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FERROVIA DO CERRADO JUSTIFICATIVA PARA ABERTURA DE PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE-PMI Atendendo o Art.3º do decreto lei Nº8.428 de 2 de abril de 2015 1- Título Ferrovia: EF 262 Trecho: Alto Araguaia-Uberlândia Extensão: 671 km Faixa de domínio: 40 m Bitola: 1,600 m Rampa máxima: 1,0% Raio mínimo: 500 m 2- Identificação A Ferrovia do Cerrado está identificada no PNV como EF-262 e teve seu traçado proposto originalmente no Projeto Ferronorte em 1989 com extensão estimada em 752 km, atualizada para 671 km como resultado da análise em imagens Google Earth. Trata-se de uma ferrovia concebida em linha singela, bitola larga (1,60 m) que deverá funcionar como eixo transversal estruturador do transporte ferroviário na região central do Brasil, com traçado fluente que facilitará o papel que lhe foi destacado para apoiar o agronegócio e a agroindústria no Centro-Oeste, ligando Uberlândia a Alto Araguaia, atravessando em grande parte da sua extensão o sudoeste goiano. 3- Modalidade A modalidade de transporte é ferroviária. 4- Localização O trecho estudado é Alto Araguaia-Uberlândia 5- Corredor de Transporte A Ferrovia do Cerrado está vinculada ao Corredor de Transportes Centroleste 6- Porto Polarizador As vias integrantes do Corredor de Transportes Centroleste são polarizadas pelo Complexo Portuário de Vitória, que inclui os seguintes portos e terminais: Porto de Vitória, Porto de Capuaba, Terminal de Granéis Líquidos, Barra do Riacho, Praia Mole, Terminal de Vila Velha, Cais do Paul e terminal de Tubarão.

7- Objetivo geral O objetivo geral é criar uma alternativa para o comércio intrarregional e externo através de acesso ao Complexo Portuário de Vitória para o excedente da produção de graneis agrícolas produzidos e Mato Grosso, e à carga de valor agregado do sudoeste goiano reunida em torno de Rio Verde, considerando as dificuldades de atendimento dos portos do sul e sudeste, e também pelas projeções da produção regional de Mato Grosso escoada pela RUMO Logística. 8- Objetivos específicos Os objetivos específicos são: (a) expandir o corredor Centroleste até Alto Araguaia/MT; (b) viabilizar o corredor da FCA entre Uberlândia e Belo Horizonte; (c) desenvolver o polo agroindustrial de Rio Verde em torno do cruzamento Ferrovia do Cerrado/Ferrovia Norte Sul; (d) especializar o corredor Alto Araguaia- Rio Verde-Uberlândia-Belo Horizonte-Vitória para carga de baixo valor agregado; (d) estender o acesso de Vitória ao Porto de Assu no norte Fluminense para criar outras alternativas de embarques especializados de granéis sólidos agrícolas- GSA. 9- Justificativas A expansão do Corredor Centroleste é necessária para a agroindústria localizada no sudoeste goiano, que conta no momento com a alternativa de receber a carga originada em Mato Grosso pelas rodovias BR-364 e 452. Desponta nesse contexto o etanol e o biodiesel que vem experimentando produção crescente em Mato Grosso que pode se expandir com o sistema logístico utilizado Vale Mineradora, considerado vital para a implantação da Ferrovia do Cerrado, dada a especialização nas grandes estruturas portuárias, nas ferrovias operadas pela empresa, na navegação de cabotagem, e no transporte marítimo Internacional- TMI. Atualmente, mais de 50% da receita da Vale é de transporte feito para terceiros e fechou 2016 com cerca de R$ 18 bilhões. Esse montante refere-se à receita total da Vale, que inclui o transporte da sua produção e de seus clientes, em todas as modalidades empregadas, incluindo as instalações como portos e armazéns, desde a mina até o local de entrega da carga, em várias partes do mundo. A movimentação