2. PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "2. PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE"

Transcrição

1

2 Caixeiro Viajante. Ele consiste em, dado um conjunto de distâncias, ou tempos de viagem, entre diversas localidades, achar um circuito de comprimento mínimo que, saindo de uma origem, percorra todas as localidades, passando exatamente uma vez em cada localidade e depois voltando para a origem. Este problema, por si só, é muito interessante e tem muitas aplicações teóricas e práticas, mas só leva em consideração as distâncias a serem percorridas. Se quisermos modelar um problema de entrega de mercadorias, onde o tipo e a quantidade destas mercadorias é, além das distâncias, importante para o cálculo total do custo, o Problema do Caixeiro Viajante não é a melhor opção. Existe também, na literatura, um outro problema chamado de Problema de Mínima Latência. Ele consiste em, dado um conjunto de tempos entre diversas cidades (tarefas) calcular o atraso entre o nó origem e o nó atual e seu objetivo, no final, é minimizar o somatório dos atrasos entre todas as localidades envolvidas e a origem. Este problema também é muito interessante e foi utilizado primeiramente na otimização do agendamento de tarefas para máquinas industriais. Além disto, este problema pode ser interpretado como minimizar o custo de um caminhão que, saindo carregado, tenha que entregar uma unidade de um produto em cada local e que exista um custo que é proporcional ao número de produtos transportados em cada trecho. Outra interpretação cabível é um trabalhador que recebe n tarefas de diferentes dificuldades no mesmo instante de tempo t e que precisa decidir qual a ordem das tarefas, sabendo que tarefas mais simples terminarão primeiro e o cliente receberá o produto mais cedo, maximizando sua satisfação. O nosso trabalho combina e estende estes dois problemas anteriores. Ele consiste em achar um caminho de menor custo que, saindo de uma origem, percorra todas as localidades, passando exatamente uma vez em cada localidade e depois voltando para a origem. Além dos custos fixos associados à passagem nos trechos, um conjunto de custos unitários para se transportar cada tipo de mercadoria em cada trecho é dado, e um parâmetro de demanda é associado a cada localidade. Neste problema de entrega o tipo e a quantidade das mercadorias é, além das distâncias, importantes para o cálculo total do custo. Este problema é então mais completo, englobando tanto o Problema do Caixeiro Viajante como o Problema de Mínima Latência. Não necessariamente a menor distância (ou o menor tempo total) é a melhor solução. Podem existir casos em que seja melhor percorrer uma distância maior para logo nas primeiras visitas entregar mais mercadorias, deixando o caminhão mais vazio e economizando no custo de transportar a mercadoria das localidades subseqüentes. 2. PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE Problema do Caixeiro Viajante (PCV), do inglês, Traveling Salesman Problem, é um dos mais tradicionais e conhecidos problemas de otimização combinatória. Ele consiste em um conjunto de nós V={1,...,n} e um conjunto de arestas E, onde os nós os representam cidades e as arestas representam pares ordenados de cidades pelos quais uma ligação direta é possível. Além disto, para cada par ordenado, um peso, proporcional à distância ou ao tempo de viagem, é atribuído. O problema é encontrar um caminho, começando da cidade 1, que, além de visitar cada cidade exatamente uma vez, retorne para a cidade 1 com o tempo total de viagem mínimo. Resumindo, o problema é encontrar um caminho Hamiltoniano de menor tempo, ou de mínimo custo total, num grafo G=(V,E) [WAG69] [CH79] [NEM88]. Dantzig, Fulkerson e Johnson[DANT54] foram os primeiros a formular o Problema do Caixeiro Viajante como um problema de programação linear inteira. Além da função objetiva que mensura o custo de passagem nos arcos, o modelo é formado por quatro conjuntos de restrições. Os dois primeiros conjuntos de restrições obrigam que chegue e saia um, e somente um, arco em cada nó do grafo G=(N,E) que serve como suporte para o modelo. Outro conjunto de restrições elimina ciclos de tamanho menor que N e, o último conjunto impõe a condição de integralidade para o problema [DANT54][GOL00]. O número de restrições que inibem ciclos cresce de forma exponencial em relação ao aumento do número de nós do grafo. Este elevado número de restrições faz com que o problema 1622

