provisão e administração de materiais, pessoal e instalações, além da obtenção e prestação de serviços de apoio. Uniformizou-se, então, a definição de logística segundo Bazoli (2000) pág. 132: "O conjunto de atividades relativas a previsão e a provisão de todos os meios necessários à realização de uma guerra". Posteriormente, considerando-se que a guerra era apenas uma exceção violenta para as nações, o termo logística passou a ser entendido como "O conjunto de atividades relativas a previsão e a provisão dos meios necessários à realização das ações impostas pela estratégia nacional". À medida que a economia se globaliza, a indústria e comércio passam a considerar todo o mercado mundial como seus fornecedores e clientes. O conceito de transporte é necessariamente agregado aos fundamentos da logística segundo Moreira (1999) pág. 87: "...um conjunto de atividades direcionadas à otimização do fluxo de cargas, desde a fonte produtora até o distribuidor final, garantindo o suprimento na quantidade certa, de maneira adequada, assegurando sua integridade, a um custo razoável, no menor tempo possível, atendendo às necessidades do cliente". O uso otimizado dos espaços disponíveis no transporte e na armazenagem tornase cada vez mais importante, envolvendo uma análise dimensional do sistema para a sua

adequação. A padronização dos elementos da cadeia de distribuição, sobretudo o palete e as carrocerias dos caminhões, é uma tendência importante, e a atualização dessas informações se faz imprescindível. Com a tecnologia hoje disponível, a simulação dos meios de transportes é um fato, trazendo a seus usuários uma economia de tempo e de recursos humanos e financeiros. Os custos decorrentes do uso excessivo de materiais ou de um índice elevado de perdas, são proibitivos para um mercado que se torna cada vez mais competitivo Segundo Novaes (1994) pág. 215, a logística nasceu nos quartéis, ou seja, militares criaram-na afim de distribuir os recursos disponíveis nos locais e momentos certos, para vencer as batalhas. Já no Brasil, surgiu em meados dos anos setenta, através da distribuição física. Em uma abordagem teórica, a logística realiza todo o planejamento e controle desde o fornecedor até o cliente final. Ainda na visão de Novaes, existem três dimensões na logística que são: dimensão de fluxo (suprimentos, transformação, distribuição e serviço ao cliente), dimensão de atividades (processo operacional, administrativo, de gerenciamento e de engenharia) e a dimensão de domínios (gestão de fluxos, tomada de decisão, gestão de recursos e modelo organizacional). Através destas dimensões, visualiza-se o processo logístico como um todo, vendo cada etapa interagindo-se. É importante ressaltar os componentes logísticos que mais influenciam, como, a área comercial, operação industrial, fornecedora, administrativa e finanças e a distribuição física. Tal autor define que a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A logística é um assunto vital; um fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica. Além disso, os consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram, próximos de onde os bens ou produtos estão localizados. Este é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem. No site http://www.logistica2000.hpg.com.br, encontra-se a seguinte definição

...a logística permite melhorar o relacionamento entre a empresa e o cliente, através do planejamento, organização e controle do processo de movimentação e armazenagem de produtos. É uma das atividades fundamentais da administração no contexto de alta concorrência e mudanças rápidas. A logística tem papel fundamental no processo de tomada de decisão, pois informa a melhor localização de depósitos, formas de armazenagem e como melhorar o fluxo de produtos dentro e fora da empresa. Ela permite ao administrador conhecer o que, quando e quanto de material deve estar disponível no processo de distribuição. A administração e a logística têm em comum o planejamento, a organização e o controle. A logística é uma ferramenta da qual a empresa se utiliza dentro do seu sistema, permitindo melhorar sua eficiência e auxiliar na otimização do uso de seus recursos, evitando assim o desperdício, ao tornar o fluxo de produtos mais claro, planejado, organizado e controlado.

CAPÍTULO III DISTRIBUIÇÃO FÍSICA Segundo Moreira (1999) pág. 145, a distribuição física atualmente têm um papel importante dentro da logística, já que os custos de estocagem estão altos, forçando as empresas a agilizar o manuseio, transporte e a distribuição de seus produtos. Com a concorrência, é necessário que todo o processo esteja afinado trazendo ao cliente confiança, segurança e agilidade na entrega. Além dos avanços na logística, existe a tendência da diversificação dos produtos, como também da distribuição física destes produtos, como: e-commerce (comércio eletrônico via Internet, onde o cliente escolhe o produto pelo preço que lhe atrair, contando com ferramentas de busca da Internet), telefone e correio. 3.1 COLETA E DISTRIBUIÇÃO O transporte de carga parcelada requer uma preocupação maior com os prazos de entrega, pois as rotas devem operar com freqüências diárias, nas transferências entre depósitos. Só assim, irão garantir a disponibilidade de produtos. Outro aspecto importante a se considerar é o tipo de transporte utilizado para cada carga, local de acesso e capacidade física, sendo utilizados veículos de maior capacidade como truck (com eixo traseiro adicional e 12.000 Kg de capacidade) ou carretas (capacidade entre 18.000 a 25.000 Kg). 3.2 PRAZOS Segundo Novaes (1994) pág. 95, A parte mais importante no processo de distribuição física é o prazo de entrega da mercadoria. Esse é um dos itens mais relevantes para o cliente, tendo que ser focado pela empresa para garantir o prazo estipulado. Para isso, deve-se ter uma rede de distribuição muito bem estabelecida e integrada, com frota de veículos para garantir o prazo determinado.

