TEXTO PARA DISCUSSÃO N 389 RESTRIÇÃO EXTERNA, CÂMBIO E CRESCIMENTO EM UM MODELO COM PROGRESSO TÉCNICO ENDÓGENO



Documentos relacionados
CARGA E DESCARGA DE CAPACITORES

J, o termo de tendência é positivo, ( J - J

r R a) Aplicando a lei das malhas ao circuito, temos: ( 1 ) b) A tensão útil na bateria é: = 5. ( 2 ) c) A potência fornecida pela fonte é: .

Departamento de Economia, Administração e Sociologia Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo

3. Medidas de desempenho são combinadas sobre todas as. 2. Medidas de desempenho preditas são obtidas usando modelos de regressão para as respostas:

AULA 9 CONDUÇÃO DE CALOR EM REGIME TRANSITÓRIO SÓLIDO SEMI-INFINITO

NA ESTIMAÇÃO DE UMA FUNÇÃO CUSTO

Modelos Econométricos para Dados em Painel: Aspectos Teóricos e Exemplos de Aplicação à Pesquisa em Contabilidade e Finanças

EXPERIÊNCIA 7 MEDIDA DE INDUTÂNCIA POR ONDA RETANGULAR

4. Análise de Sistemas de Controle por Espaço de Estados

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MAT Matemática I Prof.: Leopoldina Cachoeira Menezes

A DERIVADA DE UM INTEGRAL

Efeito da pressão decrescente da atmosfera com o aumento da altitude

MACROECONOMIA III PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS

Probabilidade II Aula 6

/ d0) e economicamente (descrevendo a cadeia de causação

MACROECONOMIA. Capítulo 1 - Introdução aos Modelos Macroeconômicos 1. Ciclo e Crescimento Econômico 2. Inflação e Nível de Atividade Econômica

condição inicial y ( 0) = 18 condições iniciais condições iniciais

4.1 Método das Aproximações Sucessivas ou Método de Iteração Linear (MIL)

log 2, qual o valor aproximado de 0, 70

Taxa de Paridade: Real (R$)/Dólar Americano (US$) - IPA-OG Índice Dez/98 = 100 Período: Mar/94 a Fev/2003

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS. Vamos agora analisar em detalhe algumas variáveis aleatórias discretas, nomeadamente:

FÍSICA MODERNA I AULA 22 -

ANAIS A MANUFATURA ENXUTA CONTIBUINDO PARA A MELHORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ): ESTUDO DE CASO

GERADORES E RECEPTORES. Setor 1202 Aulas 58, 59, 60 Prof. Calil. Geradores

TRANSMISSÃO DE CALOR II. Prof. Eduardo C. M. Loureiro, DSc.

Teoria dos Jogos. Prof. Maurício Bugarin Eco/UnB 2014-I. Aula 7 Teoria dos Jogos Maurício Bugarin. Roteiro

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

TIPOS DE GERADORES DE CC

Probabilidade de Ruína com eventos espaciais

Resoluções das atividades

Mecanismos Não-Lineares de Repasse Cambial: Um Modelo de Curva de Phillips com Threshold para o Brasil *

Capítulo 6 Decaimento Radioativo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

POLÍTICA FISCAL ANTICÍCLICA NUM MODELO MACRODINÂMICO COM METAS DE INFLAÇÃO E SUSTENTABILIDADE FISCAL

R F. R r. onde: F = 1 fóton/(cm 2 s) = 10 4 fótons/(m 2 s) λ R hc

3. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS

RI406 - Análise Macroeconômica

GALERKIN, PETROV-GALERKIN E MÍNIMOS QUADRADOS PARA A SOLUÇÃO DA CONVECÇÃO-DIFUSÃO TRANSIENTE

Notas de aulas de Mecânica dos Solos I (parte 5)

Circuitos não senoidais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

y z CC2: na saída do reator: z = 1: 0. Pe dz Os valores característicos do problema são as raízes de: Da Pe 0 Pe Pe

Capítulo 3. Análise de Sinais Dep. Armas e Electronica, Escola Naval V1.1 - Victor Lobo Page 1. Domínio da frequência

A B LM. A onde Y Y ; P. P P, no PONTO. T o que provocará um C 0. T 0 desloca curva IS para a direita IS IS

Resoluções dos exercícios propostos

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

Em cada ciclo, o sistema retorna ao estado inicial: U = 0. Então, quantidade de energia W, cedida, por trabalho, à vizinhança, pode ser escrita:

CURSO: MARKETING ECONOMIA I Época Normal 11 de Fevereiro de 2009 duração: 2h. Resolução NOME: Nº. GRUPO I (7 valores)

7. Aplicação do Principio do Máximo

Ondas - 2EE 2003 / 04

FILTROS ATIVOS: UMA ABORDAGEM COMPARATIVA. Héctor Arango José Policarpo G. Abreu Adalberto Candido

Equações de Conservação

PROFUNDIDADE PELICULAR, REFLEXÃO DE ONDAS, ONDAS ESTACIONÁRIAS

Equações de Maxwell. Métodos Eletromagnéticos. Equações de Maxwell. Equações de Maxwell

VI- MOMENTOS E FUNÇÃO GERATRIZ DE MOMENTO.

Problemas Numéricos: 1) Desde que a taxa natural de desemprego é 0.06, π = π e 2 (u 0.06), então u 0.06 = 0.5(π e π), ou u =

Cap. 7. Princípio dos trabalhos virtuais

ENSAIOS EM DÉFICITS PÚBLICOS

Os Modelos CA para Pequenos Sinais de Entranda Aula 7

FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL COMPLEXA

TEMA 3 NÚMEROS COMPLEXOS FICHAS DE TRABALHO 12.º ANO COMPILAÇÃO TEMA 3 NÚMEROS COMPLEXOS. Jorge Penalva José Carlos Pereira Vítor Pereira MathSuccess

PSI-2432: Projeto e Implementação de Filtros Digitais Projeto Proposto: Conversor de taxas de amostragem

Desta maneira um relacionamento é mostrado em forma de um diagrama vetorial na Figura 1 (b). Ou poderia ser escrito matematicamente como:

09. Se. 10. Se. 12. Efetue: 13. Calcule C. a é:, determine a matriz X

sendo classificado como modelo de primeira ordem com (p) variáveis independentes.

1 1 2π. Área de uma Superfície de Revolução. Área de uma Superfície de Revolução

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

Neo-fisherianos e teoria fiscal do nível de preços

Externalidades 1 Introdução

AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

Curso de linguagem matemática Professor Renato Tião. 3. Sendo. 4. Considere as seguintes matrizes:

NOTA SOBRE INDETERMINAÇÕES

Planejamento de capacidade

MÁQUINAS DE FLUXO CADERNO DE LABORATÓRIO

Coordenadas polares. a = d2 r dt 2. Em coordenadas cartesianas, o vetor posição é simplesmente escrito como

Sistemas e Sinais (LEIC) Resposta em Frequência

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

1ª. Lei da Termodinâmica para um Volume de Controle

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

7 Solução de um sistema linear

Oscilações amortecidas

( 1). β β. 4.2 Funções Densidades Con2nuas

DESENVOLVIMENTO RURAL

2. A Medição da Actividade Económica Grandezas Nominais e Reais e Índices de Preços

Teoria de Controle (sinopse) 4 Função de matriz. J. A. M. Felippe de Souza

Desse modo, podemos dizer que as forças que atuam sobre a partícula que forma o pêndulo simples são P 1, P 2 e T.

Limites Questões de Vestibulares ( )( ) Solução: Primeiro Modo (Fatorando a fração usando BriotxRuffini): lim. Segundo Modo: lim

Projeções de inflação

PROVA DE MATEMÁTICA APLICADA VESTIBULAR FGV CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia C. Gouveia

Dinâmica Longitudinal do Veículo

Indexação e Realimentação: a Hipótese do Caminho Aleatório

COLEÇÃO DARLAN MOUTINHO VOL. 01 RESOLUÇÕES

Grupo I. 1) Calcule os integrais: (4.5) 2) Mostre que toda a equação do tipo yf( xydx ) xg( xydy ) 0

Tráfego em Redes de Comutação de Circuitos

CAPÍTULO 4 Exercícios Propostos

Transcrição:

TEXTO PARA DISCUSSÃO N 389 RESTRIÇÃO EXTERNA, CÂMBIO E CRESCIMENTO EM UM MODELO COM PROGRESSO TÉCNICO ENDÓGENO Fabrco J. Msso Frdrco G. Jam Jr. Agoso d 00

Fcha caalográfca 38 M678r 00 Msso, Fabrco J. Rsrção xrna, câmbo crscmno m um modlo com rogrsso écnco ndógno / Fabrco J. Msso; Frdrco G. Jam Jr. - Blo Horzon: UFMG/Cdlar, 00. 30. (Txo ara dscussão ; 389. Dsnvolvmno conômco.. Comérco nrnaconal. 3. Câmbo. I. Jam Jr., Frdrco Gonzaga. II. Unvrsdad Fdral d Mnas Gras. Cnro d Dsnvolvmno Planjamno Rgonal. III. Tíulo. IV. Sér. CDD

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO REGIONAL RESTRIÇÃO EXTERNA, CÂMBIO E CRESCIMENTO EM UM MODELO COM PROGRESSO TÉCNICO ENDÓGENO Fabrco J. Msso Profssor da Ums, Douorando m conoma lo Cdlar bolssa Fundc. E-mal: fabrco@cdlar.ufmg.br Frdrco G. Jam Jr. Profssor do Cdlar. E-mal: gonzaga@cdlar.ufmg.br. Es auor gosara d agradcr o fnancamno do Cnq da FAPEMIG. CEDEPLAR/FACE/UFMG BELO HORIZONTE 00

