UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MESTRADO EM GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO



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Transcrição:

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MESTRADO EM GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO QUALIDADE DO E-LEARNING NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL ANA CATARINA ANTAS BORRALHO VIEIRA Orientação: Doutor Pedro Teixeira Isaías Júri: Presidente: Doutor António Maria Palma dos Reis Vogais: Doutor António Dias Figueiredo Doutor Pedro Teixeira Isaías Doutora Maria Fernanda Abreu Sampaio Junho 2006

Índice Lista de sinónimos e acrónimos... 9 Agradecimentos... 15 Resumo... 16 Abstract... 17 1. Introdução... 18 1.1. Âmbito e justificação do estudo... 18 1.2. Objectivos do estudo... 20 1.3. Estrutura do trabalho... 22 2. Revisão bibliográfica... 24 2.1. O Ensino a Distância (EaD)... 24 2.1.1. Conceito e caracterização... 24 2.1.2. Evolução do EaD em Portugal... 27 2.1.3. Componentes de um sistema de EaD... 29 2.1.4. Modalidades e tecnologias utilizadas... 31 2.2. O e-learning... 35 2.2.1. Conceito e caracterização... 35 2.2.2. Vantagens e desvantagens do e-learning... 37 2.2.3. Catalisadores e barreiras ao e-learning... 39 2.2.4. Ambientes de e-learning... 42 2.2.4.1. Learning Management Systems (LMS)... 42 2.2.4.2. Normalização de ambientes de e-learning... 44 2.3. O e-learning e as IES... 49 2.3.1. A introdução do e-learning nas IES... 50 2.3.2. Análise SWOT do e-learning nas IES... 54 2.4. Qualidade do e-learning... 57 2.4.1. Factores Críticos de Sucesso do e-learning... 57 2.4.2. Definição de qualidade do e-learning no âmbito do estudo... 62 3. Metodologia de pesquisa... 64 3.1 População-alvo e recolha de dados... 65 3.2 Modelo de análise... 66-2 -

3.3 Variáveis do modelo... 67 3.3.1 Variável dependente... 67 3.3.2 Variáveis independentes... 68 3.3.2..1 Incentivos dados à IES... 68 3.3.2..2 Concorrência de outras IES... 68 3.3.2..3 Apoio institucional... 68 3.3.2..4 Desenvolvimento do curso... 69 3.3.2..5 Processo ensino-aprendizagem... 69 3.3.2..6 Estrutura do curso... 69 3.3.2..7 Apoio ao aluno... 69 3.3.2..8 Apoio do corpo docente... 69 3.3.2..9 Avaliação... 70 3.4 Associação das perguntas da entrevista às variáveis do modelo... 70 4. Resultados... 73 4.1. Casos de estudo... 73 4.1.1 Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa... 73 4.1.2 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa...,... 76 4.1.3 Universidade de Aveiro... 79 4.1.4 Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa... 82 4.1.5 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto... 85 4.1.6 Universidade Fernando Pessoa... 88 4.1.7 Universidade do Minho... 90 4.2 Análise dos Casos de Estudo... 94 4.2.1 Análise do enquadramento do e-learning nas IES... 94 4.2.2 Análise dos Casos através da aplicação do modelo... 97 4.2.2.1 Incentivos dados à IES... 98 4.2.2.2 Concorrência de outras IES... 100 4.2.2.3 Apoio institucional... 101 4.2.2.4 Desenvolvimento do curso... 104-3 -

4.2.2.5 Processo ensino-aprendizagem... 107 4.2.2.6 Estrutura do curso... 110 4.2.2.7 Apoio ao aluno... 112 4.2.2.8 Apoio do corpo docente... 114 4.2.2.9 Avaliação... 116 4.2.3 Disposições finais sobre os Casos de Estudo... 119 5 Conclusão... 124 5.1 Avaliação da investigação... 124 5.2 Limitações do estudo e perspectivas futuras... 128 Referências bibliográficas... 131 Anexo I Estrutura da entrevista... 139 Anexo II Tabelas com as respostas de enquadramento... 142 Anexo III Tabelas com as respostas às variáveis do modelo... 149 Anexo IV Plataformas de e-learning usadas nos Casos de Estudo... 161-4 -

