Ambientes de Trabalho Saudáveis e Produtividade. Samuel Antunes 25.11.15

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Transcrição:

Ambientes de Trabalho Saudáveis e Produtividade Samuel Antunes 25.11.15

Local de Trabalho Saudável As Organizações que são lugares de trabalho saudáveis: Desenvolvem acções de promoção da saúde física e psicológica, Oferecem aos seus colaboradores condições de trabalho flexíveis, Tratam os colaboradores de forma justa Oferecem programas de desenvolvimento dos seus colaboradores, Tem programas de prevenção da saúde e segurança no trabalho Disponibilizam recursos para cuidar do stress e da ansiedade laboral. (American Psychological Association, 1999)

Ambiente de trabalho saudável (OMS) É aquele em que trabalhadores e gestores colaboram no processo de melhoria contínua da proteção e promoção da segurança, saúde e bem-estar de todos os trabalhadores e para a sustentabilidade do ambiente de trabalho tendo em conta: Questões de segurança e saúde no ambiente físico de trabalho; Questões de segurança, saúde e bem-estar no ambiente psicossocial de trabalho, incluindo a organização do trabalho e cultura da organização; Recursos para a promoção da saúde física e mental no ambiente de trabalho; Envolvimento da empresa na comunidade para melhorar a saúde dos trabalhadores, de suas famílias e outros membros da comunidade.

Benefícios para os Empregadores Melhoria da produtividade e do desempenho no trabalho Redução do absentismo e baixas por doença Redução do presenteísmo Redução da frequência e custo dos acidentes de trabalho Melhoria da satisfação, da motivação e do bem-estar dos colaboradores, Melhoria da imagem corporativa e de atração / retenção de colaboradores, Maior retorno do investimento na formação e desenvolvimento Melhoria do compromisso (engagement) e das relações interpessoais dos colaboradores

Benefícios para os Colaboradores Aumento da saúde física e mental Maior motivação e satisfação com o trabalho Maior compromisso com a Organização Maior investimento num estilo de vida saudável Aumento da consciencialização e do conhecimento sobre saúde

Riscos Psicossociais - Definição Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) os riscos psicossociais são o conjunto de factores que podem afectar a integridade física e mental das pessoas. Integram um conjunto de variáveis resultantes da intercepção das dimensões pessoais, colectivas e organizacionais da actividade Laboral Traduzem uma concepção, organização e gestão do trabalho deficientes; um contexto social do trabalho desfavorável Impacto na saúde psicológica e física (stress, ansiedade, burnout, depressão, perturbações do sono, doenças músculo-esqueléticas, doenças cardio-vasculares, etc..)

Alguns exemplos de RPS Exigências do trabalho (Sobrecarga e ritmo do trabalho, exigências contraditórias, falta de clareza relativamente ao papel, etc.) Organização do trabalho (ambiguidade de papéis, objectivos contraditórios) Insegurança e ou precaridade do emprego Desadequação entre exigências e competências Violência Falta de apoio por parte da chefia ou dos colegas Assédio psicológico (comportamentos humilhantes ou de intinidação por parte da chefia) ou sexual Relações interpessoais e ou comunicação ineficaz Dificuldade em conjugar vida profissional e pessoal/familiar

Importância e impacto dos RPS Há uma grande unanimidade sobre a importância e o impacto dos risco psicossociais no mundo do trabalho e economia dos países. Ameaça que representam para a saúde física e mental dos trabalhadores; Elevados custos daí resultantes (redução do bem-estar, da motivação e da produtividade, aumento dos acidentes de trabalho, do absentismo, do presentismo e da doença física e psicológica, entre outros) Afectam o crescimento económico e a competitividade das empresas.

Plano de acção para prevenir o stress relacionado com o trabalho e procedimentos para lidar com o assédio, intimação, bem como casos de ameaça, abuso ou violência (% de empresas) 36% 18% 20% Base: empresas com mais de 19 trabalhadores na totalidade dos 36 países.