SUMÁRIO. INTRODUÇÃO... 5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 6.. Modlos com Rsrção Exrna ao Crscmno: o roblma das lascdads... 7.. Tora No-Shumrana: a hós d cachng u o Ssma Naconal d Inovaçõs... 3 3. A RELAÇÃO ENTRE CÂMBIO REAL, DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA RENDA E TECNOLOGIA... 6 4. PROGRESSO TECNOLÓGICO, ENDOGENEIDADE DAS ELASTICIDADES E COMÉRCIO INTERNACIONAL... 0 4.. Crscmno Comérco Inrnaconal... 0 4.. O Imaco da Dsvalorzação... 4.3. Dsvalorzação, Progrsso Tcnológco Elascdads... 4 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 6 6. REFERÊNCIAS... 7 3

RESUMO O objvo ds rabalho é arsnar algumas consdraçõs rlmnars da rlação nr câmbo, rsrção xrna crscmno conômco a arr d um modlo formal qu consdra duas rgõs, uma dsnvolvda oura m dsnvolvmno, qu nragm va comérco nrnaconal. Adm-s qu a rsrção xrna aua sobr a conoma m dsnvolvmno d qu sa é afada or olícas cambas, na mdda m qu varaçõs nssas olícas alram a dsrbução funconal da rnda, com sso, as dcsõs lanjadas dos gasos m novação das mrsas. As conclusõs camnham no sndo d mosrar qu dsvalorzaçõs cambas êm fos osvos no sndo d rlaxar a rsrção xrna dsa rgão. Palavras-chav: Rsrção Exrna, Crscmno Taxa d Câmbo. ABSTRACT Th am of hs ar s o rsn som rlmnar consdraons of h rlaonsh bwn xchang ras, xrnal consrans and conomc growh from a formal modl ha consdrs wo rgons, on dvlod and ohr dvlong counrs, whch nrac va nrnaonal rad. I s assumd ha h xrnal consran acs on h dvlong conom and ha s affcd b xchang ra olcs, o h xn ha changs n hs olcs affc h funconal dsrbuon of ncom and, hrfor, h dcsons of h lannd sndng on busnss nnovaon. Th fndngs go o show ha dvaluaons hav a osv ffc o rlax h xrnal consran n hs rgon. K Words: Exrnal consrans, Economc growh and Exchang Ras JEL: E0, O, O3 4

. INTRODUÇÃO Um dos assunos qu rmam a dscussão aual m conoma é a caacdad ou não d o câmbo nfluncar varávs ras. Do ono d vsa da abordagm radconal, a nfluênca do câmbo sobr o crscmno d longo razo é nura, nquano qu ara a lraura alrnava, sobrudo, a d nsração Knsana-sruuralsa, ssa nuraldad não é válda. Isso orqu, d acordo com ssa lraura, a axa d câmbo é, dnr ouros faors, uma varávl fundamnal na drmnação da axa d crscmno conômco, na mdda m qu é um moran comonn da dmanda fva caaz d alrar a dsonbldad d fundos ncssáros a ralzação da avdad novava. É jusamn s ono, a nração nr câmbo-rogrsso cnológco lascdads, qu srá xlorada na análs a sgur. O objvo é mosrar como uma dsvalorzação cambal, ao afar a formação d ouança agrgada d aíss m dsnvolvmno, smula o rogrsso cnológco. Es rogrsso cnológco, rrsnado no longo razo or uma maor lascdad rnda da dmanda or xoraçõs, rm aos aíss m dsnvolvmno rlaxarm sua rsrção xrna. Para cumrr com s objvo, dsnvolv-s uma análs formal ond nragm duas rgõs, uma dsnvolvda a oura m dsnvolvmno, a arr da sruura d um modlo d crscmno com rsrção xrna. O dfrncal é qu ara a rgão m dsnvolvmno a lascdad rnda da dmanda or xoraçõs é ndógna, na mdda m qu dnd das varaçõs cambas. Isso rm, não, mosrar como varaçõs na olíca cambal xrcm al rlvan no crscmno conômco, sobrudo, mdan a sua caacdad d ndução d mudanças sruuras qu, m muas abordagns, assam dsrcbdas. Para laborar sa análs ulzam-s lmnos da ora no-shumrana, sruuralsa dos modlos d crscmno com rsrção xrna. Para ano, ralza-s uma rvsão bblográfca com objvo romar morans lmnos dsas abordagns mosrar como ssas odm sr arculadas conjunamn ara rocar mlhor xlcação d como ocorr o rocsso d crscmno, ndo m vsa qu ssas nrraçõs são m grand ar comlmnars. Sndo assm, o rabalho nconra-s dvddo m rês sçõs, além dsa nrodução das consdraçõs fnas. A sção rcura alguns dos rncas nsghs da lraura ulzada, com ênfas nos modlos d crscmno com rsrção xrna na ora no-shumrana. A sção 3 mosra como uma dsvalorzação cambal afa o rogrsso cnológco m uma quna conoma m dsnvolvmno abra, na mdda m qu varaçõs nssas olícas alram a dsrbução funconal da rnda, com sso, as dcsõs lanjadas dos gasos m novação das mrsas. A sção 4 mosra, a arr d uma análs formal, como sso é caaz d alrar a rsrção xrna ara ss aíss. 5

. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O nrss or qusõs lgadas ao crscmno conômco m rmado as dsnas abordagns scolas d nsamno conômco ao longo dos mos. Nss conxo, os modlos d crscmno à la Solow (956 são xmlos d como ss ma ganhou ênfas no ríodo rcn, sobrudo, m mados do fnal do século assado. Todava, anda qu domnan, ssa nrração arsna roblmas órcos mírcos não rsolvdos, o qu m lvado o dsnvolvmno d abordagns alrnavas, as como as d cunho knsana-sruuralsa /ou no-shumrana, nr ouras. Uma das rmras abordagns alrnavas surg com os rornos crscns d scala. Sua ncororação às dscussõs sobr crscmno conômco fo fa orgnalmn or Kaldor (966, sndo qu a xsênca dsss orna-s fundamnal ara a xlcação dos dfrncas das axas d crscmno nr aíss. Mas scfcamn, o modlo Kaldorano suõ o rocsso d crscmno como rsulado da nração nr o sor ndusral, qu sá submdo a rornos crscns d scala, um sor arasado, submdo a rornos dcrscns d scala m função do xcsso d força d rabalho xsn nss sor. Á mdda qu o sor ndusral aumna sua rodução a roduvdad do rabalho ambém aumna dvdo aos rornos crscns, mlcando m um aumno no saláro ral do rabalhador. Ess aumno d saláro rá arar mão-d-obra do sor arasado, o qu acarrará m um aumno da sua roduvdad dvdo à rdução do xcsso d ofra d rabalho. Assocado a ss fao, o aumno do soqu d rabalhadors no sor ndusral, rcbndo saláros maors, rovoca aumnos na dmanda, o qu causará novos aumnos na rodução, rncando assm o rocsso d crscmno. Dssa forma, o crscmno conômco dos aíss é ldrado or um conjuno d nraçõs nos quas o sor ndusral caracrza-s como o moor do crscmno, os a xansão da dmanda nss sor consgu nduzr o aumno da roduvdad m odos os sors da conoma. (McComb & Thrlwall, 994 Ess rocsso d conínua mgração d mão-d-obra do sor arasado ara o sor ndusral é rsonsávl la formação do mrcado nrno d um aís, conjunamn com o nvsmno, consu-s no rncal comonn da dmanda nos ságos nrmdáros d dsnvolvmno, sgundo Kaldor (966. Quando um aís sgoa as ossbldads d xansão da dmanda va aumno do su mrcado nrno, as xoraçõs ornam-s o rncal comonn d xansão da dmanda, consqünmn, o dsmnho d um aís no comérco nrnaconal é fundamnal ara susnar axas d crscmno lvadas. Essa ênfas d Kaldor na volução das xoraçõs como o rncal comonn da dmanda fnal lvou os dmas auors a formalzarm mamacamn as déas Kaldoranas ulzando-s da hós do crscmno ldrado las xoraçõs qu odos os dmas comonns da dmanda, quando comarados às xoraçõs, ossum um maco quno sobr a axa d crscmno da conoma (Dxon & Thrlwall, 975. Para susnar al hós, sss auors ulzam o mullcador do comérco nrnaconal d Harrod, cuja dmonsração conduz à conclusão d qu a axa d crscmno da conoma é drmnada la axa d crscmno das xoraçõs la lascdad-rnda da dmanda or xoraçõs. (Olvra, Jam Jr. Lmos, 006 6