3 se torne extremamente complexo e computacionalmente difícil. A literatura classifica o PCV como NP-Hard. Miller, Tucker e Zemlin[MTZ60][GOL00] propuseram uma formulação para o PCV denominada Folha de Cravo. O nó origem é o nó 1. Nesta formulação o caixeiro viajante deve visitar as outras n-1 cidades, salvo a cidade 1, exatamente uma vez. Durante seu trajeto ele deve retornar à cidade origem exatamente t vezes, incluindo o retorno final, e não deve visitar mais de p cidades diferentes em um ciclo. 2.1 PCV com Formulação de Fluxos Em 1984, Finke, Claus e Gunn [FCG84] construíram uma formulação de fluxos para o PCV. Nela existem dois produtos distintos P e Q e um vértice s V selecionado arbitrariamente em um grafo G=(N,E). Neste problema o caixeiro deixa a origem com uma quantidade N de produtos do tipo P e vazio de produtos do tipo Q. A cada nó que o caixeiro visitava uma unidade do produto P era deixada e uma unidade do produto Q era recolhida até que o caixeiro só transporte mercadorias do tipo Q. Também em 1984, Claus desenvolveu um modelo de fluxos para o PCV [GOL00]. 3. PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE COM DEPENDÊNCIA DE TEMPO O Problema do Caixeiro Viajante com Dependência de Tempo (PCVDT), do inglês Time-Dependent Traveling Salesman Problem é uma generalização do PCV. No PCVDT o custo de transição depende não somente das localidades envolvidas, mas também de suas posições na seqüência que define o caminho Hamiltoniano [PIC78]. Desta forma, dado um grafo G=(V,E) representado como uma matriz de custo dependente do tempo, o objetivo é encontrar um caminho Hamiltoniano de menor custo. A matriz de custos associa a cada aresta ( E uma função de custo dependente do tempo c (t). Um nó origem é escolhido e dele o caixeiro parte [HAM99]. É assumido que o tempo de viagem entre quaisquer duas cidades corresponde ao período de uma unidade de tempo. 3.1 Modelos Em meados de 1956, Bowman [BOW56] sugeriu uma variável dependente do tempo para problemas de agendamento. Hadley [HAD64], Miller, Tucker e Zemlin[MTZ60] e Picard e Queyranne [PIC78] apresentaram formulações para o PCVDT, mas todas as formulações lineares requereram um número de restrições na ordem de n 2. É conveniente salientar que uma formulação que requeria 2n restrições foi proposta em [PIC78], mas utilizava uma função objetivo quadrática. Apesar da existência de variáveis dependentes do tempo desde 1956 [BOW56], o PCVDT foi introduzido somente em 1973 por Fox [FOX73]. O problema também foi estudado por [PIC78], [FOX79], [FOX80], [MD92], e [HAM99]. Fox, em sua tese de doutorado [FOX73], mostrou cinco formulações de programação linear inteira e uma formulação de fluxos para o PCVDT. Nenhuma destas formulações conseguiu resultados satisfatórios. Um algoritmo Branch-and-Bound não foi capaz de resolver um problema de 10 cidades em 12 minutos (o computador não foi especificado) [PIC78]. 3.2 Problema de Mínima Latência O Problema de Mínima Latência (PML), do inglês Minimum Latency Problem, também conhecido por Traveling Repairman Problem e Deliveryman Problem é um problema variante do PCV no qual o objetivo é encontrar um circuito partindo de uma origem o que minimize a soma dos tempos de espera (latência) dos consumidores [BLUM94]. A latência de um vértice pode ser definida como a distância entre este vértice e o nó raiz. Este tempo de espera é 1623

