ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 14 ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA À TORÇÃO

Documentos relacionados
14 ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA À TORÇÃO

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 7 RESISTÊNCIA AO ESFORÇO TRANSVERSO PROGRAMA

Esforço Transverso. Luciano Jacinto. Setembro de 2015

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 13 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS RELATIVAS A PILARES E PAREDES

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Prof. José Milton de Araújo FORMULÁRIO E TABELAS

Considere as seguintes expressões que foram mostradas anteriormente:

ES013 - Exemplo de um Projeto Completo de Edifício de Concreto Armado. Prof. Túlio Nogueira Bittencourt. Aula 6. Cálculo e Detalhamento das Vigas

CÁLCULO DE ARMADURAS LONGITUDINAIS DE VIGAS RECTANGULARES DE BETÃO ARMADO SUJEITAS A FLEXÃO SIMPLES PLANA DE ACORDO COM O EUROCÓDIGO 2

Coeficientes de dilatação térmica - linear

6 Previsões teóricas Cálculo segundo procedimento de Leon et al. (1996) Momento resistente da ligação

PROJETO ESTRUTURAL. Márcio R. S. Corrêa ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND

33.1 Apoios direto e indireto

7 RESISTÊNCIA AO ESFORÇO O TRANSVERSO PROGRAMA

3 Equações de movimentos

P U C R S PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CONCRETO ARMADO II FORÇA CORTANTE

2. FLEXO-TORÇÃO EM PERFIS DE SEÇÃO ABERTA E PAREDES DELGADAS.

No dimensionamento à flexão simples, os efeitos do esforço cortante podem

Vigas: Solicitações Tangenciais CONCRETO ARMADO

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I PROGRAMA

31.1 Treliça de Mörsch

Critério de Resistência

Estruturas de Betão Armado II 18 Pré-Esforço Estados Limites

DIMENSIONAMENTO PLÁSTICO DE PÓRTICOS METÁLICOS. Vítor José Fernandes Félix Vitorino Paulo de Oliveira Ribeiro Leal SUMÁRIO

III- FLEXÃO SIMPLES 1- EQUAÇÕES DE COMPATIBILIDADE DE DEFORMAÇÃO

O valor máximo da tensão tangencial de cisalhamento é obtido no ponto onde o momento estático é máximo, isto é, na linha neutra.

φ p 400 mm. A carga de cálculo transmitida pela laje ao pilar é igual a Q d 1120 kn

Estruturas de Betão Armado II 12 Método das Escores e Tirantes

Figura 6.22 Perímetros de controlo para pilares interiores

2 Cargas Móveis, Linhas de Influência e Envoltórias de Esforços

ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 12 EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL

PROPOSTA PARA REVISÃO DA ABNT NBR 15200:2004. Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio

Calcular os pilares, a viga intermediária e a viga baldrame do muro de arrimo misto indicado na figura 40. Dados:

DIMENSIONAMENTO À TORÇÃO

AULA: TORÇÃO EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO

Cascas. Placas e Cascas Mestrado Integrado em Engenharia Aeronáutica. Placas e Cascas

7ADERÊNCIA ENTRE O CONCRETO E O AÇO

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO À FORÇA CORTANTE

5 Reforço de Vigas à Torção com Compósitos de Tecidos de Fibras de Carbono

Flexão normal simples

8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007

PROJECTO DE ESTABILIDADE DA ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM ARTUR RAVARA

DIMENSIONAMENTO ÓTIMO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO COM SEÇÃO T

Departamento de Ciências Aeroespaciais - Universidade da Beira Interior. Cascas. Cascas

Estruturas de Betão Armado II. 11 Lajes Fungiformes - Punçoamento

Estacas sob acções sísmicas

ENG 2004 Estruturas de concreto armado I

Estruturas de Betão Armado II 11 Lajes Fungiformes - Punçoamento

detalhamento das armaduras das lajes

8 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS RELATIVAS A VIGAS PROGRAMA

Dimensionamento de armaduras em elementos laminares

ANÁLISE TEÓRICA E EXPERIMENTAL DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO COM ARMADURA DE CONFINAMENTO

Projeto do compensador PID no lugar das raízes

ESTRUTURAS DE BETÃO 2. 9 de Julho de 2007 Época de Recurso Duração: 3h

Torção em Vigas de Concreto Armado

REFORÇO DE ESTRUTURAS POR ENCAMISAMENTO DE SECÇÕES

2 Revisão Bibliográfica

Estacas sob acções sísmicas

SECÇÃO 7 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO

Fadiga de Estruturas. Fadiga: Revisão. Fadiga de estruturas soldadas. recomendação do IIW. recomendação API 579. Análise de projetos. Exemplos.

