CAESP - Artes Revisão - 28/03/2019 1º BIMESTRE DE 2019

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Transcrição:

CAESP - Artes Revisão - 28/03/2019 1º BIMESTRE DE 2019

AVISO: A revisão NÃO É UM RESUMO do que é necessário e suficiente para a prova. Você NÃO DEVE se apoiar APENAS no material de revisão para os estudos. A revisão APENAS ORIENTA EM LINHAS GERAIS o seu estudo e o AVIVAMENTO DA MEMÓRIA do que já foi estudado.

Ações na Arte: Intervenção: é toda ação artística que modifica uma estrutura arquitetônica, urbana ou natural para aproximar a obra de arte do cotidiano. Ela pode ser feita dentro de espaços fechados ou ao ar livre. Instalação: é efêmera, pois só existe no momento da exposição enquanto o(s) artista(s) executam a obra em si. Ela é construída e descontruída naquele momento, mas, nada impede de ser repetida quantas vezes desejado. Elas também podem ser reativas à interação do público.

Lumen, Jenny Sabin Studio, MoMA, 2017

Interactive Musical Seesaws, CS Design & Lateral Office, Montreal, 2015

Ações na Arte: Performance: assim como a instalação, ela é efêmera, pois só existe enquanto o artista executa as séries de ações que constroem, mantem e desconstroem a performance em si. Ela é um conjunto de atos dramáticos, organizados ou espontâneos que visam criar uma relação entre o artista e o público para comunicar uma mensagem.

Joseph Beuys Como se explicam quadros a uma lebre morta 1665

Marina Abramović, The Artist Is Present (2010)

Ações na Arte: Land Art: utiliza exclusivamente do meio ambiente, com seus espaços, os recursos naturais para construir a obra de arte. As obras são, em sua maioria, de grandes proporções e feitas em locais remotos. O resultado da obra pode ser apreciado in loco ou através do registro midiático. Por serem feitas no ambiente natural, seu caráter efêmero é evidente.

Meteorito, Milton Becerra, Parque do Ibirapuera, XVIII Bienal de São Paulo, 1985

Spiral Jetty, Robert Smithson, Rozel Point, 2005

Etapas da Pré-História: Paleolítico (Idade da Pedra Lascada): de 2.5 Milhões (M) de anos antes do presente (a.p.) até 100 mil (K) anos a.p. Neolítico (Idade da Pedra Polida): de 100 mil (K) anos a.p. até 5K anos a.p. Início da arte (2018): Artesanato: 70K anos a.p. Ou, em pesquisas arqueológicas (2015), 130K anos a.p., mas ainda é uma questão bastante controversa. Pintura rupestre: 65K anos a.p. (Cueva de los Aviones) Instalação / Culto aos mortos: bastante controverso ainda (2016), mas existem vestígios de culto aos mortos em uma forma de instalação funerária em cavernas na Espanha de aproximadamente 180K a.p.

Visões sobre a arte na Pré-História: 1ª Visão (caráter mágico-simbólico): a representação simbólica feita na obra indicava um desejo de poder mágico sobre o mundo real. 2ª Visão (comunicação): as obras de arte préhistóricas tinham um caráter de promoverem uma comunicação dentro do grupo sobre os acontecimentos e servirem de memória coletiva. 3ª Visão (fruição): não havia uma função específica com um retorno para o mundo místico ou para o mundo social, mas o desejo de aproveitar o fazer e o contemplar artístico.

Processo de abstração e independência da relação mágico-simbólica: incialmente a arte pré-histórica exibe representações próximas do real, depois caminha para abstrações cada vez mais sintéticas e simbolizadas.

Egito: 3 mil anos de desenvolvimento estilístico com uma grande unidade estilística: Uma arte para a eternidade Zahi Hawass (Conselho Supremo de Antiguidades do Egito).

Função da imagem na sociedade egípcia: A escrita hieroglífica é baseada em imagens que representam sons e ideias. Enorme percentual da população analfabeta, o que leva o Estado (governo, militares e clero) a usar as imagens como forma de divulgação da ideologia oficial. Uma arte para a vida eterna (após a morte)...