Índice de Figuras Figura 1. Sistema de EaD... 30 Figura 2. Estante SCORM... 48 Figura 3. Modelo de Análise... 66 Figura 4. Funcionalidades do Easy Education... 165 Índice de Tabelas Tabela 1. Principais diferenças entre o ensino presencial e o EaD... 26 Tabela 2. Gerações de EaD... 28 Tabela 3. Principais serviços disponíveis para o EaD... 34 Tabela 4. Vantagens e desvantagens do e-learning... 38 Tabela 5. Análise SWOT do e-learning nas IES... 55 Tabela 6. Associação das perguntas da entrevista às variáveis do modelo... 70 Tabela 7. Quantificação das respostas à pergunta da variável Incentivos dados à IES... 99 Tabela 8. Quantificação das respostas à pergunta da variável Concorrência de outras IES... 100 Tabela 9. Influência das variáveis não controláveis nas IES... 101 Tabela 10. Quantificação das respostas à primeira pergunta da variável Apoio institucional... 102 Tabela 11. Quantificação das respostas à segunda pergunta da variável Apoio institucional... 103 Tabela 12. Quantificação das respostas à terceira pergunta da variável Apoio institucional... 104 Tabela 13. Presença do Apoio institucional nas IES... 104 Tabela 14. Quantificação das respostas à primeira pergunta da variável Desenvolvimento do curso... 105 Tabela 15. Quantificação das respostas à segunda pergunta da variável Desenvolvimento do curso... 106 Tabela 16. Quantificação das respostas à terceira pergunta da variável Desenvolvimento do curso... 106 Tabela 17. Presença do Desenvolvimento do curso nas IES... 107-5 -

Tabela 18. Quantificação das respostas à primeira pergunta da variável Processo ensino-aprendizagem... 107 Tabela 19. Quantificação das respostas à segunda pergunta da variável Processo ensino-aprendizagem... 108 Tabela 20. Quantificação das respostas à terceira pergunta da variável Processo ensino-aprendizagem... 109 Tabela 21. Presença do Processo ensino-aprendizagem nas IES... 110 Tabela 22. Quantificação das respostas à primeira pergunta da variável Estrutura do curso... 110 Tabela 23. Quantificação das respostas à segunda pergunta da variável Estrutura do curso... 111 Tabela 24. Quantificação das respostas à terceira pergunta da variável Estrutura do curso... 112 Tabela 25. Presença da Estrutura do curso nas IES... 112 Tabela 26. Quantificação das respostas à primeira pergunta da variável Apoio ao aluno... 113 Tabela 27. Quantificação das respostas à segunda pergunta da variável Apoio ao aluno... 113 Tabela 28. Presença do Apoio ao aluno nas IES... 114 Tabela 29. Quantificação das respostas à primeira pergunta da variável Apoio do corpo docente... 115 Tabela 30. Quantificação das respostas à segunda pergunta da variável Apoio do corpo docente... 116 Tabela 31. Influência do Apoio do corpo docente na Eficácia do e-learning. 116 Tabela 32. Quantificação das respostas à primeira pergunta da variável Avaliação... 117 Tabela 33. Quantificação das respostas à segunda pergunta da variável Avaliação... 118 Tabela 34. Quantificação das respostas à terceira pergunta da variável Avaliação... 119 Tabela 35. Presença da Avaliação nas IES... 119 Tabela 36. Quantificação da importância dos FCS para os responsáveis das IES... 121-6 -

