ESTUDO ECONÔMICO DA OCDE FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS Luiz de Mello, OCDE São Paulo, 23 de outubro de 2013
O Brasil e a OCDE Uma longa história de cooperação - Sexto Estudo Econômico desde 2001 - Integração do Brasil no monitoramento regular de políticas macroeconômicas (OECD Economic Outlook) e estruturais (Going for Growth) - Vários estudos temáticos: regulação, políticas territoriais, mercado de trabalho, educação, agricultura, etc.
Contexto macroeconômico Meio-ambiente externo menos favorável - Frágil retomada nas economias centrais, apesar de alguma melhora recente (OECD interim Assessment) - Deterioração das condições financeiras globais - Queda nos preços das matérias-primas Meio-ambiente interno mais complexo - Desaceleração do crescimento - Inflação alta e expectativas acima da meta central - Déficit crescente em conta corrente - Dívida pública (bruta) em alta
Políticas macroeconômicas Quais seriam as políticas apropriadas para sustentar o crescimento num quadro macroeconômico desafiador? - Política fiscal transparente e previsível com vistas a reduzir o endividamento público (não só em termos líquidos); contraciclicalidade - Política monetária guiada pelo regime de metas e ancoragem das expectativas na meta central - Taxa de câmbio livre
Conquistas e desafios estruturais O crescimento tem sido inclusivo... - Redução da pobreza e das desigualdades além dos níveis previstos pelo simples crescimento da renda... apesar do baixo crescimento da produtividade e perda de competitividade - Necessidade de eliminar os entraves estruturais ao investimento, à inovação e ao empreendedorismo
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Crescimento inclusivo Incidência de pobreza (%) e coeficiente de Gini (unidade) 35 30 25 20 15 10 5 Absolute poverty (below USD 2 per day, left scale) Relative poverty (below 50% of median income, left scale) GINI coefficient (right scale) 0.62 0.6 0.58 0.56 0.54 0.52 0.5 0 0.48 Fonte: IPEA.
Crescimento e distribuição 6 GDP per capita growth (%, 2000-10) 5 4 Dominican Thailand Republic Peru Poland Turkey Brazil Colombia Ecuador Finland Australia Israel Sweden United Kingdom Germany Argentina Netherlands Mexico United France States Canada Denmark Italy 3 2 1 0-1.5-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Change in Gini coeficient (%, 2000-10) Fonte: OCDE.
Determinantes da inclusividade Decomposição da queda da desigualdade de renda disponível Conditional cash transfers Other Non-contributory pensions Labour income Contributory pensions Fonte: IPEA.
Acumulação de capital humano Indicadores de escolaridade (%) A. Share of people at age 19 B. Enrollment rates of 15-17 year olds by family income quintile 90 80 70 with completed secondary education with completed primary education 2001 2011 80 70 60 60 50 40 30 50 40 30 20 20 10 10 0 1997 2002 2007 2009 1st (poorest) 2nd 3rd 4th 5th (richest) 0 Fonte: IBGE e OCDE.
e efeitos no rendimento Escolaridade e taxas de retorno do investimento em educação (%) Secondary Completed 39 37 35 33 Returns Share of population 15-64 with completed 16 secondary education (left axis) Private returns to secondary degree (right 15 axis) 14 13 12 Tertiary Completed 16 15 14 13 12 Share of population 15-64 with completed tertiary education (left axis) Private returns to tertiary degree (right axis) Returns 50 48 46 44 42 40 31 29 27 11 10 9 11 10 9 38 36 34 32 25 8 8 30 Fonte: OCDE.
O efeito dos impostos e transferências Coeficiente de Gini (unidade) 0.6 0.5 Reduction of inequality through taxes Reduction of inequality through transfers Gini coefficient for disposable income 0.4 0.3 0.2 0.1 0 Fonte: LIS e OCDE.
Crescimento inclusivo O aumento da escolaridade tem tido um forte efeito sobre a evolução da renda do trabalho Porém, outros fatores tem contribuído para a redução das desigualdades: - Salário mínimo, previdência e assistência sociais, transferência da renda (e.g., Bolsa Família) Custo-benefício das diferentes intervenções? - Transferências bem focalizadas, mas também serviços públicos de qualidade
Portugal Greece Costa Rica Norway Mexico South Africa Spain Australia Uruguay Chile Italy New Zealand Canada Hungary Belgium BRAZIL Denmark France Ireland Colombia Slovenia Turkey United Kingdom OECD Netherlands Finland Switzerland United States Venezuela Argentina Japan Ecuador Sweden Germany Czech Republic Dominican Republic Austria Israel Poland Bolivia Indonesia Thailand South Korea Peru India Taiwan Slovak Republic Estonia Russian Federation China A baixa produtividade 5 Crescimento da produtividade total dos fatores (%) em 2000-10 4 3 2 1 0-1 -2-3 Fonte: Conference Board.
afeta a competitividade da economia Custos unitários do trabalho (Jan. 2003=100) 250 200 Nominal effective exchange rate Relative unit labour costs (real effective exchange rate based on ULC)¹ 250 200 150 150 100 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 100 Fonte: OCDE.
Indonesia Argentina Colombia BRAZIL Thailand Mexico Uruguay Chile Turkey Israel Russian Federation Greece Luxembourg Spain Italy Czech Republic Slovak Republic Portugal Ireland Hungary Slovenia United Kingdom United States Sweden France Poland Denmark Norway Iceland Germany Estonia Belgium Australia Netherlands Switzerland New Zealand Japan Canada Finland Korea Hong Kong-China Deficiências persistem na educação Desempenho no exame PISA (pontos em relação à média OCDE) 60 40 20 0-20 -40-60 -80-100 -120-140 PISA 2009 PISA 2003 60 40 20 0-20 -40-60 -80-100 -120-140 Fonte: OCDE.
Produtividade e competitividade Políticas para promover ganhos de produtividade requerem ações em várias áreas - Velha receita e poucos atalhos! Infraestrutura, educação, inovação, empreendedorismo, etc. Ganhos de competitividade dependem fundamentalmente da produtividade, mas também - Abertura comercial, inserção em redes de valor globais
ESTUDO ECONÔMICO DA OCDE FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS Luiz de Mello, OCDE São Paulo, 23 de outubro de 2013