Planejamento CRIA 2003

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Transcrição:

Planejamento CRIA 2003 Índice I. PLANO ESTRATÉGICO (TRIÊNIO 2003-2005)...1 1. VISÃO...1 2. MISSÃO INSTITUCIONAL...1 3. OBJETIVOS...1 4. ANÁLISE DO CRIA: CENÁRIO ATUAL E DESEJADO...2 4.1. ANÁLISE DA AÇÃO TÉCNICA...2 4.2. STATUS 2002...3 4.3. ANÁLISE DA GESTÃO ADMINISTRATIVA DO CRIA...6 4.3.1. Qualidade...6 4.3.2. Articulação...7 4.3.3. Gestão Participativa...7 4.3.4. Sustentabilidade...8 4.3.5. Transparência...9 4.3.6. Monitoramento e Avaliação...9 II. PLANO DE ATIVIDADES...... 10 1. ATIVIDADES TÉCNICAS...10 1.1. PROJETOS EM ANDAMENTO...10 1.2. PROPOSTAS APRESENTADAS EM 2002...11 2. GESTÃO...11 Planejamento CRIA 2003

I. Plano Estratégico (Triênio 2003-2005) Todo plano estratégico tem uma base filosófica institucional. É necessário registrar a visão institucional, sua missão e objetivos de longo prazo. Para determinar as metas, também é necessário analisar o cenário atual (onde estamos) e o cenário desejado (onde queremos estar). 1. Visão Visualizamos o CRIA como um centro de apoio à sociedade, dentro da temática meio ambiente. Como insumo de ação, temos a organização e disseminação da informação científica e tecnológica de qualidade. Acreditamos que a compreensão e a internalização dos conceitos fundamentais sobre biodiversidade irão contribuir para uma considerável melhora na qualidade de vida da população e do seu ambiente. Internalizar estes princípios e conceitos implica ainda mudanças significativas nos valores e nos estilos de vida das sociedades atuais. Daí a importância da educação, da informação e da conscientização pública, que, aliadas a instrumentos econômicos, jurídicos e a políticas públicas adequadas, têm a missão de alterar comportamentos e promover mudanças substantivas de valores e atitudes. O CRIA atua especificamente no campo de tratamento e disseminação de dados e informações ambientais. Acreditamos que o CRIA tem um papel importante na inserção dos resultados da pesquisa científica na definição das estratégias de conservação e uso sustentável, nos processos de tomada de decisão e nos processos de educação. Comunidade Científica CRIA Usuário Alvo (Comunidade Científica, formuladores de políticas, educadores,...) 2. Missão Institucional De acordo com os seus estatutos o CRIA foi estabelecido para Disseminar conhecimentos científicos e tecnológicos e promover a educação, visando a conservação e utilização sustentável dos recursos naturais do país e a formação da cidadania. 3. Objetivos Para o cumprimento de sua missão institucional que visa a conservação e a utilização sustentável dos recursos naturais do país e a formação da cidadania, existem objetivos de longo prazo que irão determinar as metas mensuráveis. O CRIA deverá ter ações específicas nas suas três áreas básicas de atuação: obtenção, tratamento e disseminação de dados e informações. São objetivos fundamentais: Ajudar a promover uma mudança cultural da comunidade científica no aspecto de integração e disseminação de seus dados e informações. Criar competência interna nas áreas de análise, síntese, apresentação, validação, padronização, integração e armazenamento de dados ambientais. Tornar as informações científicas relevantes, significativas e utilizáveis pela própria comunidade científica e por outros segmentos da sociedade, principalmente os gestores e formuladores de políticas públicas e os educadores (ensino formal e informal). Planejamento CRIA 2003 1

