Clinical O PAPEL DA DIETA NO CONTROLO DA DERMATITE ATÓPICA CANINA

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reportsa CLINICAL REPORT FOR THE VETERINARIAN FROM AFFINITY PETCARE O PAPEL DA DIETA NO CONTROLO DA DERMATITE ATÓPICA CANINA O tratamento nutricional de apoio da dermatite atópica baseia-se no seguinte: 1 Melhorar a função da barreira cutânea Diminuir a resposta inflamatória alérgica e o prurido 3 Favorecer a cicatrização cutânea 4 Restringir os alérgenos da dieta As investigações levadas a cabo pela Affinity dão relevância ao papel da dieta na proteção da barreira cutânea e no controlo da dermatite atópica canina. Neste relatório apresentamos os estudos realizados no campo da dermatologia: ESTUDO 1: Modelo de Pele Artificial Canina para investigar a barreira cutânea. ESTUDO : A alimentação de cães atópicos com Advance Veterinary Diets Atopic Care. ESTUDO 3: Diferenças entre raças na perda de água transepidérmica e no ph nos cães com dermatite atópica e nos cães saudáveis. ACEDA AO VÍDEO EM: www.vetsaffinity.com

O QUE É A DAC? A DAC é uma doença baseada numa reação de hipersensibilidade a alérgenos ambientais. Detetaram-se dois mecanismos patogénicos principais1, : (a) hipersensibilidade contra alérgenos ambientais e (b) alteração na barreira cutânea. No caso (a), os animais atópicos respondem inicialmente ao contacto percutâneo, ou através de mucosas, com os alérgenos mediante uma resposta imunitária humoral, que comporta a produção de IgE específicas contra os alérgenos implicados. A primeira causa desta resposta imunitária anormal é desconhecida, mas sabe-se com muita certeza que o fator principal é uma predisposição genética a responder com IgEs. O segundo mecanismo (b) seria, em parte, consequência de uma alteração da função isolante da epiderme, de origem genética ou adquirida, baseada na mutação de uma proteína, a filagrina, um dos componentes essenciais para constituir a barreira epidérmica. A disfunção da barreira cutânea seria responsável por um aumento da penetração de alérgenos por via percutânea e também de um aumento na perda de água transepidérmica ( trans-epidermal water loss TEWL), a qual seria responsável pela xerose característica da dermatite atópica. Medidas de controlo da DAC Tratamento do SURTO Oclacitinib Prednisona/solona Controlo infeções secundárias TERAPIA ESPECÍFICA Ciclosporina TERAPIA DE APOIO Controlo a LONGO PRAZO Imunoterapia alérgeno específica MEDIDAS DE CONTROLO DA DAC DIETA adaptada (limitação antigénica, AGE) BANHOS FREQUENTES com o champô adequado CONTROLO de ecto e endoparasitas A DAC é uma doença que não tem cura. No entanto, pode ser controlada com uma estratégia terapêutica adequada, fundamentada em dois pilares: o tratamento farmacológico específico e as medidas de apoio.3 SUPLEMENTOS DERMAFORTE Mais informações em www.vetsaffinity.com DIETAS PLAN DERMA CHAMPÔ ATOPIC CARE SNACKS HYPOALLERGENIC - -

ESTUDO 1 reports DESENVOLVIMENTO DE MODELO DE PELE ARTIFICIAL CANINA PARA INVESTIGAR A BARREIRA CUTÂNEA A função de barreira cutânea está dependente da camada mais externa da pele, chamada de estrato córneo, que consiste em corneócitos embebidos numa matriz de lípidos. Estes lípidos são principalmente ceramidas, colesterol e ácidos gordos livres. A dermatite atópica pode afetar a quantidade total de lípidos do estrato córneo ou alterar a concentração relativa dos mesmos com o aumento da desidratação da pele e o aumento da entrada de alérgenos cutâneos. Vários estudos sugeriram que diferentes nutrientes podem reforçar a barreira cutânea da pele. Com o fim de estudar os efeitos de