de cargas agrícolas pelo Corredor Centroleste ainda é muito limitada, baseada na exportação de soja, farelo e na importação de fertilizantes, e tem suas operações centralizadas no Terminal de Tubarão, em Vitória/ES, com acesso pela Estrada de Ferro Vitória a Minas- EFVM. O volume exportado por Tubarão é muito pequeno dada a capacidade instalada no terminal, não obstante o projeto de ampliação de Barra do Riacho para atender a demanda a ser ampliada com a solução dos gargalos nas linhas da FCA entre Uberlândia e Belo Horizonte. A logística da Vale compreende ponta rodoviária, transbordo de caminhões para vagões, pesagem, transporte ferroviário, armazenagem, controle de qualidade, embarque em navios especializados e supernavios. Nesse transporte, são utilizados vagões graneleiros fechados, do tipo hopper (toploader), e infraestrutura adequada de terminais com armazéns e instalações para transbordo na origem e no embarque portuário. As operações de embarque são realizadas

com a utilização de moegas ferroviárias, balanças, silos e correias transportadoras cobertas para proteger da contaminação com particulado de minério, atendendo as exigências dos importadores. A Vale exportou pelo terminal de Tubarão, em 2016, pouco mais de 1,8 milhões de toneladas de soja proveniente das regiões produtoras de Mato Grosso, Goiás, e Minas Gerais, utilizando diferentes segmentos das vias integrantes do denominado Corredor Centroleste, e a rede de transporte regional é integrada pela FCA e EFVM, hoje vinculadas à VLI. Outro ponto que fica claro, é que existe demanda pelo transporte multimodal no corredor, faltando apenas adequar a logística para que esse transporte seja feito. Há contudo, um gargalo localizado na Serra do Tigre que tem de ser removido, sem o que o Corredor continuará estagnado. 10- Descrição do traçado A Ferrovia do Cerrado tem como pontos extremos previstos neste estudo as cidades de Alto Araguaia/MT, e Uberlândia/MG. Ao longo do traçado está prevista a implantação de 5 (cinco) Pátio Terminais onde serão construídas Estações de Transferência de Carga- ETC, e 22 (vinte e dois) pátios de cruzamento para a operação ferroviária em linha singela. Para facilitar a abordagem do tema dividiuse o trecho em 5 (cinco) subtrechos, assinalados na Tabela 1. Tabela 1- Subtrechos estudados N Subtrecho Extensão (km) 1 Alto Araguaia/MT Mineiros/GO 92 2 Mineiros/GO Jataí/GO 122 3 Jataí/GO Rio Verde/GO 134 4 Rio Verde/GO Itumbiara/GO 163 5 Itumbiara/GO Uberlândia/MG 160 Total 671 O trecho estudado tem aproximadamente 671 km de extensão, e o critério adotado para divisão em subtrechos foi o de vincular a cada um deles um centroide de geração de carga importante, que são os que estão descritos na Tabela 1. O traçado é fluente, uma vez que está apoiado sobre a diretriz ideal que são as rodovias BR-364 e BR-452, e foi digitalizado sobre imagens Google Earth observando os principais critérios do projeto geométrico de ferrovias, que são rampa máxima e o raio de curvatura horizontal mínimo. Para tanto foram adotados, preliminarmente, rampa máxima de 1% (sentidos exportação e importação), e raio mínimo de curvatura horizontal de 500 m. As rampas deverão ter sua determinação aprofundada com aplicação da metodologia do CivilCad, enquanto os raios das curvas horizontais serão aprimorados na análise planialtimétrica a ser efetivada na fase de anteprojeto. Ao longo de todo o traçado são atravessadas áreas com intensa atividade agrícola e em menor escala áreas de pasto, que sublinham a atividade econômica da região. Chama atenção o elevado número de pivôs empregados na irrigação agrícola. O resultado preliminar desse estudo está destacado na Figura 1.