Nssa rscva, a nrração orgnalmn dsnvolvda or Thrlwall (979 mosra qu o crscmno conômco d longo razo od sr xlcado las condçõs d dmanda qu drmnam uma rsrção xrna ao crscmno - nnhum aís od crscr no longo razo a uma axa suror aqula qu qulbra o su balanço d agamnos - or qusõs sruuras, qu s rflm nas lascdads rnda da dmanda or moraçõs xoraçõs, rsonsávs la dfnção dsa axa d crscmno. Essas qusõs sruuras são assocadas, m grand mdda, ao rogrsso cnológco a forma como ocorr a nsrção xrna dos aíss, como nas nrraçõs calnas d Prsbsh (000a, 000b Fanzlbr (993, 000 ou na abordagm no-shumrana. Admr, assm, qu as condçõs d dmanda drmnam uma rsrção xrna ao crscmno rssuõm admr qu a ulzação dos rcursos roduvos da conoma são fundamnalmn drmnados la dmanda agrgada. Não xs, nss caso, um qulíbro drmnado la ofra, uma vz qu a mra xansão do roduo não s arsna como condção sufcn ara garanr o crscmno do roduo, ndo m vsa qu os rfrdos rcursos odm rmancr ocosos ou srm subulzados las condçõs d dmanda. Além dsso, sgnfca rconhcr o carár ssncalmn ndógno do roduo oncal da conoma, d al forma qu a qu a róra volução dos rcursos roduvos ao longo do mo assa a sr sgnfcavamn nfluncado lo crscmno da dmanda. A sgur, faz-s uma rvsão mas dalhada d alguns dsss onos... Modlos com Rsrção Exrna ao Crscmno: o roblma das lascdads A déa cnral do modlo d Thrlwall (979 é qu, s um aís m roblmas no Balanço d Pagamnos ans do uso lno da caacdad d curo razo, não l m qu conr a dmanda d forma qu a ofra od vr a sr nunca lnamn ulzada. A connção da dmanda dsncoraja o nvsmno a axa d rogrsso cnológco, orando a aravdad do bm domésco, o qu aua no sndo d acnuar a rsrção do Balanço d agamnos. O modlo orgnal od sr dscro las sguns quaçõs; P X = P M E (Equlíbro da Balança Comrcal ( d f f φ Pd Y M = ( P E (Função Dmanda or Imoraçõs ( η δ ε ( P E P Z X = (Função Dmanda or Exoraçõs (3 d f ond é nomnal, Pd o rço domésco, X são as xoraçõs, P f é o rço xrno, E é a axa d câmbo M são as moraçõs, Y é a rnda nrna, é a lascdad rço das moraçõs; φ é a lascdad rço cruzada; é a lascdad rnda das moraçõs, η é a lascdad rço das xoraçõs, δ é a lascdad rço cruzada, ε é a lascdad rnda das xoraçõs xrna. Z é a rnda 7

Rscrvndo as quaçõs m rmos d axa d crscmno fazndo algumas manulaçõs algébrcas, é ossívl rsolvr ara a axa d crscmno da rnda domésca comaívl com o qulíbro no Balanço d Pagamnos, B ; = ( η φ ( δ ( η ( z ] (4 B [ d f Admndo a hós d qu a lascdad rço da dmanda or moraçõs xoraçõs é gual a sua lascdad rço cruzada, ou sja, = φ η = δ, qu no longo razo val a Pardad do Podr d Comra (PPP, od-s smlfcar a quação anror obr a dnomnada L d Thrlwall: = (5 B x ou sja, a axa d crscmno comaívl com o qulíbro do balanço d agamnos é gual à razão do crscmno das xoraçõs, dvddo la lascdad rnda das moraçõs. Posrormn, Thrlwall & Hussn (98 sndram o modlo orgnal com o objvo d ncororar o fluxo d caas, ndo m vsa qu na vrsão orgnal o balanço d agamnos fo aroxmado lo rsulado da balança comrcal. A déa ncororada é d qu não há roblma d um aís ncorrr m défcs comrcas, dsd qu l consga fnancar s défc com nfluxo d caas. Ns sndo, o nfluxo d caas od rrsnar um alívo qu rm susnar uma axa d crscmno lvada. Formalmn, no modlo d Thrlwall & Hussn (98 rscrv a condção d qulíbro da BP como; P X C = P M E (6 d f ond C é o valor do fluxo d caas mddo m rmos d moda domésca. Assm, C > 0 md o nfluxo d caas C < 0 a saída d caas. Rscrvndo sa quação (9 m rmos d axa d crscmno, subsundo as funçõs dmanda or moraçõs xoraçõs admndo uma condção ncal d dsqulíbro comrcal, obêm-s a axa d crscmno com qulíbro do BP; B = [(( E R η ( ( ( E R ( z ( C R( c ] (7 d f d f d O rmro rmo do lado dro dssa quação mosra o fo volum d uma mudança nos rços rlavos sobr o crscmno da rnda ral a arr da rsrção da BP; o sgundo rmo rrsna o fo dos rmos d roca; o rcro o fo d mudanças xógnas na rnda xrna Esa alração é fundamnal uma vz qu, rncalmn aós o ríodo d dsrgulamnação dos fluxos d caas nrnaconas ncado na década d 80, as fluxos muas vzs suram m morânca as ransaçõs d mrcadoras, além d rm s mosrado fon do for aumno nas volaldads d axas d câmbo juros, la sua ala volaldad. 8

sobr o crscmno o úlmo rmo rrsna o fo da axa d crscmno do fluxo ral d caas. Consdrando váldo a PPP, a quação od sr rscra como; B = E R ( z ( C R( c ] (8 [( d O crscmno da conoma conssn com o qulíbro do balanço d agamnos é, não, dfndo or um quocn ond o numrador é uma soma ondrada do crscmno do volum das xoraçõs dos nfluxos d caal m rmos ras o dnomnador é a lascdad rnda da dmanda or moraçõs. Em rmos gras, a axa d crscmno d qulíbro é aqula qu garan qu moralmn a soma dos valors crdados dbados no balanço d agamnos sja gual a zro. Uma rdção cnral dss modlo é qu o acsso ao caal nrnaconal od ossblar um crscmno conômco d longo razo suror ao aamar orgnalmn rvso lo modlo d Thrlwall (979. Embora ncoror fluxos d caal, ssa vrsão não lva m cona o ndvdamno xrno acumulado sob o qual nsd o srvço d juros, o qu sgnfca qu sa rsrção conábl é nsufcn ara garanr qu a volução do fluxo d caas gr um adrão d ndvdamno xrno susnávl no longo razo. Assm, as váras mlcaçõs dss ndvdamno xrno, ncalmn consdradas m McComb & Thrlwall (997, rcbm um raamno mas comlo m Morno-Brd (998-99, no qual a axa d crscmno comaívl com o qulíbro xrno é drvada a arr d uma rsrção xrna qu ncorora uma rlação sávl nr a dívda xrna o roduo. Mas scfcamn, Morno-Brd (998-99 chamam a anção ara o fao d qu m algum momno, no longo razo, srá ncssáro grar suráv na balança comrcal ara agar o srvço do ndvdamno xrno. Para ano, o auor ncorora uma rsrção xrna modfcada, ond a axa d crscmno conômco comaívl com o qulíbro com o balanço d agamnos lva m consdração a ncssdad d manr uma rlação sávl nr o ndvdamno xrno o PIB. Rdfn-s, não, a noção d qulíbro da BP. Esa é da agora como uma rlação consan nr défc m cona corrn a rnda domésca. Admndo qu a axa d câmbo nomnal é gual a undad, m-s qu; B = ( m x = ( M X Y (9 f d ond B é dfndo como a rlação ncal ara o défc m cona corrn rlavo a rnda domésca. Tomando o dfrncal m ambos os lados dssa xrssão gualando a zro, od-s scfcar o qulíbro d longo razo da BP como ; [ µ dm m ( µ dx x ( dd d d ] db = 0 = µ (0 d Tom o dfrncal d ambos os lados da quação (9 gual a zro. Dfna, = m ( m x > d f f µ como a rlação nr moraçõs o défc m cona corrn mddo m rços nomnas. S B 0, od-s dvdr ambos da quação rsulan or B = ( M X Y, al qu o rsulado srá dado or (0. f f d 9

O modlo rvsado conss, orano nas quaçõs (, (3 (0. A quação (0 é a condção d qulíbro ara a BP (assumndo B 0. A solução dss ssma d quaçõs fornc a axa d crscmno da rnda domésca comaívl com a rsrção na BP, B : {( εdz z [ µ ( η η]( d d } µ d d f f = µ ( B Mullcando o numrador o dnomnador dsa quação or ( µ, dfnndo θ = x m lmbrando qu µ = θ, a quação (6 od sr rscra como; d f [ θ ε dz z ( θη ( d d ] [ ( θ ] ( B = d d f f ond assum-s qu ( θ 0. Comarando as axas d crscmno xrssas or (8 ( é ossívl obsrvar qu lo fao d o fluxo d caal xrno movr-s no longo razo m conjuno com a rnda domésca, alrou-s os mullcadors da rnda dos rmos d roca da rnda xrna or um faor gual a ( θ. A qusão é sabr s sss mullcadors são agora maors ou mnors qu no modlo d Thrlwall & Hussn (98 3. A conclusão d Morno-Brd (998-99 é d qu > ( θ, d al forma qu a axa d crscmno d longo razo da conoma va sr globalmn sávl os mullcadors do crscmno da rnda mundal sobr o crscmno da rnda domésca vão sr (como srado osvos. Ns caso, o Balanço d Pagamnos va agr como uma rsrção ava sobr a xansão da conoma, uma vz qu qualqur crscmno da rnda domésca srá smr acomanhada lo crscmno do défc m cona corrn como roorção da rnda (domésca, não, havrá uma rssão adconal sobr os rqurmnos d fnancamno da BP. O roblma dssa abordagm é qu la ncorr m duas lmaçõs: m rmro lugar, sua axa d crscmno d qulíbro não é ncssaramn sávl, uma vz qu a sabldad é rsra ao caso m qu a lascdad rnda da dmanda or moraçõs é gual a undad, suação ouco rovávl m s raando d qunas conomas abras. A oncal nsabldad do ssma dcorr do fao d qu a razão xoraçõs/moraçõs, consdrada anrormn como um arâmro, é na raldad uma varávl dndn da axa d crscmno da conoma. Em sgundo lugar, o modlo não faz dsnção ncssára nr a moração d bns srvços d não-faors o agamno d juros m sua análs rlava à acumulação d dívda xrna. Ao rabalhar com ssas lmaçõs, Barbosa-Flho (00 dmonsra qu a rsrção mosa or Morno-Brd é uma condção ncssára mbora não sufcn ara assgurar um comoramno não-xlosvo do ndvdamno xrno. Admas, o auor dsnvolv um modlo no qual a axa ral d câmbo, assm como a axa d crscmno da rnda, é uma varávl d ajus das conas xrnas. 3 Exsm rês ossbldads: rmra, s a conoma ncalmn rgsra um suráv m cona corrn, não os mullcadors d longo razo srão mnors do qu no modlo d Thrlwall & Hussn (98; sgundo, s a conoma ar d um défc ncal osvo, não os mullcadors vão sr maors;, no rcro caso, a conoma sa m défc ngavo, d al forma qu os mullcadors srão ngavos. Ess úlmo rsulado va conra o snso comum a vdênca mírca. 0