4 capturado em relação ao ponto de vista dos consumidores [TSIT92]. O PML também pode ser interpretado como um problema de agendamento de tarefas onde o tempo total das tarefas precisa ser mínimo [EIJL95]. O Problema de Mínima Latência foi introduzido em 1967 por Conway, Maxwell e Miller [CON67] com ênfase nos problemas de agendamento de tarefas caracterizando-o, também, como um problema variante do PCV. Em 1976, Sahni e Gonzalez [SAH76] também caracterizaram matematicamente o problema como uma variante do PCV, onde o tempo, latência, era o principal fator de custo. Soluções ótimas para o problema foram produzidas por Lucena [LUC90], Simchi-Levi e Berman [SIM91] e Fischett Laporte e Martelo [FIS93]. Lucena propôs um algoritmo enumerativo baseado numa formulação não-linear inteira onde os limites inferiores foram obtidos por relaxação Lagrangeana. Ele relata resultados ótimos para problemas de até 30 nós. Simchi-Levi e Berman descrevem um método Branch-and-Bound baseado na relaxação da árvore geradora mínima. Fischetti et al. propuseram um algoritmo Branch-and-Bound baseado numa formulação de programação inteira [BLUM94][EIJL95]. Tanto o PML como o PCV são casos especiais do Problema do Caixeiro Viajante com Dependência de Tempo. No PCVDT a função de custo é uma métrica que contabiliza a distância da aresta e a ordem de visitação dos nós, gerando uma função de custo c(e,i). O custo do PCV é um caso especial onde a função de custo depende somente do custo da aresta, c(e,i) = e. Já o PML é um caso onde o custo é dado por c(e,i) = (n-i)*e [BLUM94]. Por exemplo, considerando um caminhão que precise entregar N itens em N pontos e retorna para o ponto de partida. Se o caminhão percorre uma distância D com k itens, então o custo é proporcional a (k+u)d. O valor k representa à quantidade de itens que devem ser entregues, o valor u é proporcional ao peso do caminhão [BLUM94]. Uma modelagem para o PML foi formulada por [EIJL95]. El considera um grafo G = ( V {0}, A), onde V={1,...,n}. Cada arco( está associado a um tempo de viagem + p Z 0. El assume que o tempo de visitação está incluído no tempo de viagem, desta forma o tempo de chegada no nó i é igual ao tempo de partida do nó i. O nó 0 é o nó de partida, isto é, cada caminho começa e termina no nó 0. Ele assume que cada caminho inicia no tempo 0. Então o tempo de espera do consumidor localizado no nó i é igual ao tempo de partida do nó i. Desta forma o problema é determinar um caminho que minimize a soma dos tempos de partida nos nós. Bianco, Ricciardelli e Spadoni [BRS89] desenvolveram uma modelagem para o Problema de um Veículo de Entrega (PUVE), do inglês, Single Vehicle Delivery Problem. Este problema caracteriza-se por um único veículo, saindo de uma origem 1, que percorrendo um circuito Hamiltoniano necessita entregar q i passageiros em cada nó i do grafo G=(V,A). Além disto, o motorista necessita, após percorrer todos os nós, entregar q 1 passageiros no nó origem (nó 1). Este problema está extremamente relacionado ao PML. A diferença está na quantidade heterogênea q i de passageiros entregues em cada nó i. Fazendo q i = 1 i V o problema se transforma no PML. Desta forma podemos classificar este problema como uma variação mais abrangente e complexa do PML. Isto é observado pois o custo não está só relacionado ao tempo e a ordem de visitação dos nós, mas também à quantidade de passageiros entregues em cada nó, priorizando assim os nós que tem uma demanda maior. Bianco, Ricciardelli e Spadoni [BRS89] resolveram o problema anterior de forma exata através de um algoritmo que utilizou relaxação Lagrangeana e programação dinâmica. Blum et al. no artigo "The Minimum Latency Problem" [BLUM94] estudaram sobre um problema que combinava os objetivos do PCV e do PML. Ele foi chamado de Positive-Linear Time Dependent Travelling Salesman Problem. Nele, o custo total é um produto dos custos do PCV e do PML. 1624