Figura 1- Resumo do traçado Deve-se destacar algumas características notáveis do traçado estudado. O primeiro, como já se disse, diz respeito à diretriz ideal, traduzida pelo traçado fluente de duas rodovias: BR-364 entre Alto Araguaia/MT e Jataí/GO, e BR-452 entre Jataí/GO e Tupaciguara/MG. Os traçados dessas duas rodovias facilitaram, sobremaneira, o ensaio preliminar do estudo de traçados da ferrovia EF-262. Outro aspecto importante é o cruzamento com a Ferrovia Norte Sul- FNS, distante cerca de 20 km a leste de Rio Verde, pela BR-452. A construção da FNS é de responsabilidade da VALEC- Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública, vinculada ao Ministério dos Transportes, que detém a concessão para sua construção e operação, e as obras de infraestrutura e obras de artes especiais estão concluídas no trecho Anápolis-São Simão. Essa condição resultou no aproveitamento de cerca de 17 km da FNS, que coincide com o contorno da cidade de Rio Verde. Essa superposição facilitou a indicação do traçado proposto, e gera uma redução considerável de custo de implantação da ferrovia. Finalmente, o acesso ao terminal de Uberlândia foi facilitado também pela superposição com a linha da Ferrovia Centro Atlântica- FCA, trecho Uberlândia- Araguari em bitola métrica (1,00m), em cerca de 19 km, atualmente sob gestão da Vale Logística Integrada- VLI. O aproveitamento da faixa do traçado da FCA implica a construção da linha em bitola larga, sem custos de desapropriação. As características principais do traçado dos subtrechos estudados estão descritos a seguir. 10.1- Subtrecho 1: Alto Araguaia/MT-Mineiros/GO (Extensão: 92 Km) As características principais do traçado deste subtrecho estudado estão resumidas na Figura 2. Figura 2- Subtrecho Alto Araguaia-Mineiros

O ponto inicial está localizado na saída da cidade de Alto Araguaia, distante cerca de 12,3 km do pátio terminal de mesmo nome. Partindo da via permanente da RUMO Logística em bitola larga (1,60m), o traçado experimenta suave descida para cruzamento com a MT-100 e logo em seguida para transposição do Rio Araguaia, que faz divisa entre os estados de Mato Grosso e Goiás. Imediatamente após a transposição do rio Araguaia o traçado inicia a escalada da Serra do Caiapós, cuja cota máxima de 890 m será alcançada no contorno dessa cidade. A escalada é ligeiramente acidentada no cruzamento dos rios da bacia hidrográfica que drenam a área que acolhe o traçado. O terreno acidentado torna-se mais difícil nas proximidades de Mineiros, o que leva a orientação do traçado para o sul, contornando essa cidade entre os km 80 e 92. A construção da Estação de Transferência de Carga de Mineiros- ETC Mineiros deverá se localizar no cruzamento com a rodovia GO-306, distante cerca de 17 km ao sul do núcleo urbano dessa cidade. Até alcançar a área urbanizada percorre-se também um pequeno trecho da BR-359, e os principais pontos do traçado estudado nesse subtrecho pelo contorno sul estão descritos na Tabela 2. Tabela 2- Principais pontos notáveis do subtrecho N km Descrição 1 0 Ponto inicial na saida de uma curva da linha da RUMO Logística 2 1 Cruzamento com a MT-100, tercho Alto Araguaia-Alto Taquari 3 23 Travessia do rio Babilônia 4 25 Ponto próximo da BR- 364, cerca de 1,8 km 5 46 Travessia do rio Verde 6 75 Ponto de cota máxima na ascensão ao planalto de Mineiros 7 92 Cruzamento com a GO-306, que dá acesso à área urbana de Mineiros e onde deverá se localizar a ETC Mineiros 10.2- Subtrecho 2: Mineiros/GO-Jataí/GO - Extensão: 122 Km A Figura 3 mostra o resumo do traçado estudado deste subtrecho. Figura 3- Subtrecho Mineiros-Jataí Logo após a ETC Mineiros o traçado segue orientação geral sudeste, passando a se desenvolver no lado sul da faixa de domínio da rodovia BR-364 por cerca de 30 km, sobre os chapadões do planalto de Jataí. Nesse segmento, a faixa onde está a BR-364 é de menor variação altimétrica, o que explica sua escolha para assentar o traçado. A faixa de domínio da ferrovia é de 40 m e será projetada fazendo divisa com a faixa de domínio da rodovia BR-364, que nesse local é de 60

