AULA 2 FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

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1 AULA 2 FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA FASES DA FARMACOCINÉTICA A farmacocinética pode ser separada em cinco fases essenciais: Professor: Moisés Wesley M. Pereira FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM 1. Liberação; 2. Absorção; 3. Metabolismo; 4. Distribuição; 5. Excreção. LIBERAÇÃO É a separação do fármaco do veículo. Está intimamente relacionada com a forma farmacêutica (comprimidos, cápsulas, líquidos). ABSORÇÃO É a passagem da droga a partir do local que foi administrada (via de administração) até alcançar a corrente sanguínea. Drogas administradas por via tópica ou via endovenosa não passam pela liberação. Biodisponibilidade quantidade de uma droga que atinge o seu local de ação após o processo de absorção. 1

2 DISTRIBUIÇÃO Processo pelo qual um fármaco reversivelmente abandona o leito vascular e entra no interstício (líquido extracelular) e/ou nas células dos tecidos. Mais rápida em órgãos bem perfundidos: coração, fígado, rim, cérebro, etc. Oferta da droga é mais lenta nos músculos, pele e gordura (menor perfusão). A passagem do fármaco do plasma ao interstício depende primariamente do fluxo sanguíneo, da permeabilidade capilar, do grau de ligação às proteínas plasmáticas e tissulares e da hidrofobicidade relativa do fármaco. Fármacos pouco lipossolúveis: Restrição em sua distribuição e local de ação; Baixa permeabilidade. Processo pelo qual o organismo modifica quimicamente os fármacos. O metabolismo age: METABOLISMO Inativando os fármacos ou Facilitando a eliminação dos fármacos. Fatores que influenciam a biodisponibilidade Biotransformação hepática de primeira passagem: Quando um fármaco é absorvido a partir do TGI, ele entra na circulação portal antes de entrar na circulação sistêmica. Solubilidade do fármaco: Fármacos muito hidrofílicos são pouco absorvidos devido a sua inabilidade em atravessar as membranas celulares ricas em lipídeos. Paradoxalmente, fármacos que são extremamente hidrofóbicos são pouco absorvidos, pois são totalmente insolúveis nos líquidos aquosos do organismo e, portanto, não têm acesso à superfície das células. Para que um fármaco seja bem absorvido, ele deve ser basicamente hidrofóbico, mas ter alguma solubilidade em soluções aquosas. 2

3 EXCREÇÃO A saída dos fármacos do organismo pode ocorrer através de numerosas vias, sendo a mais importante através dos rins pela urina. Outras vias incluem a bile, os intestinos, os pulmões e o leite nas lactentes. Um paciente com insuficiência renal pode sofrer diálise extracorpórea, que vai remover as pequenas moléculas, como os fármacos. 3

4 CLEARANCE Excreção renal: A maioria dos fármacos livres (não ligados às proteínas plasmáticas) atravessa livremente o filtro glomerular. Os fármacos lipossolúveis reabsorção passiva por difusão através do túbulo renal, (não são excretadas eficientemente na urina). Taxa de eliminação do fármaco. Habilidade do organismo em eliminar um fármaco. Medida da taxa de eliminação de um fármaco em relação a sua concentração plasmática. PERMEABILIDADE CAPILAR Metabolização Ingestão Absorção Capilar Eliminação Distribuição 4

5 Calma aí, já estamos terminando! \o/ FARMACOCINÉTICA EM CRIANÇAS As características fisiológicas são variáveis, principalmente na primeira década de vida, acarretando mudanças na funcionalidade de cada órgão. Durante as fases de crescimento as crianças estão em contínuo desenvolvimento, quando diferenças e processos de maturação não são matematicamente graduais ou previsíveis. ABSORÇÃO Vários fatores relacionados à idade: Secreção ácida gástrica Tempo de esvaziamento gástrico Tempo de trânsito intestinal Motilidade GI Influenciam a absorção em pacientes pediátricos. 5

