Fundação Bienal de Cerveira, 15 de outubro de 2018
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1 Seminário "Alto Minho 2030: Balanço & Novos Desafios A Evolução das Regiões Portuguesas (NUTS II e NUTS III) ao longo dos Ciclos de Programação Comunitários Rui Monteiro e Vasco Leite Fundação Bienal de Cerveira, 15 de outubro de 2018
2 1. Sumário 1. A evolução da economia nacional e das regiões NUTS II e NUTS III no contexto da União Europeia (UE28) 2. A evolução das regiões NUTS III da Região do Norte 3. Síntese final
3 2. Sumário 1. A evolução da economia nacional e das regiões NUTS II e NUTS III no contexto da União Europeia (UE28) 2. A evolução das regiões NUTS III da Região do Norte 3. Síntese final
4 Coeficiente Grau (%) de variação assimetria do PIB regional per capita (NUTS (NUTS II) II) 3. Evolução das assimetrias regionais em Portugal e na UE28 60% 25% União Europeia Portugal Portugal (como um todo) 50% 20% 20,6% 46,8% 19,6% 44,5% Portugal (sem AM Lisboa) 46,3% 40% 15% 15,1% 30% 10% 20% 5% 10% 10,4% 9,0% 20,6% 19,6% 7,6% 15,1% 0% 0% Fonte: Eurostat
5 4. Ranking das assimetrias regionais (NUTS II) dos países da UE28 Fonte: Eurostat UK Eslováquia Roménia Rep. Checa Hungria Alemanha Itália França Irlanda Finlândia Portugal Áustria Espanha Polónia Bulgária Holanda Suécia Eslovénia Grécia Dinamarca Croácia 4,3% ,2% 58,3% 44,2% 36,8% 30,2% 25,2% 24,9% 22,8% 22,1% 22,1% 20,6% 20,0% 19,8% 19,5% 19,2% 18,5% 17,4% 17,4% 16,9% 16,3% UK Eslováquia Roménia Rep. Checa Irlanda Bulgária Hungria Itália Polónia França Alemanha Espanha Finlândia Dinamarca Eslovénia Suécia Holanda Grécia Áustria Portugal Croácia 77,5% 69,3% 52,5% 41,1% 36,0% 33,6% 30,2% 26,3% 22,3% 21,5% 20,5% 19,9% 19,6% 19,3% 18,5% 18,3% 17,8% 17,8% 17,1% 15,1% 3,4% 0% 20% 40% 60% 80% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Grau de assimetrias regionais (NUTS II) - Coeficiente de variação Grau de assimetrias regionais (NUTS II) - Coeficiente de variação Grau de assimetrias regionais (NUTS II) - Coeficiente de variação do PIB per capita, p.p.c
6 5. Ranking das assimetrias regionais (NUTS III) dos países da UE28 Fonte: Eurostat UK Eslováquia Alemanha Letónia Polónia Estónia Hungria França Roménia Rep. Checa Bulgária Itália Irlanda Lituânia Grécia Áustria Croácia Dinamarca Holanda Espanha Portugal Finlândia Eslovénia Malta Suécia 45% 41,1% 39,4% 34,4% 32,2% 32,1% 30,0% 29,8% 28,9% 27,1% 24,8% 24,6% 24,2% 23,8% 23,6% 23,6% 22,8% 21,5% 20,7% 20,5% 18,0% 17,7% 15,6% 12,7% ,9% UK Eslováquia Alemanha Letónia Polónia Irlanda Roménia Hungria Rep. Checa França Estónia Bulgária Croácia Dinamarca Grécia Lituânia Itália Holanda Malta Áustria Eslovénia Espanha Portugal Finlândia Suécia 55% 38,8% 38,3% 37,8% 37,7% 36,5% 33,7% 33,6% 33,4% 33,0% 31,9% 28,6% 28,3% 26,1% 25,7% 25,0% 23,4% 22,3% 21,8% 20,3% 19,3% 18,5% 15,0% 14,1% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 50% 100% 150% Grau Grau de de assimetrias regionais (NUTS II) III) - -Coeficiente de variação de variação do Grau PIBde per assimetrias capita, p.p.c regionais (NUTS II) - Coeficiente de variação 106,5%
7 Coeficiente de variação do PIB per capita (NUTS II) 6. Evolução das assimetrias regionais sem A.M. de Lisboa 25% Portugal (como um todo) 20% 20,6% 19,6% Portugal (sem AM Lisboa) 15% 15,1% 10% 9,0% 10,4% 7,6% 5% 0% Fonte: Eurostat
8 Índice do PIB per capita (Portugal=100) 7. Produto Interno Bruto per capita, por NUTS II (Portugal=100) ,9 131, ,5 80,3 85,587,4 92,4 94,0 102,5 105,1 89,2 80,7 95,0 89, Fonte: INE 0 Norte Centro AM Lisboa Alentejo Algarve RA Açores RA Madeira
9 8. Que factos estilizados? Entre 2000 e 2016: Portugal aumentou ligeiramente a coesão territorial, apesar de ainda persistir uma elevada assimetria entre a Área Metropolitana de Lisboa e o resto do país. Em que ambiente ocorreu o ligeiro aumento da coesão territorial em Portugal? Que crescimento e que evolução de rendimentos? Que convergência real com a União Europeia?