m, simétrica em relação ao eixo da pista. Em algumas situações, onde existem benfeitorias nessa faixa, deslocou-se o traçado para uma faixa mais interna nas propriedades, retornando logo após o contorno das benfeitorias. Isso teve de ser feito para impedir que a faixa de domínio da ferrovia impeça o acesso às instalações e benfeitorias existentes de frente para a rodovia. Parte do traçado neste subtrecho se assenta sobre a superfície da chapada, não havendo pontos notáveis, à exceção da superposição com rodovias vicinais. A área está totalmente ocupada por fazendas de grandes dimensões com culturas intensivas, e grande número de pivôs de irrigação. Na altura do km 147 o traçado se aproxima da faixa de domínio da BR-364, e segue paralela na extensão aproximada de 30 km, e finalmente, na altura do km 177 o traçado abandona a faixa de domínio com a BR-364, para ascender a um outro nível na chapada. Na altura do km 214 o traçado cruza com a BR-060, no trecho Jataí-Chapadão do Céu, onde deverá ser construída a ETC Jataí, distante 13,5 km da parte sul da cidade. Os pontos notáveis deste subtrecho estão assinalados na Tabela 3. Tabela 3- Principais pontos notáveis do subtrecho N km Descrição 1 92 ETC- Mineiros 2 107 Ponte no Rio Verde 3 113 Cruzamento com rodovia vicinal 4 150 Traçado se aproxima da BR-364, fechando contorno de Mineiros 5 147 Traçado coincidente com a faixa de domínio da BR-364 6 178 Traçado abandona a faixa de domínio da BR-364 7 232 Travessia de rio que exigirá ponte de concreto 8 214 Cruzamento com BR-060 onde será construida ETC Jataí 10.3- Subtrecho : Jataí/GO-Rio Verde/GO - Extensão: 134 Km A disposição do traçado deste subtrecho está mostrada na Figura 4. Figura 4- Jataí-Rio Verde Este é o mais emblemático subtrecho do traçado estudado, seja pelo fato de se aproximar do principal centroide de agroindústria do sudoeste goiano (Rio Verde), seja pelo fato de nele se localizar o cruzamento com a Ferrovia Norte Sul, que liga Anápolis ao norte, com São Simão ao sul. Neste subtrecho o traçado se desenvolve em áreas com intensa atividade agrícola, não havendo manchas de

vegetação natural interceptadas pelo traçado proposto, indicando a forte atividade do agronegócio. A ocupação por atividades agropecuárias é tão intensa que existe uma rede básica de rodovias vicinais, que explica a coincidência do traçado com grande parte dessa rede, que facilita a seleção da alternativa a ser estudada, além de oferecer uma logística de acesso a fontes de suprimento para as obras de implantação da ferrovia. Os vales são largos e bem drenados, com uma profusão de riachos e rios, com grande incidência de pontes. A chegada do traçado no local recomendado para implantação da ETC Rio Verde ocorre no cruzamento com a Ferrovia Norte- Sul, na BR-452. Deve-se assinalar que a solução proposta para o traçado deste subtrecho aproveita cerca de 17 km da FNS devido à superposição entre as duas ferrovias. As obras de infraestrutura e obras de arte especiais do trecho Anápolis- São Simão estão concluídas. A cidade de Rio Verde está distante do traçado da ferrovia cerca de 19 km, medidos sobre a BR-452, razão pela qual indicou-se esse local como o mais adequado para construção da ETC Rio Verde. Os pontos notáveis principais deste subtrecho estão assinalados na Tabela 4. Tabela 4- Principais pontos notáveis do subtrecho N km Descrição 1 222 Cruzamento com rodovia GO-467 2 228 Travessia de rio de médio porte 2 238 Cruzamento com rodovia BR-364 com acesso a São Simão à direita e Jataí à esquerda 3 316 Cruzamento com rodovia GO-174 4 331 Cruzamento com Ferrovia Norte-Sul, seguindo para o sul na direção de São Simão, e a norte em direção Anápolis, com coincidência de 17 km entre os traçados das duas ferrovias 5 348 Cruzamento com a BR-452, e fim da coincidência dos traçados dad duas ferrovias, e local sugerido para implantação da ETC Rio Verde, distante 19 km da área urbana dessa cidade 10.4- Subtrecho Rio Verde/GO-Itumbiara/GO - Extensão: 163 km A característica mais notável desse subtrecho é a coincidência do traçado da Ferrovia do Cerrado (EF-262) com a BR-452, ao longo de toda a extensão do subtrecho, de 163 km, como se mostra na Figura 5. Figura 5- Subtrecho Rio Verde-Itumbiara