4. Análise do CRIA: Cenário Atual e Desejado Para facilitar o processo de planejamento e gestão, o CRIA será analisado sob dois aspectos que estão interligados e são interdependentes: a ação técnica e a gestão administrativa. Para cada segmento deverão ser estabelecidas metas mensuráveis que visam atender aos objetivos enunciados. 4.1. Análise da Ação Técnica Durante os próximos três anos o CRIA deverá focar na estruturação de sistemas que tenham a espécie (fauna, flora, microbiota) e, sempre que possível, a posição geográfica como unidade de informação. A figura 1 ilustra este conceito. Tipo de Informação Taxonômica Ecológica Genética Histórica Bibliográfica Textos Imagens Sons Nome da Espécie Posição Geográfica Mapas Aplicativos Figura 1.Tipo de Informação a ser Disseminada pelo CRIA Além da disseminação de cada tipo de informação, é meta para os próximos 3 anos a estruturação de um sistema que integre esses diferentes tipos de informação, provenientes de fontes diversas. A tecnologia de informação e comunicação existente permite supor que será possível estruturar sistemas complexos e distribuídos, de forma transparente ao usuário final. Não basta pensar na integração de dados. A figura 2 a seguir procura representar as etapas necessárias para transformar o dado em informação. Planejamento CRIA 2003 2

Infra-estrutura Dados Informação Acervos Inventários Publicações Data cleaning Validação Ferramentas & Dados Referenciais Informação de Qualidade Integração Apresentação Padrões Protocolos Ferramentas Análise Síntese Interpretação Ferramentas Figura 2. Diagrama do processo de transformação de dados em informação 1ª. Etapa: obtenção de informação de qualidade A primeira etapa teria como produto a informação de qualidade. Como provedor de dados nosso foco de atuação será o estabelecimento de parcerias com coleções biológicas, pesquisadores e instituições de pesquisa. Para a execução dessa etapa o CRIA poderá desempenhar um papel importante ajudando a promover uma mudança cultural da comunidade científica no sentido de compartilharem os seus dados; na estruturação de sistemas de informação referencial (p.ex. servidores de nome); e, no desenvolvimento de ferramentas de "data cleaning" e de validação dos dados (nome, posição geográfica). 2ª. Etapa: integração e apresentação dos dados A segunda etapa é a integração dos dados e sua apresentação ou disseminação. Nesse caso cabe ao CRIA desenvolver ou participar do desenvolvimento de padrões, protocolos e ferramentas visando a integração e a apresentação de dados de fontes diversas. Um elemento importante desta etapa é o estabelecimento de parcerias tanto com o provedor de dados e o usuário da informação como também com outros grupos interessados em desenvolver tais padrões e protocolos. 3ª. Etapa: análise, síntese e interpretação dos dados e informações A terceira etapa é o que irá tornar o dado primário significativo para outros grupos de interesse. Novamente a parceria com outros grupos de desenvolvimento de ferramentas e de pesquisa em biodiversidade é fundamental. As ferramentas a serem desenvolvidas nos próximos 3 anos envolvem sistemas de informação georeferenciada e modelagem de nicho ecológico. 4.2. Status 2002 Fontes de informação: Um esquema daquilo que o CRIA já está desenvolvendo serve de ponto de partida para os próximos três anos está representado na Figura 3, a seguir. O diagrama procura mostrar os diferentes tipos de dados e os sistemas que estão sendo alimentados. Planejamento CRIA 2003 3

Banco de dados de espécies (xtaxa) SinBiota Servidor de Mapas Biota Neotropica SICol Dados/Informações sobre ecologia e checklists de espécies (Fauna, Flora e Microbiota) Hydro Dados/Informações sobre coletas Bioline Publications Dados sobre as espécimens em coleções biológicas CRIA (xinfo) Modelagem specieslink Informações Bibliográficas Figura 3. Diagrama sobre o tipo de dados, os sistemas desenvolvidos e suas relações. Todos os nomes de espécies estão alimentando um único sistema integrador o xtaxa que dessa forma permite a integração de diferentes fontes de informação. O servidor de mapas hoje atende o sistema de informação Biota (SinBiota), mas no futuro deverá atender os demais sistemas, SICol, Hydro e specieslink. Os sistemas em linha cheia existem e estão on-line. Os sistemas em linha tracejada estão contratados e em fase de desenvolvimento. Dentro de um prazo de três anos, o CRIA pretende desenvolver sistemas de validação de dados (localidade e nomenclatura), desenvolver sistemas distribuídos (specieslink, que envolve as coleções biológicas do Estado de São Paulo) e outros aplicativos de interesse. A Figura 6 procura apresentar, de forma esquemática, o que está sendo pensado. As formas em azul são os sistemas que já existem ou estão sendo desenvolvidos. As formas em amarelo também representam sistemas já existentes, mas que estão fora do CRIA. As formas em branco representam aquilo que queremos desenvolver nos próximos três anos. Planejamento CRIA 2003 4