diversos compostos sobre a barreira cutânea canina, a partir do departamento de investigação da Affinity promoveu-se o desenvolvimento de um modelo de pele artificial canina4 que permitisse agilizar estes estudos sem prejudicar os animais com biópsias de pele (Figura 1). Com este modelo foi possível comparar a composição de lípidos da epiderme canina com a de outras espécies e com a pele RESULTADOS Graças à pele artificial pudemos testar uma série de princípios ativos, que posteriormente artificial canina (Tabela 1), assim como o efeito da administração de diferentes ingredientes funcionais sobre a saúde da pele. Tabela 1. Lípidos da epiderme de diferentes espécies e da pele artificial canina. Dados internos. EPIDERME PELE ARTIFICIAL Humana Suína Canina Canina % lípidos 19,3 15, 11,65 17,6 AG livres 33,5,64 47, 38, Colesterol 33,8 36,15 1,68 3,7 Lípidos Polares 33,47 41, 35,45 3,73 incorporámos nas dietas veterinárias ATOPIC CARE, como o Aloé Vera (Figura ). Figura. Efeito da suplementação com gel de aloé vera nos cultivos de pele artificial canina, na composição total dos principais lípidos da epiderme e derme canina (dados internos). Lípidos 1,5 1,5 Control + Aloé Vera Figura 1. Modelo de pele artificial canina utilizado nos diferentes estudos. AG Livres Colesterol Lípidos polares Queratinócitos EVOLUÇÃO DA PELE NA DAC Alérgenos e agentes infecciosos Estafilococos Malassezia Prurido e raspagem Citocina EPIDERME Toxina microbiana Biomatriz: colagénio e fibroblastos Serra et al (7) Experimental Dermatology 7., 16: 135-14. VASO DERME Mastócito Célula de Langerhans Linfócitos Linfócito Th- Alérgenos IgE Mastócito sensibilizado Histamina PGEs IL-4, IL-5, IL-13 Macrófago Eosinófilos Hiperplasia da epiderme Linfócito - 3 -

ESTUDO A ALIMENTAÇÃO DE CÃES ATÓPICOS COM ADVANCE VETERINARY DIETS ATOPIC CARE: ESTUDO CLÍNICO // N. SANCHEZ, S.VILLANUEVA^, C.TORRE, MT VERDE^ RESEARCH DEPARTMENT, AFFINITY PETCARE, BARCELONA, SPAIN. ^SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO DERMATOLÓGICO. UNIVERSIDAD DE ZARAGOZA, ZARAGOZA, SPAIN. INTRODUÇÃO A Dermatite Atópica Canina (DAC) é definida como uma doença cutânea inflamatória alérgica, geneticamente programada e com características clínicas definidas5. A DAC afeta, em maior ou menor grau, entre 1 e 15% dos cães6, o que a torna um problema apresentado frequentemente na clínica de pequenos animais. O estudo clínico foi realizado em sete clínicas veterinárias e incluiu cães de diferentes raças, sexos, idades e com um diagnóstico de dermatite atópica. OBJETIVO O objetivo do estudo foi demonstrar que a dieta Advance Veterinary Diets Atopic Care contribui para o controlo da dermatite atópica canina, como medida nutricional de apoio, e que permite a utilização de uma dose menor de cortisona ( corticosteroid sparing effect ). MATERIAIS E MÉTODOS Animais 5 cães, com dermatite atópica diagnosticada através dos critérios de Favrot, sintomatologia clínica e exclusão de outras doenças pruriginosas (parasitárias, infecciosas e alergia ou intolerância alimentar). Protocolo Os animais foram atribuídos aleatoriamente ao grupo ATOPIC (alimentados com Advance Veterinary Diets Atopic Care) ou ao grupo CONTROL (alimentados com dieta comercial de manutenção). Os dois grupos receberam doses de cortisona inicial a,5 mg/ kg/ dia, que foi reduzida em função do nível de prurido e de acordo com o protocolo estabelecido. Controlaram-se os ectoparasitas e receberam por igual banhos com champôs especiais. A duração do estudo foi de 56 dias. Avaliação da eficácia da dieta Atopic Care 1. Evolução do índice CADESI-3 (avaliação da gravidade das lesões de a 5, em 6 pontos anatómicos), avaliação nos dias, 8 e 56.. Evolução da intensidade do prurido medida com escala linear PVAS (Pruritus Visual Analog Scale), de 1 cm e assinalada de a 1. De acordo com a sua perceção, os donos assinalaram o grau de prurido do cão. Avaliação nos dias, 14, 8, 35, 4, 49 e 56. 