Contando com grandes empresas transportadoras, a Ambev procura sempre atender ao mercado dentro dos prazos estipulados, pois só assim mantém a fidelização de seus clientes e a força de suas marcas. 3.3 MALHA Ainda segundo Novaes (1999) pág. 108,...para que o processo de distribuição tenha um controle específico, é necessário que toda rede de distribuição tenha o que denomina-se malha, que nada mais é do que o volume de determinado produto a ser retirado pelo cliente em questão. Na Ambev, cada área comercial tem a sua malha de produtos que pode ser concentrada em apenas uma fábrica ou dividida em várias fábricas. Quem determina a malha é a Logística Corporativa, que verifica as rotas, distâncias, maior ROL (receita operacional líquida) para a empresa e até mesmo o frete utilizado. Para a fábrica, é de suma importância a malha, pois será através dela que far-se-á o planejamento de toda a sua produção do mês, controle de seus estoques e aquisição de insumos. Através do FIFO First In First Out, estabelece-se a rotatividade dos produtos com o objetivo de não haver problemas com vencimento no depósito, o que acarreta prejuízo para a Cia. Devido a isso, cada Analista de Distribuição é responsável pela malha de seu comercial, realizando o controle e a administração da disponibilidade de produtos para suas revendas. Semanalmente é analisada a malha do comercial, com vistas a solicitar ajuste de algum produto que esteja com a tendência de fechamento acima ou abaixo da previsão feita para o mês. Daí a responsabilidade da Distribuição nesse processo. 3.4 PALETIZAÇÃO Toda a carga possui volumes diferentes, devido ao tamanho, peso, tipo de produto e etc. Para facilitar a distribuição, criou-se o palete (unidade de produto com determinada quantidade), evitando-se assim carregar o caminhão com unidades fracionadas de produto, o que implicaria no desperdício de tempo e danos na carga, visto que o palete funciona também como forma de proteção. Em síntese : palete é uma estrutura de madeira que permanece embaixo de uma

pilha de produtos, com uma quantidade determinada, a qual é envolta em um plástico resistente. Exemplos de paletes usados na Ambev: Cerveja Skol 600ml - 84 dúzias, por palete Cerveja Antarctica Lata - 264 caixas com 12 unidades, por palete Cerveja Brahma Chopp Long Neck - 84 caixas com 12 unidades, por palete Refrigerante Pepsi-Cola Pet 2 litros - 100 caixas com 6 unidades, por palete Chá Lipton Ice Tea Lata - 264 caixas com 12 unidades, por palete

CAPÍTULO IV PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO NA AMBEV A distribuição da Ambev evoluiu muito até chegar aos patamares que hoje se encontra. No começo os contatos eram feitos através de telefone, onde o revendedor passava os pedidos de produtos e o Analista de Distribuição anotava e analisava toda a marcação, confrontando com os estoques das fábricas. Hoje em dia, com a era da computação e da Internet, os processos mudaram e, o que antes era lento e deficiente, se tornou prático e dinâmico. Para se analisar a distribuição na Ambev, os Analistas contam com ferramentas bem elaboradas como o Sistema 2P (Confirmação de Puxada permite analisar e "tratar" todos os pedidos feitos pelas revendas) e o 2V (Vendas e Fornecimento fornece todos os dados referentes as vendas da empresa e seu fornecimento de produtos). Algumas das informações diárias necessárias que os Analistas devem ter em mente, como forma de otimizar suas atividades, são a paletização, código do produto, data de vencimento do produto e a malha de puxada (volume de produtos de cada área comercial em determinada fábrica). 4.1 PROCESSO DE GERAÇÃO DE PEDIDOS REVENDAS - NAF Os clientes da Ambev têm uma grande ferramenta para auxiliar o envio de seus pedidos para a empresa, pois esse processo é feito através de um site na Internet, no qual são oferecidas todas as informações necessárias para que sejam gerados pedidos corretos e dentro dos padrões da companhia. Até um determinado horário, as revendas passam informações básicas de seus pedidos, tais como código do produto, fábrica, quantidade, horário e placa do carro. Só assim será possível concluir com sucesso a marcação de puxada das revendas. 4.2 TRATAMENTO DOS PEDIDOS NAF REVENDAS

