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ANEXO M Conversa com professora do 6º ano do ensino fundamental sobre a unidade de investigação descobertas científicas processo transdisciplinar como as disciplinas subsidiam a unidade. Data: 10.11.2010 Início: 14.15h Final: 14:37h Bom, a idéia é a seguinte, a idéia é compreender melhor como os conteúdos de várias disciplinas podem ser trabalhados dentro de um contexto maior, dentro de um tema maior, e não fragmentados, como é o sistema tradicional de ensino. Tá. Então queria saber basicamente como usou este conteúdo específico na aula de ciências, para dentro da unidade de investigação, o que é? Então, é sobre descobertas científicas, então as crianças teriam que aprender sobre descobertas famosas, as importantes enfim, e as contribuições dessas descobertas à sociedade, os métodos utilizados pelos cientistas pra chegar a essas descobertas, e descobertas que estão sendo feitas atualmente. Então, na verdade quando eu penso, no Unit of Inquiry, numa unidade de pesquisa, na hora que eu estou planejando, eu sempre penso assim, qual é a relevância daquela matéria, para eles poderem entender esse conteúdo. Então, o que, por exemplo, em língua, me ajudaria para eles chegarem nesse conteúdo, o que na matemática, eles aprenderiam para chegar nesse conteúdo porque, na verdade, a vida não é fragmentada. Então, porque a verdade é, porque o mundo, a nossa realidade não é fragmentada, a gente só fragmentou para eles poderem entender melhor os conteúdos. Então, para mim em língua, eu penso assim, se você pensa em procedimento, cientificamente, óbvio, que você vai ensinar o gênero de procedimento. 1

Que é um gênero dentro da língua. Que é um gênero dentro da língua. Então assim, como escrever instruções, certo? Aí lógico, que na hora que você vai ensinar a escrever instruções, você vai ver as particularidades daquele gênero. Então, você vai ver, por exemplo, quais são os conectivos que você vai usar, então em inglês você tem o first, o then, o next, você vai apresentar em texto para eles antes, em relação a isso, para eles poderem identificar, para eles verem que tem a parte com apparatus, que seria os equipamentos, que procedimento é escrito passo a passo, que geralmente é escrito na voz imperativa. E isso é melhor ser feito dentro de um contexto? Sem dúvida alguma, então. Exato, se você se, quer dizer, aprender vai aprender, mas quando existe uma relevância ou uma necessidade, eles tinham que criar um experimento para descobrir, para responder uma pergunta. Que o inicio do pensamento científico é esse, se você tem uma pergunta, você cria uma hipótese e você tem que testar aula hipótese. Então, quando eles tinham que criar esse experimento, na hora de registrar isso eles precisavam do quê? Desse gênero textual, então foi assim que a língua contribuiu para esse gênero. É claro que é importante, que o professor pelo menos modele, ou faça, com eles pelo menos um, para servir de exemplo, pra depois eles escolherem um tema que eles queiram pesquisar, dentro daquele campo da ciência que eles queiram pesquisar, não é? Então tem que haver sempre um equilíbrio entre o que o professor ensina, e mostre o que você deixa o aluno descobrir, mas você não pode deixar totalmente solto, tem que ter uma orientação, eles tem que saber qual é o caminho. Então o grande barato eu acho eu do Inquiry, é que daí, uma vez que você já fez o modelo para eles, que eles possam escolher dentro das curiosidades deles, o que eles querem fazer, então você deu as ferramentas, você deu as habilidades da língua, você deu vocabulário, você apresentou uma série de coisas, e aí claro, se você ta falando bom agora, você vai pesquisar dentro do seu campo da ciência, aquilo que você quer. Ah, como é que eles sabem qual é o campo da ciência, bom, é porque teve uma atividade no começo, em que eles viram em que a ciência é dividida em diferentes campos, então eu achei lá, um website, que 2