3. Dose total de cortisona/ kg administrada durante o estudo. RESULTADOS Os valores de CADESI-3 e prurido no dia não foram significativamente diferentes entre grupos. O valor do índice CADESI-3 (gravidade das lesões) no dia 8 e 56 foi significativamente inferior para os cães do grupo ATOPIC, em comparação com os cães do grupo CONTROL (Gráfico 1). (p =.14; p =.) De igual forma, o nível de prurido avaliado por parte dos donos, nos dias 8, 35, 4, 49 e 56, foi sempre significativamente inferior para os cães do grupo ATOPIC, em comparação com os cães do grupo CONTROL (Gráfico ). (p =.17; p =.1) Por último, a dose total de cortisona administrada aos cães do grupo ATOPIC foi significativamente inferior (13,63 mg/ kg; p =.4) à dose administrada aos cães do grupo CONTROL (,61 mg/ kg) (Gráfico 3). No fim do estudo, nenhum dos cães do grupo ATOPIC recebia cortisona, enquanto que oito dos onze cães no grupo CONTROL estavam a ser tratados com cortisona. CONCLUSÕES Os resultados do estudo evidenciam que a alimentação com Advance Veterinary Diets Atopic Care nos cães com Dermatite Atópica Canina é uma ferramenta eficaz para o controlo da doença e que possibilitou uma redução da dose de cortisona administrada, assim como uma redução significativa do nível de prurido e da gravidade das lesões. - 4 -

reports Gráfico 1. Avaliação do índice CADESI nos dias, 8 e 56 Gráfico. Avaliação do nível de prurido nos dias, 8 e 56 ATOPIC Control ATOPIC Control 14 9 1 8 7 1 6 índice CADESI 8 6 4 # Nível de prurido 5 4 3 # # 1 # Dia Dia 8 Dia 56 Dia Dia 8 Dia 56 Gráfico 3. Dose total de cortisona administrada entre os dias e 56 Diferença significativa em relação ao momento (p<,5) # Diferença significativa em relação à Dieta Control (p<,5) ATOPIC Control 3 5 Cortisona em mg/ kg 15 1 5 # Dia Lesões perioculares num Maltês de anos de idade incluído no grupo ATOPIC. Dia 56 Verifica-se uma melhoria significativa das lesões no fim do estudo. Média Cortisona administrada Advance Atopic Care é uma ferramenta de apoio eficaz nos cães com Dermatite Atópica AGRADECIMENTOS Agradecemos a colaboração das seguintes entidades e pessoas: Serviço Dermatologia, HCV Universidade de Saragoça: Maite Verde Departamento Dermatologia, Universidade Autónoma de Barcelona (UAB): Lluis Ferrer Departamento Dermatologia, Universidade Autónoma de Madrid (UAM): Juan Luís Gonzalez Clínica Veterinária Skin Pet, César Yotti Clínica Veterinária Benicarló, Carmen Larrazabal Clínica Veterinária Sentmenat, Jaume Avellaneda Clínica Veterinária Doctores Sancho, Pedro Javier Sancho - 5 -

ESTUDO 3 DIFERENÇAS ENTRE RAÇAS NA PERDA DE ÁGUA TRANSEPIDÉRMICA E NO ph NOS CÃES COM DERMATITE ATÓPICA E NOS CÃES SAUDÁVEIS // N. SANCHEZ, M. PARDOS, C.TORRE, MT VERDE DEPARTAMENTO DE I+D, AFFINITY PETCARE, SANT CUGAT DEL VALLÉS, ESPANHA. SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA E DERMATOLOGIA, HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SARAGOÇA, SARAGOÇA, ESPANHA. XVI CONGRESSO ANUAL DE ESVD-ECVD, 19-1 DE SETEMBRO DE 13, VALÊNCIA, ESPANHA. INTRODUÇÃO A dermatite atópica (DA) canina está associada a alterações na superfície da barreira epidérmica nos animais afetados. A alteração da barreira epidérmica é uma característica da DA e manifesta-se através de uma redução da hidratação cutânea