Tabela 37. Quantificação da presença dos FCS nas IES... 122 Tabela 38. Respostas correspondentes às perguntas sobre a modalidade e plataforma de e-learning do Enquadramento do estudo de caso... 142 Tabela 39. Respostas correspondentes às perguntas sobre início e objectivos do projecto do Enquadramento do estudo de caso... 142 Tabela 40. Respostas correspondentes às perguntas sobre acções de benchmarking e mudanças na estrutura organizacional do Enquadramento do estudo de caso... 143 Tabela 41. Respostas correspondentes às perguntas sobre acções de marketing e adesão dos intervenientes do Enquadramento do estudo de caso.... 145 Tabela 42. Respostas correspondentes às perguntas sobre parcerias e planos de melhoria do Enquadramento do estudo de caso... 146 Tabela 43. Resposta à pergunta da variável Incentivos dados à IES... 148 Tabela 44. Resposta à pergunta da variável Concorrência de outras IES... 148 Tabela 45. Resposta à primeira pergunta da variável Apoio institucional... 149 Tabela 46. Resposta à segunda pergunta da variável Apoio institucional... 149 Tabela 47. Resposta à terceira pergunta da variável Apoio institucional... 150 Tabela 48. Resposta à primeira pergunta da variável Desenvolvimento do curso... 151 Tabela 49. Resposta à segunda pergunta da variável Desenvolvimento do curso...151 Tabela 50. Resposta à terceira pergunta da variável Desenvolvimento do curso.... 152 Tabela 51. Resposta à primeira pergunta da variável Processo ensinoaprendizagem... 153 Tabela 52. Resposta à segunda pergunta da variável Processo ensinoaprendizagem... 153 Tabela 53. Resposta à terceira pergunta da variável Processo ensinoaprendizagem... 154 Tabela 54. Resposta à primeira pergunta da variável Estrutura do curso... 154 Tabela 55. Resposta à segunda pergunta da variável Estrutura do curso... 155 Tabela 56. Resposta à terceira pergunta da variável Estrutura do curso... 156-7 -

Tabela 57. Resposta à primeira pergunta da variável Apoio ao aluno... 156 Tabela 58. Resposta à segunda pergunta da variável Apoio ao aluno...157 Tabela 59. Resposta à primeira pergunta da variável Apoio do corpo docente.... 157 Tabela 60. Resposta à segunda pergunta da variável Apoio do corpo docente.... 158 Tabela 61. Resposta à primeira pergunta da variável Avaliação... 158 Tabela 62. Resposta à segunda pergunta da variável Avaliação... 159 Tabela 63. Resposta à terceira pergunta da variável Avaliação... 159-8 -

Lista de sinónimos e acrónimos AICC Aviation Industry Computer-Based Training Committee. É uma associação internacional de profissionais que trabalham com tecnologias aplicadas à formação, responsáveis pelo desenvolvimento de normas de formação para a indústria de aviação. Auto-aprendizagem Processo em que o aluno determina o seu ritmo de aprendizagem, acedendo aos conteúdos sempre que o desejar. Autoavaliação Processo em que cada aluno determina o seu nível pessoal de conhecimentos e competências. Avaliação (1) Qualquer método sistemático para reunir informações sobre o impacto e a efectividade da aprendizagem. Os resultados podem ser usados para aperfeiçoar o processo de ensino, determinar se os objectivos de aprendizagem têm sido alcançados e avaliar o valor de um evento de ensino para a organização. (2) O processo usado para testar o nível de competências e conhecimento de um aluno. Base de dados Uma base de dados é um sistema informático que permite armazenar informações de forma estruturada. Browser Software que permite carregar e mostrar páginas na web. Permite ainda muitas outras funções anexas. CBT - Computer-based Training. Curso ou material de formação apresentado em computador, principalmente via CD-ROM. Chat Comunicação entre membros de um serviço online através de texto. As mensagens são enviadas entre as pessoas em tempo real. Código aberto (Software Livre ou Open Source) Tipo de software cujo código fonte é público. - 9 -

Comunidade virtual Lugar de encontro para alunos na Internet. Destinado a facilitar a interacção e a colaboração entre pessoas que partilhem interesses e necessidades em comum. Conteúdo Propriedade intelectual e conhecimentos a serem partilhados. Diferentes tipos de conteúdos de e-learning incluem texto, áudio, vídeo, animação e simulação. Declaração de Bolonha Conjunto de medidas que implicam uma reestruturação total dos modelos de ensino-aprendizagem e, consequentemente, dos processos de trabalho, sobretudo ao nível da autonomia dos alunos, através da redução do número de aulas presenciais. Download Ou descarregar. Transferir dados dum computador para outro através da rede. Ensino (presencial ou a distância) - Actividade que envolve três componentes: aquele que ensina (professor), aquele a quem se ensina (aluno) e aquilo que o primeiro ensina ao segundo (os conteúdos). e-u (Universidade electrónica) - Iniciativa que visa promover o acesso de banda larga à Internet, a partilha e distribuição de conteúdos nas IES em Portugal, por rede sem fios. Extranet - é o acesso à Intranet de uma empresa através de um portal estabelecido na web de forma que pessoas e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à Intranet através de redes externas ao ambiente da empresa. FAQ Sigla usada para Frequently Asked Questions. Documento que inventaria as perguntas que surgem mais frequentemente sobre a temática em causa, acrescidas das respostas sintéticas adequadas. - 10 -