10 9. Crescimento económico de Portugal entre 2000 e 2016 Fonte: Eurostat Irlanda Eslováquia Lituânia Roménia Letónia Polónia Bulgária Estónia Malta Luxemburgo Rep. Checa Suécia Hungria Eslovénia Chipre UK Croácia Espanha Áustria Bélgica UE28 Alemanha Holanda Finlândia França Dinamarca Portugal Itália Grécia 0,3% 0,1% -0,2% 2,1% 2,0% 2,0% 1,8% 1,7% 1,7% 1,5% 1,4% 1,4% 1,4% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,0% 2,8% 2,7% 4,1% 4,0% 3,8% 3,6% 3,6% 3,6% 3,4% 3,2% -1% 0% 1% 2% 3% 4% 5% Taxa de crescimento económico (média anual) entre 2000 e ,4%
11 10. Crescimento económico das NUTS II entre 2000 e 2016 UE28 1,40% RA Açores 1,1% RA Madeira 0,7% Algarve Norte 0,5% 0,6% Portugal AM Lisboa Centro 0,1% 0,2% 0,3% Alentejo -0,2% Fonte: Eurostat, INE -0,4% -0,2% 0,0% 0,2% 0,4% 0,6% 0,8% 1,0% 1,2% 1,4% 1,6% Taxa de crescimento económico (média anual) entre 2000 e 2016
12 Variaçao do índice do PIB per capita, p.p.c, ( ) 11. Divergência de Portugal com a UE 28 entre 2000 e Convergência de países menos desenvolvidos Irl Países mais desenvolvidos em aceleração Lit Rom Est Let Esl Bul Pol Hun Cro Divergência de países menos desenvolvidos R.Che Portugal Gre Mal Esl Esp Chi Ale Din Aús Fin Sue UK Fra Hol Ita Países mais desenvolvidos em desaceleração Lux Fonte: Eurostat Índice do PIB per capita, p.p.c, em 2000 (UE28=100)
13 Variaçao do índice do PIB per capita, p.p.c, ( ) 12. Divergência das NUTS II com a UE 28 entre 2000 e Convergência de regiões menos desenvolvidas com a UE 28 Regiões mais desenvolvidas da UE 28 em aceleração Açores Norte Centro Madeira Algarve Alentejo Divergência de regiões menos desenvolvidas com a UE 28 AM de Lisboa Regiões mais desenvolvidas da UE 28 em desaceleração Fonte: Eurostat Índice do PIB per capita, p.p.c, em 2000 (UE28=100)
14 13. Nível de desenvolvimento de Portugal face à UE28 em 2016 Fonte: Eurostat PIB per capita, p.p.c
15 14. Nível de desenvolvimento das NUTS II face à UE28 em 2016 A M de Lisboa UE Algarve Portugal Madeira Alentejo Açores Centro Norte Fonte: Eurostat Produto interno bruto per capita, a p.p.c
16 15. Que conclusões? Durante o período em análise, a economia portuguesa não assegurou níveis de crescimento económico compatíveis com o objetivo de convergência real com a EU28, mas internamente aumentou ligeiramente a coesão territorial. Será possível quebrar esta dicotomia e alcançar, simultaneamente, um crescimento económico mais robusto e acentuar a coesão territorial? Qual o papel das regiões mais industrializadas e com maior orientação exportadora para este objetivo?