6 Esvaziamento gástrico e intestinal: Ph gástrico: Nascimento: presença de fluido amniótico no estômago = ph neutro Primeiras horas: ph horas: 6-7 Entre 3 e 7 anos de idade: 2-3 (= adulto) Tempo de esvaziamento gástrico Neonato até 2 meses: (até 6-8 horas) 6-8 meses: níveis = adulto Tempo de trânsito intestinal: Muito irregular e imprevisível do neonato até 2 anos METABOLISMO HEPÁTICO Tende a ser : ativ enzimática alterada durante período pós natal No geral: 6-12 meses: níveis adultos Final da puberdade: retorna aos níveis de adultos FUNÇÃO RENAL Neonato: aproximadamente 1/5 níveis em adultos Filtração glomerular: aproximadamente níveis adultos aos 6 meses de idade Função secretória tubular: 7-8 meses *Clearence renal de fármacos está diminuído em crianças até 2 anos comparadas aos adultos 6

7 DEFINIÇÃO FARMACODINÂMICA Farmacodinâmica É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos das drogas e seus mecanismos de ação, bem como a correlação entre atividade farmacológica e estrutura química. Tem como objetivo principal delinear as interações físicas e químicas entre droga e célula-alvo. A droga ou fármaco, para exercer suas ações e produzir efeitos, precisa atingir seu local ou alvo específico. Esses locais de ação são principalmente de natureza proteica e representados especialmente por enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e receptores. Para produzir seus efeitos, a droga deve apresentar elevado grau de especificidade de ligação com seu local de ação. Nenhuma droga, entretanto, é completamente específica nas suas ações. Ela pode afetar outros alvos celulares, e provocar efeitos colaterais. 7

8 RECEPTORES Componente do organismo com o qual o agente químico deve interagir para produzir seus efeitos. Muitas drogas aderem (se ligam) às células por meio de receptores existentes na superfície celular. A maioria das células possui muitos receptores de superfície, o que permite que a atividade celular seja influenciada por substâncias químicas como os medicamentos ou hormônios localizados fora da célula. SISTEMA CHAVE-FECHADURA - Mecanismo pelo qual uma molécula específica se liga ao seu receptor específico, produzindo seus efeitos. - Moléculas que tem formato semelhante ao receptor, quando em contato com este pode prejudicar a ação esperada de uma molécula específica para esse receptor. Membrana da célula Molécula PROPRIEDADES NECESSÁRIAS Afinidade: atração mútua ou a força da ligação entre uma droga e seu alvo, seja um receptor ou enzima. Receptor Atividade intrínseca: capacidade da droga em produzir um efeito farmacológico quando ligada ao seu receptor. 8

9 INTERAÇÕES ENTRE FÁRMACOS 1. Antagonismo Competitivo: - competição entre agonista e antagonista por um mesmo receptor - reversibilidade do bloqueio - dependência da dose EXEMPLO: Noradrenalina e Propranolol: - Noradrenalina se liga ao beta 1, causando aumento das contrações celulares, consequentemente aumento de bombeamento cardíaco e o débito cardíaco; - Propranolol se liga ao receptor beta 1 impedindo a noradrenalina de ativá-lo. 2. Antagonismo Não Competitivo: - Interação irreversível - não depende da dose - Receptor diferente. EXEMPLO: Verapamil e Noradrenalina: - Verapamil bloqueia os efeitos intracelulares causados pela ativação do beta 1 pela noradrenalina. É um bloqueador dos canais de cálcio. Impede o aumento da intensidade do bombeamento e aumento do débito cardíaco. 3 - Antagonismo Químico - Ligação entre substâncias que se neutralizam. EXEMPLO Dimercaprol (agente quelante) e metais pesados (arsênico, mercúrio, ouro) 4 - Antagonismo Fisiológico - efeitos opostos, - células diferentes EXEMPLO Histamina e Omeprazol Histamina atua sobre os receptores das células parietais da mucosa gástrica estimulando a secreção de ácido, enquanto o Omeprazol bloqueia esse efeito ao inibir a bomba de prótons. 5 Sinergismo - adição: - potenciação EXEMPLO: - Adição: o efeito da droga A soma-se ao efeito da droga B. Cetamina + Midazolan - Potenciação: efeito alcançado maior em conjunto do que quando em uso dos medicamentos separadamente. Captopril + Furosemida 9

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