PROTEÇÕES COLETIVAS. Dimensionamento. Guarda-Corpo FUNDACENTRO FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO SANTA CATARINA

Estrutura de uma avião

Graduação em Engenharia Civil Mestrado Acadêmico Faculdade de Engenharia FEN/UERJ

EUROCÓDIGO 2 EN Júlio Appleton

Estruturas de Betão Armado II 6 Lajes Vigadas Pormenorização

Fenômenos de Transporte III. Aula 07. Prof. Gerônimo

MECÂNICA APLICADA II

Aula 22 Convecção Natural

FLEX-1 Autores: Joaquim Mota / Magnólia Mota

Intervalo de Confiança para a Variância de uma População Distribuída Normalmente. Pode-se mostrar matematicamente que a variância amostral,

FLEXÃO NORMAL SIMPLES Dimensionamento de Seções Retangulares

Convecção Natural. v (N 1) x T (N 3)

SUMÁRio ,. PARTE - CONCEITOS BÁSICOS SOBRE CISALHAMENTO. CAPíTULO 1 TENSÕES DE CISAlHAMENTO NA FlEXÃO EM REGIME ELÁSTICO 12

CIRCUITO EQUIVALENTE DA MÁQUINA ASSÍNCRONA. José Roberto Cardoso. Motor de Indução Parado com terminais do rotor em aberto

8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007

Sumário e Objectivos. Mecânica dos Sólidos 8ªAula. Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008

Figura 1 - Distribuição de tensões tangenciais d cheias Pode-se notar que as tensões de torção nos eleme próximas às extremidade, com tensão igual a z

4. DIMENSIONAMENTO AO ESFORÇO CORTANTE

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE BETÃO DE ACORDO COM OS EUROCÓDIGOS 14, 15 E 16 DE FEVEREIRO DE 2007

Lista 4 Prof. Diego Marcon

Estruturas de Betão Armado II 5 Lajes Vigadas Estados Limites

DIMENSIONAMENTO ÓTIMO DE SEÇÕES DE VIGAS T EM CONCRETO ARMADO

EXAME NORMAL. x 2 B D. x 1 C. Análise Avançada de Estruturas Sem consulta (excepto formulário fornecido) Duração: 3h00m

FLEXÃO NORMAL SIMPLES Dimensionamento de Seções T

A imagem é real, invertida e reduzida.

JUNTAS DE DILATAÇÃO EM EDIFÍCIOS DE BETÃO

5 Apresentação e Análise dos Resultados

FISSURAÇÃO INCLINADA DEVIDA À FORÇA CORTANTE. Fissuras inclinadas. τ f. ρ w.estribo

Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial

Anexo 4. Resistência dos Materiais I (2º ano; 2º semestre) Objetivos. Programa

fct - UNL ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 3 MATERIAIS Válter Lúcio Fev

REFORÇO DE ESTRUTURAS POR ENCAMISAMENTO DE SECÇÕES

Flexão Simples Armadura Transversal de viga

REABILITAR 2010 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DAS ESTRUTURAS AFECTADAS POR REACÇÕES EXPANSIVAS DO BETÃO

5 DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE ROTAÇÃO PLÁSTICA

Optimização do servomecanismo de um disco rígido

Dimensionamento de Estruturas de Betão de Acordo com os Eurocódigos

Capítulo 5. Modelação do SRED, Conjunto Máquina assíncrona - Conversores. 1 Introdução

Sumário: Flexão segundo os dois Eixos Principais de Inércia ou Flexão Desviada. Flexão Combinada com Esforço Axial.

Universidade de São Paulo Escola Politécnica - Engenharia Civil PEF - Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações

Transcrição:

ESRUURS DE BEÃO RMDO I ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO PROGRM 1 Introdução ao betão armado 2 Bae de Projecto e cçõe 3 Propriedade do materiai: betão e aço 4 Durabilidade 5 Etado limite último de reitência à tracção e à compreão 6 Etado limite último de reitência à flexão imple 7 Etado limite último de reitência ao eforço tranvero 8 Dipoiçõe contrutiva relativa a viga 9 Etado limite de fendilhação 10 Etado limite de deformação 11 Etado limite último de reitência à flexão compota com eforço normal e à flexão deviada 12 Efeito de egunda ordem provocado por eforço axial 13 Dipoiçõe contrutiva relativa a pilare e parede 14Etado limite último de reitência à torção álter Lúcio Junho 2006 1 ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO ÍNDICE 1 Eforço de torção, torção de euilíbrio e torção de compatibilidade 2 Mecanimo de reitência à torção 3 Modelo de cálculo da reitência e de dimenionamento à torção 4 Dipoiçõe contrutiva para a torção 1 ESORÇO DE ORÇÃO, ORÇÃO DE EQUILÍBRIO E ORÇÃO DE COMPIBILIDDE DE a B deformada l M = a C ORÇÃO DE EQUILÍBRIO M = a = M = a LEXÃO ORÇÃO Por euilíbrio, tem ue exitir momento toror na viga B-C álter Lúcio Junho 2006 2

ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO B ORÇÃO DE COMPIBILIDDE C deformada REDISRIBUIÇÃO DE ESORÇOS M M = 0 LEXÃO = M LEXÃO = 0 ORÇÃO ORÇÃO Por compatibilidade de rotação no nó B, exite momento toror na viga B-C Por perda de rigidez de torção da viga B-C, é poível efectuar uma reditribuição de eforço, eliminando o momento torore na viga B-C, em haver perda de euilíbrio na etrutura álter Lúcio Junho 2006 3 ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO 2 MECNISMOS DE RESISÊNCI À ORÇÃO EORI D ELSICIDDE ditribuição de tenõe tangenciai varia linearmente com a epeura da peça EORI D PLSICIDDE ditribuição de tenõe tangenciai é contante numa epeura periférica álter Lúcio Junho 2006 4

ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO 3 MODELO DE CÁLCULO D RESISÊNCI E DE DIMENSIONMENO À ORÇÃO Conidera-e uma ecção oca, fechada, de parede fina e epeura eficaz Com = /u 2a Onde: é a área total da ecção tranveral definida pelo eu contorno exterior (incluindo eventuai área interiore oca), u é o perímetro do contorno exterior da ecção, e a é ditância do eixo da armadura longitudinai à uperfície exterior da ecção Conidere-e o fluxo reultante da tenõe tangenciai na epeura eficaz: = O momento toror é a reultante do binário de força ( i = z i ): = ( z 2 ) z 1 + ( z 1 ) z 2 Ou eja: = 2(z 1 z 2 ) ou ainda: = / 2 onde = z 1 z 2 logo: i = z i /2 z 1 álter Lúcio Junho 2006 5 a z 2 ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO Podemo então, coniderar ue cada parede fina etá ujeita a um eforço tranvero i, e ue o funcionamento à torção e aemelha ao funcionamento ao eforço tranvero em cada uma da face da viga Conideremo o modelo de ecora e tirante repreentado na figura 1 = z 1 /2 2 = z 2 /2 2 1 z 2 2 1 1 z 1 2 1 2 θ w = fywd z ν1 bw z = αcw + tgθ Δ l = cotg θ reitência ao momento toror, pode er determinada por analogia com a reitência ao eforço tranvero, onde b w = f ywd = f yd 10 cotg θ 25 45º θ 218º f ν = c 1 06 1 com f 250 c em MPa α cw = 1 álter Lúcio Junho 2006 6

ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO verificação da egurança ao momento toror conite em: 1 Dimenionamento da armadura longitudinai a adicionar à armadura de flexão: Δ l, por face = i cotg θ u l f yd = 2 Onde l é a armadura total longitudinal a ditribuir no perímetro u da área /2 u 2 Dimenionamento da armadura tranverai a adicionar à armadura de eforço tranvero: 2 z i w = zi fyd Ou eja: Onde w é a armadura tranveral a colocar em cada parede fina w = 2 fyd álter Lúcio Junho 2006 7 ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO 3 erificação da egurança da ecora inclinada de betão: reitência à compreão da ecora de betão deve ter em conta a compreão reultante do eforço tranvero, uando a eguinte expreão: Sendo determinado como e egue: + zi υ1 tef zi = αcw Ou eja: 2 + tgθ f ν = 06 1 c com 1 com f c em MPa α cw = 1 250 10 cotg θ 25 45º θ 218º 10 = 2 α cw υ1 tef cot gθ + tgθ Nete cálculo, o ângulo a uar deve er o memo do uado para o ef tranvero, com o eguinte limite: álter Lúcio Junho 2006 8

ESRUURS DE BEÃO RMDO I 14 ESDO LIMIE ÚLIMO DE RESISÊNCI À ORÇÃO 4 DISPOSIÇÕES CONSRUIS PR ORÇÃO cinta de torção devem er fechada e amarrada por obrepoição, ou pouir gancho na extremidade 350mm O epaçamento da cinta de torção não deve exceder: u/8, onde u é o perímetro do contorno exterior da ecção, a menor dimenão da ecção tranveral da viga, o limite indicado para o etribo de ef tranvero O varõe longitudinai devem er colocado de forma a ue haja pelo meno um em cada canto, devendo o retante er ditribuído uniformemente no contorno da cinta, com um epaçamento não uperior a 350mm álter Lúcio Junho 2006 9