Ficheiro Documento independente - texto, som, imagem, vídeo, etc. gerado por uma aplicação informática. Fóruns de discussão Na Internet ou na Intranet, fóruns onde os utilizadores podem enviar mensagens para outros lerem. Permite a troca de informações e a interacção de modo assíncrono entre os seus participantes. Pode ou não ser moderada. Globalização Elaboração de uma oferta de conteúdo que seja clara e gramaticalmente correcta de forma que elimine diferenças idiomáticas, referenciais de género, gírias ou expressões particulares de uma - geração ou cultura. Home page Primeira página de um site na Internet. HTML (Hypertext Markup Language) Linguagem de programação muito usada na Internet. As páginas escritas em HTML são lidas pelos browsers o que permite que o utilizador da Internet veja um documento multimédia da forma como foi visto por quem o produziu. IMS (Instructional Management System - Global Learning Consortium) União de organizações governamentais dedicadas a definir e distribuir especificações de interoperabilidade de arquitectura aberta para produtos de e- learning. Instructional designer Um indivíduo que aplica uma metodologia sistemática para criar conteúdos de formação. Interacção Designa as trocas entre quem ensina e quem aprende e entre este e os outros elementos da aula virtual. Interactividade Possibilidade que o aluno tem de intervir ao longo do processo de aprendizagem e de provocar, através da sua intervenção, uma modificação no contexto da aprendizagem. - 11 -

Internet based-training Formação baseada em Internet. Disponibilização de conteúdo educacional por meio de um browser através da Internet pública, uma Intranet privada ou Extranet. Promove a utilização de recursos de colaboração fora do curso como e-mail e grupos de discussão. Possui as vantagens da formação baseada em computador (CBT), além de incluir as vantagens da participação do formador durante o processo de formação. Internet Consiste numa complexa rede mundial ( International Nertwork ) constituída por milhares de redes de computadores ligados entre si. Intranet É uma rede que utiliza as mesmas técnicas que a Internet, mas privada, podendo ser acedida apenas pelos membros autorizados (de certo organismo ou empresa, por exemplo). Learning object Objecto de aprendizagem. Unidade reutilizável de informação independente dos meios. Bloco modular de conteúdo de e-learning. Linguagem PHP PHP é a sigla para Hypertext Preprocessor, mas originalmente significou Personal Home Page, e é uma linguagem multiplataforma, ou seja, aceita vários sistemas operacionais, como Windows, Unix, Linux, etc. Trata-se uma combinação de linguagem de programação e servidor de aplicações. Pode-se programar em PHP como em qualquer outra linguagem, definindo variáveis, criando funções, realizando loops, enfim, fazer tudo que é necessário e usado no mundo da programação. LMS (Learning Management System) Sistema de Gestão de Formação. Software que automatiza a administração dos eventos de formação online. Login Conjunto de informações que permitem o acesso a certa aplicação de uso protegido. É constituído por um nome de utilizador (username) e uma palavra-passe (password). Media Elemento de texto, gráfico, áudio, vídeo ou humano, utilizado no ensino. - 12 -

Modem Dispositivo electrónico (hardware interno ou externo ao computador) que transforma mensagens analógicas em digitais e inversamente (permitindo o uso de linhas telefónicas para a comunicação entre computadores). Módulo Um "tema" integrado de conteúdo - normalmente um componente de um curso ou curriculum. Multimédia Funcionalidades ou aplicações informáticas que permitem produzir e manipular imagens, texto, som, dados, vídeo, animações. Online Ou "em rede" em Português. Algo disponível através da Internet. Plataformas de ensino Learning platforms. Sites internos ou externos frequentemente organizados em torno de tópicos comuns, contendo tecnologias (variando de chats de conversa para grupos de discussão) que incentivam à participação do utilizador. POCTI Programa Operacional "Ciência, Tecnologia, Inovação". Portal Um Website que age como uma "entrada" para a Internet ou uma parte dela, normalmente focando um assunto especifico. POSI (Programa Operacional Sociedade da Informação) Programa para financiamento de projectos para criação de espaços públicos de acesso à Internet em Bibliotecas Públicas Municipais, Ludotecas, Museus Municipais e Arquivos Municipais. PRODEP III Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal. Rede Sistema integrado de hardware, software e comunicações que permite que vários computadores, eventualmente distantes, comuniquem entre si. - 13 -

