PROGRAMA DE INTERVENÇÃO EM OBESIDADE INFANTIL. Centro de Saúde da Marinha Grande Ana Laura Baridó
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- Osvaldo Festas Campelo
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1 PROGRAMA DE INTERVENÇÃO EM OBESIDADE INFANTIL Centro de Saúde da Marinha Grande Ana Laura Baridó 1
2 A obesidade é considerada a epidemia do séc. XXI (OMS) Em Portugal tem vindo a aumentar vertiginosamente nos últimos anos É a forma mais frequente de transtornos alimentares e representa uma ameaça potencial para a saúde A prevalência da obesidade na infância em Portugal tem crescido durante os últimos anos, variando entre os 18% e 30% na população infantil e juvenil (MOTA e outros 2000) Cerca de 50% dos adolescentes obesos tornam-se adultos com este estado patológico e cerca de 1/3 dos adultos obesos já o eram em crianças (DIETZ,1998) com consequências económicas graves para o sistema de saúde nacional (DUARTE e MONTEIRO, 2007) Enquadramento Estudos no nosso país determinaram que a prevalência da pré-obesidade e obesidade nas crianças entre os 7 e os 9 anos de idade é cerca de 20,3% e 11,3% respectivamente, apresentando valores superiores para as meninas (CARMO, 2005)
3 Em Portugal foi publicado um estudo em 2003 promovido pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, que decorreu entre Outubro de 2002 e Junho de 2003, e que conclui que Portugal é o 2º país da Europa com mais crianças obesas (PADEZ e outros, 2001). Na região do Algarve um estudo realizado em 2007, verificou que a prevalência da pré-obesidade e obesidade em crianças com idades compreendidas entre os sete e nove anos foi de 20% e 10,2%, respectivamente (SANCHO, 2007). A OMS traça uma estratégia Mundial para o combate á obesidade, da qual Portugal faz parte. Na sequência dessa estratégia surgiu no nosso país o Programa Nacional de Combate á Obesidade, que tem como finalidade contrariar a taxa de crescimento da prevalência da pré-obesidade e obesidade em Portugal (DGS, 2005). Este programa contempla o desenvolvimento de acções a nível nacional através da implementação de estratégias de intervenção. Enquadramento
4 Estudo caso-controle decorrido entre Outubro de 2008 e Fevereiro de 2009 com 19 crianças em cada grupo Resultados favoráveis no que respeita a uma diminuição significativa do valor do percentil e do valor absoluto do IMC no grupo submetido ao programa Alteração dos hábitos de vida da criança e família, em especial em relação aos hábitos alimentares (diminuição do consumo de doces e aumento do número de crianças a tomar o pequeno almoço) e hábitos de exercício ORIGEM DO PROGRAMA
5 OBJECTIVOS Promover hábitos de vida saudáveis na criança e família Promover a adesão a comportamentos duradouros que promovam o tratamento e prevenção da obesidade Promover competências parentais para a aplicação de medidas de fundo na família, para a prevenção e tratamento da obesidade
6 PRINCIPIOS Coesão Grupal Auto-monotorização de metas Respeito pelas diferenças Adaptação dos hábitos às características de cada criança e família Igualdade de informação
7 Classificação das crianças de acordo com curvas de percentil de IMC na consulta de vigilância dos 8 anos Sessões individuais e conjuntas Total de oito sessões de educação para a saúde Responsabilidade do programa por parte da enfermeira especializada em SIP Colaboração do nutricionista e psicólogo Follow-up passadas oito semanas da aplicação do programa
8 Explicação dos objectivos e conteúdos do programa aos pais e preenchimento de consentimento informado Aplicação de inquérito de hábitos de vida da criança e família (adaptado de RITO,2003) Dinâmica de grupo para conhecimento das crianças Auscultação de expectativas dos pais e crianças 1ª e 2ª sessões Pais e filhos
9 Conhecimento do padrão alimentar das crianças e confrontação do mesmo com o mais saudável Auto-registo das preferências alimentares Exploração da roda dos alimentos e construção de um menu de acordo com a mesma Estabelecimento de metas de mudança semanal ( pela própria criança) 3ª Sessão Só crianças
10 Intervenção do nutricionista com os pais, na explicação de dicas para uma alimentação saudável e formas de prevenir o consumo de alimentos que promovam a obesidade infantil Desenvolvimento de actividades lúdicas com as crianças com base na roda dos alimentos 4ª Sessão Pais e crianças em salas separadas
11 Conhecer o padrão de exercício físico das crianças e hábitos relacionados com a actividade física não planeada Proporcionar uma aula de exercício físico com instruções para a prática diária em casa 5ª Sessão Crianças
12 Análise de um artigo que aborda questões relacionadas com a obesidade, suas causas e consequências, com os pais Explicação e discussão com os pais acerca da problemática da obesidade Preparação de uma actividade com as crianças a apresentar aos pais na sessão seguinte 6ª Sessão Crianças e Pais em salas separadas
13 Apresentação da actividade realizada pelas crianças aos pais (Hábitos de vida saudáveis) Realização de actividade de avaliação das competências adquiridas por parte dos pais e filhos durante o programa 7ª Sessão Crianças e Pais
14 Orientação acerca da prevenção e tratamento da obesidade Recapitulação das principais conclusões do programa Reaplicação do inquérito de hábitos de vida Reavaliação antropométrica Avaliação do programa 8ª Sessão Crianças e Pais
15 Realiza-se oito semanas após a aplicação do programa Consiste na reavaliação antropométrica e dos hábitos de vida Tem como objectivo avaliar a eficácia do programa e remotivar a criança e sua família Sempre que necessário preceder a um acompanhamento personalizado, pede-se apoio do nutricionista Follow-up
16 Participaram até ao momento no 30 crianças, tendo-se verificado uma consistência na modificação dos hábitos de vida, nomeadamente no que respeita aos hábitos alimentares e de exercício físico e diminuição do percentil de IMC em 20 crianças após o followup Houve necessidade de acompanhamento psicológico de 6 crianças e famílias por apresentarem problemas de autoestima e auto-imagem com dificuldades de integração na escola Houve necessidade de articular com duas escolas no sentido de orientar duas crianças na hora da refeição Resultados do Programa
17 A comparência das crianças aquando da primeira convocação A adesão por parte dos pais às metas estabelecidas pelas próprias crianças Dificuldades encontradas
18 Inclusão do no programa de saúde escolar para o concelho da Marinha Grande, no âmbito da criação da Unidade de Cuidados na Comunidade, envolvendo outros profissionais (psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta) Divulgação do programa e seus resultados com o intuito da sua aplicação noutros Centros de Saúde Futuro do Programa
19 Protocolar com a Câmara Municipal a criação de actividades para as crianças com excesso de peso e obesidade, como campos de férias e actividades físicas várias Articulação com agrupamentos de escolas para a instituição de medidas de prevenção da obesidade infantil Protocolar com clubes desportivos da comunidade classes de desporto para crianças com excesso de peso e obesidade Contributos Comunitários do Programa no futuro
% de crianças identificadas por médico que necessitam realizar EG. % de crianças que efectuaram o EGS por inscrição em médico assistente.
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