Uniformidade de estilo e motivos (o que é representado): 3 mil anos de permanência. Havia um grande controle sobre o estilo da produção artística e arquitetônica oficial. Controle exercido pelo governo e pelo clero: lembrar que a principal fonte de unidade ideológica era dada pela religião. Arte canônica: regramento da representação artística, qualquer que seja a sua forma de expressão. Imagem dupla: é aquela que representa um objeto ou ser do mundo concreto. Os duplos possuem identidade com o objeto ou ser que representam. Regras iconográficas: são instruções que dispõem sobre a forma como as imagens serão produzidas. Envolve as técnicas de execução, as formas e as regras de composição.

Lei da frontalidade (Frontalismo): um recurso técnico criativo e eficiente para representar toda a anatomia de uma imagem sem que nada fosse perdido, e que as partes mais importantes fossem exibidas o máximo possível.

Hierarquia social através da imagem: as imagens egípcias demonstram o status social através das proporções entre os entes na imagem.

Arte na Grécia Antiga: aspectos gerais. Arte como registro do modo de vida e do pensamento grego. Arte desligada dos cânones (regras) sagrados: apesar de versarem sobre os mitos (mundo do sagrado) as regras da arte grega estavam fixadas pelo pensamento filosófico e político grego. O que possibilitava um acompanhamento dos desenvolvimentos de outras áreas do saber e da técnica. Função cívica e pedagógica da arte grega: as artes (pintura, escultura, arquitetura, música, dança, teatro) no mundo Grego tinham também a função de transmissão de uma ideologia, da ideologia da polis (plural: poleis).

O Culto ao Belo: A beleza está no equilíbrio e na harmonia das formas: a simetria, o equilíbrio, a igualdade entre as partes, toda eram formas dos gregos expressarem a sua ideia de beleza. A beleza não pode ser entendida apenas no sentido mais simples como da beleza cotidiana, mas de uma beleza idealizada, perfeita, que existe no Mundo das Ideias e se reflete imperfeitamente no mundo real. A beleza na pós-modernidade: a transformação da beleza que traduz o equilíbrio e a harmonia, para a beleza múltipla e que abraça e rejeita padrões em uma liberdade radical do ser na produção dos muitos belos.

Dramaticidade das esculturas gregas: no maior desenvolvimento da escultura grega ela toma a teatralidade para a expressão do movimento e dos sentimentos. O mais famoso exemplo é Laocoonte e seus filhos (entre 140 a.c. até 37 d.c).

Aspectos gerais da arte romana: Fortemente influenciada pela grega. NUNCA uma simples cópia da grega. Mimeses do real, mas sem a busca da perfeição idealista grega. Figuras humanas mais realistas com relevo dos traços escolhidos pelos retratados. Função política nacionalista e cívica. Propaganda política das campanhas militares. Afirmação da identidade romana. Amplos espaços públicos. Arquitetura liberta (demonstração de superação) da base colunar grega, sendo baseada em arcos como suporte.

Escultura romana: corpos e bustos: Máscaras mortuárias de cera. Descarte da busca da simetria facial e corporal, da proporção perfeita entre as partes do corpo. Bustos não com a reprodução ideal, nem absolutamente realista, mas com o relevo de características escolhidas.

A Arte dos primórdios do Cristianismo: Essa arte dos primórdios do Cristianismo pode ser entendida como uma nova necessidade. Não era mais importante investir recursos e tempo na construção da dramaticidade clara de um Laocoonte, mas apenas trazer a simbologia, ou seja, VALIA MAIS O SIGNIFICADO DA IMAGEM, A SUA MENSAGEM, DO QUE A SUA FORMA. É MAIS IMPORTANTE O SÍMBOLO DO QUE A VIRTUOSIDADE TÉCNICA, pois não é mais necessária a fruição do Belo ou o virtuosismo artístico, mas a comunicação direta com a mente e a alma da audiência. A salvação é para a alma! AS ARTES DEVEM EXPRIMIR ESSE NOVO PENSAMENTO QUE BUSCA UMA SUPERAÇÃO DO MUNDO DO TANGÍVEL (PASSAGEIRO) EM BUSCA DO MUNDO DO CÉU (ETERNO).