Scielo Informação Bibliográfica (Biota Neotropica, Bioline) Chaves de Identificação GBIF, Species 2000 Checklist Dados/Informaçãoes sobre espécies (Flora, Fauna, Microbiota) Guias de Campo Banco de Imagens Aplicativo: Sistema de Validação de Nomes e Localização Geográfica Coleções Biológicas (specieslink, SICol, Repatriação) Catálogos Virtuais Dados sobre Coletas Modelagem Preditiva Modelos Servidor de Mapas SinBiota Atlas Parâmetros de Qualidade da Água Hydro Figura 4. Diagrama representando os sistemas atuais e o cenário desejado O diagrama da Figura 4 procura mostrar as grandes linhas de ação que serão desenvolvidas nos próximos três anos. Tem-se, além do desenvolvimento e manutenção dos sistemas existentes (specieslink, SinBiota, SICol, Bioline, Biota Neotropica, Hydro): o estabelecimento de parcerias visando aumentar a base de informação sobre a flora, fauna e microbiota brasileiras (informações taxonômicas e ecológicas) e suas interações; a estruturação de chaves de identificação interativas e guias de campo; a estruturação de checklists; a criação de um sistema de validação de nomes de espécies e localidades; a estruturação dos catálogos virtuais de coleções biológicas; e, o desenvolvimento de novos aplicativos. Esse diagnóstico deverá nortear os trabalhos do CRIA nos próximos três anos. Planejamento CRIA 2003 5

4.3. Análise da Gestão Administrativa do CRIA Os fatores identificados como sendo essenciais pela equipe são: gestão participativa; equipe qualificada e compatível com as atividades do CRIA; parcerias; infra-estrutura adequada; e recursos financeiros, também compatíveis com as atividades da instituição e com o padrão de qualidade desejado. Como instituição do terceiro setor é fundamental ter transparência, sustentabilidade, qualidade e capacidade de articulação. Constatamos que os fatores levantados pela equipe realmente são condizentes às necessidades intrínsecas do terceiro setor. A gestão participativa, um item sempre lembrado, pode ser considerado um fator importante na questão da transparência. A preocupação com a equipe, infra-estrutura e recursos financeiros compatíveis são itens essências para as necessidades de sustentabilidade e qualidade. Por fim, a necessidade de estabelecer parcerias sempre aparece como questão central e a capacidade de articulação é uma necessidade primordial para o terceiro setor. A figura 5 a seguir apresenta uma esquematização dessa idéia. Equipe Qualidade Infra-Estrutura Articulação Provedores, Especialistas, Usuários, Agências, Financiadores Equipe Plano de Gestão Gestão Participativa Conselho Deliberativo Conselho Consultivo Conselho Fiscal Planejamento Sustentabilidade Avaliação e Replanejamento Captação de Recursos Relatórios (técnicos, financeiros) Transparência Comunicação 4.3.1. Qualidade Figura 5. Esquema do Plano de Gestão Dois itens essenciais para o fator qualidade são a equipe e a infra-estrutura. Para o item Equipe foram identificados três pontos importantes que merecem ações específicas: a definição clara da relação de trabalho, o estabelecimento de um programa de treinamento e a gestão participativa. As ações necessárias para a implementação e manutenção de uma gestão participativa serão apresentadas em um item à parte. Com relação à infra-estrutura, é necessário planejar as necessidades futuras para que todos os equipamentos e materiais permanentes possam ser adquiridos através de projetos junto às agências financiadoras. Planejamento CRIA 2003 6