17 Índice 100 (ano de 2000) Índice 100 (ano de 2000) 16. Ciclo económico e assimetrias regionais entre 2000 e 2016 Portugal UE Ano de Crescimento económico (Portugal) Assimetrias regionais (NUTS II de Portugal) Crescimento económico (UE28) Assimetrias regionais (NUTS II da UE28) Fonte: Eurostat
18 Crescimento económico (média anual) Crescimento económico (média anual) 17. Origem territorial do crescimento económico em Portugal Fase do ciclo: Crescimento económico de Portugal (1,1%/ano) 3,0% RA Madeira Fase do ciclo: Crescimento económico de Portugal (1,4%/ano) 3,0% Algarve 2,5% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% RA Açores Norte Algarve Portugal AM Lisboa 2,0% 1,5% 1,0% Norte Centro Alentejo RA Açores RA Madeira Portugal Centro 0,5% Alentejo 0,5% AM Lisboa Fonte: INE 0,0% PIB per capita em 2000 (Portugal=100) 0,0% PIB per capita em 2013 (Portugal=100)
19 18. Contributos para o crescimento económico nacional Fase do ciclo: Fase do ciclo: RA Açores 0,04% RA Madeira 0,03% Alentejo 0,05% RA Açores 0,04% RA Madeira 0,06% Alentejo 0,10% Algarve 0,08% Algarve 0,11% Centro 0,16% AM Lisboa 0,18% Norte 0,26% Centro 0,34% AM Lisboa 0,45% Norte 0,59% Portugal 1,1% Portugal 1,4% Fonte: INE 0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 0,0% 0,5% 1,0% 1,5% Contributos (p.p) para o crescimento económico de Portugal (média anual)
20 Exportações de bens em % do PIB 19. Intensidade exportadora (%) da Região do Norte e de Portugal 45% 40% Portugal Norte 39,2%* 35% 34,9% 30% 30,0% 25% 27,8% 28,3% 20% 20,3% 15% 10% 5% Fonte: INE 0% Nota: *O valor do indicador em 2017 para a Região do Norte é uma estimativa do autor pressupondo que o PIB da Região do Norte terá registado um crescimento real de 2,8% em 2017 (igual ao nacional)
21 Saldo da balança corrente e de capitais de Portugal Milhões de euros 20. Sustentabilidade do crescimento económico em Portugal Equilíbrio externo Endividamento externo Fonte: Banco de Portugal
22 21. Que conclusões? Foi possível compatibilizar crescimento económico mais robusto com coesão territorial entre 2013 e 2016: Região do Norte como motor do crescimento económico nacional entre 2013 e Modelo de desenvolvimento nacional e regional assente no equilíbrio entre competitividade, internacionalização e coesão territorial.