Nssa análs, o govrno conduz a olíca macroconômca (monára fscal d modo qu as rajóras do câmbo da rnda sjam conssns com o saldo comrcal ncssáro ara garanr a sabldad do ndvdamno xrno no aamar rmdo los mrcados nrnaconas d crédo. Formalmn, aós algumas manulaçõs algébrcas, o auor obém o lócus dos onos ( r, ara os quas a razão moração xoração são sávs, so é; = [( φ /( ]r (3 = δ r ε z (4 Rsolvndo ssas quaçõs ara r ; ( φ ε = z φ δ δ (5 ( ε r = z φ δ δ (6 A sgur, admndo uma rlação sávl nr dívda xrna rnda como sndo a dfnção ara uma susnávl acumulação da dvda xrna, qu o aís domésco é o dvdor líqudo qu o fluxo d caas nvolv somn juros obrgaçõs, m-s; Pd X EPf M ( f σ ED EF = 0 (7 ond D é a dvda xrna líquda do aís domésco, F é o nfluxo d caas xrnos no aís domésco, ambos, m moda domésca. Normalzando (7 la rnda domésca; x m ( f σ d f = 0 (8 Dado a rlação consan nr nfluxo d caal rnda, sa quação mlca qu x, m a razão qu rrsna o débo (d dvm sr sávs. Logo, usando o fao d qu o nfluxo d caas xrnos é gual à mudança na dívda xrna ( F = dd d, m-s; dd d = m x ( σ d (9 f d Por fm, subsundo (5 (6 m (9; dd d φ = m x f σ f δ z d φ δ δ (0

, não, a condção d sabldad ara d rqur qu; φ δ > φ δ δ f σ z f ( A nução conômca ara s rsulado é qu dados os arâmros d roca, a sabldad fnancra nrnaconal do aís domésco dnd do su crscmno, do su rêmo d rsco da axa d juros do aís srangro. Nss caso, s sablc a conxão nr os arâmros d roca, o crscmno xrno, a axa d juros xrna as rlaçõs comrcas na drmnação da acumulação d dívda xrna susnávl. Ou anda, drmnam-s as rajóras do câmbo da rnda qu são conssns com o saldo comrcal ncssáro ara garanr a sabldad do ndvdamno xrno no aamar rmdo los mrcados nrnaconas d crédo. Obsrva-s, assm, qu nos modlos d crscmno com rsrção xrna, a axa d crscmno d longo razo comaívl com o qulíbro do Balanço d agamnos dnd, nvaravlmn, das lascdads rnda da dmanda or moraçõs xoraçõs, ambém, d faors como os rmos d roca o fluxo d caas, nr ouros. Nss sndo, xs uma sér d ouros rabalhos, ano órcos como mírcos, qu xloram dfrns onos dnro dssa abordagm 4. Por xmlo, lo lado órco, Ello Rhodd (999 ncororam o ndvdamno xrno su srvço ao modlo laborado m Thrlwall Hussan (98, nquano Morno-Brd (003 ncorora o srvço d juros da dívda xrna. Plo lado mírco, ssa abordagm m sdo valdada or uma vardad d vdêncas ara dvrsos aíss 5. Enr os sudos mírcos sobr o Brasl, ou qu nclum o Brasl m sua amosra, êm-s os rabalhos d Thrlwall Hussan (98, Loz Cruz (000, Bérola, Hgach Porcl (00, Jam Jr. (003, Holland, Vra Canuo (004, Nakabash (006, Sanos, Lma Carvalho (005 Vra Holland (006. Em gral, sss sudos ndcam qu a abordagm do crscmno sob rsrção xrna na radção d Thrlwall é valdada ara o caso braslro. Não obsan, o moran a sr dsacado é qu xs uma lacuna m rmos órcos dnro dssa lraura no qu ang a xlcação do orqu aíss ndusralzados ossum dfrnças sgnfcavas m suas lascdads 6. Nss caso, argumna-s qu os nsghs da ora noshumrana são morans conrbuçõs caazs d surr sa lacuna, sobrudo, a arr da análs do al do Ssma Naconal d Inovaçõs. Mas arcularmn, o qu a ora da rsrção xrna advoga é qu dfrnças d lascdads advêm d dfrnças sruuras nrns a cada conoma. O qu a ora no-shumrana faz é jusamn xlcar orqu as conomas são sruuralmn dfrns, rncalmn a arr da análs da rajóra do rogrsso cnológco sguda dsnvolvda los aíss. Nss sndo, a sgur faz-s uma brv arsnação dsss 4 Em um adrão róxmo ao d lvro-xo, McComb Thrlwall (994 roram comnam o sado das ars no níco da década d 990 do dba órco-formal mírco acrca da abordagm do crscmno sob rsrção xrna d Thrlwall. (Carvalho &Lma, 009 5 Um rsumo dsas conrbuçõs mírcas ara dvrsos aíss od sr nconrado m McComb (989, 997. 6 Os auors frqünmn rfrm-s aos rabalhos d Prsbch (000a, 000b como rfrênca ara as xlcaçõs do orqu as lascdads rndas dfrm nr os aíss. No nano, como obsrvado or Rznd Torrs (008, as xlcaçõs ara sas dfrnças corrsondm a uma rlação qu nvolv conomas agráras ou rfércas ndusras ou cnras.

argumnos no nuo d dsnvolvr mlhor s ono dmonsrar como as duas abordagns odm sr ngradas d forma a roorconar uma xlcação mas cosa d como ocorr o rocsso d crscmno conômco... Tora No-Shumrana: a hós d cachng u o Ssma Naconal d Inovaçõs A hós d cachng u (Abramovz, 986, cuja orgm órca rmona aos argumnos d Schumr (933, 943, adm qu o rogrsso cnológco d um aís dcorr da nração nr dos os d frmas: as frmas novadoras, rsonsávs la nrodução d novaçõs cnológcas na conoma as frmas madoras, rsonsávs la dfusão das novaçõs or odo o ssma conômco a arr d suas avdads d mação cnológca. Mas scfcamn, os modlos d cachng u drvam d uma xnsão do argumno schumrano ara a dfusão do rogrsso cnológco mundal. Conform sss modlos, os aíss odm sr dvddos m dos gruos: o rmro gruo são os aíss lídrs, rsonsávs los dslocamnos na fronra d conhcmno cnífco orano rsonsávs las rncas novaçõs cnológcas mundas. O sgundo gruo são os aíss sgudors, qu não ossum nfra-sruura cnífca ara dslocar a fronra d conhcmno, mas qu odm alavancar su rogrsso cnológco a arr d duas fons. Uma dlas, qu sá cnrada na dfusão nrnaconal d cnologa, é absorvr as novaçõs dsnvolvdas nos aíss lídrs aravés da mação cnológca, a sgunda é dsnvolvr novaçõs a arr dos avanços cnífcos ralzados los aíss lídrs, o qu caracrzara janlas d oorundad. (Olvra, Jam Jr. Lmos, 006 A qusão fundamnal ara os aíss sgudors é qu ambas as ossbldads d rogrsso cnológco nvolvm cusos rlavos mnors do qu os cusos do aís lídr rlaconados ao rocsso d novação (Prz & So, 988. S os sgudors consgurm absorvr d manra fcn as novas cnologas, xs a ossbldad d qu ls ossam susnar uma axa d crscmno da roduvdad do rabalho (rox ara o rogrsso cnológco acma das axas dos aíss lídrs. Assm, a ssênca da hós d cachng u é a sgun (Fagrbrg, 988a, 988b: quano maor o hao cnológco nr os aíss lídrs sgudors, maor é o oncal d rogrsso cnológco do sgudor, dsd qu l nha caacação socal ncssára ara arcar do rocsso d dfusão nrnaconal d cnologas dsnvolvdas lo aís lídr (Abramovz, 986. Ao absorvrm cnologas d ouros aíss d manra fcn, a axa d alcanc (cach u cnológco dos aíss arasados srá ano maor quano mas dsans svrm dos aíss avançados. Dssa forma o rocsso d cachng u ocorr quando um aís sgudor consgu susnar ao longo do mo um rogrsso cnológco suror ao dos aíss lídrs m função d uma sgnfcava fcênca na absorção cnológca. No nano, o araso cnológco não é condção sufcn ara qu ocorra o rocsso d cachng u. É ncssáro qu o aís arasado arsn uma sér d caracríscas sócoconômcas qu lh rmam obr as vanagns do araso. Essas caracríscas s rlaconam à nfra-sruura cnífca ducaconal do aís, à magnud dos gasos m P&D, à qualfcação da força d rabalho, nr ouras. Tas caracríscas consum os Ssmas Naconas d Inovação (SNI (Frman,995; Nlson, 993, um aís rá mas chancs d ralzar o cachng u quano mas su SNI ossur caracríscas smlhans ao dos aíss maduros (Albuqurqu, 999. 3

