Carta ao Cotista Outubro 2015 Ambiente Macroeconômico Internacional O Banco Central europeu sinalizou a adoção de novos estímulos monetários a partir de dezembro. Isto se deve a surpresas baixistas de dados inflacionários e da atividade econômica da região. O contágio da desaceleração dos países emergentes sobre a economia europeia, vem impactando os números macroeconômicos da região. O Fed (Banco Central Americano) manteve a taxa de juros inalterada como era esperado pelo mercado, mas deixou aberta à possibilidade da normalização monetária a partir de dezembro. A taxa de desemprego ficou em 5,0% gerando 271 mil vagas bem acima da estimativa de 180 mil vagas, o que significa um víeis para que o ajuste monetário ocorra ainda este ano. Em contrapartida o PIB norte americano registrou alta de 1,5%, levemente abaixo das expectativas do mercado, apresentando uma desaceleração com relação ao trimestre anterior de 3,9%. Como havíamos mencionado na última carta, o mundo passou por um forte ajuste nos meses de agosto e setembro, colocando os preços dos ativos em níveis de crise e pânico. Em outubro houve forte correção dos mercados financeiros com performance em torno de 10%. (Nikkei +9,8%, Shanghai +10,8%, Dax +12% e S&P +8,8%). Nacional A ata da última reunião do Copom corrobora a expectativa de manutenção da Selic no atual patamar (14,25%) por um período prolongado, que deverá se traduzir até o segundo semestre de 2016, sendo o próximo movimento de redução dos juros. A fraqueza da atividade econômica deverá compensar a pressão inflacionaria do cambio, não justificando um aumento na taxa básica de juros. O efeito cambio vem beneficiando a balança comercial brasileira e no mês apresentou superávit de US$ 2,6 bilhões ajudando no déficit em conta corrente externo. O Executivo vem indicando que poderá regularizar em 2015 as pedaladas fiscais. Isto implicará em um aumento de R$ 57 bilhões nas despesas primárias. Caso isto venha a ocorrer, o déficit primário poderá chegar a R$ 115 bilhões (2% PIB). A regularização promoverá grande aumento no déficit, mas tornará mais transparente o rombo fiscal de 2014, além de livrar o orçamento de 2016. Do lado negativo a dívida bruta do país terá expressivo aumento neste ano, necessitando de resultados mais fortes para voltar a uma trajetória sustentável de dívida.
BBT - Fundo de Investimentos Multimercado Em outubro o fundo BBT FIM variou +1,41% ou 130% do CDI. O gráfico abaixo mostra a contribuição das estratégias para o resultado mensal do fundo. Atribuição de Performance Fonte: BBT Asset Management
Desempenho dos ativos em outubro: Renda Fixa (Pós/Pré/Inflação): rentabilidade de 140% do CDI. O resultado da alocação em títulos atrelados à inflação e pré-fixado geraram ótimos resultados no mês de outubro. Conseguimos aproveitar a forte volatilidade para fixar rentabilidades acima do CDI. Estaremos atentos para novas oportunidades no mercado e continuamos acreditando em uma distorção dos juros futuros de 2018. Offshore (Dólar, Euro, Eurostoxx, Hedge cambial): rentabilidade de +0,40%. A desvalorização do dólar (-2,60%) no mês penalizou nossa exposição offshore. Porém ganhos com proteção (hedge cambial) fez com que terminássemos o mês no positivo. Acreditamos que o câmbio está em linha com seus fundamentos de curto prazo e desfizemos nossa proteção e voltamos a nossa exposição de 7% em dólar. Ações (Ações, Long&Short e Financiamento) Brasil: rentabilidade de + 1,40%. A entrada de smart money nos mercados locais vem gerando ganhos na estratégia de renda variável. Investidores de longo prazo estão aproveitando o momento da forte desvalorização das ações somado ao atual patamar de dólar, para fazer investimentos de longo prazo.
BBT - Fundo de Investimentos em Ações Em outubro o fundo BBT FIA variou +1,23% em linha com o mercado. Continuamos percebendo a entrada do smart money aos mercados acionários brasileiros. A soma da forte desvalorização das empresas brasileiras, somado ao patamar de câmbio, criou um forte amortecedor ao negativo noticiário brasileiro. Notamos algumas aquisições relevantes como foi o caso da gigante francesa, distribuidora das marcas, Marc Jacobs, Calvin Klein, entre outras, que comprou a divisão de cosméticos da Hypermarcas por R$ 3,8 bilhões. Mostrando que investidores de longo prazo estão aproveitando o momento para aquisições no país. O que realmente falta para termos uma valorização do mercado acionário brasileiro é uma melhora no cenário político, para que a previsibilidade possa ajudar na tomada de decisão dos investidores. O desfecho da atual situação política é no mínimo complexa em solução e timing, mas um ponto chama nossa atenção e é que todas as soluções caminham para o ajuste fiscal e econômico, seja feito pelo atual Governo, ou por impeachment via PMDB, ou oposição. Nossas empresas investidas estão com lucros estáveis, combinado com preços de ações desvalorizados, o que resulta em múltiplos muito atrativos, ainda mais para investidores internacionais. As notícias econômicas do Brasil permanecem extremamente negativas, mas as ações resistem em cair como ocorrido em outubro, mostrando que muito já está no atual preço das ações.
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