Preocupações sobre o stress, assédio e violência no trabalho, por sector European Survey of Enterprises on New and Emerging Risks (ESENER 2010)

Segundo a EU-OSHA O stress ocupacional tornou-se hoje, num dos maiores desafios para a saúde e a segurança na Europa. quase um em cada quatro trabalhadores é afectado pelo stress. 50%-60% da totalidade dos dias de trabalho perdidos são atribuídos ao stress relacionado com o trabalho e aos riscos psicossociais

Stress Ocupacional Europa Explica mais de um quarto das ausências no trabalho de 2 ou mais semanas. Afecta mais de 40 milhões de trabalhadores em toda a União Europeia. 2º problema de saúde relacionado com o trabalho mais reportado na Europa (dor nas costas é o primeiro), afectando cerca de 28% dos trabalhadores da União Europeia quase 1 em cada 3 trabalhadores. (European Comission, 2002; OPP, 2014)

Stress Ocupacional Stress laboral é responsável por mais de 1/3 de todos os novos casos de problemas de saúde. Cada caso de stress, ansiedade ou depressão leva a uma média de 30.2 dias de trabalho perdidos. Em 2007-2008, um total de 13.5 milhões de dias de trabalho foram perdidos para o stress, depressão e ansiedade. Quase um terço das organizações que responderam ao estudo sobre a gestão do absentismo (CIPD, 2008) relatou um aumento de absentismo relacionado com o stress nos últimos 12 meses.

Físicas Reacções associadas ao stress no trabalho Psicológicas Comportamentais Curto-Prazo - Alergias - Problemas arteriais - Insónia - Dificuldades respiratórias - Problemas músculo-esqueléticos - Problemas gastro-intestinais - Problemas dermatológicos - Ansiedade - Frustração/Irritabilidade - Isolamento - Dificuldades de concentração - Perda de memória - Fadiga constante - Tédio - Desânimo - diminuição da produtividade - absentismo - Impaciência - Decréscimo da criatividade - Desinteresse - Perda de vigilância face aos riscos do trabalho - consumo excessivo de medicamentos, drogas e álcool - Oscilações de humor Longo-Prazo - doenças gastro-intestinais - doenças auto-imunes - doenças músculo-esqueléticas - doenças cardio-vasculares - Depressão clínica - Burnout - problema de bipolaridade - Stress pós-traumático - ideias suicidas ou o próprio suicídio - toxicodependência e alcoolismo - conflitos interpessoais - isolamento social - problemas alimentares - baixa produtividade - Comportamentos fraudulentos e sabotadores - Turnover

Saúde nas Empresas Portugal Portugal está classificado como o terceiro país europeu com a maior proporção de trabalhadores que diz que o stress relacionado com o trabalho é muito comum (28%), quase o dobro da média na Europa (16%). (Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2013)

Saúde nas Empresas - Portugal Portugal é o país da Europa com a taxa mais elevada de absentismo por doença. Cada trabalhador falta, em média, 12 dias por ano devido a doença. A perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados por problemas de saúde psicológica pode custar: 212 milhões por ano às PME s 117 milhões às grandes empresas (OPP, 2014)

Saúde nas Empresas - Portugal A prevenção e a promoção da saúde psicológica nas empresas portuguesas poderiam resultar numa poupança de 99 milhões por ano. 30% do custo anual da perda de produtividade associada aos problemas de saúde psicológica no trabalho (OPP, 2014)

Saúde nas Empresas - Portugal Quadro Resumo dos Custos dos Problemas de Saúde Psicológica em Contexto Laboral

Saúde Mental em Portugal De acordo com os dados da prevalência anual resultantes do Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental (Caldas de Almeida J & Xavier M, 2013), as perturbações psiquiátricas afectam mais de um quinto da população portuguesa (22,9%). Deste valor global destacam-se os mais altos nas perturbações da ansiedade (16,5%) e nas perturbações depressivas (7,9%). Os valores da prevalência das perturbações mentais em Portugal apenas são comparáveis aos da Irlanda do Norte (23,1%), recentemente publicados no âmbito da World Mental Health Survey Initiative, dentro da Europa, e aos dos EUA (26,4%), fora da Europa.

