Eletromagnetismo I. Prof. Ricardo Galvão - 2 Semestre Preparo: Diego Oliveira. Aula 24. A Lei da Indução de Faraday

Documentos relacionados
Eletromagnetismo I. Preparo: Diego Oliveira. Aula 19. A Lei da Indução de Faraday

Física III Escola Politécnica GABARITO DA P3 20 de junho de 2013

Física III Escola Politécnica GABARITO DA PS 13 de julho de 2017

Escola Politécnica FGE GABARITO DA PR 27 de julho de 2007

Física II. Lei de Gauss

= 1 d. = -36 π Pa

SOLENÓIDE E INDUTÂNCIA

Física Fascículo 07 Eliana S. de Souza Braga

_ Q I. d d d. metal III + Q

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 17. Assunto: Funções Implícitas, Teorema das Funções Implícitas

Capacitor: dispositivo que armazena energia potencial elétrica num circuito. Também chamado condensador.

Questão 46 Questão 47

Integral de Linha e Triedro de Frenet

Indutância / Circuitos RL. Indutância Mútua

OLIMPÍADAS DE FÍSICA. Selecção para as provas internacionais. 19 de Maio de Prova Teórica

Eletromagnetismo I. Preparo: Diego Oliveira. Aula 4

Escola Politécnica FGE GABARITO DA PS 7 de julho de 2005

Regras de Derivação Notas de aula relativas ao mês 11/2003 Versão de 13 de Novembro de 2003

A Regra da Cadeia Continuação das notas de aula do mês 11/03 Versão de 20 de Novembro de 2003

Resoluções dos exercícios propostos

Física E Semi-Extensivo V. 4

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

Física E Extensivo V. 8

TD DE FÍSICA 2 Resolucões das Questões de Potencial elétrico e Trabalho da Força Elétrica PROF.: João Vitor

PUC-RIO CB-CTC. P2 DE ELETROMAGNETISMO terça-feira. Nome : Assinatura: Matrícula: Turma:

Exercícios propostos

y f(x₁) Δy = f(x₁) - f(x₀) Δx =X₁-X₀ f(x₀) f(x0 + h) - f(x0) h f(x + h) - f(x) h f'(x) = lim 1 DEFINIÇÃO DE DERIVADAS 2 DIFERENCIABILIDADE h 0

Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física. Referências bibliográficas: H S T.

FGE Eletricidade I

Trabalho de uma carga elétrica 2017

Física A figura mostra um gráfico da velocidade em função do tempo para um veículo

Física C Intensivo V. 1

Projeto 3. 8 de abril de y max y min. Figura 1: Diagrama de um cabo suspenso.

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Disciplina de Física e Química A 10ºAno

Aula 12. Eletromagnetismo I. Campo Magnético Produzido por Correntes Estacionárias (Griths Cap. 5)

CÁLCULO I. Apresentar a técnica de derivação implícita; Resolver problemas envolvendo taxas relacionadas.

III Corpos rígidos e sistemas equivalentes de forças

Eletromagnetismo I. Aula 16. Na aula passada denimos o vetor Magnetização de um meio material como. M = n m. n i m i

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 01 Circuitos Magnéticos

Estudo Dirigido Capacitância e Dielétricos

RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS PÁGINA

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida

Extensivo Física C V. 1

= Resposta: 3,6 m/s 2. 4 No instante t 0. Resolução: + α t v = 20 2t (SI) b) 0 = 20 2t t = 10 s. Resposta: a) v = 20 2t (SI); b) 10 s

Resoluções dos testes propostos

APLICAÇÕES DA TRIGONOMETRIA ESFÉRICA NA CARTOGRAFIA E NA ASTRONOMIA

3.8 O Teorema da divergência ou Teorema de Gauss

A Regra da Cadeia. 14 de novembro de u(x) = sen x. v(x) = cos x. w(x) = x 5

Extensivo Física C V. 1

3) Por razões históricas e talvez práticas, o conceito do item 2 é colocado de maneira diferente. A d.d.p. é dividida em duas componentes ficando:

Aula 05. Me. Leandro B. Holanda, Capítulo 7 (continuação)

RESOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO - FÍSICA

Prof. André Motta - A) 3s; 10 m/s; 20 m/s B) 3s; 15 m/s; 30 m/s C) 6s; 10 m/s; 20 m/s D) 6s; 20 m/s; 40 m/s