tinham os diferentes campos da ciência e as descobertas, então eu deixei, obviamente eles explorarem, darem uma olhada nos temas, pra tirarem umas idéias, a gente chegou a fazer uma linha do tempo, a gente viu que uma descoberta lavava a outra descoberta, ta, a gente discutiu a diferença entre descoberta e invenção, eu li pra eles um texto de um livro, que conta como foi feita a descoberta em relação à causa da febre amarela, e explicava bem direitinho todos os passos do movimento científico. Então, não é que eles vão adivinhar, eles vão tirar aquilo do nada, você dá as suas aulas, você dá as suas orientações. A história, é mais ou menos como você educa uma criança na sua casa, tem horas que você puxa a rédea, tem horas que você solta a rédea, você tem que mostrar pra eles, você como pai e mãe, você vai dar um modelo daquilo que é esperado, mas você tem que deixar ele viver, tem que deixar ele experimentar, não ta dando certo, você da uma puxadinha. Tá indo bem vai soltando, e a criança vai o quanto que ela quiser ir naquele assunto. Agora, como é que isso é avaliado, então você tem que definir critérios claros, então, a gente discutiu esses critérios, então, quando eles foram fazer o gênero do procedimento científico, a gente criou um checklist juntos. Então tá, então quando você vai criar um experimento, pra responder uma pergunta, pra testar sua hipótese, então o quê que você precisa, ah, você precisa disso, então você tem que ter a pergunta, a hipótese. É, mas isso foi criado a partir, de uma coisa que já foi feito antes, o checklist foi construído com eles, aliás, quanto mais velhas as crianças, ou desde pequenininho você for acostumando eles, construindo os critérios e as categorias junto com você, fica mais claro o quê que é esperado dele naquele trabalho. Esse é de um autor? (mostrando um cartaz no quadro) Esse é de um autor, isso foi tirado, exatamente, mas é que caiu, super bem com o que eles falaram, mas se você olhar o caderno de língua deles, existe o checklist que eles criaram por procedimento científico. E eles usam mais ou menos, eles usam os dois? Sim, eles usam, é que um, é igual ao outro. 3

É bem parecido? É bem parecido com o outro, poderia ter, até digitado o impresso, eles tem no caderno. É só uma maneira diferente de ver a mesma coisa, que é outra coisa acho que importante. Você até comparar, olha, vocês pensaram nisso, existe isso, e aí, ta batendo, o quê que falta, porque que faltou isso? É importante para nós incluir isso? Vamos deixar isso de fora? Então, você falou da aera da linguagem, você começou com descobertas científicas com conteúdo da área de ciências, é isso? Da área de ciências, então assim, justamente o que é uma descoberta? Qual a diferença de uma descoberta e de uma invenção? É, mas isso... Aí, a gente faz umas perguntas pra ver o quê que a gente já sabe sobre esse assunto, então tem que você viu, alguns guiding questions, então, quais descobertas que você conhece, quem as fez, você acha que essas descobertas é importante pra sociedade, pra ver aonde, o quanto que eles sabem. O método, obviamente também é parte disso aí. Foi feita pergunta em relação ao método, como é feito, tem crianças que já tinham uma boa noção, outras não tinham noção nenhuma. Quem não atua, numa escola, por exemplo, tradicional, como é que você ver que eles introduziriam esse termo de descoberta científica? Existe esse termo na área de ciência em qualquer currículo? 4

Olha, eu nunca cheguei a pesquisar outros currículos de uma escola tradicional, mas eu credito que sim, agora... Isso faz parte do que é esperado dentro o programa de ciências do MEC para 6º do ano, ou pode está dentro do primary? Eu acho eu estaria dentro do primário, não posso dizer exatamente se estaria dentro do sexto ano ou não, teria que tá pegando, mas dentro dos parâmetros curriculares nacionais, dentro daquele ciclo, aí sim, existe. E aqui, ainda que possa haver unidade de investigação que traz tal conteúdo que inclui enfim, os métodos que você ta falando, e onde também pode entrar, por exemplo, o uso desse procedimento que você chamou de...? Na área de língua? De instrução, escrita de instruções. Sim, eles já fizeram em outros anos, e isso assim, para escrever receitas, então se você olhar, porque, como a escola, é uma escola que vem do ideal construtivista, e você pensa na idéia do espiral, eles não vão ver só o método, ou a escrita de instruções, ou de procedimentos no Year Six, mas eles já trabalharam, eles foram até trabalhado isso como stand alone, com uma coisa a parte, porque também nem tudo se encaixa, você não pode inventar, porque aí, você corre o risco de criar os links artificiais, quando existe a relevância, o link, pomba, pó, isso aqui casa direitinho, vai ser super relevante e legal, e se não casar, você nunca vai ensinar, então, você casa. Então, o caso desse conteúdo é a ciência, o gênero da língua, e de repente até algo que pode... Não, na matemática, então, na matemática existe a parte de date reading, de coletas de dados, ou como é que você lida com os dados, então dependendo do experimento, vou perguntar: como é que você vai colher esses resultados, como é que você vai registrar esses resultados, 5