A Arte Bizantina: geral. Com a separação entre Roma e Constantinopla e a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.c.), a Arte Bizantina não sofre a influências culturais dos povos invasores como foi com Roma o que irá gerar a arte típica da Idade Média. Mas ELA SEGUE SOB A ÉGIDE DA SUA HERANÇA GRECO-ROMANA E SERÁ INFLUENCIADA PELA ARTE DESENVOLVIDA PELOS OUTROS POVOS ORIENTAIS DO SEU ENTORNO. Foi durante o reinado do Imperador Justiniano I que a arte bizantina dá os seus primeiros passos para se tornar independente da arte romana e estabelece os seus cânones próprios, seu estilo particular.

A Arte Bizantina: mosaico, pintura e escultura. Os mosaicos, que, em sua técnica, são de origem romana. Seguem sendo realizados em bizâncio. Porém, eles trazem os PRIMEIROS EXEMPLOS DA NOVA ESTÉTICA CORPORAL preferida pelo oriente cristão. As figuras humanas são de corpos extremamente esguios e altos, com pés minúsculos, rostos pequenos e em forma elíptica e com olhos grandes. Os corpos realizam apenas gestos cerimoniais (o corpo é um instrumento para alma atingir o Céu). E esses corpos são cobertos por roupas magnificas com exímia ornamentação que escondem o corpo físico. A Arte Bizantina busca REMOVER TODAS AS REFERÊNCIAS AO CORPO, AO TEMPO E AO ESPAÇO TERRENO.

A Arte Bizantina: mosaico, pintura e escultura. A Arte Bizantina busca remover todas as referências ao corpo, ao tempo e ao espaço terreno, dando lugar UM PRESENTE ETERNO EM MEIO A UM CÉU DOURADO E PARADISÍACO.

Corte do Imperador Justiniano I (Ravena, It. 547 d.c.)

A Arte Bizantina: evangelização através das imagens. Uso das imagens na evangelização e transmissão da moral e das normas religiosas: Depois do século V d.c., as imagens passam a ser usadas como FORMAS DE DIVULGAÇÃO DA FÉ E DE SEUS CÂNONES. Duas são as principais formas de imagens utilizadas, as Santas e as Demoníacas. A PINTURA PODE FAZER PELOS ANALFABETOS O QUE A ESCRITA FAZ PARA OS QUE SABEM LER, Papa Gregório I, séc. IV.

A Arte Bizantina: As imagens Santas buscam transmitir o IDEAL DE COMPORTAMENTO E DE MORAL CRISTÃ. Eram normalmente representações dos anjos, dos santos e do Cristo. Elas tinham uma função exemplificadora e também de contar histórias através de imagens apenas.

A Arte Bizantina: As imagens Demoníacas eram representações das figuras malignas tais como os demônios e as dependências do Inferno, quanto os condenados às torturas infernais. Sua função era a de TRANSMITIR O MEDO DESSAS PUNIÇÕES BUSCANDO MINIMIZAR O COMETIMENTO DAS FALTAS E PECADOS.

Contexto histórico: O fim do Império Romano do Ocidente e a formação da Europa Medieval como um processo de mistura de tradições romanas e germânicas. O eixo de importância econômica e cultural da Europa muda para o Norte, saindo da região mediterrânea. Não existia uma negação da tradição romana, mas uma imagem de um passado lembrado como glorioso, mas pouco conhecido. Uma lembrança nublada. Reforma escolar carolíngia: traz o Trivium (Gramática, Retórica e Dialética) e o Quadrivium (Aritmética, Geometria, Música e Astronomia) justamente fazendo referência à educação romana por ser considerada como a educação ideal.