Força Elétrica. Sabendo que o valor de m 1 é de 30 g e que a aceleraçăo da gravidade local é de 10 m/s 2, determine a massa m 2

a prova de Matemática da FUVEST 2ª fase

Lista de Exercícios de Cálculo 3 Segunda Semana - 01/2016

Resoluções dos testes propostos

SUPER FÍSICA (aula 4)

Sétima Lista - Lei de Faraday

UNIFEI-Campus Itabira Eletromagnetismo Lista de Exercicios #1

Leis de Newton. 1.1 Sistemas de inércia

Eletromagnetismo II. Preparo: Diego Oliveira. Aula 10

[ ] = 0, constante. Algumas Regras para Diferenciação. Algumas Regras para Diferenciação. d dx. A Regra da Constante:

26 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 4ª Aula (14/08/2014)

Força elétrica e campo elétrico Prof. Caio

SOLENÓIDE E INDUTÂNCIA

(c) B 0 4πR 2 (d) B 0 R 2 (e) B 0 2R 2 (f) B 0 4R 2

3 Cálculo Diferencial. Diferenciabilidade

Universidade Federal do Espírito Santo Segunda Prova de Cálculo I Data: 04/10/2012 Prof. Lúcio Fassarella DMA/CEUNES/UFES. 2 x x = cos (x) 1

PROVA de FÍSICA MÓDULO II do PISM ( ) QUESTÕES OBJETIVAS. 09. Leia, com atenção:

CÁLCULO I. 1 Regras de Derivação. Objetivos da Aula. Aula n o 12: Regras de Derivação. Apresentar e aplicar as regras operacionais de derivação;

PUC-RIO CB-CTC. P2 DE ELETROMAGNETISMO quarta-feira. Nome : Assinatura: Matrícula: Turma:

Mais derivadas. g(x)f (x) f(x)g (x) g(x) 2 cf(x), com c R cf (x) x r, com r R. rx r 1

Mecânica Analítica REVISÃO

VESTIBULAR 2012 / 3º DIA

Resoluções dos exercícios propostos

que Q = 10-6 C e d = 0,3m. O meio é o vácuo. É

SIMULADO. Física. 1 (Uespi-PI) 2 (Uespi-PI)

FÍSICA. Resposta: 80. Justificativa: As equações horárias são: x A = ½ a A t 2 e x B = ½ a B t 2. No encontro x A = x B.

Resoluções dos testes propostos

CÁLCULO I. 1 Regras de Derivação. Objetivos da Aula. Aula n o 12: Regras de Derivação. Apresentar e aplicar as regras operacionais de derivação;

Eletromagnetismo I Lista de Problemas 3.2

CURSO APOIO FÍSICA RESOLUÇÃO 20 /

FACENS FACULDADE DE ENGENHARIA DE SOROCABA

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES RASCUNHO

Prova 3 - FCM0114 (Eletromagnetismo I)

Dielétrico (ou isolante): material que não conduz corrente elétrica mobilidade baixíssima dos portadores de carga

Modulo 5 Lei de Stevin

DIFERENÇA DE POTENCIAL. d figura 1

Física C Semiextensivo V. 1

"Introdução à Mecânica do Dano e Fraturamento" Parte I. São Carlos, outubro de 2000

Aula 1- Distâncias Astronômicas

I ind. Indução eletromagnética. Lei de Lenz. Fatos (Michael Faraday em 1831): 2 solenóides

SISTEMAS E SINAIS. Equações Diferenciais e às Diferenças Diagramas de Blocos

LISTA DE EXERCÍCIOS 3 POTENCIAL ELÉTRICO e CAPACITORES

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida

Lei de Gauss. Quem foi Gauss? Um dos maiores matemáticos de todos os tempos. Ignez Caracelli 11/17/2016

AULA 12 Aplicação da Derivada (página 220)

Transcrição:

