AS ESTRATÉGIAS DE LEITURA NA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO TEXTO: UMA VISÃO VIA LINGUÍSTICA TEXTUAL RESUMO
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- Joana Silveira Fraga
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1 AS ESTRATÉGIAS DE LEITURA NA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO TEXTO: UMA VISÃO VIA LINGUÍSTICA TEXTUAL Míriam Godinho Romano Valéria Cristina Costa Rafael Cardoso Ferreira (G CLCA UENP/CJ) Luiz Antônio Xavier Dias (Orientador CLCA UENP/CJ) RESUMO Na atualidade, saber utilizar-se de estratégias de leitura é um instrumento cognitivo muito importante, pois segundo Solé (1998) é por meio das estratégias de leitura que se consegue um desenvolvimento do leitor proficiente. Sua utilização permite compreender e interpretar de forma autônoma os textos lidos e pretende despertar o professor para a importância em desenvolver um trabalho efetivo no sentido da formação do leitor independente, crítico e reflexivo. Com esses pressupostos, o presente trabalho visa apresentar diversas estratégias de leitura para a formação do leitor, a fim de aumentar sua capacidade interpretativa ao observar determinados gêneros. O trabalho é de caráter bibliográfico e se fundamenta na linguística textual Koch & Elias (2008) e em teorias cognitivistas de leitura, Solé (1998). 1 Introdução O ato de ler está ligado à decodificação durante as provas e leitura em sala de aula, quase sempre com conceito avaliativo. Então o aluno torna-se condicionado a idéia de que ler não passa de uma obrigação momentânea e sua utilização vinculada à escola e nada mais. Solé (1998) aborda o conceito de que é preciso ir além da obtenção de nota, é necessário que o aluno consiga integrar o conhecimento adquirido também em sua vida cotidiana. Durante o ato de leitura, o leitor coloca em prática todo seu conhecimento para que assim consiga construir o sentido sobre aquilo que está lendo, a leitura também é um exercício como qualquer outro, exige atenção e rigor, não existe um bom escritor se não existir um bom leitor capacitado e com pratica para exercê-lo. 2 Para que servem as estratégias? 278
2 Solé nos faz questionar o porquê de ensinar as estratégias de compreensão, e afirmam o seguinte: Em síntese por que queremos formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente textos de índole muito diversa, na maioria das vezes diferentes dos utilizados durante a instrução. Ainda segundo Solé (1998p.72)formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de apreender a partir dos textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte de seu acervo pessoal, questionar esse conhecimento e modificá-lo estabelecendo generalizações que permitam transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes. È necessário conscientizar os estudantes que a leitura vai além, ela envolve sentimentos, a imaginação e não deve ser encarada como perca de tempo. As várias bibliotecas espalhadas pelo mundo estão repletas de livros e incontáveis coleções, desde clássicos consagrados pela historia ate mesmo um gibi de banca de jornal, porém com pouco movimento e sem demonstração de interesse por parte dos leitores alunos. As estratégias de leitura implantadas pelo professor na sala de aula são indispensáveis para recuperar esses leitores. É necessário envolver as crianças, os jovens e outros membros da comunidade, atendendo não somente necessidades básicas, mas criar novas possibilidades que envolvam esse tipo de público. Para KOCH (2011 p.10) a leitura assim é entendida como atividade de captação das idéias do autor, sem levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, a interação autor- texto-leitor com propósitos constituídos sociocognitivo-internacionalmente. Muitos professores tentam implantar o habito da leitura em suas salas de aula, porém, ainda seguem a forma tradicional, sem articular os textos com a realidade vivida e sem levar em conta o conhecimento de mundo do individuo. O importante é que o estudante esteja em contato com diferentes tipos de texto, seja através de suas próprias produções ou através de textos encontrados na forma da linguagem falada. Para Solé, leitura é um processo mediante no qual se compreende a linguagem escrita (...). Para ler necessitamos simultaneamente manejar com destreza as habilidades de decodificação e apartar ao texto nossos objetivos, idéias e experiências prévias (...) (p.23). Segundo a autora, para uma pessoa se envolver em qualquer atividade de leitura, é necessário que ela sinta que é capaz de ler, de compreender o texto, tanto de forma autônoma, como apoiada em leitores mais experientes. 279