Após a geração dos pedidos no site da companhia, estes serão analisados através de cinco fatores: grade de horário, disponibilidade de produtos nas fábricas, malha do comercial, código dos produtos e paletização. Com os pedidos tratados, gera-se no sistema 2P um lote que consolidará toda a marcação das revendas e que será analisado pelo Encarregado de Contas a Receber, com vistas a avaliar o crédito da revenda, liberando ou não a puxada dos produtos. Após a criação do lote de condições comerciais (pedidos), as revendas acessam o site da Ambev novamente para verificar as alterações e confirmar os dados de seus carregamentos. 4.3 ENVIO DOS PEDIDOS NAF FÁBRICAS Após o tratamento dos pedidos das revendas, os Analistas da Distribuição revisam mais uma vez os pedidos, verificam alguma alteração que a revenda tenha feito e realizam a alteração de acordo com o que a revenda deseja. Em seguida, o Analista envia os pedidos para as fábricas via sistema 2P, até às 16:00 horas, e as fábricas analisam os pedidos para verificar a existência de algum erro. Em havendo, o Analista de Distribuição é contatado para acertá-lo e, em não havendo, o lote é encaminhado para emissão da nota fiscal e subsequente carregamento.

CAPÍTULO V TECNOLOGIA DE DISTRIBUIÇÃO Segundo informativo interno da Ambev (Agente Ambev v. 1), o ERP - Enterprise Resource Planning é um sistema integrado que possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma base única de dados. É orientado aos processos de negócio e não às funções/departamentos da Cia, com informações on-line e em tempo real. Possui uma arquitetura aberta, a qual viabiliza operar com diversos sistemas operacionais, bancos de dados e plataforma de hardware. Dessa forma, o ERP permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus processos de negócios. Estas características fazem do ERP uma ferramenta sem igual para entender as necessidades estratégicas dos novos tempos de globalização. Ele contribui para aumentar a eficiência da Cia como um todo, otimizando sua capacidade para fazer negócios em qualquer lugar, a qualquer hora, vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias ao ano. Outra definição do ERP, encontrada no site: http://www.widesoft.com.br,... um sistema de gestão empresarial que abrange o controle da cadeia de suprimentos ( supply chain ). Possui uma abrangência tão ampla, que permite controlar desde a aquisição de matéria prima, seu processamento na fabricação de produtos de alta qualidade, até a sua entrega, tudo de maneira rápida e econômica. E ainda segundo artigo sobre ERP do jornal do Conselho Regional de Administração, pág. 05:...o ERP estabelece, como princípio, uma base de dados única e modelo de processos padronizado, além da interligação entre as várias áreas de negócios e informações obtidas e disponibilizadas em tempo real para todos os setores da organização. Existem disponíveis no mercado vários sistemas integrados de gestão. Cada empresa vai escolher o que melhor se adapta à suas necessidades, de acordo com o tamanho, a atividade, o grau de sofisticação desejado e o volume de recursos que está disposta a investir. Existem benefícios na utilização do ERP no mercado de bebidas, como a Gestão da Cadeia Global de Fornecedores - Global Supply Chain Management, que proporciona redução dos custos, diversidade dos produtos, melhoria na competitividade e no atendimento. Isso significa vantagem na concorrência pelo mercado.

Essa ferramenta é negociada pela SAP - System Application Products, que é líder nesse mercado. A opção pela SAP foi feita pois a Ambev já possuía licenças da Antarctica no Brasil e Venezuela; pelo conhecimento técnico que o pessoal oriundo da Antarctica já tinha da ferramenta; e por ser a maneira mais rápida de implantar os processos na Ambev. Este foi o primeiro passo da Ambev para a integração em uma estrutura de processo. Para toda a integração do processo, foi formada uma equipe multifuncional com conhecimento em processos e sistemas. Foi contratada a consultoria Price Waterhouse Coopers, com larga experiência em implementações de sistemas integrados no mundo, para dar suporte neste projeto. A Ambev criou o projeto Pingüim 2000, para avaliar se o novo ERP atenderia suas necessidades de globalização nos negócios e decidir pela adoção desta ferramenta para gerenciar seus processos como um todo. Além das vantagens próprias do ERP, como processamento centralizado, maior aproveitamento de sinergias e maximização de investimentos, o sistema também apresenta uma série de vantagens intangíveis para a companhia: Valor percebido pelos investidores e pelo mercado; Agilidade no aproveitamento de oportunidades de negócio, como, por exemplo, a criação de joint-ventures com empresas que já possuem soluções de sistema similares; Base única de informação em tempo real; Atendimento a requerimentos globais, regionais e locais em um único sistema ( multilíngue, multimoeda, multipaís, etc.); Preparação de uma base para suportar uma estratégia futura de e- business. O ERP é parte de uma série de iniciativas que estão contribuindo na preparação da Ambev como uma empresa global. E o melhor é que este é um projeto de negócio em que o próprio usuário está parametrizando o sistema. 5.1 ÁREA COMERCIAL Na verdade é onde se inicia o processo logístico, pois, juntamente com a área de