ROI (Return on Investment) É o cálculo do retorno financeiro a partir de um determinado investimento, ou seja, de que forma um investimento gerará lucros ao longo de um período de tempo. Royalty - importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização. SCORM (Sharable Content Object Reference Model) Conjunto de padrões que ao serem aplicados ao conteúdo de um curso, produzem pequenos objectos reutilizáveis de aprendizagem. Resultado do trabalho desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Os elementos da plataforma SCORM podem ser combinados facilmente com outros elementos compatíveis para produzir reposições de materiais de ensino. Servidor Computador ou conjunto de computadores que difundem informações a distância através duma rede. Site Sistema integrado de páginas alojado num servidor Internet. Software Livre (Free Software) Software que vem com permissão para se copiar, usar e distribuir, com ou sem modificações, gratuitamente ou por um preço. Em particular, isso significa que o código fonte deve estar disponível. Software proprietário Software proprietário é aquele que não é livre ou semi-livre. O seu uso, redistribuição ou modificação é proibido, ou requer permissão, ou é restrito de tal forma que não se pode efectivamente fazê-lo livremente. UMIC (Unidade de Missão Inovação e Conhecimento) Tem por missão o planeamento, a coordenação e o desenvolvimento de projectos nas áreas da sociedade da informação e governo electrónico. Responsável pelo projecto Campus Virtuais. - 14 -

Agradecimentos Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao orientador da tese, Prof. Doutor Pedro Teixeira Isaías, pelo apoio e estímulo constantes, essenciais para a realização de todo o trabalho. Aos meus familiares agradeço o seu constante incentivo e contributo para a minha formação pessoal e profissional, que muito se reflecte no presente trabalho. Às Instituições de Ensino Superior e aos seus representantes, que se disponibilizaram para o enriquecimento deste trabalho, agradeço a sua participação activa nos Casos de Estudo: Prof. Doutor Marco Painho do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa (ISEGI); Prof. Doutor José Filipe Rafael da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa (UCP); Prof. Doutor Fernando Ramos da Universidade de Aveiro (UA); Prof. Doutor Pedro Santos do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa (IST); Eng.ª Sofia Torrão e Jorge Carboila da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP); Prof. Doutor Luís Manuel Borges Gouveia da Universidade Fernando Pessoa (UFP); Prof. Doutor Luís Amaral da Universidade do Minho e Eng.ª Ana Dias da TecMinho. Por fim, queria ainda agradecer a todos os amigos e colegas que, de alguma forma, me apoiaram no desenvolvimento de todo o trabalho. - 15 -

QUALIDADE DO E-LEARNING NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL Ana Catarina Antas Borralho Vieira Mestrado em Gestão de Sistemas de Informação Orientador: Prof. Doutor Pedro Teixeira Isaías Provas concluídas em: Resumo A pesquisa está direccionada para a adopção do e-learning como uma ferramenta de apoio ao processo de ensino-aprendizagem, tornando-se numa vantagem competitiva para fornecedores e num facilitador da comunicação e de disponibilização de informação para os clientes da aprendizagem. A metodologia desenvolvida parte da elaboração de um modelo constituído por variáveis independentes e uma variável dependente que define uma medida de Eficácia de cada caso a ser analisado. Assim, Eficácia do e-learning consiste no grau de presença dos Factores Críticos de Sucesso (FCS), que definem qualidade do e-learning neste estudo, nas Instituições de Ensino Superior (IES). As variáveis de controlo, que correspondem aos FCS, foram estimadas através de observações de casos práticos identificados na literatura e outras fontes secundárias, durante a revisão bibliográfica. Os dados analisados pelo modelo foram obtidos através de entrevistas estruturadas realizadas junto de responsáveis de IES portuguesas, cujas perguntas estão relacionadas com cada uma das variáveis do modelo. O objectivo deste modelo é identificar o grau de presença dos FCS nas IES estudadas, que irá permitir determinar o nível de eficácia das suas iniciativas de e-learning e, consequentemente, a qualidade do e-learning. Como resultado da análise efectuada, as conclusões pretendem apresentar um conjunto de melhores práticas para que a implementação do e-learning implique uma maior eficácia do processo de ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Ensino a distância, E-learning, Eficácia, Factores Críticos de Sucesso, Qualidade, Tecnologias de Informação e Comunicação. - 16 -

