Escrito por Ricardo de Castro Barbosa Sex, 29 de Abril de 2011 00:56 - Última atualização Sex, 29 de Abril de 2011 01:03



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Transcrição:

Notícias sobre o SOA + Cloud Symposium Último dia Brasília, 28 de Abril de 2011 O evento de hoje teve como abertura a palestra SOA 2011, com Anne Thomas Mane, do Gartner. Anne iniciou com uma breve história de SOA, que começou em 2000, quando o SOAP 1.1 foi submetido ao W3C e criou uma grande euforia no mercado. De 2000 até 2009 o que se viu foi um monte de Web Services criados, principalmente, para resolver questões de integração. O foco era claramente em tecnologia, o que a motivou a lançar o blog: SOA is dead. Após o SOA Manifesto (vide www.soa-manifesto.org ) o foco passou a ser arquitetura. Um slide com uma pomba voando fora de uma cova lançou a reencarnação do SOA. Algumas considerações interessantes: As empresas estão buscando agilidade nos negócios e redução de custos. A pergunta a ser feita é: o que está impedindo as empresas a atingir estes benefícios estratégicos? E a resposta é, invariavelmente, a arquitetura. Como derrubar a barreira arquitetura? Estabelecendo objetivos tecnológicos de Reuso, Melhoria na Manutenção dos Sistemas e Redução das Redundâncias. O que realmente precisamos são estas capacidades, que podemos atingir através de: o Aplicação dos Princípios de SOA 1 / 5

o Uso de design patterns e modelos de serviço o Obtenção das características de SOA: Modularidade, Interoperabilidade e Compartilhamento Anne encerrou com uma mensagem: Foquem na arquitetura e não na tecnologia. Foquem no contexto do negócio, ou seja, naquilo que gera valor ao negócio. O SEBRAE anunciou um programa, o SEBRAETEC, para oferecer prestação de consultorias de inovação e tecnologia para micro e pequenas empresas, com subsídio de pelo menos 60% do valor da consultoria. ( www.df.sebrae.com.br 0800 570 0800). Em seguida assisti à palestra da Accenture: Is Cloud Computing for you? Assessing Cloud Computing for your organization, com Mathias Ziegler e Thomas M.Michelbach como palestrantes. Iniciaram a palestra mostrando que uma decisão sobre adoção de Cloud Computing deve considerar: Modelo de deployment Público, privado, híbrido ou em comunidade Modelo de Serviços IaaS, PaaS, SaaS Produtos (fornecedores) Existem muitas opções. Quais são os mais apropriados? Qual o roadmap de cada solução? Aplicações Quais devem entrar em Cloud Computing? Priorizá-las. 2 / 5

Algumas questões como segurança, volume de dados, volume de transações, SLAs, backups, etc. que inicialmente parecem ser riscos em Cloud computing, se revelam como argumentos (vantagens) para adotar Cloud Computing. Na verdade a maioria das questões levantadas não derrubam a possibilidade de adoção de Cloud Computing, mas apenas indicam qual a melhor tecnologia a ser utilizada. Porém, o mercado fornecedor parece ainda volátil. Deve se considerar também: 1 Dependência de fornecedor(es); 2 Modelos de licenciamento; 3 Conformidade com aspectos legais; 4 Escalabilidade. Palavras finais: Estude as possibilidades hoje, para se beneficiar de Cloud Computing amanhã. A palestra Iniciativa SOA no Ministério da Saúde, por Francisco José Marques, apresentou os desafios de possibilitar a troca (compartilhamento) de informações entre várias entidades envolvidas na saúde: Estados e Municípios (que incluem os hospitais), ANS (que inclui saúde suplementar, indo até os consultórios médicos), a Sociedade, ONGs, entre outras. São mais de 5.000 municípios, em diferentes estágios de evolução tecnológica. A ideia inicial é a criação de um Prontuário Eletrônico de Saúde. Muitos desafios forma colocados, como, por exemplo, padronizar a forma de registrar informações, ou mesmo definir o proprietário do Prontuário (o médico ou o cidadão?). Foi criada uma arquitetura em torno de serviços, que promovem interfaces entre as diversas entidades. Um caso de sucesso é a Farmácia Popular, onde Web Services permitem que milhares de farmácias se conectem sem necessidade de modificar suas aplicações. A estratégia é claramente bottom up, e pareceu uma boa escolha, uma vez que uma estratégia top down exigiria muito tempo de planejamento, além de necessitar de alguma burocracia como portarias, etc, e, portanto, com o risco de mudança de 3 / 5

governo e paralização dos trabalhos. Ainda há muito a fazer, mas o caminho parece que está sendo desbravado. A palestra de Brian Loesgen, da Microsoft, Window Azure Architecture Patterns, embora com conteúdo basicamente tecnológico, foi interessante no sentido de que mostrou várias funcionalidades que representam muitos dos design patterns que estão no livro do Thomas Erl ( SOA Design Patterns ). A última sessão foi um painel de discussão sobre Measuring the business value of Service Orientation. Não é um assunto fácil, uma vez que o ROI não deve levar em consideração somente a área de TI e sim deve incluir (principalmente) o benefício que SOA pode trazer para o negócio. Mesmo assim, os participantes, dentre eles Paul Brown - TIBCO, Jean-Paul De Baets (o belga) - FEDICT e Fillipos Santas - SOA Systems Inc., fizeram considerações interessantes: Sempre elabore um business case. (Nenhuma empresa presente, que estava implementando SOA, havia elaborado um!) Defina medidas que estejam ligadas ao negócio, e que representem uma geração de valor. As medidas podem, às vezes, não estar vinculadas a algum valor monetário. É o caso de implantações na área governamental, onde uma medida de sucesso é poder reagir rapidamente às mudanças na legislação. 4 / 5

O dia foi encerrado com um balanço geral feito pelo prof. Ricardo Puttini, da UnB. Foram quase 500 participantes, além dos vários palestrantes. Os comentários forma, em geral, positivos. O objetivo foi alcançado, e provavelmente em 2013, dado o sucesso deste evento, o Symposium deve acontecer novamente no Brasil. Boa noite a todos, Ricardo. 5 / 5