23 22. Sumário 1. A evolução da economia nacional e das regiões NUTS II e NUTS III no contexto na União Europeia (UE28) 2. A evolução das regiões NUTS III da Região do Norte 3. Síntese final
24 Po Coeficiente de variação do PIB per capita 23. Evolução das assimetrias da Região do Norte, por NUTS III 25% 20% 20,6% Norte Portugal 15% 17,0% 15,1% 10% 11,2% 5% 0% Fonte: INE
25 24. Convergência e crescimento NUTS III - R Norte 2000 a 2016 Fonte: INE Crescimento económico (média anual) 2000 a ,4% 1,2% 1,0% 0,8% 0,6% 0,4% 4º Tâmega e Sousa 2º Douro 6º Terras de Trás-os-Montes 1º Cávado 5º Alto Minho 7º Alto Tâmega 3º Ave Norte 0,2% 8º Área Metropolitana do 0,0% Porto 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 PIB per per capita em ( Região 2000 do (Portugal=100) Norte=100)
26 25. Círculo virtuoso: Crescimento, emprego e população Fonte: INE Cávado Douro Ave Tâmega e Sousa Alto Minho Terras de Trás-os-Montes Norte Alto Tâmega Área Metropolitana do Porto -1,1% -0,68% -0,8% -0,9% -0,65% -0,57% -0,4% -0,57% -0,67% -0,53% -0,26% -0,1% -0,2% -0,11% -0,2% 0,0% 0,03% 0,2% 0,2% 0,4% 0,5% 0,7% 0,6% 0,9% 0,8% 0,8% 1,3% -1,5% -1,0% -0,5% 0,0% 0,5% 1,0% 1,5% Taxa de variação (média anual) entre 2000 e 2016 Crescimento económico Emprego População residente
27 26. Sumário 1. A evolução da economia nacional e das regiões NUTS II e NUTS III no contexto na União Europeia (UE28) 2. A evolução das regiões NUTS III da Região do Norte 3. Síntese final
28 27. Síntese final Os dados mostram que, numa tendência de longo prazo, existiu uma dicotomia entre crescimento económico e coesão territorial em Portugal. Portugal, como um todo, registou um crescimento económico praticamente nulo (0,3% em média anual) entre 2000 e 2016 e divergiu face à União Europeia (UE28). No entanto, internamente, assistiu-se a uma redução das assimetrias regionais, com as regiões menos desenvolvidas a convergirem ligeiramente com a média nacional. No entanto, visto que os ganhos de coesão foram alcançados num ambiente de crescimento económico reduzido, o nível de vida das populações em regiões menos desenvolvidas não teve uma evolução significativa.
29 28. Síntese final Para a evolução da economia e dos rendimentos em Portugal concorrem três fases: A primeira fase, entre 2000 e 2008, foi caracterizada por um ritmo de crescimento bastante reduzido (1,1% em média anual em Portugal) e por um modelo de desenvolvimento que criou os incentivos necessários ao endividamento externo. A Área Metropolitana de Lisboa registou os maiores níveis de crescimento; no entanto, as reduções das assimetrias regionais foram pouco significativas; A segunda fase, entre 2008 e 2013, registou redução significativa da atividade económica em virtude da crise financeira internacional, da crise das dívidas soberanas e do programa de ajustamento que se seguiu. No entanto, nesta fase as assimetrias regionais reduziram-se;
30 29. Síntese final A terceira fase é caracterizada pela recuperação da economia nacional, com a Região do Norte a desempenhar um papel determinante, alcançando um crescimento médio anual de 2% entre 2013 e Ao mesmo tempo, nesta fase, acentua-se a importância das exportações de bens no PIB da Região do Norte, uma situação que contribuiu decididamente para o equilíbrio das contas externas de Portugal. É também neste período que as assimetrias regionais entre as NUTS II de Portugal atingem o valor mais baixo, em virtude das regiões menos desenvolvidas (Norte e Centro) terem atingido crescimentos económicos superiores à média nacional. Na terceira fase foi possível compatibilizar crescimento e coesão territorial com equilíbrio das contas externas, um modelo virtuoso.
31 30. Síntese final Numa tendência de longo prazo, ao nível das NUTS III da Região do Norte, também se verificou uma redução das assimetrias regionais, com a maioria das regiões menos desenvolvidas a crescerem ligeiramente mais do que a média da Região do Norte. Ao mesmo tempo, a Área Metropolitana do Porto teve um desempenho económico mais fraco, sendo que a sua evolução condicionou o crescimento da Região do Norte como um todo. Importa salientar que o crescimento económico da Região do Norte de 0,5%, em média anual, entre 2000 e 2016, não foi suficiente para se verificar um círculo virtuoso de bem-estar territorial, que combina crescimento, emprego e mais população. Apenas a sub-região do Cávado se aproximou deste modelo de desenvolvimento.
32 Seminário "Alto Minho 2030: Balanço & Novos Desafios A Evolução das Regiões Portuguesas (NUTS II e NUTS III) ao longo dos Ciclos de Programação Comunitários Rui Monteiro e Vasco Leite Fundação Bienal de Cerveira, 15 de outubro de 2018
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