3 3 As estratégias fundamentais são Definição de objeto da leitura, atualização de conhecimentos prévios, previsão de leitura atualização de conhecimentos de previsão, inferências e resumo. Estratégias para se trabalhar HQ na sala de aula: Área do conhecimento: Língua Portuguesa - Tema ou assunto da aula: Histórias em Quadrinhos - Nível de escolarização: 6ºano (5ª série) do Ensino Fundamental 3.1 Apresentação: História em quadrinho Nas HQ podemos observar a combinação da imagem com o texto escrito nos balões, e na maioria das vezes são elaborados em três ou em quatro quadrinhos, dessa maneira compõem-se de frases curtas, um fato é relatado e transcrito. Este tipo de texto utiliza figuras de linguagem, tais como, metáforas e metonímias, uso de icônicos e dos sinais de pontuação, bem como para a representação dos sons o uso da onomatopeia. Portanto a produção breve marca um grau de informalidade e uma pitada humorística. Estilo: São os recursos lexicais utilizados e que dão destaque às frases que geram o humor na HQ. 280
4 Propósito comunicacional: Mostra qual objetivo da HQ: fazer uma crítica ou divertir, através do humor, temas normalmente de problemática da sociedade ou temas políticos. Suporte: Publicada em jornais revistas e gibis. Desenvolvimento: Para melhor detalhar este tópico ele foi dividido em A, B e C. Momento A - Antes da leitura; atividades cujo objetivo é trazer o repertório do leitor (seus conhecimentos prévios) para a compreensão textual, discutindo os elementos contextualizadores do texto: autor, portador, título, sumário, capas, assunto/tema e ilustrações. Momento B durante a leitura; atividade cuja finalidade é apresentar alguns objetivos, orientadores do ato de ler, por meio de um levantamento de aspectos que auxiliem a construção dos sentidos do texto: o tema, o gênero textual em suas funções e características, os recursos expressivos utilizados pelo autor entre outros. Dessa forma, estabelece com os estudantes alguns objetivos para antecipar aspectos importantes do texto, por meio de um mapa textual que ajude os leitores na compreensão global do que vão ler. Momento C depois da leitura; atividade cujo objetivo é ampliar as referências culturais dos leitores, especialmente os conteúdos das várias áreas do conhecimento implicadas no texto, refletindo sobre seus aspectos polêmicos e, ainda, discutir as perspectivas do narrador e do leitor. É também momento de ensinar o estudante a fazer paráfrases (orais ou escritas) do que leu e produzir textos em outras linguagens (desenho, pintura, dramatização, etc.). Após o término dos exercícios propostos, serão aplicados também exercícios de criação, e deverão ser avaliadas as participações em sala, durante os dois primeiros módulos, como as pesquisas realizadas e as respostas dos questionários de compreensão, bem como a criação de novas histórias pelos alunos. 4 Considerações finais Esperamos que este artigo esclareça o quanto é importante conhecer as estratégias de leitura, como podemos aplicá-la no momento da leitura de um determinado gênero. O objetivo principal foi colaborar na solução dos problemas que envolvem o tema: leitura em sala de aula é necessário que professores e alunos tomem consciência da importância de estar atualizado, conhecendo às novas formas de tecnologias existentes no mercado, e que estão conquistando cada vez mais seu espaço no mundo, vendo-a como um desafio a ser vencido e melhorar a pratica docente. 281
5 5 Referências KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Ler e Compreender: Os sentidos do texto. 3 ed, 5 reimpressão. São Paulo: Contexto, SOLÉ, Isabel; Estratégias de leitura: trad. Cláudia Schilling, 6.ed. Porto Alegre: Artmed,1998. Para citar este artigo: COSTA, Valéria Cristina; FERREIRA, Rafael Cardoso; ROMANO, Miriam Godinho. As estratégias de leitura na construção do sentido do texto: uma visão via linguística textual. In: IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA SÓLETRAS - Estudos Linguísticos e Literários Anais... UENP Universidade Estadual do Norte do Paraná Centro de Letras, Comunicação e Artes. Jacarezinho, ISSN p
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