5 Neste artigo também iremos trabalhar com um modelo que é uma aproximação entre o PCV e o PML. Este problema foi chamado por nós de Problema do Caixeiro Viajante com Demandas Heterogêneas e será explicado e formulado no tópico seguinte. 4. PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE COM DEMANDAS HETEROGÊNEAS Existem muitas variedades de problemas de roteamento de veículos. O problema básico é o problema operacional no qual uma frota de veículos com capacidades fixadas (número, capacidade de armazenamento, velocidade e outras) é usada para transportar mercadorias ou pessoas entre especificadas localidades de entrega e coleta e cada localidade possui uma demanda correspondente. O problema é determinar que demandas serão transportadas e qual rota será seguida por cada veículo para um determinado conjunto de demandas. O objetivo mais comum é minimizar o custo total incluindo combustível, pessoal e depreciação dos veículos. As rotas selecionadas devem satisfazer uma variedade de restrições, como a capacidade de transporte, janelas de tempo e escalonamento dos horários dos motoristas [BRS89]. Neste artigo iremos focalizar um problema peculiar onde um único veículo, saindo de 1625

6 ( 1) Min ( sujeito a: ( b x + k K c k f k ) ( 2) (3) ( 4) ( 5) ( 6) ( 7) ( 8) ( 9) ( 10) (11) ( 12) (13) f ojk ( o, f ikk ( k ) f = d = d k k jlk ( ( j, l) f k f k ( k, k k, k k f = 0, k K, d x, ( E, k K k 0, ( E, k K x x ( x = 1 = 1, j V, i V {0,1}, ( E ( o, g g oj = k K g ik kj ( k ) ( k, K g g d k = d k, k k, k k d k x, ( E k K 0, ( E j k A função objetivo (1) leva em conta não só os custos fixos mas também os custos variáveis relativos aos fluxos dos produtos. A restrição (2) assegura que o fluxo que emana do nó origem destinado ao nó de demanda k é igual à demanda do nó k. As restrições (3) impõem que a demanda de um produto k é igual ao fluxo desse produto que chega ao vértice k. As restrições (4) garantem a conservação do fluxo de um dado produto através dos vértices de passagem daquele produto. As restrições (5) obrigam que o fluxo seja nulo nos arcos não escolhidos para compor a solução. As restrições (6) asseguram a não negatividade do fluxo de cada produto k. As restrições (7) asseguram que incide um, e somente um, arco em cada nó e as restrições (8) asseguram que sai um, e somente um, arco a partir de cada nó. As restrições (9) estabelecem que as variáveis x são binárias. A restrição (10) é relativa ao fluxo global e diz que o fluxo total que sai da origem é igual ao somatório das demandas dos destinos dos diversos produtos. As restrições (11) também são relativas ao fluxo global e asseguram que o fluxo proveniente de um determinado nó menos o que sai é igual à demanda deste nó. As restrições (12) asseguram que se existe fluxo numa aresta o valor de g desta aresta é menor ou igual ao somatório de todas as demandas. Contudo, se não existe fluxo, o valor de g é igual a zero. E, finalmente, as restrições (13) asseguram que as variáveis g são não negativas. Observamos que, embora aparentemente redundantes, são as restrições (10), (11) (12) e (13) que constituem a chave para se evitar a formação de ciclos no problema. A inclusão das variáveis f k no modelo é necessária para se fazer a contabilidade dos custos variáveis associados aos diversos produtos, mas por si só não asseguraria a eliminação de ciclos na solução do problema de programação linear inteira mista. Em relação à formulação tradicional 1626