E-LEARNING QUALITY IN INSTITUTIONS OF HIGHER EDUCATION IN PORTUGAL Ana Catarina Antas Borralho Vieira Masters in Information Systems Management Guidance Counsellor: Prof. Doutor Pedro Teixeira Isaías Concluded in: Abstract The research is directed towards the adoption of e-learning as a teaching-learning process tool, which can be a competitive advantage for suppliers and can help students to communicate and obtain information resources. The methodology developed is based on the elaboration of a constructed model of independent variables and a dependent variable that defines a measure of Effectiveness of each case to be analyzed. Then, Effectiveness consists of the degree of presence of the Critical Success Factors (CSF) that defines e-learning quality in this study, in the Institutions of Higher Education (IHE). The control variables were estimated through observations of identified practical cases in literature and other secondary sources, during bibliographical revision. The data analyzed by the model was achieved through structured interviews with IHE managers, so that questions are related to each of the model variables. The objective of the model is identify the level of presence of the CSF in the studied IHE, that will determine the level of Effectiveness of their e-learning activities and, moreover, the e-learning quality. As a result of the analysis undertaken, the conclusions intend to present best practices to allow the implementation of e-learning to increase the effectiveness of the teaching-learning process. Keywords: Distance learning, E-learning, Effectiveness, Quality, Information Technology, Critical Success Factors. - 17 -

1. Introdução 1.1 Âmbito e justificação do estudo Os recentes avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm proporcionado novos meios de interacção entre as pessoas, bem como novas possibilidades no que se refere à Educação (Testa, 2001). Segundo Lemos (2003), a globalização da economia, gerando um aumento da competitividade entre países, sectores económicos e empresas, aliada a uma rápida obsolescência do conhecimento, tem conduzido a uma procura crescente de formação contínua por parte dos profissionais, em todos os níveis. Isso tem implicado o aparecimento de novas formas de ensino e de aprendizagem orientadas para o utilizador, levando a uma mudança paradigmática no processo de ensino. Inicialmente, ensino a distância (EaD) foi usado para cobrir certas limitações existentes no ensino presencial, nomeadamente em termos de barreiras geográficas e temporais. A partir do final da década de 90, com a crescente utilização das TIC, e principalmente com o aparecimento da World Wide Web (Web), o EaD acompanhou a evolução para a era digital, emergindo uma nova vertente, suportada por via electrónica, vulgarmente designada por electronic learning (e-learning) (Lima e Capitão, 2003). De acordo com Painho et al. (2001), as razões para o crescimento desta modalidade de ensino estão relacionadas com um decréscimo dos custos dos computadores, programas informáticos e serviços de telecomunicações, a existência de uma geração mais familiarizada com computadores e Internet, acesso facilitado a computadores e interfaces de utilização mais simples. Também bastante importante é o factor económico, já que os os alunos podem ter acesso ao ensino sem terem a necessidade de se deslocar fisicamente à Instituição de Ensino Superior (IES). - 18 -

Utilizando as novas TIC, estes podem interagir com grande flexibilidade temporal e espacial, com os professores e restantes alunos do curso, utilizando apenas um computador com uma ligação à Internet. Diminuindo os custos do acesso à educação, é possível democratizar o acesso ao ensino, abrangendo um maior leque de pessoas (Livro Verde (1997)). Como defende Carvalho (2005), as IES foram obrigadas a enfrentar novos desafios, tais como diferentes tipos de alunos, com novas necessidades de aprendizagem, a adaptação a um tipo de ensino centrado no aluno e a actualização do papel do professor, como facilitador da aprendizagem. No caso de Portugal, idêntico ao das outras sociedades ocidentais, são ainda particularmente sensíveis questões relacionadas com a demografia, notandose um decréscimo acentuado do número de jovens candidatos ao Ensino Superior. Muitas IES apresentam iniciativas e projectos, mais ou menos desenvolvidos, vocacionados para a flexibilização dos processos de ensino-aprendizagem, mas que se integram igualmente em estratégias de promoção institucionais, com o objectivo de conseguir atrair mais alunos pela apresentação de uma imagem dinâmica, associada à utilização destas tecnologias (Carvalho, 2005). O e-learning traz também outras vantagens para as IES na medida em que passa a ser possível ter associados aos cursos leccionados, especialistas reconhecidos nas suas áreas de conhecimento, que se encontrem geograficamente dispersos. A exposição e a divulgação que o posicionamento inovador e eficiente da IES permite são também factores positivos e interessantes a ter em conta (Painho et al., 2003). No entanto, Carvalho e Cardoso (2003) consideram que o conceito de e- learning continua a ser utilizado para designar realidades muito diversas que vão desde a transposição linear, para a Web, de sistemas de formação convencionais até ao desenvolvimento de propostas inovadoras e mais interessantes como seja, por exemplo, o caso da criação de comunidades - 19 -