e de um aumento da perda de água transepidérmica (TEWL, do inglês transepidermal water loss)7. Demonstrou-se que a medição da TEWL é um método adequado para avaliar de forma indireta a função de barreira nos cães8. Em estudos recentes obtiveram-se novas informações sobre as causas e as consequências patogénicas das alterações no ph da pele na DA, especialmente no que diz respeito à função de barreira da pele e à colonização de diferentes bactérias9. Este estudo tem como objetivo avaliar as diferenças na TEWL e no ph cutâneo entre cães atópicos e cães saudáveis de três raças distintas: Bulldog francês, Cocker Spaniel e Labrador Retriever. ANIMAIS, MATERIAIS E MÉTODOS Selecionaram-se 6 cães no total, incluídos na base de dados do hospital: 9 deles tinham DA (1 Bulldogs franceses, 9 Cockers Spaniel e 9 Labradores Retriever) e 31 eram cães saudáveis que foram utilizados como controlos (11 Bulldogs franceses, 9 Cockers Spaniel e 11 Labradores Retriever). A perda de água transepidérmica foi medida através de um evaporímetro de câmara fechada (vaporímetro portátil, Delfin Tecnologies, Kuopio, Finlândia). Utilizou-se a média de três medições repetidas, obtidas na mesma zona do corpo. Não foram observadas diferenças significativas de temperatura ambiente e humidade relativa entre as medições ao longo do estudo. O ph da pele foi medido com um medidor de ph (Mettler Toledo, Barcelona, Espanha) na pele inguinal e axilar sem lesões. Os dados foram analisados estatisticamente com um modelo ANOVA unidirecional. O significado foi estabelecido em p <,5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os Bulldogs franceses com DA apresentaram valores significativamente mais elevados do ph cutâneo inguinal e axilar do que os Bulldogs franceses de controlo (média ± DE: 7,9 ±, contra 6,9 ±,, p =,7 e 7,9 ±, contra 7,1 ±,3, p =,16, respetivamente). Por outro lado, os Cockers Spaniel atópicos apresentaram, em geral, valores inferiores do ph da pele inguinal e axilar face aos dos Cockers Spaniel utilizados como controlos (6,9 ±,4 contra 7,8 ±,3, p =,63) (figuras 1 e ). Não existiram diferenças significativas nos valores da TEWL em função da localização corporal nem dos grupos de cães (figuras 3 e 4), exceto no caso dos Bulldogs franceses atópicos, que evidenciaram valores significativamente mais elevados da TEWL axial do que os controlos correspondentes (19,3 g/ m/ h ± 7, contra 11,4 g/ m/h ± 1,, p =,4) (figura 4). Nos cães atópicos foram observadas diferenças significativas no ph da pele inguinal e axilar entre os Cockers Spaniel e os Golden Retriever, e entre os Cockers Spaniel e os Bulldogs franceses, mas não entre os Bulldogs franceses e os Golden Retriever (figuras 1 e ). Não se observaram diferenças na TEWL entre os cães atópicos das diferentes raças. Surpreendentemente, existiram diferenças significativas nos valores do ph cutâneo e na TEWL da mesma raça, quer na região inguinal quer na região axilar (figura 5). CONCLUSÕES Os Bulldogs franceses atópicos evidenciaram valores do ph superiores e valores da TEWL axilar mais elevados do que os cães saudáveis. No grupo atópico, os cães Cocker Spaniel apresentaram valores inferiores de ph face aos dos Golden Retriever e dos Bulldogs franceses. Estas observações indicam que devem ser realizadas novas investigações sobre as anomalias na barreira cutânea nos cães atópicos. - 6 -