7 de Dantzig, Fulkerson e Johnson [DANT54], que se limita ao espaço das variáveis x, a inclusão das variáveis de fluxo f k e g aumenta de forma polinomial o número de variáveis do problema. Em vez de se trabalhar com apenas uma variável binária x para cada arco ( E, a formulação (1)-(13) opera também com E variáveis contínuas para cada arco ( E, mas isto elimina a necessidade de se incluir um número exponencial de restrições de eliminação de ciclos presentes no modelo original de Dantzig et al.[dant54]. Miller, Tucker e Zemlin [MTZ60] utilizaram um raciocínio parecido na sua formulação de Fox, Gavish e Graves em [FOX80] também utilizaram uma forma de se eliminar ciclos parecida com Miller et al.[mtz60] e com a nossa formulação (1)-(13), mas trabalharam somente com as variáveis originais, ao invés de utilizar um conjunto de variáveis adicionais como as g. É conveniente salientar que como o problema é assimétrico existem duas variáveis (tanto as binárias, como as de fluxo e de fluxo global) para cada par de nós adjacentes. Em transporte de mercadorias o custo fixo pode ser entendido como o custo que um cidadão tem que desembolsar para percorrer uma estrada.um exemplo é o custo que um caminhão, mesmo que vazio, precisa para percorrer uma determinada estrada. Outro exemplo é o custo de um pedágio. Estes custos podem ser combinados ou não para formar o custo fixo. Já o custo variável pode representar o gasto referente à quantidade de mercadorias que trafegam pela estrada. Quanto mais pesado estiver um veículo mais gasto o mesmo terá com combustível, com manutenção ou eventuais multas por excesso de peso. Este custo não é só mensurado pela quantidade de mercadorias, mas também pelo tipo de mercadoria transportada. Por exemplo, pode ser interessante a contabilidade de um custo maior por unidade de peso de alimentos perecíveis, a fim de se priorizar a entrega desse tipo de produto. Além disto, variando as demandas e os custos pode-se aumentar ou diminuir a prioridade de entrega de mercadorias. Clientes mais importante podem ter prioridade maior neste modelo. O custo variável também pode ser interpretado como no Problema de Mínima Latência. Nele o custo é relativo à posição de visitação dos nós, da mesma forma que o custo variável no nosso problema. A diferença básica entre o custo variável do nosso problema e o custo no Problema de Mínima Latência diz respeito à quantidade de mercadorias que serão entregues em cada nó. Se d k = 1, k K então o nosso custo variável representa o PML. Como não necessariamente estas demandas são unitárias então nosso custo é pelo menos maior, e ao mesmo tempo proporcional, ao custo do Problema de Mínima Latência. O nosso modelo é um caso geral do Problema de um Veículo de Entrega apresentado por Bianco, Ricciardelli e Spadoni em [BRS89]. Neste problema deseja-se encontrar a melhor rota para um veículo sabendo que é necessário entregar passageiros em diversas localidades, cada uma com uma quantidade diferente de passageiros a ser entregue. Um modelo parecido com o (1)-(13) foi desenvolvido por Randazzo[TRAN01] em sua tese de doutorado. Ela também minimiza os custos fixos e variáveis referentes à abertura do enlace de comunicação e ao custo de transmitir as mercadorias, respectivamente, mas no problema de Randazzo nem todos os vértices necessariamente possuem demandas, podendo gerar um ciclo que não contém todos os nós do grafo. O modelo de Randazzo tem como intuito gerar anéis e não foi ligado nem ao PCV nem ao PML e nenhum resultado computacional foi apresentado. Quando os valores de b = 0, ( E e d k = 1, k K o o nosso modelo torna-se o Problema de Mínima Latência. Quando c k = 0, ( E, k K o nosso modelo torna-se o Problema do Caixeiro Viajante propriamente dito. 5.RESULTADOS COMPUTACIONAIS Os testes foram realizados em uma máquina Sun Blade 100 que possui dois processadores UltraSPARC de 500 MHz e 1 Gbyte de memória RAM. O sistema operacional é 1627