virtuais de aprendizagem. Além disso, e não obstante o seu crescimento vertiginoso, em estudos recentes, verificou-se que o desenvolvimento de cursos de e-learning suportados apenas nas potencialidades da tecnologia, ignorando orientações pedagógicas relativas à aprendizagem, à estruturação de conteúdos e ao desenho da interface e uma metodologia de desenvolvimento adequada aos mesmos, dificilmente produzirá cursos de e-learning apropriados a todo o processo de ensino-aprendizagem (Lemos, 2003). Apesar de já existirem várias IES em Portugal com iniciativas de e-learning na sua oferta de cursos, a maioria ainda está numa fase de pouca maturidade. Face a esta realidade, verifica-se através da pesquisa à literatura existente sobre o tema, que um dos pontos do e-learning que necessita de ser mais explorado é a avaliação da sua qualidade (Adão e Bernardino (2003); Dias e Dias (2003), Vasco (2005), Carvalho e Cardoso (2003)). Ainda não existem muitos estudos em Portugal sobre os Factores Críticos de Sucesso (FCS) que garantem o sucesso de uma iniciativa de e-learning, nem recomendações sobre as melhores práticas para o fazer e é precisamente sobre essa temática que este estudo se vai debruçar. 1.2 Objectivos do estudo Com este trabalho, pretende-se reflectir sobre as experiências de ensino e aprendizagem com as TIC nas IES portuguesas, no sentido de compreender se os objectivos estabelecidos com a implementação desta nova modalidade de ensino estão a ser atingidos. O objectivo é identificar qual a realidade do e- learning nas IES em Portugal e se, com base num conjunto de FCS, se pode provar que as iniciativas de e-learning se têm revelado eficazes. A partir daí, abre-se caminho para acções e pesquisas futuras. - 20 -

O presente trabalho justifica-se pelos seguintes aspectos: Vanguarda do tema, com enormes perspectivas de desenvolvimento em Portugal, tendo em conta que o e-learning é relativamente recente no país; A abordagem da qualidade do e-learning ao nível de IES portuguesas não tem sido muito explorada; Escassez de literatura sobre o tema. Dentro das várias escolhas que são feitas no estabelecimento de uma estratégia para o e-learning, é importante manter o foco nos FCS envolvidos, no sentido de eliminar algumas dificuldades ao nível de planeamento e operacionalização de qualquer iniciativa. Poderão ser obtidos alguns progressos a partir da implementação de programas de avaliação das experiências de e-learning, visando um processo de melhoria contínua, que identificam as restrições com o objectivo de as anular ou, pelo menos, atenuar. Todas as organizações, nomeadamente as IES, devem estar abertas às mudanças na Sociedade, na tecnologia e às novas necessidades dos seus clientes. A melhoria contínua de processos pressupõe uma avaliação aplicada às fases de planeamento, implementação e manutenção dos projectos de e- learning, com introdução de acções correctivas. O aperfeiçoamento contínuo conduz a uma organização que se vai reinventando a cada momento. Desta forma, o objectivo geral deste estudo é avaliar se os cursos de e-learning leccionados nas IES portuguesas obedecem a um conjunto de critérios de qualidade que permitam a flexibilidade em termos de acesso a recursos de aprendizagem (qualquer sítio, qualquer hora) e a implementação de estratégias pedagógicas adequadas a uma melhor aprendizagem. E os objectivos específicos são: Definir qualidade dos cursos na modalidade e-learning a partir de um conjunto de FCS; - 21 -