O conco d Ssma Naconal d Inovaçõs (SI fo consruído la lraura voluconára od sr assm dfndo: Traa-s d uma consrução nsuconal qu mulsona o rogrsso cnológco (... aravés da consrução d um ssma naconal d novaçõs, vablza-s a ralzação d fluxos d nformação conhcmno cnífco cnológco ncssáros ao rocsso d novação. Esss arranjos nsuconas nvolvm frmas, rds d nração nr mrsas, agêncas govrnamnas, unvrsdads, nsuos d squsa laboraóro d mrsas, bm como a avdad d cnsas ngnhros: arranjos nsuconas qu s arculam com o ssma ducaconal, com o sor ndusral mrsaral com as nsuçõs fnancras, comondo o crcuo dos agns qu são rsonsávs la gração, mlmnação dfusão das novaçõs cnológcas. (Albuqurqu, 996,. 8 Grfo nosso. Em rmro lugar, o qu dv sr dsacado é o carár áco local da cnologa qu sa mlíco ns conco. Mas scfcamn, a déa d qu o SI dv sr consruído d qu não od sr smlsmn morado. Isso sgnfca qu o rocsso d globalzação, or um lado, não homognza o rogrsso écnco, or ouro, qu o carár local nsuconal da cnologa rssuõm qu cada conoma sja caaz d dsnvolvr o su SI, d forma a crar as ré-condçõs ara a ralzação das avdads novavas. D acordo com Frman (004, msmo com o arofundamno do rocsso d ngração globalzação dos mrcados das avdads roduvas, o SI rmanc sndo fundamnal ara o dsnvolvmno a dfusão do rogrsso écnco, sndo qu aíss com SI mas dsnvolvdos rão maors condçõs d dsnvolvr avdads novavas, o qu, consqünmn s raduzrá m maor comvdad. Em sgundo lugar, dv sr dsacado a não-lnardad a nsabldad das mudanças cnológcas como fons da vardad comlxdad da dnâmca conômca, ao conráro da ora mansram qu busca nndê-las como fnômnos ransóros rurbadors. Para o nsamno no-shumrano, a mudança conômca é um rocsso rrvrsívl m qu o mo a dnâmca comlxa dsmnham um al fundamnal. Sndo assm, o conco d SI od sr nnddo como uma consrução nsuconal qu mulsona o rogrsso écnco m conomas caalsas comlxas, sja roduo d uma ação lanjada conscn, sja d um somaóro d dcsõs não lanjadas dsarculadas (Frman, 988; Nlson, 993. Em rcro lugar, cumr obsrvar qu dan ds arranjo nsuconal, o fluxo d nformaçõs mrscndívl ara a novação cnológca assa a sr amlamn dfunddo. Nss sndo, há vdêncas mírcas qu sugrm qu a dnâmca da novação, bas do rocsso d ransformação conômca, dnd não só dos rcursos dsnados ara s fm, mas, sobrudo, do rocsso d arndzagm (qu é cumulavo, ssêmco dossncráco da dfusão da cnologa. A bas d arndzagm sá no conhcmno classfcado como unvrsal ou scífco, arculado ou áco úblco ou rvado (Dos, 988. Porano, o carár cnral adqurdo lo conhcmno, la arndzagm la dfusão ara a dnâmca da novação sá dramn vnculada ao dsmnho das nsuçõs rsns nas conomas naconas modrnas. As nsuçõs, or sua vz, romovm a rrodução, rgulam coordnam as condçõs ara a nração dos agns organzaçõs nas quas é ossívl dsnvolvr rocssos d arndzagm ransformá-los m 4

avdads novadoras. Sgundo Frman (995, a dfusão dos ascos ssêmcos das novaçõs conrbu ara ganhos d roduvdad. Nas alavras do auor: No onl wr nr-frm rlaonshs shown o b of crcal moranc, bu h xrnal lnkags whn h narrowr rofssonal scnc-chnolog ssm wr also shown o b dcsv for nnovav succss wh radcal nnovaons. Fnall, rsarch on dffuson rvald mor and mor ha h ssmc ascs of nnovaon wr ncrasngl nflunal n drmnng boh h ra of dffuson and h roducv gans assocad wh an arcular dffuson rocss. Th succss of an scfc chncal nnovaon, such as robos or CNC, dndd on ohr rlad changs n ssms of roducon (Frman, 995... Dan dssa análs é ossívl argumnar qu quano mas dsnvolvdo é o SI d um aís, maor o rogrsso cnológco mas lvado são os ganhos d comvdad dsa conoma. Ns conxo, as dfrnças d roduvdad nr os város agns conômcos a vdênca do aclrado rogrsso das novaçõs cnológcas d novos roduos êm sdo a rocuação básca ara os órcos do crscmno dnro dssa abordagm. A arr da arsnação dsss concos é ossívl mosrar um dos lnks nr a abordagm da rsrção xrna ao crscmno o scola no-shumrana. Os aíss qu ossum um ssma naconal d novaçõs não maduro, qu são m sua grand maora aíss m dsnvolvmno, ossum rcorrns dsqulíbros na balança comrcal advndos sobrudo da baxa comvdad dos sus roduos no mrcado nrnaconal. Essa baxa comvdad, qu s raduz na lascdad rnda da dmanda or xoraçõs mnor do qu a lascdad rnda da dmanda or moraçõs, advém d qusõs sruuras lgadas ao arcabouço nsuconal, orano, ao conúdo cnológco ncororado aos roduos doméscos dsnados ao mrcado nrno xrno. Mas scfcamn, como o SI nsss aíss é não maduro, o rogrsso cnológco fca comromdo a avdad novava orna-s dfcára, d al forma qu quando a axa d crscmno é gual ou suror à axa d crscmno da rnda mundal surgm nssas conomas défcs m cona corrn aumno dos sus assvos xrnos líqudos, o qu, or sua vz, dflagra a rsrção xrna ao su crscmno. Sgundo Rsnd & Torrs (008 Jam Júnor & Rsnd (009, as dfrnças d dsnvolvmno do SI das conomas s raduz m cnologas assmércas nr um bloco d aíss dsnvolvdos d aíss m dsnvolvmno, o qu gra ara ss úlmos uma baxa comvdad m rlação aos rmros, fao s qu lma a nsrção dssas conomas no cnáro do comérco mundal. Dssa forma, a chav ara o rommno dsa rsrção ao crscmno conômco é uma mudança no adrão d scalzação das xoraçõs, ns caso m drção a roduos com maor la conúdo cnológco. Em síns, o rogrsso cnológco dnd do dsnvolvmno do Ssma Naconal d Inovaçõs 7. Mas scfcamn, o maor dsnvolvmno do SI rm a volução da mudança écnca, qu or sua vz s rfl m mudanças nas lascdads rnda (maor lascdad rnda da dmanda or xoraçõs mnor lascdad rnda da dmanda or moraçõs, rmndo o 7 A nração múua nr o dsnvolvmno do SNI o rogrsso écnco d um aís sá sudada, or xmlo, m Brnards Albuqurqu (003. 5

rlaxamno da rsrção xrna, orano, um crscmno conômco d longo razo mas lvado. Esablc, assm, o lnk nr a ora no-shumrana a ora da rsrção xrna ao crscmno, o rocsso d crscmno conômco assa a sr nnddo a arr da nração d faors ras, monáros fnancros. A análs a sr dsnvolvda ncorora ss argumnos, scalmn quando da suõ-s qu o rogrsso écnco (ndógno alra as lascdads. Admas, a abordagm avança m rlação à lraura ao mosrar como as varaçõs no câmbo odm afar o rogrsso cnológco, consqünmn, rocar o rlaxamno da rsrção xrna. Sgundo rsulados d McComb & Thrlwall (994, as mudanças nos rços rlavos lvam a conclur qu há ralmn um fo sobr os rços dos roduos comrcalzados va câmbo. No nano, o maco ral dssa droração, ara sss auors, é quno. Rssal-s qu s rsulado, assm como a hós d valdad da PPP - qu xclu da análs o al do câmbo nos modlos qu sgu a sruura a la Thrwall (979 - gnora os fos osvos do câmbo sobr varávs fundamnas ara o crscmno, na mdda m qu consdra anas os sus fos dros. Como srá mosrado, dado qu varaçõs na olíca cambal alram a dsrbução funconal da rnda, com sso, a dcsão lanjada dos gasos m novação das mrsas, a condução dssa olíca assum moran al d longo razo, os rm mudanças sruuras na conoma (mudança nas lascdads. Sndo assm, a manunção d um câmbo dsvalorzado, ao smular o rogrsso écnco m aíss m dsnvolvmno, rm avançar na ndusralzação ara sors mas comlxos d maor conúdo cnológco, o qu aua no sndo d rlaxar a rsrção xrna ou d dmnur a ransfrênca d rnda ara o xror. 3. A RELAÇÃO ENTRE CÂMBIO REAL, DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA RENDA E TECNOLOGIA Incalmn, suõ-s uma quna conoma m dsnvolvmno abra comosa or rês sors qu auam m um ambn d concorrênca mrfa. Ess sors odm sr dnfcados como: sor d bns radabls, volado xclusvamn ara o mrcado nrnaconal; sor d non-radabls, mas qu s ulza d nsumos radabls; sor non-radabls. O rço m cada um dsss sors é dado la sgun rgra d mark u; = ( m w a ( ond é o nívl d rços do sor ; m o nívl d mark u do sor ; a = a roduvdad do rabalho; w o saláro nomnal. Para o sor d non-radabls, o nívl d rços nomnal da roduvdad, odos consans no curo razo. n dndrá do mark u, do saláro = ( m w a (3 n n / 6