8 o Solaris 5.8. Foi utilizado o resolvedor Cplex 7.0 da Ilog com valores padrão para os parâmetros, exceto o limite total de tempo que foi alterado para 7200 segundos, salvo a primeira base de dados para a qual este valor foi alterado para 5400 segundos. Foi desenvolvido um programa em linguagem C que dada uma matriz de dados, um número n de nós, uma origem o e um valor θ gera um arquivo de dados. Este programa gera demandas aleatórias entre 1 e 130 unidades i V o e gera também custos variáveis de no mínimo 1 e no máximo θ % do custo fixo referente a cada arco( e a cada produto k. Existe apenas uma restrição a respeito da máxima relação (em porcentagem) entre o custo variável e o custo fixo. Esta relação é dada pelo valor θ. Após ser gerado o arquivo de dados, este arquivo é lido por outro programa, também em linguagem C, e gerado um arquivo em um formato chamado LP, que será utilizado pelo resolvedor CPLEX 7.0 da ILOG. 5.1 Base da Dados 1 A primeira base de testes foi retirada da base de dados do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) e contém uma matriz de distâncias reais entre 25 capitais brasileiras. Por questão de cálculo foram retirados alguns arcos da matriz para que esta não apresente n 2 -n arestas e, conseqüentemente, n 2 -n variáveis binárias. A partir dos valores dados como entrada para o programa gerador, uma instância é criada e resolvida pelo resolvedor Cplex. As demandas em cada localidade sempre foram as mesmas e atribuímos valores maiores para cidades de maior população como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e demandas menores para outras cidades não tão populosas. As demandas variaram entre 20 e 130 unidades. O custo variável por unidade de produto transportada em cada arco, c k, variou entre 0.8% e 1.3% do valor de b referente a este arco(. Nesta primeira bateria de testes dois grafos (G1) e (G2), onde os nós representam 25 capitais brasileiras foram usados para estes experimentos. Cada experimento (E1,E2,...,E25) foi composto de um subgrafo de um destes dois grafos. Até o experimento 15 (E15) foi utilizado o grafo representado pela figura (G1) e resultados exatos foram obtidos com subgrafos de até 20 nós do grafo (G1). Dos experimentos E16 até o E25 foi utilizado como base o grafo representado pela figura (G2) e resultados satisfatórios foram adquiridos com todo o grafo, ou seja, com um grafo de 25 nós. Foi atribuído um tempo máximo de 5400 segundos para o software Cplex funcionar. 1628

9 Os campos V e E da tabela 1 representam o número de nós e de arcos, respectivamente, do grafo utilizado na resolução. O campo Origem mostra qual é o nó origem do experimento. O campo Variáveis Inteiras se refere ao número de variáveis inteiras do problema, que é sempre duas vezes maior que o número de arcos. Os campos Variáveis Contínuas e Restrições se referem ao número de variáveis contínuas e restrições, respectivamente, do arquivo LP lido pelo software Cplex. Os valores dos experimentos são mostrados na tabela 2. Na tabela 2 temos os valores relativos a resolução dos problemas, pelo software Cplex, através da modelagem (1)-(13). O campo Nós Branch-and-Bound se refere ao número de nós Branch-and-Bound que o Cplex resolveu no experimento específico.o campo Iterações do Cplex representa o número de iterações que o software Cplex resolveu e o campo Tempo do Cplex representa o tempo, em segundos, que o Cplex levou para resolver cada um dos experimentos. O campo Gap do Cplex(%) é relativo ao valor Gap dado pelo Cplex, que representa a diferença, em porcentagem, entre o limite inferior do problema e o limite superior do mesmo. Quando o Gap do Cplex(%) tem valor zero o cplex resolveu o problema de forma ótima. Utilizando o grafo representado na figura (Grafo1), que é mais denso, em relação a quantidade de arcos, só conseguimos resolver problemas de até 20 nós. Já com o grafo representado na figura (Grafo2), que é mais esparso, conseguimos resultados com todo o grafo. Isto mostra que a esparcidade do grafo a ser utilizado como base de dados é muito importante para a obtenção ou não da solução ótima. Não foi realizado nenhum estudo a respeito da escolha da origem na solução final. 5.2 Base de Dados 2 Na segunda base de testes é utilizado como grafo de referência o grafo representado na figura (Grafo2). A diferença na geração de instâncias entre a segunda parte da primeira base de dados e a segunda base de dados está na geração aleatória das demandas, estas entre 1 e 130 unidades, e na inclusão de um parâmetro extra chamado de valor θ no programa gerador. Este 1629

