REFORMAS PARA UM PAÍS MAIS ENVELHECIDO, MAS MAIS PRÓSPERO. Álvaro Santos Pereira
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1 REFORMAS PARA UM PAÍS MAIS ENVELHECIDO, MAS MAIS PRÓSPERO Álvaro Santos Pereira
2 A economia voltou a crescer 3 Taxa de crescimento do PIB
3 O desemprego continua a descer 18 Taxa de desemprego
4 A economia está mais competitiva Desempenho das exportações Indice 2=1 Source: OECD (218), OECD Economic Outlook: Statistics and Projections. 4
5 As exportações batem recordes 3 Exportações de bens e serviços 6 25 Volume index 1995 = 1 (right axis) As a percentage of GDP (left axis) Source: OECD (218), OECD Economic Outlook: Statistics and Projections. 5
6 A dívida pública (% do PIB) baixou, mas permanece alta Dívida Pública em % do PIB ( ) Source: Mata e Valério, Banco de Portugal 6
7 A dívida externa permanece elevada 45 Dívida externa bruta Fonte: euros. Banco de Portugal. 7
8 O endividamento privado baixou e o crédito mal parado também Share of non-performing loans Per cent Corporations Housing Consumption Source: Bank of Portugal. 2 8
9 Onde estamos Após as reformas e graças a uma maior prudência fiscal: Melhoria da situação fiscal Menos endividamento Mais competitividade Porém, o crescimento precisa de ser sustentado numa nova onda de reformas. Esta nova onda de reformas é ainda mais imperiosa devido ao envelhecimento da população
10 Uma Nova Onda de Reformas Anti-Corrupção e um País para Todos(as) Reforma da Administração Pública Reforma da Educação e da Formação Profissional Um País de Oportunidades: top 1 do Doing Business Envelhecimento da população e Reforma da Segurança Social
11 O envelhecimento da população e a sustentabilidade da Segurança Social e das Finanças
12 Japan Spain Switzerland Italy Australia Iceland France Luxembourg Norway Sweden Israel Korea New Zealand Finland Netherlands Canada Ireland Austria Portugal Belgium Greece United Kingdom Slovenia Denmark Germany OECD35 Costa Rica Chile United States Czech Rep. Turkey Estonia Poland Slovak Rep. China Hungary Mexico Brazil Latvia Lithuania Colombia Russian Fed. Indonesia India South Africa A esperança média de vida continua a aumentar Anos
13 A taxa de fertilidade permanece muito baixa 3 Taxa de fertilidade OCDE Portugal 13
14 Coreia Itália Espanha Portugal Grécia Japão Luxemburgo Polónia Austria Bulgaria Canada Hungria Eslováquia Suiça Rep Checa Estonia EU Finlandia Alemanha Eslovénia Belgica Brasil Islândia Letónia Lituânia Holanda Noruega OCDE Australia Chile Costa Rica Dinamarca Reino Unido EUA Colombia França Irlanda Nova Zelândia Suécia Turquia Mexico A taxa de fertilidade é muito inferior à média da OCDE 2.5 Taxa de fertilidade
15 A emigração acentuou mais o problema demográfico Net migration rate, per 1 population High-income countries Portugal Source: United Nations 15
16 O envelhecimento da população será rápido Rácio de dependência (%), projecção Source: United Nations World Population Projects 16
17 MEX ISR TUR AUS USA CHL LUX LVA NOR ISL DNK NZL GBR SWE CAN BEL OCDE¹ IRL FRA NLD FIN HUN CHE AUT UE28 EST POL SVN SVK DEU GRC CZE ITA PRT KOR ESP JPN O rácio de dependência de idosos vai aumentar muito População com idade igual ou superior a 65 anos em % da população com idade compreendida entre os 15 e os 64 anos 215 Aumento até
18 A força de trabalho irá diminuir, e terá implicações fiscais e para o crescimento 15 Emprego potencial, Indice (214=1) Source: OECD long-term baseline projections 18
19 A dívida pública permanece alta % GDP % GDP Dívida Pública (% do PIB), Maastricht definition, Source: OECD Economic Outlook database 19
20 Os custos com a Saúde têm crescido muito 7 Despesas públicas em Saúde, % do PIB Source: Pordata; OECD Economic Outlook Database 2
21 Os gastos com as pensões e com a saúde vão aumentar % of GDP 9 Projecções das despesas públicas relacionadas com envelhecimento da população Long-term care Health care Education Net pension spending (gross spending - contributions) Source: European Commission 21
22 Despesas públicas a longo prazo % of GDP Projecções das despesas públicas relacionadas com envelhecimento da população Source: European Commission 22
23 O envelhecimento da população vai requerer mais cuidados primários de saúde Nursing graduates Source: OECD Health Statistics
24 A dívida pública irá aumentar significativamente se não se implementarem reformas 14 Dívida pública em % do PIB Continued consolidation effort Not offsetting increase in age-related costs
25 A poupança das famílias é muito reduzida Taxa de Poupança das Famílias Zona Euro Portugal 25
26 As despesas com pessoal na Admin. Púb. estão novamente a subir, embora a um ritmo inferior Billion euros Thousands Public staff expenditures (lhs) Public employment (rhs)
27 Que reformas são necessárias para garantir a sustentabilidade da Segurança Social? 27
28 Que fazer? Mercado de trabalho Trabalhar mais Prolongar a vida activa dos trabalhadores Tipo de trabalho? Incentivos à permanência no mercado de trabalho Repensar as carreiras profissionais? Aprendizagem ao longo da vida Flexisegurança: uma reforma que se impõe Os desafios podem ser ainda maiores nalguns novos sectores (gig economy) 28
29 As reformas da Segurança Social Nas últimas décadas houve reformas importantes da Segurança Social 1984: primeira lei de bases da Segurança Social 1986: TSU é introduzida 1989: criado o Fundo de Estabilização da Segurança Social. Idade de reforma para mulheres sobe para : regime pensão unificada (também para a CGA) 22: plafonamento das contribuições 27: introdução do factor de sustentabilidade, ajustamento automático das pensões à esperança média de vida 29
30 Uma reforma estrutural que urge fazer Apesar de todas estas reformas e ajustes: A sustentabilidade financeira do sistema público de pensões não está assegurada, devido ao envelhecimento da população e ao aumento da esperança de vida O sistema de pensões não fomenta suficientemente a poupança privada e, assim, o investimento Só 5,5% da população activa possui planos de pensões individuais e menos de 3.5% por planos de pensões empresariais Os incentivos aos sistemas privados de pensões são reduzidos em relação aos outros países da OCDE 3
31 Que fazer? Uma reforma estrutural da Segurança Social Temos de pensar a Segurança Social de forma mais estrutural: Períodos contributivos (ainda) mais longos Maior justiça entre gerações Jubilações flexíveis Combinar pensões com trabalho Capitalização virtual em contas individuais É fundamental garantir a sustentabilidade da SS estimulando a poupança e não onerando ainda mais as famílias e empresas Transitar de um regime de repartição contemporânea (pay as you go) para um regime público de capitalização Incentivar regimes complementares de reforma colectiva e individual Não comprometimento a solidariedade intra- e inter-generacional 31
32 Conclusão O rápido envelhecimento da população portuguesa terá enormes consequências economia sustentabilidade fiscal e da Segurança Social Pequenos ajustes não serão suficientes É crucial levar a cabo uma verdadeira reforma da Segurança Social 32
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