UMA AULA SOBRE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Por Walleska Bernardino Silva Pulicado no Portal do Professor O que o aluno poderá aprender com esta aula manusear gibis e levantar características recorrentes no gênero história em quadrinhos; conhecer o gênero histórias em quadrinhos, sua constituição e seu funcionamento; conhecer os personagens que fazem sucesso nas histórias em quadrinhos infantis; diferenciar os tipos de balão que dão voz aos personagens das histórias em quadrinhos; compreender o significado das onomatopeias; relacionar linguagem verbal e não verbal de modo a produzir sentido. Duração das atividades 50 minutos 1 / 9
Conhecimento prévio Os alunos terão de: saber minimamente que a língua comporta tipos de linguagem, como a linguagem verbal (utiliza a palavra), a não verbal (não utiliza a palavra) e a mista (presença dos dois tipos anteriores); saber que, basicamente, para contar uma história é necessário alguém para contar os fatos, personagens que participam dos fatos que, por sua vez, ocorrem em determinado lugar e num tempo - e além disso é necessário saber o que contar; ter noção que o som pode ser representado graficamente, como, por exemplo, o som da batida em uma porta de madeira, que é representado pela onomatopeia TOC, TOC. Estratégias e recursos da aula Atividades em duplas; discussões coletivas; roteiro de estudo; sala de computação com recurso à Internet. Atividade 1 2 / 9
O professor iniciará a aula levando para a sala diferentes gibis e/ou quadrinhos impressos em folhas avulsas ou inseridos no suporte de texto original, isso porque quando se fala no gênero história em quadrinhos (HQs), ele não ocorre necessariamente apenas no gibi, pode ocorrer em revistas, jornais, dentre outros suportes. Os alunos estarão organizados em círculo para melhor manusearem as histórias. Assim, esta primeira atividade constará do primeiro contato do aluno com as HQs, isto é, uma atividade livre para aguçar o aluno quanto ao trabalho que será desenvolvido. Importante: esta aula pode tranquilamente ser desenvolvida na biblioteca da escola, já que é pressuposto que neste espaço haverá material para consulta. Alguns exemplos: 3 / 9
Atividade 2 Depois de manusearem livremente os gibis e demais suportes, os alunos junto com o professor levantarão características comuns nas HQs. O professor anotará as informações no quadro. Importante: neste momento, os alunos terão total liberdade para citar semelhanças entre as histórias. O esperado é que os aprendizes observem, dentre outras coisas, que as histórias em quadrinhos apresentam basicamente: -narrador, personagens, tempo, espaço e enredo. É claro que esses elementos da narrativa devem ser tratados conforme nível de ensino. -quadrinhos alinhados na página sem necessariamente uma quantidade específica; 4 / 9
-balões para as falas ou pensamentos; -palavras que representam barulhos; -textos verbais curtos; -imagens a cada quadrinho; -títulos; -nomes dos autores. Atividade 3 Depois de elencadas semelhanças, o professor então partirá para o trabalho formal do gênero. Escolherá duas histórias em quadrinhos e disponibilizará para toda turma. Essa disponibilização pode ser por meio do papel impresso ou ainda por meios digitalizados. O objetivo é que mostre ao aluno a estrutura da HQ. Esta atividade, com base em um questionário, será desenvolvida em duplas com base em duas HQs, como as que estão abaixo, por exemplo. 5 / 9
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Questionário para as duas HQs: Qual o título das histórias? Quais os personagens delas participam? As HQs apresentam personagens principais? A história é apresentada em cores ou não? Quantos quadrinhos compõem a narrativa? Eles são divididos igualmente nas duas histórias? A leitura dos quadrinhos é da direita para a esquerda ou pode-se ler cada quadrinho na ordem que lhes interessar? Existe alguma palavra que representa algum som? Se sim, qual(is)? O que representam? 7 / 9
Quantos quadrinhos, nas duas histórias, contêm palavras? E quantos não contêm? Os quadrinhos que usam a palavra apresentam grandes textos? Por que vocês acham que isso acontece? Se nos quadrinhos tivesse apenas textos que se utilizam de palavras, vocês acham que as HQs deixariam de ser assim chamadas? Por quê? Aparece o nome do autor das HQs? Qualquer pessoa pode ler esse tipo de história? Há uma preferência de leitores para as HQs? Por quê? Qual o assunto (enredo) das histórias? Há uma preferência por um tipo de assunto? Qual o local de aparecimento, em geral, das HQs? Atividade 4 Terminado o questionário, a professora dará início à sua correção enfatizando a composição estrutural, temática e estilística (gênero) das HQs: Uma história como qualquer outra no que tange à presença dos elementos da narrativa, mas que se apresenta em quadrinhos. Não existe um número específico de quadrinhos; estes variam conforme enredo. Entretanto, sua leitura obedece a uma ordem espacial e direcional: da esquerda para a direita e de cima para baixo. Há ainda o nome do autor da história e a presença indispensável de balões para representar a fala dos personagens ou o som. Os quadrinhos apresentam textos curtos porque, em geral, a imagem diz muito neste gênero. O tipo de linguagem varia conforme personagem e contexto situacional. Por exemplo, o Cascão, da Turma da Mônica, utiliza o tipo informal de linguagem, diferente do Franjinha. Mesmo que haja variação, a preferência é por uma linguagem que se aproxima da linguagem do cotidiano e preferencialmente descarta vocábulos técnicos ou muito rebuscados. Os assuntos tratados pelas HQs não são pré-definidos, pois variam conforme desejo autoral. 8 / 9
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