Por ouro lado, os rços ara o sor d radabls são ndógnos drmnados lo câmbo nomnal ( los rços m dólars : = ( m w a (4 = (5 Sgundo o msmo racocíno, o rço ara o sor d non-radabls qu ulza nsumos radabls é dado or; = ( m [ w ( ( * ns ] (6 m qu rrsna o arâmro d ondração, ns, os nsumos morados. Rarranjando as quaçõs (4, (5 (6 é ossívl mosrar qu o fo d uma dsvalorzação cambal (aumno d sobr lucro (va rços srá osvo ara o sor d bns radabls ngava ara o sor d bns non-radabls qu ulza nsumos morados. Assm, o fo oal d uma dsvalorzação sobr o mark u agrgado dndrá do amanho rlavo d cada sor. S o sor d bns radabls for maor qu o sor d bns non-radabls qu usa nsumos morados, o fo d uma dsvalorzação srá osvo sobr o mark u oal da conoma. As quaçõs (7, (8 (9 mosram o qu ocorr com o nívl d rços, saláro ral câmbo ral dada uma dsvalorzação cambal. Ns caso, como o índc d rços é comoso d rços dos bns radabls non-radabls, a varação srada aumna o nívl d rços, consqunmn, rduz o saláro ral. O câmbo ral (θ, or sua vz, drca-s na mdda m qu o câmbo nomnal sob mas do qu o aumno no nívl gral d rços (sso orqu o índc gral d rços dnd dos rços não radabls. = α ( α n w = w ( α ( α n θ = / (9 (7 (8 Além dsso, a conoma é comosa or duas classs socas: rabalhadors caalsas. Os rabalhadors ofram mão d obra rcbm anas saláros, com o númro d rabalhadors oncas crscndo à axa xógna n. Adm-s, anda, qu os rabalhadors consomm oda a sua rnda qu os caalsas ouam uma fração da msma. Nss sndo, dfn-s a ouança agrgada como dndndo d uma arcla fxa S do lucro dos caalsas, al como rrsnado na quação (30. ( R Y ( Y Y (30 S = sr = s Y ond R é a rnda dos caalsas Y o roduo oncal. 7

O comoramno da ouança sobr dfrns classs socas m uma longa radção od sr nconrada m Kalck (97, nos órcos do crscmno d Cambrdg (Kaldor, 955-56; Pasn, 96 nos macroconomsas sruuralsas (Talor, 983 990. z = Y Y Dfnndo h = R Y como a fração da rnda dos caalsas m rlação à rnda oal como o nívl d ulzação da caacdad nsalada, a quação (30 od sr rscra como: S = shz, com 0 < h <, 0 < z < (3 Por fm, dfnndo-s W Y como a arcação dos rabalhadors na rnda, N como o númro d rabalhadors mrgados, b = N Y m como sndo o lucro margnal como rcnagm do mark u sobr o cuso unáro do rabalho, é ossívl mosrar o conflo dsrbuvo o fo d uma dsvalorzação cambal; W Y = wn Y = * w = ( m (arcação dos saláros na rnda a h = R Y = ( Y wn Y = W Y = m m (arcação dos lucros na rnda O fo da dsvalorzação cambal sobr o lucro ocorr não, nuvamn, a arr d uma rdução no saláro ral 8. Ns caso, * a w = W P W P = h O rsulado sobr a conoma dssa mudança na arcação rlava d cada gruo na rnda dnd dos fos sobr a dmanda agrgada, sobrudo, das varaçõs dos fos do aumno das margns d lucro na função nvsmno (uma vz qu o fo srado da rdução salaral é ngavo. A função nvsmno od sr rrsnada la axa d crscmno do soqu d caal. Como s suõ xcsso d caacdad, a qualzação x-os nr nvsmno dsjado ouança srá grada a arr do rncío da dmanda fva, la varação no grau d ulzação da caacdad roduva. Assm, no qulíbro d curo razo, varaçõs no grau d ulzação da caacdad roduva romovrão a gualdad nr nvsmno dsjado a axa d crscmno do soqu d caal. Porano, val a gualdad nr g = g d. Em rmos formas: I = I ( h, z = g = d g Os lanos d acumulação da mrsa odm sr rrsnados como; 8 Formalmn, é ossívl mosrar qu: h = wn Y = wn [ α ( α ] Y h = wnα [ α Y ( α ] > 0 n Y n 8

g d = I(, φ, (3 m qu rrsna a novação φ odos os dmas comonns (arcação dos lucros na rnda, nívl d ulzação da caacdad nsalada, nr ouros. O foco dsa análs rca sobr o comonn cnologa. Mas scfcamn, sgundo a lraura sruuralsa adoando a formalzação a la Lma (000, 004, adm-s qu; a b =,, b > 0 a (33 A jusfcava ara a não lnardad dsa função advém do fao d qu é razoávl suor qu, ara baxos (alos nívs da arcla salaral, a dsonbldad d fundos é ala (baxa, mas o ncnvo a novar m cnologa ouadora d mão-d-obra é rduzdo (lvado. A fgura squmaza s comoramno. 0 b a Fgura : Rlação nr Admndo qu a arcação dos saláros na rnda ara aíss m dsnvolvmno é maor (wag ld 9, bm como as dcsõs lanjadas dos gasos m novação das mrsas odm sr rrsnados como m (33, é fácl obsrvar qu uma dsvalorzação cambal ara ss aíss nduz o maor rogrsso cnológco (dslocamno do ono a ara o ono b na fgura 0. Subsundo a quação (33 m (3 m (3 é ossívl drmnar a axa d crscmno d ulzação da caacdad nsalada, osrormn, a axa d crscmno (dos lanos d acumulação d curo razo. Não obsan, rssala-s qu o ono a sr dsacado é o fo qu dsvalorzaçõs cambas m sobr o rogrsso cnológco d aíss m dsnvolvmno. Bascamn, o argumno é d qu uma dsvalorzação cambal, ao aumnar a arcação dos lucros na rnda, afa as dcsõs lanjadas dos gasos m novação das mrsas, na mdda m qu alra a dsonbldad d fundos ncssáros ao fnancamno dos nvsmnos da avdad novava. 9 Para rabalhos qu mosram qu a vdênca mírca rm caracrzar os aíss m dsnvolvmno como sndo wag ld vr, nr ouros, Onaran Sockhammr (005 Gouvêa Lbâno (007. 0 O argumno aqu é d qu as avdads novavas dndm fundamnalmn das margns d lucro. Ess argumno assmlha-s ao arsnado or Gala Mor (009,. 87: O fo mas for da arcação cambal nas cadas roduvas d bns comrcalzávs, ano agrícolas quano d bns ndusras, s faz snr rncalmn nas margns d lucro. A arcação cambal rrsna uma quda mdaa nnsa dos rços d vnda margns d lucro m oda a cada qu rabalha com rços nrnaconas, scalmn nos sors qu não êm odr d mrcado. A rdução d rço das maqunas quamnos morados dcorrn da arcação cambal sá long d comnsar a rdução nos lucros qu, baxos, não smulam o nvsmno. 9

4. PROGRESSO TECNOLÓGICO, ENDOGENEIDADE DAS ELASTICIDADES E COMÉRCIO INTERNACIONAL Uma das conclusõs dos modlos d crscmno com rsrção xrna é d qu xs um quno grau d lbrdad ara os aíss rsgurm olícas qu aumnam suas axas ndvduas d crscmno. Nss sndo, a dsvalorzação cambal é nócua no longo razo, or não afar os comonns rncas drmnans do crscmno (quas sjam, as lascdads rnda; ou sja, na maora dos modlos adm-s qu val a PPP (assm a olíca cambal dxa d r nfluênca sobr o crscmno. Enrano, s rsulado advém do fao d grand ar dsa lraura gnora os fos qu as varaçõs na olíca cambal êm sobr a róra sruura roduva da conoma. Val dzr, gnoram-s os fos do câmbo sobr as lascdads rnda da dmanda or moraçõs xoraçõs, uma vz qu adm-s qu sas dndm xclusvamn d varávs ras, como a doação d faors o rogrsso cnológco, nr ouras. Em ouros rmos, chama-s anção ara o fao d qu são ncns as análss qu buscam drmnar como varaçõs na olíca cambal odm drmnar mudanças sruuras nas conomas (mudanças nas lascdads. Nss sndo, o lnk nr câmbo as lascdad maném-s ouco xlorado carc d maors análss. Ora, é jusamn sa lacuna qu o rabalho roõm-s xlorar ao ndognzar o rogrsso cnológco orano as lascdads ao mosrar como sso afa a axa d crscmno dos aíss m dsnvolvmno m um conxo nrnaconal. A subsção a sgur arsna o modlo ara o caso ond as dsvalorzaçõs não afam as lascdads ara, na sção osror, nroduzr o argumno dfnddo ao longo ds rabalho (d ndogndad das lascdads com rlação a axa d câmbo. 4.. Crscmno Comérco Inrnaconal Por convnênca, vamos dvdr os aíss m duas cagoras: o gruo conss naquls aíss qu são crscndo abaxo do su oncal máxmo são rsros a r um crscmno maor or roblmas no Balanço d Pagamnos (aíss m dsnvolvmno. O gruo são aquls aíss qu são rsros olcamn ou la dsonbldad d rcursos, assm, ls são ncaazs ou não dsjam aumnar suas axas d crscmno (aíss dsnvolvdos. O nívl d rnda ral dos dos gruos (mddos m rmos monáros do gruo od sr xrsso m rmos da sgun dndad Knsana ; Y Y ( EP ( P C I G X M P = (34 C I G X M EP = (35 O qu dfrnca os aíss nr dsnvolvdos m dsnvolvmno é o dndênca do rogrsso écnco à varaçõs na olíca cambal. Para os rmros, ssa dndênca é nula, nquano qu ara os dmas não. Isso srá xlcado na sção sgun. A sruura do modlo sgu McComb (993 0