Saúde e trabalho - Europa Entre os trabalhadores europeus com um problema de saúde relacionado com o trabalho, o stresse, a depressão ou a ansiedade, foram reportados como os problemas de saúde mais graves em 14% dos casos (Comissão Europeia, 2010 cit. in EU- OSHA, 2014). O custo da depressão relacionada com o trabalho foi estimado em 617 biliões anuais. O custo para os empregadores, resultante do absentismo e do presentismo foi estimado em 272 biliões (Matrix, 2013)

Saúde nas Empresas - Europa Mais de 55% dos empregados diagnosticados com depressão, na Europa, metem baixa devido à doença representando mais de 38 milhões de pessoas (Evans-Lacko & Knapp, 2014). Os sintomas cognitivos associados a problemas de saúde psicológica concentração, dificuldades na tomada de decisão e esquecimentos estão presentes em cerca de 94% do tempo e causam prejuízos significativos no desempenho. Pessoas com depressão reportam uma média de quase 6h, por semana, de tempo produtivo perdido (Olesen, et al., 2012).

Prevenção de RPS 1. É legalmente obrigatória 2. Deve envolver toda a Organização 3. É da responsabilidade do Serviço de Saúde Ocupacional 4. É Coordenada/efectuada por um especialista com formação em Psicologia, envolvendo uma equipa Multidisciplinar 5. É dirigida a todo o tipo de risco (stress, burnout, violência, assédio moral e/ou sexual, Emprateleiramento, mobbing, etc..) 6. Implica sistemas adaptados a cada situação (Organização, grupo profissional, etc.) 7. Envolve todos os níveis hierárquicos

Beneficios da prevenção RPS Melhoria do bem-estar e da satisfação do trabalhador em relação ao trabalho e à Organização Mão-de-obra saudável, motivada e produtiva Melhoria global do desempenho e da produtividade Redução do absentismo, do presentismo, das taxas de rotatividade dos Colaboradores, dos custos associados à perda de qualidade, etc. Redução dos custos e dos encargos para a sociedade em geral Cumprimento dos requisitos legais

Retorno do Investimento Os empregadores têm a obrigação legal de reduzir os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores decorrentes da Directiva-Quadro (89/391 / CEE), e isso inclui os riscos psicossociais. Em muitos organizações existe uma percepção errónea de que prevenir os riscos psicossociais é um desafio que incorrerá em custos adicionais. A evidência mostra que não prevenir esses riscos podem ser muito mais oneroso para os empregadores, trabalhadores e sociedade em geral (Cooper et al, 1996;. EU-OSHA, 2004; Bond et al. 2006).

Retorno do Investimento As intervenções que promovem a Saúde Psicológica em contexto laboral são custo-efectivas. Alguns estudos sugerem um retorno do investimento de mais de 9 por cada 1 gasto (Knaap et al., 2011). Um outro relatório (Matrix, 2013) examinou a custoefectividade de diferentes tipos de intervenção de prevenção e promoção da Saúde Psicológica no contexto de trabalho e concluiu que por cada 1 gasto em programas de prevenção e promoção da Saúde Psicológica no local de trabalho, os benefícios ao final de um ano ascendiam aos 13.62.

Retorno do Investimento O custo total das intervenções laborais nos riscos psicossociais, no sector policial holandês, ao longo de um período de 4 anos, foi calculado em 3 milhões. Como resultado, o número de riscos psicossociais diminuiu e o absentismo foi reduzido em 3%, permitindo poupar 40 milhões (Houtman and Jettinghoff, 2007 cit. in EU-OSHA, 2014)

Gestores/Líderes e Gestão dos RPS Competências Comportamentos Práticas de Gestão Saúde física e mental dos colaboradores Vários trabalhos evidenciam uma relação directa entre as competências, comportamentos e práticas de Gestão e a saúde física e mental dos colaboradores (Channuwong, 2009, Donaldson-Feilder, Lewis and Yarker, 2009, Quick, Macik-Frey and Cooper, 2007, Robertson and Flint-Taylor, 2009).

Pressão Suportada pelos Gestores Num Inquérito realizado em 2003 com 409 leitores do Journal du Management, A maioria destes leitores (51,5 %), considera que o nível de pressão suportada no trabalho é «muito» ou «bastante» elevada.

OBRIGADO! samuel.antunes@ordemdospsicologos.pt