Como se pode perceber, o traçado deste subtrecho é muito simples, dada a coincidência com a BR-452, que se desenvolve linearmente na direção sudeste, atravessando extensos chapadões de baixas e médias altitudes. A rede de drenagem é pujante e existem rios de médio porte que cruzam o traçado estudado correndo para o rio Paranaíba. A faixa de domínio de 40 m do subtrecho estudado é totalmente paralela com a faixa de domínio da rodovia BR-452, e o traçado proposto para a ferrovia só descola dessa condição para contornar benfeitorias localizadas nos lotes que fazem frente com a BR-452, margem sul. Apresenta-se a seguir a Tabela 5 com a identificação dos principais pontos notáveis deste subtrecho. A ETC ficará distante do centro da cidade cerca de 12 km. Tabela 5- Principais pontos notáveis do subtrecho N km Descrição 1 368 Armazém de grande porte, lado direito, que obrigou contorna-lo 2 376 Acesso a Castelândia, GO-164, lado direito 3 403 Grande pivot colado na faixa de domínio, que obrigou contorna-lo 4 465 Bom Jesus de Goiás, lado esquerdo 5 481 Acesso à GO-502, lado direito 6 485 Travessia do rio Meia Ponte 7 500 Povoado de Sarandi, lado esquerdo 8 511 ETC Itumbiara, traçado abandona BR-452 10.5- Subtrecho Itumbiara/GO-Uberlândia/MG - Extensão: 160 km Esse subtrecho tem a particularidade da travessia do Rio Paranaíba, onde se localiza um dos maiores potenciais hidrelétricos do País, mesmo assim um traçado fluente, como se pode verificar na Figura 6. Figura 6- Subtrecho Itumbiara-Uberlândia Este subtrecho tem particular importância devido à travessia do rio Paranaíba, cerca de 12 km ao sul da cidade de Itumbiara, que faz a divisa entre os estados de Goiás e Minas Gerais. A decisão de contornar Itumbiara pelo sul é para evitar o cruzamento do traçado da Ferrovia do Cerrado com a BR-153 na área urbana, que traria problemas incontornáveis para a organização do espaço urbano. Como se pode verificar na Figura 6, a linearidade do traçado é notável, o que explica a redução da extensão estudada com a extensão prevista no projeto Ferronorte (752 km). Chama atenção a profusão de pivôs empregados na irrigação agrícola, deixando evidente a verticalização da produção nessa região.

A chegada em Uberlândia foi orientada para aproveitar a linha da FCA em operação no trecho Uberlândia-Araguari, e depois de alcançar o terminal prosseguirá para Uberaba pelas linhas da FCA e daí em direção a Belo Horizonte. De qualquer forma há ainda a possibilidade de conectar a Ferrovia do Cerrado com o trecho Araguari-Araxá, existindo assim duas alternativas para direcionar os fluxos para Belo Horizonte, e dessa forma conectar com a Estrada de Ferro Vitória a Minas- EFVM. Os acidentes mais importantes nesse subtrecho estão descritos na Tabela 6. Tabela 6- Principais pontos notáveis do subtrecho N km Descrição 1 532 Rio Paranaíba, divisa GO/MT 2 538 Cruzamento com BR-153, distante 12 km de Itumbiara 3 613 Cruzamento com BR-452, distante 20 km de Tupaciguara 4 648 Entroncamento com FCA para acesso a Uberlândia 5 661 Viaduto da BR-050; 6 663 Viaduto do Anel Viário-Setor Leste 7 671 Entrada do pátio terminal da FCA em Uberlândia 11- Área de influência direta A Ferrovia do Cerrado é um projeto âncora no eixo de desenvolvimento do Corredor Centroleste que deverá atender o mercado interno e aumentar a integração com diversas regiões do país. Uberlândia é o maior centro de distribuição física do interior do País, e a malha ferroviária terá papel fundamental para acesso a toda a Região Centro-Oeste, Amazônia e Nordeste. De fato, pelas linhas da Norte Sul poderá ser acessada a região Norte, e dessa forma alcançar Belém ou São Luís, garantindo acesso pela cabotagem ao Nordeste Brasileiro, e claro, ligar ao comércio exterior. A implementação do projeto da Ferrovia do Cerrado contribuirá para os projetos agropecuários e agroindustriais no eixo Alto Araguaia - Uberlândia, contribuindo para geração de carga com valor agregado. A área de influência da Ferrovia do Cerrado é composta pelos Estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, ou