As sguns rlaçõs são assumdas como s manndo ara cada gruo: C T _ = C δ ( Y T (36 Y = τ (37 I I µ Y = _ (38 G G ξy = _ (39 Em ouros rmos, o nívl d gaso auônomo agrgado od sr dnfcado como: A _ = (40 C I G Da msma forma, a soma dos gasos nduzdos od sr drmnada como: B = [ δ ( τ µ ξ ] (4 Y Por ouro lado, as funçõs dmandas or xoraçõs moraçõs são dadas or; ( P η X = k (4 ζ Z EP ( EP M = k (43 Y P ond Z é a rnda mundal (xclundo-s a do aís m consdração, Y a rnda domésca, ζ são as lascdads rnda da dmanda or xoraçõs moraçõs, rscvamn, η são as lascdads rços. k k são consans. Consdr ncalmn ( 0, ou sja, o crscmno dos rços rlavos sa = ausn na dmanda or xoraçõs moraçõs. Subsundo (40 (4 na quação (34 xrssando o rsulado m rmos d axas d crscmno, obêm-s; = ω a ω b ω x ω m (44 A B X M ond ω A é a arcação do gaso auônomo na rnda oal do gruo ou aís,. O crscmno das moraçõs é dado la função dmanda or moraçõs, m rmos d axa d crscmno, a quação (4 orna-s m =, b =. Sndo assm, usando sss rsulados, rscrvndo as quaçõs (34-(35, (40-(4 m rmos d axas d crscmno consdrando qu o crscmno das xoraçõs d um gruo é gual ao crscmno das moraçõs

d ouro, é ossívl mosrar qu a axa d crscmno da rnda d um gruo od sr xrsso m rmos da axa d crscmno dos sus gasos auônomos da axa d crscmno da rnda do ouro gruo,. = α a,, j =, ; j, (45 j j ω A ond α = ω ω ω X = ω ω, sndo qu α são os mullcadors ( B M ( B M (dnâmcos do gaso domésco do comérco xrno, rscvamn. 4.. O Imaco da Dsvalorzação Para analsar o fo d uma dsvalorzação ou drcação da moda do gruo é convnn assumr qu o comérco sja ncalmn m qulíbro qu ( f 0. Y Y A rnda naconal dos dos gruos é dada or: ( EP A B X M P = (46 ( P A B X M EP = (47 d as funçõs dmanda or xoração moração, xrssas m rmos d axas d crscmno, são, rscvamn: x = m = η ( (48 m = x = ( (49, < ond η 0. Além dsso, obsrv qu consdrando o modlo com duas rgõs m-s η = ; η = ; ζ = ζ =. O crscmno ara os dos gruos od sr drmnado (m rmos d axas d crscmno subsundo-s (48 (49 m (46 (47 3. Assm, = α a η ( (50 ( = α a η ( (5 ( Rsolvndo o ssma formado or ssas quaçõs, as axas d crscmno odm sr xrssas m rmos d a a das axas d mudança dos rmos d roca. Ou sja; 3 Ulzando (44 (45.

3 ( ( ( ( ( η α α = a a (5 ( ( ( ( ( η α α = a a (53 O fo d uma dsvalorzação sobr as axas d crscmno dos dos gruos odm sr drmnadas dfrncando arcalmn as quaçõs (5 (53 com rso a 4. 0 ( ( ( > = η (54 0 ( ( ( < = η (55 O rsulado mosra qu o maco dro da dsvalorzação é o aumno do crscmno do gruo m drmno do gruo, grando um crscmno comvo. Isso sgnfca qu, mdan a quda na sua rnda, o gruo d aíss od adoar uma olíca d dsvalorzação comva, mnando a nava do gruo d aumnar a sua rnda. Ou sja, a dsvalorzação ra fos anas ransóros sobr a rnda do gruo. Para dmonsrar s úlmo ono vamos analsar os fos d uma dsvalorzação cambal or ar do gruo d aíss. Para ano, rscrvndo as quaçõs m rmos dss gruo, é ossívl mosrar qu; ( ( ( ( ( η α α = a a (56 ( ( ( ( ( η α α = a a (57 O fo d uma dsvalorzação sobr as axas d crscmno dos dos gruos odm novamn sr drmnadas dfrncando-s arcalmn as quaçõs anrors com rso a. 0 ( ( ( < = η (58 0 ( ( ( > = η (59 4 Chama-s anção ara o fao d qu ssa drvada rfr-s ao câmbo ral. Todava, como mosrado anrormn (quação 9, câmbo nomnal câmbo ral varam no msmo sndo.

O rsulado mosra qu uma olíca d dsvalorzação comva alcada lo gruo anula o rsulado obdo anrormn. 4.3. Dsvalorzação, Progrsso Tcnológco Elascdads Para dmonsrar como uma dsvalorzação cambal od r fos sobr a axa d crscmno dos aíss m dsnvolvmno va mudanças nas lascdads dv-s obsrvar qu, or um lado, a dsvalorzação cambal alra a dsrbução funconal da rnda m favor dos lucros grando fos osvos sobr o rogrsso cnológco, so é, > 0. Por ouro lado, dv-s romar a rlação nr rogrsso cnológco lascdad al como dscuda anrormn. Como obsrvado, a lraura no-shumrana m xlorado as rlaçõs causas nr dsnvolvmno do Ssma Naconal d Inovaçõs, dfrnças nas lascdads grau d comvdad a nução básca é d qu quano maor for o rogrsso cnológco d uma conoma, maor srá a dnâmca dos roduos xorados (maor lascdad rnda da dmanda or xoraçõs maor srá a comvdad dssa conoma no cnáro nrnaconal. No rmos da análs aqu roosa, > 0. O nsgh xlorado a sgur é d qu o rogrsso cnológco orna-s caaz d alrar a lascdad da dmanda or xoraçõs dos aíss m dsnvolvmno 5. Mas scfcamn, orna-s sa lascdad ndógna ao dsnvolvmno do rogrsso écnco qu, or sua vz, dnd do câmbo 6. Cumr dsacar qu sa suosção não nconra arallo nos aíss ndusralzados,os adm-s qu, nss, o rogrsso écnco é amlamn dfunddo, qu, somn mdan uma rvolução cnológca ssa suosção sra válda. Obvamn, não é s o d rogrsso écnco qu s lva m consdração na análs. Assm, a fm d ncororar ss argumno, rscrv-s a quação (4 ara o gruo d aíss como; X ζ ( P η = k Z EP (60 ζ, com > 0. ond = = f ( ( Lvando m consdração sa quação rfazndo os rocdmnos anrors, é ossívl rscrvr (40 (4 como; ( αa α a ( ( η ( = (6 ( 5 Por smlcdad, gnora-s os fos do rogrsso cnológco sobr a lascdad rnda da dmanda or moraçõs. 6 A ndogndad das lascdads roosa nssa sção cumr o objvo d sr anas lusrava. Nss caso, smlsmn srá arsnado uma função gnérca qu rlacona câmbo rogrsso écnco lascdads. 4

5 ( ( ( ( ( = η α α a a (6 Obsrv qu, ao admr-s qu ara aíss m dsnvolvmno, varaçõs no câmbo afam osvamn o rogrsso cnológco s a lascdad rnda d xoração, o rsulado d uma dsvalorzação cambal não od sr obdo dramn dfrncando-s as quaçõs, uma vz qu város fos auam smulanamn. Val dzr, o snal da quação dnd da magnud dos arâmros. Ou sja, varaçõs no câmbo afam, α, além do fo dro advndo d. Não obsan, o rsulado srado d uma dsvalorzação cambal é um aumno na rnda dos aíss m dsnvolvmno. Tndo m vsa a comlxdad da solução do rsulado anror, analsam-s os fos d uma dsvalorzação cambal sobr a rsrção xrna dsss aíss. Sgundo Thrwall (979, é ossívl mosrar qu a rsrção xrna ara ssas conomas é dada or; ( ( η = (63 = ( ( η (64 Dfrncando com rlação a ; 0 ( > = η (65 ( ( ( = η η (66 O rsulado mosra qu uma dsvalorzação cambal m fo osvo sobr a rsrção xrna do gruo d aíss, o qu sgnfca a ossbldad d s alcançar no longo razo uma maor axa d crscmno comaívl com o qulíbro do Balanço d Pagamnos. Ess rsulado advém d dos fos: o fo dro da dsvalorzação,, 0 ( > = η o fo ndro va mudanças na lascdad rnda da dmanda or xoraçõs, 0 > =.