Ação Definição do contrato de trabalho Estabelecimento do programa de treinamento Programa de manutenção da infra-estrutura Planejar a infra-estrutura futura (ampliação e upgrade) 4.3.2. Articulação Um aspecto que necessariamente tem que ser muito forte no CRIA é a sua capacidade de articulação. Necessitamos de parcerias com: os provedores de informação (comunidade científica); os especialistas ou instituições especialistas que atuam no segmento de tratamento de dados e informações; a comunidade de usuários das informações e dados trabalhados no CRIA, como, por exemplo o próprio governo e a comunidade científica; as instituições que saibam trabalhar os dados e/ou informações tornando-as úteis e utilizáveis para outras comunidades, como, por exemplo a de educação; as agências de fomento empresas É fundamental criar e desenvolver parcerias entre os três setores, governo, empresas e organizações sociais. Talvez esse seja o maior desafio a ser enfrentado pelo CRIA. Toda parceria necessita de: Ação Conexão com o propósito e com as pessoas. As pessoas precisam reconhecer o valor social da parceria além de estabelecerem mecanismos de interação eficazes. Clareza quanto aos objetivos e metas. Tanto o produto como o processo devem estar bem claros para todos Congruência de missão, de estratégia e de valores. É importante que os parceiros compreendam o significado da parceria para cada um em termos da missão institucional, identificando áreas de coincidência atuais e potenciais. Reciprocidade dos benefícios. Toda parceria deve trazer benefícios para todos, então é importante avaliar quais são os benefícios da parceria para cada um, além de identificar claramente qual o valor social gerado. Comunicação. O nível de respeito e confiança depende em larga escala de um canal de comunicação eficaz. Compromisso com a parceria. O compromisso organizacional deve ser explicitado e exercitado. A ação do parceiro deve ser reconhecida. Serão estabelecidas parcerias com os diferentes segmentos que atuam em áreas de interesse do CRIA ou que têm interesse na atuação do CRIA. As estratégias incluem desde contatos pessoais com pesquisadores até a participação e/ou organização de reuniões técnicas, a participação em comitês técnicos, etc. 4.3.3. Gestão Participativa É necessário aprimorar o modelo atual, principalmente no tocante à comunicação e à participação nas diferentes estâncias de decisão. É necessário também preparar as pessoas para que a gestão seja efetivamente participativa e não simplesmente uma maior socialização dos fatos. Para que haja uma participação plena é necessário que os membros da equipe tenham clareza quanto: Planejamento CRIA 2003 7

ao seu papel na instituição (direitos e deveres); à missão da instituição; às instâncias de decisão estabelecidas; aos valores institucionais; e, ao plano de metas. A gestão participativa exige ética e transparência no relacionamento e exige compromisso com as pessoas e com a instituição. As ações necessárias para viabilizar uma gestão participativa incluem: reuniões sistemáticas da equipe prestação de contas sistemática da situação financeira do CRIA apresentação e discussão dos relatórios de atividades participação no processo de avaliação institucional elaboração conjunta e avaliação do plano de metas Assim, é fundamental aprimorar os meios de comunicação interna e promover uma maior integração das diferentes instâncias institucionais (equipe gerência diretoria Conselho), respeitando as suas autonomias e competências. Ações: 1. Reuniões Sistemáticas da equipe: quinzenais da gerência e diretoria: quinzenais do Conselho Deliberativo, diretoria e representante da equipe: trimestrais do Conselho Fiscal, diretoria e representante do Conselho Deliberativo: semestral do Conselho Consultivo: sempre que necessário 2. Palestras internas Sobre o terceiro setor Sobre os projetos em andamento Sobre as ações em desenvolvimento 4.3.4. Sustentabilidade Identificamos como pontos fundamentais para a sustentabilidade: o planejamento, a avaliação e o replanejamento e a captação de recursos. Uma vez concluída essa fase atual, que é definir os rumos da instituição para os próximos três anos, deve-se estabelecer indicadores claros e mensuráveis que serão monitorados e avaliados. O processo deve ser dinâmico de forma a permitir mudanças de rumo. Devese também introduzir uma política de captação de recursos, procurando diversificar a fonte de receitas e incluir financiamentos de médio a longo prazo de forma a dar maior estabilidade à equipe. Ação Criar indicadores claros e mensuráveis para acompanhar a implementação do plano estratégico; Monitorar e avaliar o trabalho desenvolvido, replanejando o futuro sempre que necessário; Introduzir um plano de captação de recursos. Planejamento CRIA 2003 8