Eletromagnetismo I Prof. Ricaro Galvão - 2 emestre 2015 Preparo: Diego Oliveira Aula 24 A Lei a Inução e Faraay Na aula passaa iscutimos a força eletromotriz ε = E l em um circuito e mostramos que se o circuito se move através e um campo magnético, surge uma força eletromotriz evio à força magnética f + q v B sobre as cargas. Hoje vamos iscutir em maior etalhe a questão a força eletromotriz em circuitos em movimento, a partir a Lei e Faraay. ε = E φ m φ m = B ˆn Quano queremos escrever esta lei na forma iferencial, utilizamos primeiro o Teorema e tokes, para escrever ε = E l = E) ˆn = ( B ˆn Agora, há uma passagem sutil, mas muito importante, para a qual às vezes não amos a evia importância: se o circuito, e a superfície estiverem fixas, a variação o fluxo magnético com o tempo só poe ser evio à variação o campo magnético com o tempo, e forma que poemos passar a erivaa temporal para entro a integral, ( E) ˆn = ˆn e, como a superfície é arbitrária E = B [ E B ] ˆn = 0 1

É importante então ter presente que, escrita nessa forma iferencial, a Lei e Faraay relaciona os campos E e B meios em um mesmo referencial. Da mesma forma, na expressão a Força e Lorentz, F = q( E + v B) a velociae v é a velociae a carga meia no mesmo referencial em que os campos E e B são meios. ircuito em Movimento uponhamos agora que tenhamos um circuito se moveno em relação ao campo magnético, ou seja, o campo magnético e sua variação temporal são meios no referencial o laboratório e queremos eterminar a força eletromotriz em um circuíto se moveno no laboratório. Isto é inicao na figura; toos os pontos o circuito se eslocam com uma velociae u em relação ao campo magnético B( r, t), meio no laboratório. omo expressar a Lei e Faraay neste caso? Primeiramente, temos que entener o significao a força eletromotriz para um circuíto em movimento, A força eletromotriz é a integral no circuito completo o campo elétrico que coloca as cargas em movimento, no referencial o circuito. Portanto, é melhor escrever ε = E l one E é o campo elétrico meio no referencial o circuito. Assim, se o circuíto estiver se eslocano em um campo magnético, E e B não estão seno meios em um mesmo referencial. Neste caso, escrevemos a Lei e Faraay como ε = E B ˆn e neste caso o fluxo magnético através o circuito varia tanto evio a uma variação explícita em B com o tempo como evio ao movimento e com relação B. Vamos então calcular a erivaa temporal o fluxo usano a sua efinição φ m [ ] 1 = lim B( r, t + t) B(t) t 0 t 2 1 2

omo se move no campo B, para calcular a variação e fluxo evio a varrer iferentes valores o campo magnético, temos que levar em conta uma importante proprieae este, B = 0 ( B)τ = B ˆn = 0 Vamos aplicar este teorema ao volume formao por 1, 2 e a superfície lateral varria por, em seu eslocamento e t t + t, lembrano, no entanto, que a Lei e Gauss para B se aplica num instante fixo B ˆn = B(t) 2 B(t) 1 B(t)( u T l) = 0 2 1 one B(t) significa o campo meio no instante t. A última integral foi escrita notano que u t l á o móulo o elemento e superfície na superfície lateral. Por outro lao seu sentio é para entro a superfície enquanto que, no Teorema e Gauss, a normal à superfície tem que apontar para fora a superfície. Finalmente, para integrar sobre toa a superfície lateral temos que integrar sobre o perímetro e sua base obteno a última integral na expressão acima. Então B(t) 2 B(t) 1 = 2 1 B(t) ( u t l) Mas, para calcular a variação o fluxo magnético, temos que consierar B poe também estar variano explicitamente com o tempo, ou seja, B(t + t) B(t) + B(t) t +... Então a expressão para a erivaa temporal o fluxo magnético fica φ m [ ] 1 = lim B(t) 2 + t t 0 t 2 2 2 +... B(t) 1 1 mas B(t) 2 B(t) 1 = t 2 1 B ( u l) = t ( B u) l então φ m = ( u B) l 3

e ε = E B + ( u B) l Que é a Lei e Faraay na forma integral para circuitos se moveno em um campo magnético. Naturalmente, poemos sempre utilizar a Leie Faraay na sua forma original E φ m se calcularmos eviamente toas as variações o fluxo, Mas isto nem sempre é eviente e, nesses casos, a outra formula, aplicaa corretamente, evita contraições. Vamos agora ver alguns exemplos. Ex.1: Um circuito retangular e uas partes e área A esta imerso em um campo magnético constante B, perpenicular a seu plano. Inicialmente a chave está fechaa, curtocircuitano o meior V. Quano a chave for aberta, qual será o valor a força eletromotriz meia por V? Resposta usual: ε = φ m t = 0 : t = t : φ m = B A φ m = 2B A one t é o tempo e abertura a chave. ε = 2B A B A t = B A t Mas acontece que esta resposta está erraa, porque só se trocou um circuito pelo outro sem que houvesse aumento ou iminuição e fluxo através eles. Resposta orreta: B ε = + ( u B) l; = 0; u = 0 ε = 0! 4