você vai repetir o procedimento? Eles constroem tabelas, como é que você acham mais interessante, já apresentar isso? Vocês vão escrever a conclusão. Mas pra uma pessoa ter o visual, não é melhor? Não é mais claro? Então eles aprendem a construir gráficos a partir disso, mas eles já viram gráficos também em outros anos, o que a gente tem que levar em conta, é que o year six, nesta escola internacional, o ano de conclusão do primário, então teoricamente eles já têm algumas dessas ferramentas a gente? E aí você tem que mostrar junção, a parte de date reading, a próxima unidade de pesquisa que é sobre mídia, eles vão usar muito, porque eles vão ter que criar, por exemplo, um questionário, eles vão querer vender um produto. Vamos supor que eles vão querer vender um celular, eles tem que decidir um público alvo, eles vão criar um questionário, sobre, como que é que aquele público alvo gostaria de ter um celular? Certo, então vamos fazer a pesquisa, vamos ver a diferença entre dados quantitativos, dados qualitativos, como é que você registra isso numa tabela, qual é o gráfico melhor pra isso, o quê que essa informação de traz, na hora de criar o seu slogan, ou a sua campanha. A gente tem já um convidado que vem esse ano, que trabalha numa agência de propaganda, que vai vir contar o processo, ano passado nós tivemos outro pai, então é legal você trazer a comunidade, de você trazer pais que trabalham com isso, ou profissionais, pra eles verem isso na prática, eu acho que torna o conteúdo mais interessante. Você me fez a pergunta sobre ensino tradicional, eu acho que a gente tem que tomar um pouco de cuidado, com estereótipos a gente, então se você pensar no ensino tradicional do nosso tempo, ah, tinha aquele livro, você seguia a seqüência daquele livro. Aprendia? Bom, depende, eu acho que tem aluno que aprende em qualquer contexto, tem aquele aluno que vai aprender de toda maneira, mas eu acho isso aqui muito mais relevante e significativo, vamos colocar dessa maneira, acho que essas duas palavras são muito importantes nessa metodologia, algo relevante, significativo, apropriado para a idade deles, então a chance deles aprenderem realmente aquele conteúdo é muito maior, e entender a relevância disso pra vida. Pra vida. Então, fora a linguagem. Ciências em matemática, vamos dizer assim, a gente tem no corpo, da escola aí, tem a física, música, drama, artes... Outros especialistas. Então, eu acho o seguinte. 6

Então, mas nessa unidade específica... Como é que foi trabalhado isso. Como é que aconteceu? Existe alguma outra área que teve uma conexão real? Então, eu vou te falar assim: as melhores conexões, as conexões mais reais, que eu pude observar nessa unidade especificamente, foram a matemática e a língua, honestamente. E português entra em língua também, sim, ciências, é que eu nem penso em ciências de uma maneira fragmentada porque já é muito obvio, nesse tema transdisciplinar, você vai entrar em conteúdo da ciência, que puxa pro lado da ciência. Olha, em drama... Estudos sociais, eu complementei. Então, estudos sociais também, porque, se você tá discutindo com eles, qual a importância da sociedade, por exemplo, naquela atividade, que eles tinham de escolher as 10 descobertas, que eles consideraram as mais importantes, e tentá-las colocar assim, quem vem em primeiro, quem vem em segundo, quem vem em terceiro. Aí é opinião deles? É, opinião deles. Só que, eles tinham que saber algo sobre aquela descoberta pra poder, a gente fala isso, suport their views, é pra dar apoio ou justificar a opinião deles. Então foi legal, que eles aprenderam, sobre um monte de descobertas no geral. Ou seja, estudaram história? 7

