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Atualizado em Maio/2014 Página 1 de 10

EMB. DECL. EM AC CE ( /01). RELATÓRIO

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

Transcrição:

Origem: PRT 1ª REGIÃO Membro Oficiante: MARCELA CONRADO DE FARIAS RIBEIRO Interessado 1: MUNICÍPIO DE ITAPERUNA Interessado 2: MPT Assunto: TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 04.08 RECURSO ADMINISTRATIVO. INDIVIDUALIZAÇÃO DE DEPÓSITOS DE FGTS. DESNECESSÁRIA ATUAÇÃO QUALIFICADA DO MPT. Do ponto de vista do trabalhador, credor dos depósitos de FGTS não individualizados, o interesse é exclusivamente patrimonial. Haverá interesse dos órgãos estatais na cobrança da dívida apenas em relação aos órgãos arrecadadores, fiscalizadores e gestores do FGTS, que são os legitimados preferenciais para o exercício dessa tutela coletiva. Recurso conhecido e NÃO PROVIDO. Indeferimento de Representação que se HOMOLOGA. RELATÓRIO Trata-se de recurso administrativo interposto pela Procuradora do Trabalho Carina Rodrigues Bicalho, em face da decisão que indeferiu a TVL 1

instauração de inquérito civil. Recebido o recurso, manteve-se a decisão de arquivamento, remetendo-se os autos à CCR (fl. 45/48). Os autos foram sorteados e distribuídos a este Relator (fl. 51). É o breve relatório. ADMISSIBILIDADE Conheço do presente recurso, haja vista observância do prazo previsto no artigo 10-A da Resolução CSMPT nº 69/2007, bem como pelo inconformismo da manifestação do recorrente, essencial ao recurso. FUNDAMENTAÇÃO O Membro oficiante promoveu o arquivamento da NF nº 000148.2014.01.003/9, indeferindo o pedido de instauração de inquérito civil sob vários argumentos, a saber: 1) a CEF, na qualidade de agente operador e autoridade, ter a obrigação de zelar pela individualização dos depósitos de FGTS já terem sido sanadas, através da atual sistemática arrecadatória TVL 2

denominada Conectividade Social ; 3) haver legitimidade da CEF, da PFN, do trabalhador e do Sindicato para atuar no sentido de obter individualização da conta; 4) a CEF possuir meio hábil a resolver administrativamente a problema através da não emissão ou cancelamento de Certificado de Quitação do FGTS para os Municípios que não individualizarem os depósitos; 5) o TEM possuir a atribuição legal de verificar o descumprimento do disposto na Lei do FGTS, em nome da CEF e; 6) haver previsão legal para reversão de recursos eventualmente existentes sem titularidade definida em favor do próprio Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. A Egrégia Câmara de Coordenação e Revisão do MPT vinha, em sua composição anterior, perfilhando entendimento segundo o qual, em se tratando de matéria afeta a depósitos de FGTS, haveria sempre repercussão social a justificar a intervenção do órgão de execução ministerial, dada a natureza de fundo social atribuída ao FGTS. Entretanto, a nova composição do Colegiado, em natural reexame da questão, construíra diferente posição no sentido de não ser a simples natureza coletiva do interesse ou do direito que irá determinar de forma impositiva e inafastável a intervenção do MPT, em toda e qualquer hipótese que envolva o não recolhimento do FGTS. Além da feição metaindividual do direito em relação ao qual se pretende obter a tutela coletiva pelo MPT, deve o Procurador do Trabalho TVL 3

firmar sua convicção acerca da presença do necessário valor jurídico para intervenção ministerial, bem como da existência de relevância social para a promoção da ação civil pública na espécie, já que se trata da defesa de interesses individuais homogêneos de cunho patrimonial/privado, que somente são coletivos na forma de defesa judicial. Observo que, do ponto de vista do trabalhador, credor dos depósitos de FGTS não individualizados, o interesse é exclusivamente patrimonial. Haverá interesse dos órgãos estatais na cobrança da dívida apenas em relação aos órgãos arrecadadores, fiscalizadores e gestores do FGTS, que são os legitimados preferenciais para o exercício dessa tutela coletiva. Sob esse prisma, no caso ora analisado, não vislumbro relevância social capaz de ensejar a atuação do Ministério Público do Trabalho. Com efeito, a SRTE Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, a CEF - Caixa Econômica Federal e a PGFN - Procuradoria da Fazenda Nacional estão melhor aparelhadas para arrecadar as contribuições em análise do que o MPT. As citadas instituições têm como suas atividades precípuas e finalísticas a tutela administrativa e judicial dos recursos do FGTS, além de serem dotadas de instrumentos jurídicos específicos para a relevante finalidade, como as Notificações para Depósito de Fundo de Garantia NDFG, a inscrição do devedor na Dívida Ativa da União e o ajuizamento de Execução Fiscal para cobrança de débitos com o FGTS, mediante convênio CEF/PGFN. Deste modo, a promoção de arquivamento está em sintonia com TVL 4

o artigo 1º, da Lei n. 8.844/94 Destarte, a Câmara de Coordenação e Revisão já firmou posicionamento nesse sentido, conforme se percebe das ementas abaixo transcritas: Ementa do processo nº 8671/2014 RECURSO CONTRA O ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO CIVIL. IRREGULARIDADE TRABALHISTA DE CUNHO PATRIMONIAL. NÃO RECOLHIMENTO DE VALORES RELATIVOS AO FGTS. AUSÊNCIA DE LEGITIMAÇÃO DO MPT PARA ATUAR NA DEFESA DE INTERESSE MERAMENTE INDIVIDUAL. É dispensável a intervenção do MPT, quando a denúncia reporta fatos relativos a direito de caráter individual e patrimonial, cuja tutela pode ser buscada pelo sindicato representante da categoria a que pertence o trabalhador. Recurso administrativo conhecido, e não provido. Promoção de arquivamento que se homologa. Ementa do processo nº 7120/2014 DENÚNCIA DE NÃO RECOLHIMENTO DE FGTS. Do ponto de vista do trabalhador, credor dos depósitos fundiários inadimplidos, o seu interesse é exclusivamente TVL 5

patrimonial/privado. Haveria transindividualidade da dívida apenas em relação aos órgãos arrecadadores, fiscalizadores e gestores do Sistema do FGTS. Assim, a SRTE - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, a CEF - Caixa Econômica Federal e a PGFN - Procuradoria da Fazenda Nacional são os legitimados preferenciais, para promover a tutela dos depósitos do FGTS, seja no plano administrativo ou na esfera judicial. A SRTE, a CEF e a PGFN são dotadas de instrumentos jurídicos específicos para tal relevante finalidade, como as Notificações para Depósito de Fundo de Garantia NDFG, a inscrição do devedor na Dívida Ativa da União e o ajuizamento de Execução Fiscal para a cobrança de débitos com o FGTS, mediante convênio CEF/PGFN. Tal aptidão precípua não exclui a legitimação ordinária do MPT para a ação civil coletiva, mas apenas nos casos em que o não recolhimento das parcelas fundiárias traduz grande impacto social, hipótese não verificada nos autos. Portanto, nego provimento ao recurso, homologando, consequentemente, o arquivamento do feito. TVL 6

CONCLUSÃO Pelo exposto, recebo o presente recurso administrativo e negolhe provimento, homologando, por consequência, o arquivamento da NF nº 000148.2014.01.003/9. Brasília, 18 de setembro de 2014. MANOEL JORGE E SILVA NETO Subprocurador-Geral do Trabalho Membro da CCR - Relator TVL 7