pelos municípios listados na Tabela 7. Tabela 7- Municípios da área de influência direta UF Mato Grosso Goiás Minas Gerais Municípios Rondonópolis, Alto Araguaia, Alto Taquari, Barra do Garças Santa Rita do Araguaia, Mineiros, Jataí, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Maurilândia, Bom Jesus de Goiás, Quirinópolis, Itumbiara Araporã, Centralina, Tupaciguara, Araguari, Uberaba e Uberlândia Essa área se restringe à faixa que acolhe o traçado, com cerca de 50 km para cada lado, e que será responsável pela produção que será diretamente beneficiada pela construção da ferrovia. Essa área tem cerca de 67,1 mil km 2 e corresponde a 0,8% da área total do Brasil. O papel catalisador de oportunidades geradas pelo binômio energia e transporte pode ser comprovado pela existência

do Polo Agrícola de Rio Verde/GO, onde a operação da Ferrovia do Cerrado, em conjunto com a Norte-Sul propiciará o crescimento da área plantada e, consequentemente, do agronegócio, com geração de empregos e renda, bem como a atratividade de investimentos privados. Ao longo dos estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, a Ferrovia do Cerrado deverá apoiar o desenvolvimento econômico e social, irradiando-se do Triangulo Mineiro. A extensão da Ferrovia Norte Sul até Panorama (SP) permitirá a conexão com a rede em bitola larga da RUMO Logística num segundo ponto. Restará o desafio de modernização da FCA Uberlândia e Belo Horizonte, cujo maio gargalo é a Serra do Tigre, cujo ponto crítico está mostrado na Figura 7. Figura 7- Ponto crítico da Serra do Tigre Túnel R = 97 m R = 92 m Raio mínimo das Normas = 500 m 12- População a ser atendida O contingente populacional ao longo da Ferrovia do Cerrado pode ser limitado a oeste pelo município de Alto Araguaia em Mato Grosso e Uberlândia em Minas Gerais. Admitidos esses limites, a população residente ao longo desse eixo e que seria diretamente beneficiada pelo empreendimento é a que está indicada na Tabela 8. Tabela 8- População na área de influência direta Estado Eixo População Total MT Alto Araguaia, Barra do Garças 74.618 Rondonópolis, Alto Taquari 230.072 304.690 Santa Rita do Araguaia 6.928 Mineiros 52.935 Jataí 98.128 Rio Verde 217.048 GO Santa Helena de Goiás 38.743 572.291 Maurilândia 13.170 Bom Jesus de Goiás 23.632 Quirinópolis 47.377 Itumbiara 102.513 MG Araporã 6.774 Centralina 10.604 1.052.556

13- Atividade econômica na região Tupaciguara 25.363 Araguari 111.871 Uberlândia, Uberaba 997.944 Total 1.929.537 As grandes dimensões da área de influência do projeto explicam a diversidade da matriz econômica regional. Nada obstante, o agronegócio tem um papel dominante, que vem sendo acompanhado pela expansão da agroindústria. A agroindústria tem em Rio Verde a sede do polo goiano e Uberlândia o grande centro logístico do País. A conclusão das obras da Ferrovia Norte Sul e Ferrovia do Cerrado deverão dar forte estímulo ao processo de industrialização com forte viés na logística do transporte. 14- Demanda de carga ferroviária A determinação da demanda de carga com perfil ferroviário será feita com aplicação da metodologia recomendada para esse tipo de estudo, que deverá conter: - dimensionamento da carga produzida nos centroides de carga localizados na área de influência direta- AID e indireta do trecho estudado; - caracterização de parâmetros de tráfego através de: (a) contagens volumétricas classificatórias de tráfego; (b) pesquisas origem/destino; (c) contagens direcionais de tráfego nas principais interseções dos corredores selecionados; (d) pesagem de eixos do tráfego comercial, e (e) entrevistas com operadores logísticos para identificação dos processos empregados no escoamento da produção. - dimensionamento da carga com perfil ferroviário; - determinação dos custos de transportes operados na área de influência direta do trecho estuado; Esses objetivos deverão ser alcançados mediante a execução de: - contagens volumétricas classificatórias de cobertura nos locais selecionados para identificação do volume médio diário anual (VMDA); - pesquisas origem/destino (O/D) para identificação