Transição da Escola para o Mercado de Trabalho no Brasil. André Portela Souza EESP/FGV

Transcrição

1 Transição da Escola para o Mercado de Trabalho no Brasil André Portela Souza EESP/FGV SEADE 25 de Março de 2013

2 Estrutura da Apresentação 1. Alguns Aspectos Conceituais: A Teoria do Capital Humano 2. Evidências para o Brasil 1. Retornos à Escolaridade 2. Custos educacionais 3. A transição da escola para o trabalho 3. Algumas Evidências Empíricas do Papel das Políticas Públicas 1. Formação do capital humano geral: EJA 2. Formação do capital humano específico: Profissionalizantes 4. O quê precisamos saber mais?

3 A Teoria do Capital Humano Renda Benefícios Pecuniários Ensino médio Ens. fundamental Custos de oportunidade 0 Custos diretos Idade

4 Secondary Completed Returns Evidências para o Brasil: Retornos Secondary completed População Adulta Returns to secondary 15% 39% 14% 37% 13% 35% 33% 12% 31% 11% 29% 10% 27% 9% 25% 8% Fonte:OCDE (PME)

5 Tertiary Completed Returns 16% 15% 14% 13% 12% 11% 10% 9% 8% População Adulta Tertiary completed Returns to tertiary 50% 48% 46% 44% 42% 40% 38% 36% 34% 32% 30% Fonte: OCDE (PME)

6 Brazil1 Hungary Slovenia Czech Republic Slovak Republic United States Ireland Poland Portugal1 Germany United Kingdom Luxembourg Netherlands2 Austria OECD average Switzerland Israel Korea Greece1 Italy2 Turkey3 Finland1 Japan4 France2 Spain1 Canada1 Estonia Australia1 Belgium Denmark Norway1 Sweden New Zealand Diferenciais de Salariais por Nível Educacional Index Below upper secondary education Tertiary education Upper secondary and postsecondary non-tertiary education Fonte: OCDE

7 Custos Diretos e de Oportunidade Variable Base Média D.P. Min Max Salário das Crianças e Jovens Censo Salário das Crianças e Jovens Censo Professores por mil crianças e jovens Censo Professores por mil crianças e jovens Censo Fonte: Oliva e Souza (2010)

8 Oliva e Souza (2010) Custo de Oportunidade Um aumento de R$100 mensais resulta em uma redução de 6 a 8 meses de escolaridade Custo Direto Um aumento de um professor a mais (para cada 100 alunos) resulta em um aumento de 2 a 5 meses de escolaridade

9 Transição Escola Trabalho Emerson e Souza (2011)

10 Figure 1: Age Started to Work Distribution (%) Age Started to Work

11 Figure 2: Years of Schooling Distribution (%) Years of Schooling

12 Years of Schooling Age Satrted to Work Figure 3: Averages of Years of Schooling and Age Started to Work by Year of Birth Years of Schooling Age Started to Work Year of Birth

13 Log-Earnings Years of Schooling Figure 4: Averages of Log-Earnings and Years of Schooling by Age Started to Work Log-Earnings Years of Schooling Age Started to Work 2.5

14

15

16 As Evidências Recentes

17

18

19

20

21

22

23 110% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% Probabilidade Acumulada de Matrícula 30% Matricula 8a Matricula 1o Matricula 2o Matricula 3o Formatura Fonte: Oliva et al. (2012)

24 Fonte: Quintini et al. (2007)

25 Algumas Evidências Empíricas do Papel das Políticas Públicas Aspectos conceituais Avaliação não-experimental Impactos do EJA Impactos de cursos profissionalizantes

26 Aspectos Conceituais de Educação e Qualificação Formação do Capital Humano Geral Específico Sinalização Credencialismo

27 Qualificação de Jovens no Brasil Ensino médio regular Capital humano geral Diploma de ensino médio Educação de Jovens e Adultos (EJA) Capital humano geral Diploma de ensino médio Educação Profissional Capital humano específico Certificado de conclusão

28 Efeitos do EJA e de Cursos Profissionalizantes Pesquisa Mensal de Emprego de 2002 a 2009 (PME/IBGE) Estrutura de Painel (dois anos consecutivos) Amostra Indivíduos que no primeiro ano da entrevista tinham Idade entre 22 a 35 anos Ensino fundamental completo Não frequentavam ensino médio regular

29 Efeitos do EJA e de Cursos Profissionalizantes Dois grupos de tratamento Indivíduos que frequentavam o EJA no primeiro ano e completaram o EJA no segundo ano Indivíduos que frequentavam curso profissionalizante no primeiro ano e completaram o curso no segundo ano Grupo de Comparação Indivíduos que não frequentaram EJA nem cursos profisisonalizante nos dois anos

30 Efeitos do EJA e de Cursos Profissionalizantes Metodologia: Estimações de Diferenças em Diferenças Resultados de interesse Probabilidade de estar ocupado Salários Formalização Emprego no setor público

31 Efeitos Estimados Estimações de Diferenças em Diferenças Tratamento Resultados EJA Profisionalizante Coef. E.P. Coef. E.P. Ocupado 0,065 0,026-0,010 0,021 Log do Salário 0,100 0,038 0,046 0,031

32 Efeitos Estimados Estimações de Diferenças em Diferenças Tratamento Resultados EJA Profisionalizante Coef. E.P. Coef. E.P. Setor Privado Log do Salário 0,060 0,037 0,010 0,034 Setor Público Log do Salário 0,501 0,179 0,180 0,073

33 Efeitos Estimados Estimações de Diferenças em Diferenças Tratamento Resultados EJA Profisionalizante Coef. E.P. Coef. E.P. Não condicional Formal 0,062 0,039-0,034 0,031 Condicional a ser informal Formal 0,297 0,116-0,002 0,094

34 Conclusões Os cursos de formação geral parecem ter efeitos positivos sobre a produtividade do trabalhador parecem também ter impactos de sinalização e ou credencialismo Os cursos de formações específicas parecem não ter efeitos positivos sobre a produtividade do trabalhador parecem também ter impactos de sinalização e ou credencialismo

35 O que precisamos saber? Existe uma gama variada de cursos profissionalizantes, quais funcionam, quais não funcionam? Se funciona, quais os mecanismos de ação? Podem ser replicados? Efeitos heterogêneos: gênero, região, etc.? PRONATEC: oportunidade para avaliação