4.3.5. Transparência Além da necessidade de cumprirmos com os nossos objetivos é fundamental prestarmos contas aos diversos públicos que têm interesses legítimos diante do CRIA. Organizações abertas, conhecidas do público ganham legitimidade social, ganham credibilidade. Não devemos tratar nossa contabilidade como uma tarefa burocrática colocada em segundo plano. Trata-se de um instrumento de gestão e de planejamento. Um plano de contas eficiente deve apresentar dados contábeis que reflitam com clareza a natureza operacional, administrativa e legal da instituição. Deve, também, ser subdividido em centros de custo, cujos balancetes servirão de base para a comparação entre a previsão orçamentária e o custo real. Para a tomada de decisão é fundamental termos informação precisa e em tempo hábil. Além da produção de relatórios de acompanhamento financeiro, contábil e técnico é necessário trabalhar a questão da comunicação interna e externa da instituição. Uma comunicação interna eficiente contribui para a manutenção da motivação e do envolvimento da equipe com os objetivos da instituição. A comunicação externa poderá dar maior visibilidade à instituição e aumentar a sua credibilidade junto aos seus públicos alvo o que, por conseguinte poderá ampliar as possibilidades de articulação. Ação Constituição do Conselho Fiscal Preparo e envio de balancetes mensais à diretoria e ao Conselho Deliberativo Preparo e envio de relatórios trimestrais ao Conselho Deliberativo Preparo de um plano de comunicação interna Preparo de um plano de comunicação junto aos parceiros 4.3.6. Monitoramento e Avaliação Para o monitoramento e avaliação do plano estratégico é necessário estabelecer alguns indicadores claros e mensuráveis. Durante os próximos três anos serão avaliados os seguintes parâmetros: Técnico Gestão Volume: O indicador volume refere-se ao aumento progressivo de informação e dados publicados e gerenciados pelo CRIA. Uso: acesso aos servidores web. São indicadores mensuráveis: Número de sites: número de IPs únicos (endereços ou nome dos servidores) que fizeram algum request ao servidor Número de visitas: uma visita é quando um site remoto acessa o sistema por um determinado período de tempo Número de páginas: número de páginas (URLs) acessadas Número de Hits: qualquer requerimento ao servidor, pode ser página, imagem, etc. Qualidade: um dos principais fatores de qualidade é a capacidade de estabelecer parcerias com bons grupos de pesquisa, os provedores de informação ou grupos que estejam trabalhando com sistemas de informação ou com o desenvolvimento de aplicativos. Tecnologia: análise do avanço tecnológico. Equipe Infra-estrutura Proposta Orçamentária vs Custo Real Diversidade de Fontes de Recursos Parcerias Planejamento CRIA 2003 9