Para o gruo d ass a dsvalorzação m fo ambíguo. Por um lado, ocorr um fo osvo dro dado or ( η = dnomnador é maor, > um fo ngavo dado or (anda qu s fo sja mnor agora uma vz qu o ( η = ( Por ouro lado m-s o rmo dado or = qu, asar d arsnar snal osvo, ncssa d uma análs mas dalhada. Prmramn, é ncssáro obsrvar qu no modlo com duas rgõs, uma dsvalorzação cambal or ar d um gruo d aíss rrsna uma valorzação da moda do ouro gruo. Admas, rabalha-s com a hós d qu a lascdad rnda da dmanda or xoraçõs do gruo d aíss é dndn do su rogrsso cnológco (câmbo. Ocorr qu m um modlo com duas rgõs sso sgnfca qu a lascdad rnda da dmanda or moraçõs do gruo d aíss ambém orna-s dndn ds rogrsso cnológco. Isso sgnfca qu um dos fos da dsvalorzação cambal dv sr analsado a arr d suas macos sobr a cnologa do gruo d aíss. Fas ssas consdraçõs, é fácl obsrvar qu uma dsvalorzação cambal or ar dos aíss m dsnvolvmno ao smular o su rogrsso écnco, consqunmn, alrar suas lascdads rnda da dmanda or xoraçõs dmnu o dnomnador ds rmo, amlando o fo osvo sobr a rnda do gruo d aíss. Por ouro lado, s a dsvalorzação foss mrndda lo gruo, não ss rmo mudara d snal, assando a sr ngavo, já qu havra uma rração nas dcsõs lanjadas dos gasos m novação das mrsas or ar do gruo d aíss.. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esa noa arsnou-s d forma smlfcada a lgação nr câmbo, rogrsso cnológco lascdads. A déa xlorada fo d qu o rogrsso cnológco nos aíss m dsnvolvmno é dndn da dsonbldad d fundos or ar das mrsas. Nss sndo, uma dsvalorzação cambal, ao rdsrbur rnda dos saláros ara os lucros, rm qu as mrsas nham acsso a maor volum d rcursos ara mrndr as avdads novavas. Com bas nss argumno, dsnvolvu-s um modlo ond s consdra a xogndad/ndogndad das lascdads. No rmro caso, mosrou-s qu uma olíca cambal é nócua no longo razo, os smr xs a ossbldad d qu um gruo d aíss ado uma olíca d ralação. Por ouro lado, consdrando-s a ndogndad das lascdads, fo ossívl obsrvar qu uma olíca d dsvalorzação cambal or ar dos aíss m dsnvolvmno m fos osvos sobr sua rsrção xrna fos ambíguos ara os aíss dsnvolvdos. Nss caso, faz-s duas obsrvaçõs: m rmro lugar, qu a arr d uma olíca d dsvalorzação cambal é ossívl obr - ara os aíss m dsnvolvmno - uma maor axa d crscmno comaívl com o qulíbro do Balanço d Pagamnos;, m sgundo lugar, d qu não há ncnvo ara os aíss dsnvolvdos adoarm uma olíca d dsvalorzação cambal. 6

Por fm, cumr obsrvar qu na análs arsnada à olíca cambal od sr fcaz no longo razo sm ncssaramn a axa ral d câmbo r qu s dsvalorzar connuamn, como dfnddo m ouros rabalhos dssa lraura. Na análs, o moran é qu a axa d câmbo rmança dsvalorzada m um nrvalo d mo caaz d aumnar os lucros das mrsas nduz-las a nvsrm m cnologa. Nss caso, é ossívl magnar uma suação m qu a axa d câmbo rorn ao su ono orgnal, msmo assm obsrvar qu os fos osvos rduraram ao longo razo, dado qu o adrão cnológco vgn (dssa conoma fo alrado. 6. REFERÊNCIAS ABRAMOVITZ, M. Cachng U, Forgng Ahad, and Fallng Bhnd, Jornal of Economc Hsor, Nova York, v. 66, n.,. 385-406, 986. ALBUQUERQUE, E. M. Noas sobr a conrbução d Knnh Arrow ara a fundamnação órca dos ssmas naconas d novaçõs. Rvsa Braslra d Economa, abr./jun.996 ; Naonal ssm of nnovaon and Non-OECD counrs: nos abou a rudmnar and nav olog, Braslan Journal of Polcal Econom, v.9, n.4,. 76, 999. BARBOSA-FILHO, N. Th balanc-of-amns consran: from balancd rad o susanabl db. Banca Nazonal dl Lavoro Quarrl Rvw, n. 9, Dc. 00. BERNARDES, A. T.; ALBUQUERQUE, E. M. Cross-ovr, hrsholds, and nracons bwn scnc and chnolog: lssons for lss-dvlod counrs. Rsarch Polc, 3, 003. BÉRTOLA, L.; HIGACHI, H.; PORCILE, G. Balanc-of-amns-consrand growh n Brazl: a s of Thrlwall s Law, 890-973. Journal of Pos Knsan Economcs, v. 5, n., 00. CARVALHO, V. R.; LIMA, G. T. Esruura roduva, rsrção xrna crscmno conômco: a xrênca braslra. Economa Socdad, Camnas, v. 8, n. (35,. 3-60, abr. 009. DIXON, R.; THIRWALL, A. A modl of rgonal growh-ra dffrncs on kaldoran lns. In: J. E. Kng, 994, Economc growh n hor and racc, Edward Elgar, Aldrsho, nº 43, 975. ELLIOT, D.; RHODD, R. Exlanng growh ra dffrncs n hghl ndbd counrs: an xnson o Thrlwall and Hussan. Ald Economcs, 3, 999. FAJNZYLBER, R. F. La Indusralzacon Trunca d Amérca Lana, Méxco, Nuva Imagm. 983. 46.. Da Caxa ra ao Conjuno Vazo. In: BIELSCHOWSKY, R. (org Cnqüna Anos d Pnsamno na CEPAL. Rcord, 000. FREEMAN, C. Jaan: a nw naonal ssm of nnovaon? In: DOSI, G.; FREEMAN, C.; NELSON, R.; SILVERBERG, G.; SOETE, L. (Eds.. Tchncal chang and conomc hor. London: Pnr, 988.. 330-348. ; Th "Naonal Ssm of Innovaon" n hsorcal rscv. Cambrdg Journal of Economcs, v. 9, n., 995. 7

; Th Naonal Ssm of nnovaon n hsorcal rscv. Rvsa Braslra d Inovação, v.3, n., 004. GALA, P. S. DE O. S.; MORI, R. Sobr os macos do nívl do câmbo ral na formação brua d caal fxo, no roduo oncal no crscmno. In: Rnau Mchl Lonardo Carvalho. (Org.. Crscmno Econômco: sor xrno nflação. Ro d Janro: IPEA, 009, v.,. 87-03. GOUVÊA, R. R.; LIBÂNIO, G. A. Dmanda fva, conflo dsrbuvo rgm d acumulação m um modlo dsrbuvo d cclo: os casos brânco urco. Txo ara Dscussão CEDEPLAR UFMG, nº 3, 007. HOLLAND, M.; VIEIRA, F.; CANUTO, O. Economc growh and h balanc-ofamns consran n Lan Amrca. Invsgacón Económca, v. LXIII, 47, 004. JAYME JR., F. G. Balanc-of-amns-consrand conomc growh n Brazl. Rvsa d Economa Políca, v. 3, jan./mar. 003. JAYME JÚNIOR. F.G; RESENDE, M. F. C. Crscmno conômco rsrção xrna: ora a xrênca braslra. Ro d Janro: Lvro IPEA 009, Ca.,. 9-36. KALDOR, N. A Modl of Economc Growh. Th Economc Journal, 67 (68, 59-64, 957. ; Causs of h slow ra of conomc growh of h Und Kngdom, Cambrdg: Cambrdg Unvrs Prss, 966. KALECKI, M. Slcd ssas on h dnamcs of h caals conom 933-970. Nw York, Cambrdg Unvrs Prss, 97. LIMA, G. T. Mark Concnraon and Tchnologcal Innovaon n a Dnamc Modl of Growh and Dsrbuon, Banca Nazonal dl Lavoro Quarrl Rvw, dzmbro, 000.. Endognous Tchnologcal Innovaon, Caal Accumulaon and Dsrbuonal Dnamcs. Mroconomca, Inglarra, v. 55, n. 4,. 386-408, 004. LOPEZ, J.; CRUZ, A. Thrlwall s Law and bond: h Lan Amrcan xrnc. Journal of Pos Knsan Economcs, v., n. 3, Srng, 000. MORENO-BRID, J. C. On caal flows and h balanc-of-amns consrand growh modl. Journal of Pos Knsan Economcs, v., 998-999.. Caal flows, nrs amns and h balanc-of-amns consrand growh modl: a horcal and an mrcal analss. Mroconomca, v. 54, n., Ma 003. McCOMBIE, J. Thrlwall s Law and Balanc of Pamns consrand growh: a commn on h dba. Ald Economcs,, 989. ; Economc Growh, Trad Inrlnkags, and h Balanc of Pamns Consran. Journal of Pos Knsan Economcs, Summr 993. ; On h mrcs of balanc-of-amns-consrand growh. Journal of Pos Knsan Economcs, v. 9, n. 3, 997. 8