da área de influência dos diversos corredores selecionados, perfil, idade média e titularidade da frota, roteamento da carga, valoração da carga, cálculo dos custos de transportes, e avaliação dos investimentos na infraestrutura viária; - pesagem de eixos para dimensionamento da carga. Maior desafio será dimensionar a carga com perfil ferroviário tem como características principais os grandes volumes, e as longas distâncias em que são transportes, sendo essa carga de baixo valor agregado, como são o caso das commodities. É expectável que tal carga migre para o transporte ferroviário, e de uma maneira geral, essa carga se enquadra nos seguintes tipos: - granéis sólidos minerais: minério de ferro, cassiterita, manganês, carvão mineral, pedras ornamentais;

- graneis sólidos alcalinos: calcário; - granéis sólidos agrícolas: soja e derivados, milho, arroz e algodão, sementes, fertilizantes; - bobinas de aço, perfis metálicos e sucata; - pneumáticos e plásticos em geral; - material de construção: areia, brita, cimento, cerâmica, perfis metálicos; - granéis líquidos combustíveis: gasolina, óleo diesel, querosene, etanol, biodiesel, asfalto; - granéis líquidos comestíveis: óleo vegetal; - granéis líquidos abrasivos: ácidos e solventes; - petroquímica. Além dessas cargas de baixo valor agregado, o transporte ferroviário passa a ser protagonista quando se tem cargas indivisíveis, não necessariamente pesadas mas de grandes volumes como máquinas e equipamentos. Finalmente, os contêineres, que devido à sua grande versatilidade, passam a ser cargas disputadas pelas ferrovias, independentemente do valor agregado das cargas que carregam. 15- Produção regional- TKU Para determinar o momento de transporte, é necessário conceituar centroide como a região constituída por vários municípios com atividades produtivas semelhantes, semelhanças econômicas, fisiográficas e meteorológicas, inseridos num mesmo ecossistema, que tem como polo uma cidade que funciona como ponto de apoio a essas atividades. Esse polo, além dos tradicionais indicadores que favorecem a acessibilidade, o acesso à comunicação, oferta de serviços, negócios, assistência técnica e comercialização, oferece ainda estrutura para formação, treinamento e aperfeiçoamento de mão de obra, facilidades culturais e habitacionais e atrativos de clima e ambiente. Os centroides selecionados podem ser de diferentes tipos e funções, como: - centroides de produção: têm na semelhança da produção o fato mais marcante, seja primária, secundária ou de serviços, sublinhado pela necessidade de transporte, no caso Mineiros, Jataí, Rio Verde e Itumbiara; - centroides de consolidação ou distribuição: têm na transferência modal ou transbordo em escalas a característica principal, gerando então serviços adicionais que agregam valor à carga que está sendo transportada, no caso Alto Araguaia, São Simão, Anápolis e Uberlândia; - centroides de beneficiamento ou consumo: têm na base industrial a característica mais marcante mobilizando grandes contingentes populacionais e forte demanda de energia, no caso Rio Verde, Itumbiara e Uberlândia; - centroides de exportação: polarizam extensos corredores de transportes, tendo nos portos e acessos ferroviários os elementos que sustentam sua

competitividade frente a outros centroides da mesma natureza, no caso São Simão, Uberlândia, Anápolis, e Belo Horizonte. No que se refere à produção de granéis agrícolas nos centroides selecionados, foram escolhidos os seguintes produtos: soja, milho, algodão, cana de açúcar e arroz. Essa seleção levou em conta, em primeiro lugar, os produtos que tradicionalmente vem sendo produzidos na área de influência direta- AID. Por último, foram selecionados os produtos que estão mudando os indicadores de produção, como etanol, açúcar, biodiesel, e algodão, em vista dos investimentos que vem sendo feitos na ampliação da área plantada, construção de usinas e verticalização da produção. 