Estudaram história, estudaram a importância, e como uma descoberta levou a outra. Foi até interessante, porque chegou um livro novo da biblioteca, que justamente traz esse ranking, eu nem sabia que esse livro existia, eu até mostrei, e depois falei, olha gente, esse livro acabou de chegar, alguém pensou, na mesma idéia de vocês, e é legal que a introdução do livro, discutia isso, que talvez eles podiam concordar com aquele ranking, ou não, quais foram os critérios adotados pelo autor pra fazer aquele ranking. Então na verdade... é que a idéia, é que de repente tenha um livro. Pôde comparar com a introdução totalmente, em termos de critério, em termos de relevância... É, exatamente, isso abre para os diferentes campos da ciência, eles chegaram a conclusão de que fica difícil de você falar, que tal descoberta é mais importante do que a outra, que depende do campo da ciência. Tem uma questão assim, em que eu não sei se vai dar pra gente falar ainda, mas, os alunos percebem essa conectividade assim entre as áreas assim, isso? Olha, eu não vejo problema nenhum em um professor explicitar a conectividade, eu acho que não ter que ter mistério. Até porque eles vêm de uma geração de pais, que viram de forma fragmentada. Então, você acha que eles já, você acha que eles já entendem essa estrutura do PYP, nesse sentido de ter uma unidade, e a partir dessa unidade, então os estudos vão acontecendo, e entrando e saindo? Eu vou responder a sua pergunta, de uma maneira muito interessante. Ano passado, não vou me lembrar qual foi o unit, e eu botava ah gente, a gente tem que escrever os horários das aulas na lousa. Então tinha lá, língua, e tinha Inquiry, e tinham vários momentos que as crianças me perguntavam, mas professora, a gente ta fazendo língua, ou a gente ta 8

fazendo o inquiry? Sei, na verdade os dois, por quê? Então, essas perguntas vinham, mas na verdade a gente ta fazendo matemática, ou a gente ta fazendo o inquiry? Então, eu acho que quando vem essas perguntas... Mas o Inquiry, significava, que estava dentro da unidade? Sim. Você pode fazer em qualquer, sim, talvez até assim, o ideal o ideal era você nem ter que ter esse horário, mas tem coisa que você tem eu ensinar, eu acho que ensinar tudo, via inquiry, seria maravilhoso. Eu não consegui chegar nesse estágio ainda. Não, mais podia ta, em vez de inquiry, poderia ta unit. Não, mas inquiry e unit são a mesma coisa. Não o conceito em si da palavra? Ah, de unidade, pode ser. Eu nunca vi isso dessa maneira, eu nem... O inquiry... É pesquisa, e unit, é unidade, mas a verdade é que o título é Unit of inquiry, unidade de pesquisa. É, tudo bem. Eu acho assim, quanto mais conexões você conseguir fazer, mais relevante ficam os conteúdos. Eu enxergo dessa maneira, eu acho que eles adoram, eles estão super engajados no projeto, eles não estão assim, entediados... 9

Ao contrário, né... Não, mas tem hora que tem coisas que você tem que ensinar da maneira tradicional, faz parte. O importante é o equilíbrio, eu acho que o importante, é o equilíbrio. Vamos supor, na aula de educação física, tem hora que você, eles podem assistir um jogo e tentar descobrir as regras daquele jogo, mas na hora que você vai ensinar o movimento, a melhor maneira... Nessa unit mesmo, na Unit Six, eu simplesmente, esqueci a unit, porque eu não consegui fazer conexões, pelo menos não pensar em conexões, então a gente trabalhou o conteúdo voleibol, até de uma forma inquiring... Sim, de pesquisa, de descoberta. É. De pensar, de querer, de fazer. Sim, mas não é uma descoberta que fez uma mudança social, por exemplo, no ramo de PE... Não, com certeza. Que trouxe uma grande importância, talvez você poderia ter olhado assim, a parte de como usar os anabolizantes, é, de qual é o efeito disso, de como são as descobertas da ciência como contribuem com o melhor rendimento. Então, pensa nas roupas na natação. Porque que a roupa é coladinha? Aí entra, toda a parte de ética, eu ouvi dizer, por exemplo, que descobriu a usar aquele maiô, daí eles viram que não dava pra usar, daí que os nadadores raspam os pelos, para diminuir o atrito, isso é ciência gente. Você precisa de tempo para trabalhar. 10

Você sabe que, isso até tinha sido conversado originalmente, é, eu acho que eu vou fazer o que você está me dizendo. 11