reports Figura 1. ph Inguinal Figura. ph Axilar Atópicos Control Atópicos Control 1 8 1 8 6 6 ph ph 4 4 Bulldog francês Golden Retriever Cocker Spaniel Bulldog francês Golden Retriever Cocker Spaniel Figura 3. TEWL Inguinal Figura 4. TEWL Axilar Atópicos Control Atópicos Control 5 18 16 g/m/h 14 1 1 8 g/m/h 15 1 6 4 5 Bulldog francês Golden Retriever Cocker Spaniel Bulldog francês Golden Retriever Cocker Spaniel Figura 5. Valores do ph nas regiões inguinais e axilares entre raças ph INGUINAL AXILAR VALOR DE p Cocker Spaniel 7,31 6,55,3 Golden Retriever 7,5 7,9,1 TEWL Bulldog francês 9,9 15,47,5 Golden Retriever 11,4,1,1 1.Marsella R & Samuelson D. Unraveling the skin barrier: a new paradigm for atopic dermatitis and house dust mites. Veterinary Dermatology, 533-54, 9..Oyoshi MK, He R, Kumar L, Yoon J, Geha RS. Cellular and molecular mechanisms in atopic dermatitis. Advances in Immunology 1, 135-6, 9 3.Olivry T, Deboer DJ, Favrot C, Jackson HA, Mueller RS, Nuttall T, Pr.laud P, International Task Force on Canine Atopic Dermatitis. Treatment of canine atopic dermatitis: 1 clinical practice guidelines from the International Task Force on Canine Atopic Dermatitis. Veterinary Dermatology 1, 33-48, 1. 4.Serra M., Braz.s P., Puigdemont A., Fondevila D., Romano v., Torre C., Ferrer Ll. 7. Development and characterization of a canine skin equivalent. Experimental Dermatology 16, 135-14, 7. 5.Olivry T (Ed.). The American College of Veterinary Dermatology Task Force on Canine Atopic Dermatitis. Veterinary Immunology Immunopathology Special Issue, Vol 81, 1. 6.Hillier A, Griffin CE. The ACVD task force on canine atopic dermatitis (X): is there a relationship between canine atopic dermatitis and cutaneous adverse food reactions?. Veterinary Immunology Immunopathology 81, 7-31, 1. 7.Cornegliani L et al; Transepidermal water loss in healthy and atopic dogs, treated and untreated: a comparative preliminary study. Vet Dermatology 1 Feb;3(1):41-4 8.Shimida K et al; Increased transepidermal water loss and decreased ceramide content in lesional and non-lesional skin of dogs with atopic dermatitis. Vet Dermatology 9 Oct;(5-6):541-6. 9. Rippke F et al. Stratum corneum ph in atopic dermatitis: impact on skin barrier function and colonization with Staphylococcus Aureus. Am J Clin Dermatol. 4;5(4):17-3. - 7 -

ÁRVORE DE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DERMATITES PRURIGINOSAS CRÓNICAS Descartar º.1 Procura de pulgas ou fezes de pulga CONTROLO PULGAS º. Raspagens superficiais Raspagens profundas Tricoscopia Serologia Sarcoptes º.3 Citologia da superfície cutânea )céu, cotonete( + + Melhora prurido TRATAMENTO ACARICIDA DERMATITE MALASSEZIA Sobrecrescimento bacteriano Foliculite DAPP 1 Controlo periódico de pulgas PERSISTE O PRURIDO Terapia tópica Cetoconazol PO Terapia tópica Antibioterapia DERMATITE ALÉRGICA Atopia + reação adversa ao alimento Dieta exclusão HYPOALLERGENIC semanas 8 NÃO MELHORA MELHORIA PARCIAL MELHORIA TOTAL DERMATITE ATÓPICA DERMATITE ATÓPICA + REAÇÃO ADVERSA AO ALIMENTO Teste de provocação dieta anterior Suplemento para um maior reforço da barreira epidérmica + MINI + Corticoterapia ou Ciclosporina ou Imunoterapia ou Oclacitinib Banhos terapêuticos Controlo de pulgas CHAMPÔ DERMOPROTETOR DermaForte ATOPIC CARE ATOPIC CARE Reaparece o prurido REAÇÃO ADVERSA AO ALIMENTO Até reduzir o prurido Manutenção com Controlo de ectoparasitas + banhos terapêuticos + CHAMPÔ DERMOPROTETOR MINI ATOPIC CARE ATOPIC CARE HYPOALLERGENIC INTOLERANCE CARE Compatível com o PLAN DERMA HYPOALLERGENIC SNACK reportsa RESEARCH UPDATE FOR THE VETERINARIAN FROM AFFINITY PETCARE Affinity Petcare S.A. Parque de Oficinas St. Cugat Nord Pl. Xavier Cugat, Edificio D, 3ª Planta 8174 St. Cugat Nord BARCELONA Para mais informações: Tel.: 93 49 7 Fax. 93 49 7 1 www.vetsaffinity.com @vetsaffinity