16- Tipo de intervenção A intervenção imediata de que trata esse PMI referente à Ferrovia EF-262, trecho Alto Araguaia-Uberlândia é: Projeto Conceitual Projeto Básico de Engenharia Ferroviária Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impactos sobre o Meio Ambiente (EIA-RIMA) Essas intervenções são necessárias para construção do ramal ferroviário Alto Araguaia a Uberlândia com extensão aproximada de 671 km, mais os terminais onde serão construídas as Estações de Transferência de Carga- ETC de Mineiros, Jataí, Rio Verde e Itumbiara. As extremidades já estão cobertas pelos terminais de Alto Araguaia e Uberlândia. 17- Situação atual Atualmente a Ferrovia do Cerrado não está nem mesmo projetada, e todo o transporte intrarregional nessa faixa transversal da região Centro-Oeste está sendo feito pela rede rodoviária local, principalmente pelas rodovias BR-364 e 452, razão pela qual se pretende a apresentação deste PMI ao Governo Federal. 18- Situação esperada ao final da intervenção A conclusão das obras de implantação da ligação ferroviária Alto Araguaia - Uberlândia significa que estará concluído o trecho oeste do Corredor Centroleste, denominada Ferrovia do Cerrado, conectada com a malha norte da RUMO Logística, e com acesso direto à FNS próximo do seu centro de gravidade. O porto polarizador é o Complexo Portuário de Vitória, que será atendido, em princípio, pelo Terminal de Tubarão, em Vitória, operado pela Vale Mineradora. O Terminal de Tubarão, segundo a Vale tem condições de receber uma demanda anual de 4 milhões de toneladas, e terá de ser adaptado para receber parte da demanda da Ferrovia do Cerrado, estimada em 14 milhões de toneladas para 2023. Estão sendo dimensionadas as demandas de exportação de etanol e biodiesel, e as ETC serão as responsáveis pela transferência modal da rodovia para a ferrovia.

19- Custo estimado O custo de execução das atividades deste PMI estão preliminarmente estimadas em R$ 20 milhões. 20- Prazo de execução O prazo de execução do PMI está estimado em 12 meses. 21- Participações possíveis Dentre os agentes, órgãos e entidades a serem convidados para participação do PMI citam-se: BNDES, DNIT, VALE, VALEC, VLI, FCA, FIEMT, CNI, CNC, UFMT, UFU, UFGO, CREA/GO, CREA/MG, CREA/MT, Fórum Pró- Ferrovia, Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Governo de Mato Grosso, Governo de Goiás, Governo de Minas Gerais e Prefeituras de Mineiros, Jataí, Rio Verde, Itumbiara e Uberlândia, e outras entidades e empresas a serem contatadas. 22- Empregos que podem ser gerados Uma estimativa preliminar de postos de trabalho diretos a serem gerados pelo empreendimento está assinalada na Tabela 9. Tabela 9- Geração de postos de trabalho diretos Unidade Empregos diretos Ferrovia do Cerrado entre Alto Araguaia e Uberlândia 4.000 Construção das ETC Mineiros, Jataí, Rio Verde e Itumbiara 400 Agroindústria ao longo da AID 2.000 Total 6.400 Grosso modo, cada emprego direto na indústria gera 4 empregos indiretos, totalizando 10.000 empregos. 23- Impactos ambientais possíveis (recuperação/ degradação) Não há passivos ambientais significativos ao longo da faixa por onde passa o traçado do trecho Alto Araguaia-Uberlândia, uma vez que o projeto deverá atravessar terrenos ocupados por agricultura intensiva. Parte significativa da ferrovia será implantada ao lado da faixa de domínio das rodovias BR-364 e 452 24- Cenário projetado decorrente O cenário final após a implantação do trecho Alto Araguaia-Uberlândia da Ferrovia do Cerrado pode ser resumido em: (a) contribuição ao TKU ferroviário na matriz brasileira de transporte da ordem de 3%; (b) redução do custo de transporte entre a área do Corredor Centroleste e o Porto de Vitória em relação ao que é gasto atualmente, estimado em R$ 50,00/t excluídos os custos de transferência modal ao longo do percurso; (c) geração de 6.400 empregos diretos espalhados ao longo do trecho; (d) a consolidação do Complexo Agro Industrial de Rio Verde e Uberlândia.

25- Posicionamento geográfico da intervenção As coordenadas das sedes municipais que delimitam o trecho ferroviário a ser estudado são: Alto Araguaia Uberlândia S 17º 20 10 W 53º 14 48 S 48º 15 05 W 48º 15 06 Cuiabá, 01 de agosto de 2018 Carlos Antonio de Borges Garcia Luiz Miguel de Miranda Silvio Tupinambá Fernandes de Sá