Ex.2: Uma barra conutora se esloca paralelamente a um fio infinto, ao qual é perpenicular. A barra tem comprimento l e sua extremiae mais próxima o fio está a uma istância ele seno a corrente no fio I e a velociae a barra u. alcule i) a força eletromotriz esenvolvia nas extremiaes a barra. ii) a força necessária para mantê-la com velociae constante i) A barra se esloca no campo magnético o fio, ao por B = µ 0I 2πR êθ em torno o fio. Poemos calcular a força eletromotriz inuzia utilizano a expressão e variação total o fluxo magnético, ou a expressão explícita que erivamos. Vamos começar pela última Neste caso: ε = E B + ( v B) l = 0; B = µ 0 I /2πr ê θ ; v = uê z ; e l = r ê r ε = E l = +l u µ 0I 2πr ( ê r ) r ê r ε = µ 0Iu 2π +l r r ε = µ 0Iu 2π ln + l l. O sinal negativo e ε inica a corrente elétrica apontará no sentio oposto que escolhemos para Vamos agora erivar o mesmo resultao usano a variação e fluxo. Neste caso a barra não forma um circuito fechao. Mas a Lei e Faraay se aplica a qualquer contorno fechao, tenha ele um conutor ou não! Então vamos consierar como o contorno o retângulo varrio pela barra ese o ponto z = 0, e one ele partiu. O fluxo magnético é ao por φ m = µ0 I B = 2πr êθ( ê θ )(ut)r 5

one consieramos = zr ( ê θ ) pela convenção a regra a mão ireita, tomano em conta o sentio que aotamos para l. Então φ m = µ 0Iu 2π +l r r = µ 0Iu 2pi ln + l e ε = µ 0Iu 2pi ln + l O sinal e ε eu oposto o anterior porque l foi agora aotao no sentio posto, sobre a barra. ii) omo a barra não esta ligaa a um conutor, não circulará corrente e, portanto, i = 0 f m = i l B = 0 A força eletromotriz aparecerá como uma tensão nos terminais a barra. Ex.3: Uma barra e comprimento l gira em um campo magnético uniforme B = Bê z com velociae angular constante ω. Qual é o valor a força eletromotriz inuzia entre suas extremiaes? a) Vamos primeiro calcular ε utilizano a forma que separa explicitamente a força eletromotriz o movimento ε = ˆn + ( u B) l, l = r ê r = 0; u = r ωê θ ( u B) l = ωbrr ε = ωb l 0 rr ɛ = 1 2 Bl2 ω b) Para utilizar a forma envolveno a variação total o fluxo, ε = B ˆn. temos que efinir uma área. onsieramos a área o setor circular OAB, supono que a barra passe pelo eixo θ em t = 0. Para o sentio que escolhemos para l, utilizano a regra a mão ireita temos que ˆn = ê z. Então B ˆn = B θ l 0 0 ê z ( ê θ )rrθ = 1 2 Bl2 θ 6

Então: ε = φ m o mesmo resultao, naturalmente. = 1 θ Bl2 2 ε = 1 2 Bl2 ω Relação entre o campo elétrico em um referencial em movimento e o campo elétrico no laboratório (one B é meio) Vimos na aula passaa que a força eletromotriz em um circuito se moveno em relação a um campo magnético poe ser calculaa como ε = E B ˆn ou ε = E B ˆn + ( v B) l Na primeira equação a erivaa total temporal o fluxo tem que ser calculaa, ou seja, a erivaa evio à variação explícita e B com o tempo e a erivaa evio ao movimento o circuito com relação à B. Naturalmente esta seguna erivaa só é nula se B variar também espacialmente. omo inica a figura, mesmo se B não variar com o tempo, ao se eslocar o circuito entra em região e maior intensiae o campo, aumentano o fluxo através e sua área. Já, na seguna equação, estas uas fontes e variação e fluxo estão explicitamente separaas. A primeira integral só é não nula se B varia explicitamente com o tempo. A seguna integral é evia à variação e fluxo varria pelo circuito se moveno com velociae v. Nestas expressões o campo elétrico E é meio no referencial o circuito. e o circuito estiver imóvel no referencial o laboratório (one B é meio), então E = E; v = 0, e forma que ε = E B ˆn ( E) ˆn = ˆn 7