Arte Medieval, um caminho do sincretismo entre a herança romana, o cristianismo bizantino e a cultura celto-germânica até a afirmação de uma arte original: Roma era uma lembrança de um passado glorioso, Bizâncio um modelo exótico e distante e a cultura celtogermânica original e enraizada nas mentalidades locais. O resultado é uma releitura dos modelos romanos e bizantinos com os olhares e as mãos celto-germânicas gerando um estilo que foi se afirmando como original e próprio ao longo da Idade Média. Os reis europeus precisavam afirmar a nova cultura europeia. O que foi buscado através da arte carolíngia.

Renascimento Carolíngio e Otoniano: Caracterizado por uma busca do próprio espaço entre os mundos romanos e bizantinos para a AFIRMAÇÃO DA PRÓPRIA CAPACIDADE DE INDEPENDÊNCIA. Necessidade de afirmação de um investimento político na arte para a propaganda do Sacro Império Romano Germânico. Os reis e imperadores como baluartes da cristandade e de uma busca de unidade europeia. Evolução das imagens sequenciais para a única pluritemporal: iniciada com as imagens da mesma maneira narrativa romana, ela evolui para uma representação de vários tempos em uma única imagem estabelecendo a narrativa pluritemporal.

Estilo Gótico: O contato com o mundo bizantino através das Cruzadas e do Renascimento Comercial capacita a TRANSFORMAÇÃO DA ARTE E DA ARQUITETURA MEDIEVAIS da Europa Ocidental em um estilo com muito MAIS OPULÊNCIA E DESENVOLVIMENTO TÉCNICO. Urbanização medieval: não há que se falar em renascimento urbano, pois as cidades medievais não são herdeiras das cidades romanas, mas cidades novas, com estruturas e organizações urbanísticas próprias e problemas novos (saneamento básico, adensamento e defesa).

Estilo Gótico: arco ogival A arquitetura gótica SOLUCIONA AS DIFICULDADES TÉCNICAS DO ARCO SEMICIRCULAR COM O OGIVAL através da divisão do peso para a base do arco. Levando a responsabilidade de sustentação do edifício das paredes para as colunas. Com a sustentação em colunas. Será possível aos arquitetos medievais expandirem o espaço interno das igrejas, podendo ALOJAR MAIS PESSOAS NAS MISSAS. Ademais, os arcos ogivais, ATRAVÉS DAS SUAS LINHAS, CONDUZEM O OLHAR PARA UM CÉU dentro das igrejas.

Estilo Gótico: vitrais, iluminação e mensagem VITRAIS COM A FUNÇÃO NÃO APENAS DA ILUMINAÇÃO INTERNA, MAS TAMBÉM DA TRANSMISSÃO DA MENSAGEM DA FÉ E DA POLÍTICA. Também puderam construir igrejas onde a iluminação natural em conjunção com os vitrais nas janelas cada vez maiores, criavam um AMBIENTE INTERNO TOTALMENTE DIFERENTE DE TODOS OS OUTROS encontrados na vida cotidiana. Entrar na igreja era SAIR DO MUNDO PROFANO E INGRESSAR NO MUNDO DO SAGRADO.

Estilo Gótico: vitrais, iluminação e mensagem As enormes janelas do gótico, com seus vitrais, buscavam criar um ambiente de beleza única para atrair o público e para criar na mente desse o encantamento com o mundo da fé. Vitrais: graças às limitações técnicas vidreiras da época, os vitrais não eram pinturas realizadas sobre o vidro, mas antes pinturas realizadas com o vidro. Posto que eram utilizados pequenos pedaços de vidro colorido unidos com tiras de chumbo. A metáfora óbvia é a do mosaico.

Estilo Gótico: vitrais, iluminação e mensagem Vitrais: graças às limitações técnicas vidreiras da época, os vitrais não eram pinturas realizadas sobre o vidro, mas antes pinturas realizadas com o vidro. Posto que eram utilizados pequenos pedaços de vidro colorido unidos com tiras de chumbo. A metáfora óbvia é a do mosaico.

Muito obrigado. Bons estudos! Prof. Heleno Licurgo do Amaral <heleno@dr.com>