III Congresso Português de Demografia. Maria Filomena Mendes Isabel Tiago de Oliveira
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1 III Congresso Português de Demografia Intensidade da fecundidade e o efeito de tempo Maria Filomena Mendes Isabel Tiago de Oliveira
2 A Fecundidade na Europa da Diversidade à Dualidade 3,5 Índice Sintético de Fecundidade nos Países Europeus 2,5 1,5 Belgium CzechRepublic Denmark Ireland Greece Spain France Italy Lithuania Hungary Malta Netherlands Austria Poland Portugal Slovenia Slovakia Finland Sweden UnitedKingdom Norway Switzerland 0,
3 O Adiamento dos Nascimentos na Europa 32,0 31,0 30,0 29,0 28,0 27,0 26,0 25,0 24,0 Belgium CzechRepublic Denmark Ireland Greece Spain France Italy 23,0 Lithuania Hungary Malta Netherlands Austria Poland Portugal Slovenia Slovakia Finland Sweden UnitedKingdom Norway Switzerland 22, Idades médias ao nascimento entre os 29 e os 31 anos. Países de leste: fecundidade mais jovem, adiamento mais acentuado.
4 Portugal: Indice Sintético de Fecundidade ,0 3,5 Indice Sintético de Fecundidade Médias Móveis 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0, Até meados da década de 60, o ISF situa-se em 3 filhos por mulher. Na segunda metade dos anos 60 inicia-se a tendência para o declínio da fecundidade até até meados dos anos 90. Desde meados de 90 os valores parecem estabilizar 1.5 filhos por mulher.
5 Portugal: Idade ao Nascimento e da Idade aos Primeiros Nascimentos 32 Idade Média de Fecundidade Idade Média ao Primeiro Filho A partir de 1983/84 assiste-se a um aumento da idade média ao nascimento (todos os nascimentos e nascimentos de primeiros filhos).
6 Curvas de Fecundidade 0,25 0,20 0,15 0, ,05 0,
7 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 Evolução das taxas de fecundidade por idades anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos
8 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 Comparação da fecundidade e anos 20 anos 20 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos 33 anos 34 anos
9 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 Comparação da fecundidade e anos 25 anos 25 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos 38 anos 39 anos
10 Como Avaliar o Efeito do Adiamento na Intensidade? Consideremos uma situação na qual ocorrem 1000 nascimentos num dado ano. Se as mulheres adiarem os nascimentos, 900 destes nascimentos ocorrem nesse ano civil mas os restantes 100 no ano civil seguinte. Como é que isto se iria reflectir nos indicadores?
11 Como Avaliar o Efeito do Adiamento na Intensidade? Numa análise por ano civil aconteceria uma diminuição da intensidade Numa análise que seguisse o percurso de vida destas mulheres a intensidade seria igual, e era a idade média ao nascimento que sofreria um aumento
12 Distorções de Translação e Efeito de Tempo Bongaarts e Feeney (1988) procuram corrigir a intensidade do efeito de tempo. Pretendem medir a fecundidade ajustada (a fecundidade observada se não se tivessem verificado alterações de calendário) ISFajustado = ISF / (1-rt) 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 ISF ISF (B-F) 0,
13 As regiões: Índice Sintético de Fecundidade ( ) NORTE 1,8 CENTRO 1,7 LISBOA 1,6 ALENTEJO 1,5 ALGARVE 1,4 AÇORES MADEIRA 1,3 1, Lisboa, o Algarve e as Ilhas têm níveis de fecundidade mais elevados, mas com dinâmicas diferentes (nas Ilhas: diminuição, em Lisboa: estabilização e no Algarve: aumento). No último ano: No Norte, no Centro e no Alentejo o ISF ronda 1,3. Em Lisboa, na Madeira e no Açores este indicador situa-se em 1,5. No Algarve, o ISF situa-se em 1,7, depois de uma subida continuada.
14 As regiões: Idade Média ao Nascimento ( ) 30,0 NORTE 29,5 CENTRO 29,0 LISBOA ALENTEJO 28,5 ALGARVE 28,0 AÇORES 27, MADEIRA Adiamento dos nascimentos em todas as regiões. Os Açores apresentam uma fecundidade mais jovem, nas restantes áreas há uma maior homogeneidade.
15 As regiões: Índice Sintético de Fecundidade e Ajustado (valores médios de ) 2,0 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0 ISF ISF (BF) Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira A região com maior efeito de tempo é a Madeira. O Norte, o Centro e o Açores mostram diferenças importantes, embora com menor expressão. Lisboa e o Algarve revelam efeitos de tempo menos significativos
16 Conclusão: Em Portugal, o adiamento dos nascimentos tem início na primeira metade dos anos 80 e mantém-se como uma tendência regular até à actualidade. É uma fecundidade claramente condicionada pelos efeitos do adiamento: o ISF ronda os 1,4 filhos por mulher e o índice ajustado aponta para 1,7. Portugal, se comparado com os países do Mediterrâneo, apresenta valores ligeiramente mais elevados na intensidade da fecundidade. Os dados mais recentes sugerem uma diminuição do índice sintético de fecundidade em 2006 e 2007: em 2006 o valor deste indicador foi de 1,36 e em 2007 de 1,33 (INE, 2008). É de esperar que a fecundidade das gerações que agora estão na idade fértil seja mais elevada do que o indicador conjuntural aponta.
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