one como já vimos. ou E = B Por outro lao, se o circuito estiver se eslocano com velociae v, temos E ˆn + ( v B) l [ E v B ] B n Aplicano novamente o Teorema e tokes, obtemos [ ( E v B) ] ˆn = ˆn ( E v B) = B Mas / é igual ao campo elétrico meio no laboratório; portanto E = E v B E = E + v B Esta relação poe ser também obtia comparano a força que ois observaores istintos um (A) no referencial o laboratório e outro (B) no referencial o circuito meem sobre um carga fluino no circuito. onsieremos a situação mostraa na figura a seguir. Os campos E( r, t) e B( r, t) são meios no referencial o laboratório. Para o observaor (A), neste referencial, a relação entre E e B é aa pela terceira Equação e Maxwell E = B O observaor (B), por outro lao, mee um força f em seu referencial, que faz as cargas fluírem pelo circuito. Mas como para ele o circuito está parao, a força, magnética q v B é nula, 8

e forma que só poe ser evia a um campo elétrico, f = q E Esta mesma força, meia no laboratório, será f = q( E + v B). omo as forças tem que ser iguais, já que um referencial inercial não poe ser istinguio e outros, temos E = E + v B Nota: Existe uma questão sutil sobre a força eletromotriz o movimento. onsieremos uma situação em que / = 0, e forma que ε = ( v B) l omo a força eletromotriz é o trabalho realizao para transportar um carga em too o circuíto, a integral correspone ao trabalho realizao por uniae e carga. Mas sabemos que o campo magnético não realiza trabalho sobre uma carga em órbita no campo; então esta integral não terá que ser sempre nula? Para responer esta pergunta, recoremos como emonstramos que a energia cinética e uma carga em um campo magnético se conserva. Partimos a equação e movimento e multiplicamos escalarmente por B: m v = q v B m v v = q v ( v B) ( mv 2 2 ) = 0 Portanto a entrega cinética se conserva ao longo a órbita a carga. Mas um circuito qualquer não segue necessariamente a órbita a carga no campo magnético, como inicao na figura! e seguisse a órbita teríamos l = v e forma que ( v B) l = 0 Mas para uma órbita qualquer l v e o 9

trabalho realizao pela força magnética ao longo o circuíto poe ser não nulo. Ex.1: Uma espira e laos a e b e resistência R está encostaa em um longo fio vertical, conforme mostra a figura. No instante t = 0 a corrente no fio é ligaa e aumenta linearmente com o tempo, seguno a expressão I = I 0 T t one I 0 e T são constantes. No mesmo instante a espira começa a se afastar o fio com velociae constante v = vê r alcule a corrente é inuzia na espira em função o tempo. olução: ampo evio à corrente no fio ε = E B ˆn + ( v B) l B l = µ 0 I B = µ 0I t 2πr T êθ B = µ 0I 0 2πr ˆr θ (veja, nessa erivaa parcial r = cte!!!) B r +a ˆn = µ 0 I 0 r 2πT êθ ( ê θ br ) B ˆn = µ 0I 0 b ( r + a ) 2πT ln r 10

A força eletromotriz o movimento será ( v B). l = [ ( )] µ0 I vê r 0 vt 2πr T êθ l = µ 0I 0 vt 2πr T b [ 1 r +a 1 ] µ r = 0 I 0 vt 2πT a r (r +a) Então a força eletromotriz total sera = µ 0I 0 b 2πT ε = µ 0I 0 b 2πT [ ln ( r + a r ) a a+r a r + a ] e i (t) = µ [ ( 0I 0 b a + vt ln 2πT R vt a a + vt )] Esta corrente iverge em t = 0; mas isto é evio somente a termos suposto o fio e imensão nula. e consierarmos que, no instante t = 0, r = δ, one δ é o raio o fio, esta ivergência esaparece; mas e qualquer forma a corrente será muito alta no início. Por outro lao, quano t temos r ln ( ( ) ) r +a a = ln 1 + a r a r 1 a a + vt a r O gráfico ao lao mostra a variação e i (t). i (t) 0 Desafio: Obter o mesmo resultao a partir e ε = φ m /! 11