Farmacodinâmica Profa. Aline Mourão Modificando o ambiente (físico ou químico) MODIFICANDO O AMBIENTE FÍSICO osmolaridade do plasma MODIFICANDO O AMBIENTE QUÍMICO ph do suco gástrico Manitol Solução 20% - 200mg/mL - frasco 250mL Antiácidos formas farmacêuticas líquidas e sólidas Diurético osmótico: falência renal aguda, redução PIO (glaucoma) 20mg/kg, EV, 3 a 5 min, produz fluxo urinário de 30 a 50mL/h nas próximas 2 a 3 horas Azia, úlcera péptica e DRGE Laxante osmótico: preparo de colonoscopia 500mL em doses divididas, a cada 10 minutos, VO Por que determinado fármaco afeta a função cardíaca, enquanto outro altera o transporte de íons nos rins? Modificando o ambiente (físico ou químico) Por que o captopril reduz a pressão arterial, porém também pode causar tosse seca? Modificando funções celulares (por interação com proteínas) 1
Fármacos ligam-se a componentes celulares específicos, denominados RECEPTORES, formando um complexo que altera o funcionamento da célula Chave e fechadura - para a ligação eficiente entre o fármaco ( chave ) e o receptor ( fechadura ) é necessário um ajuste exato dos átomos RECEPTOR é qualquer molécula na qual o fármaco se liga Receptor pode estar na superfície ou no interior das células A ação do fármaco depende essencialmente da sua estrutura química Interação dos átomos do fármaco e receptor ALVO PARA AÇÃO DOS FÁRMACOS transmembrana ligados à proteína G (metabotrópicos) transmembrana com domínio citosólico enzimático canais iônicos controlados por ligantes (ionotrópicos) receptores intracelulares (citoplasma ou núcleo) Sítio de ligação: local específico onde o fármaco liga-se ao receptor 2
ALVO PARA AÇÃO DOS FÁRMACOS Moléculas transportadoras Enzimas extracelulares (fármaco é um análogo) Canais iônicos transmembrana (regulados por voltagem, por ligante ou por segundos mensageiros) AFINIDADE Tendência de ligação do fármaco ao receptor ATIVAÇÃO Desencadeamento de alterações celulares após a ligação do fármaco ao seu receptor Quanto maior a afinidade, maior a chance de ocorrer a ligação do fármaco com seu receptor Quando um fármaco ativa seu receptor, ele modifica a função celular e nunca cria uma função que não existe na célula Farmacodinâmica É o estudo da AÇÃO e EFEITOS dos fármacos no organismo em função da sua concentração AGONISMO Quando um fármaco ativa seu receptor AGONSITAS são fármacos que têm afinidade e ativam o receptor Exercem seu efeito SIMULANDO o efeito de substâncias endógenas AÇÃO: alterações bioquímicas e fisiológicas que ocorrem nas células após a ligação do fármaco e modificam a função celular EFEITO/RESULTADO/RESPOSTA: consequência da ação, clinicamente observável ou mensurável Consegue provocar AGONISTA PLENO Não consegue provocar AGONISTA PARCIAL 3
AGONISMO Quando um fármaco impede a ativação de seu receptor ANTAGONSITAS são fármacos que têm afinidade e NÃO ativam o receptor Exercem seu efeito IMPEDINDO o efeito de substâncias endógenas Consegue provocar Não consegue provocar REVERSÍVEL IRREVERSÍVEL EFICÁCIA Ação deflagrada com a ligação do fármaco ao receptor Efeito/resposta que o fármaco desencadeia ao interagir com seu receptor 4
POTÊNCIA Concentração em que o fármaco produz 50% da Redução do LDL-c 20-25% 26-30% 31-35% 36-40% 41-50% 51-55% Atorvastatina - - 10 20 40 80 Cerivastatina 0,2 0,3 0,4 0,8 Fluvastatina 20 40 80 Lovastatina 10 20 40 80 Quanto menor a dose requerida para desencadear uma determinada resposta, mais potente será o fármaco Pravastatina 10 20 40 Sinvastatina - 10 20 40 80 CONCEITOS CHAVE OBJETIVOS DE ESTUDO Afinidade e ativação Agonismo, agonista pleno, agonista parcial Antagonismo, antagonista reversível/competitivo, antagonista irreversível/não competitivo Eficácia, efetividade e eficiência Potência Conhecer a farmacodinâmica e como os fármacos atuam no organismo Entender como os fármacos interagem com os receptores Compreender os conceitos de afinidade e eficácia, relacionando-os aos fenômenos de agonismo e antagonismo Diferenciar agonismo pleno e parcial Diferenciar antagonismo competitivo e não competitivo 5