II. Plano de Atividades para 2003 1. Atividades Técnicas Além de desenvolver os projetos já contratados e manter os sistemas existentes o CRIA procurará intensificar suas parcerias e ações em alguns temas. O evento de Indaiatuba Trends and Developments in Biodiversity Informatics Forum abriu uma série de perspectivas interessantes que devem ser exploradas. Assim em 2002 o CRIA deverá intensificar as suas ações em: Desenvolvimento de protocolos e padrões de interoperabilidade. O projeto specieslink tem por objetivo estruturar um sistema distribuído de informação com dados dos acervos das Coleções Biológicas do Estado de São Paulo. A meta é criar mecanismos tecnologicamente viáveis que permitam a recuperação dos dados dos acervos em tempo real através de um portal padrão, mantendo, porém, o domínio dos respectivos curadores sobre a disponibilização e atualização dos dados. O protocolo que está sendo desenvolvido de maneira colaborativa com outros grupos internacionais é o DiGIR Distributed Generic Information Retrieval 1. Modelagem preditiva. A vinda do Prof. Townsend Peterson ao Brasil promoveu um maior desenvolvimento desta área no CRIA. Esta linha de pesquisa também é objeto do projeto specieslink. Coleções Científicas. Ainda dentro do escopo do projeto specieslink a parceria entre o CRIA e coleções científicas tem se mostrado muito positiva. Esse trabalho colaborativo deverá ser intensificado em 2003. Flora. A Flora brasiliensis foi tema do evento em Indaiatuba sendo que deverá ser desenvolvida uma linha de pesquisa para o CRIA em parceria com várias instituições e pesquisadores em 2003. O CRIA está discutindo com parceiros uma estratégia de ação para o desenvolvimento de floras on-line, a digitalização da obra Flora brasiliensis e a criação de ferramentas para limpeza de dados. Polinizadores. Esse é outro tema do evento em Indaiatuba que merece um aprofundamento em 2003. O CRIA está em contato com pesquisadores que trabalham com abelhas (USP, UFPR, UFMG) e com pesquisadores da Poli que querem atuar na área de informática para biodiversidade. Assim as ações para 2003 estarão focadas: no estabelecimento de parcerias com os provedores de dados, principalmente coleções científicas e pesquisadores e instituições envolvidos com os temas Flora e Polinizadores. no estabelecimento de parcerias com pesquisadores e instituições de pesquisa com competência na área de informática para biodiversidade ; no desenvolvimento de ferramentas para "limpeza", integração e apresentação dos dados; no desenvolvimento de padrões e protocolos de interoperabilidade; e, no desenvolvimento de ferramentas de modelagem. 1.1. Projetos em Andamento O CRIA inicia o ano com os seguintes projetos em andamento: specieslink (splink.cria.org.br): Fapesp hydro (hydro.cria.org.br): Cena, Fapesp SICol (sicol.cria.org.br): CNPq, MCT 1 http://sourceforge.net/projects/digir/ Planejamento CRIA 2003 10

Biota Alta Floresta (biotabc.cria.org.br): BrasilConnects A Biodiversity Information Technology Initiative: contrato com a Universidade de Kansas Desenvolvimento do Banco de Dados de Frugivoria Neotropical (www.cria.org.br/neofrug/) Além dos projetos com financiamento externo, o CRIA é responsável pela manutenção dos seguintes sistemas: SinBiota (sinbiota.cria.org.br): sistema parcialmente mantido pelos projetos do programa Biota/Fapesp Website do Programa Biota/Fapesp (www.biota.org.br) Revista Biota Neotropica (www.biotaneotropica.org.br) Bioline Publications (www.bioline.org.br) 1.2. Propostas Apresentadas em 2002 As seguintes propostas estão em fase de análise ou negociação: Catálogo das Abelhas Neotropicais. Consulta prévia enviada à Finep. Parceria com a Universidade Federal do Paraná. Pré-proposta Flora brasiliensis: apresentada à câmara de comércio Brasil Alemanha, à Petrobrás S.A. e à Fapesp. SICol Fase III: apresentada à Finep em parceria com a TECPAR Instituto de Tecnologia do Paraná. BioGeoMancer: Geo-referenciamento e Validação Automática para Coleções Biológicas apresentada à Fapesp. 2. Gestão A grande meta em 2003 o CRIA é consolidar o setor administrativo do CRIA. Para tanto serão desenvolvidas as seguintes linhas de ação: Aprimoramento do sistema financeiro-contábil. O sistema financeiro-contábil foi lançado em dezembro de 2002 e deverá ser aprimorado. Auditoria interna. Para melhorar a qualidade dos dados será realizada uma auditoria interna procurando reclassificar todos os lançamentos (receita e despesa) efetuados. Estabelecimento de procedimentos e protocolos. Com base nos dados da auditoria interna serão estabelecidos procedimentos visando a padronização e a "rastreabilidade". Recursos Humanos. Deverá ser realizado um estudo sobre a gestão de recursos humanos no CRIA. Planejamento CRIA 2003 11