10 valor representa, em porcentagem, a maior relação possível entre o custo variável de se transportar uma mercadoria k pelo arco ( e o valor de b. Os valores das instâncias testadas estão contidos na tabela 3. A tabela 4 mostra os valores relacionados à resolução dos experimentos da base de dados 2 pelo software Cplex. O campo Gap Linear(%) se refere ao Gap entre a solução inteira mista e a solução linear do problema relaxado. Este campo é calculado pela fórmula [(VO-VR)/VO x 100], onde VO é o valor inteiro ótimo e VR representa o valor da solução linear relaxada. O campo CF/CV (%) diz respeito à relação, em porcentagem, entre o custo fixo total e o custo variável total do problema. O campo Nós Branch-and-Bound se refere ao número de nós Branch-and-Bound que o Cplex resolveu no experimento específico. O campo Iterações do Cplex representa o número de iterações em que o Cplex computou e o campo Tempo do Cplex representa o tempo, em segundos, que o Cplex levou para resolver cada um dos experimentos. O campo Gap do Cplex(%) é relativo ao valor Gap dado pelo Cplex, que representa a diferença, em porcentagem, entre o limite inferior do problema e o limite superior do mesmo. Quando o Gap tem valor zero o Cplex resolveu o problema de forma ótima. Nesta segunda bateria de testes foi verificado o software Cplex, através da modelagem (1)-(13), resolveu a maior parte dos problemas no tempo hábil de 7200 segundos. O software Cplex resolveu todos os experimentos e o algoritmo de Benders a maioria deles. Foi verificado também que a relaxação linear do modelo não é muito boa, isto é, o vão da relaxação linear é alto. Isto ocorre principalmente para problemas onde o valor θ é maior. Também foi visto que quanto maior o valor de θ menor o valor de CF/CV. Isto é fácil de verificar já que quanto maior o valor de θ maior o valor de CV e, conseqüentemente, menor o valor de CF/CV, já que o valor CF é constante para um mesmo experimento. 6. CONCLUSÃO 1630

11 Neste trabalho introduzimos um problema de entrega de mercadorias denominado por nós de Problema do Caixeiro Viajante com Demandas Heterogêneas (PCVDH), no qual um caminhão deve percorrer um circuito Hamiltoniano deixando uma quantidade de demandas heterogêneas em cada localidade. Consideramos, para fins de cálculo do custo total, que temos como intuito minimizar, um custo fixo, de percorrer um trecho com este veículo vazio, adicionado a um custo variável, de transporte de cada uma das mercadorias destinadas às diversas localidades. Comparamos o PCVDH com muitos outros problemas. Descobrimos que na verdade o PCVDH combina os custos tanto do Problema do Caixeiro Viajante(PCV) como do Problema de Mínima Latência(PML). Apesar de tanto o PCV como o PML serem casos particulares do PCVDT e o PCVDH ser uma composição do PCV e do PML, o PCVDH tem características próprias, que o PCVDT não possui. O custo total no PCVDH é composto de duas parcelas distintas de dois problemas relativos ao PCVDT, que formam um problema único e diferente do PCV e do PML. O PCVDT é, sim, um problema mais amplo, onde o custo que depende do tempo não necessita ter nenhuma função específica. Já no PCVDH, o custo, que é dependente do tempo, isto é, a parte relativa ao custo variável, possui a propriedade de diminuir constantemente, até o caminhão entregar todas as mercadorias e o custo se tornar zero. Neste artigo fizemos um modelo de formulação linear de fluxos (1)-(13) para modelar PCVDH e utilizamos o software Cplex7.0 para realizar os experimentos. No modelo introduzimos as variáveis g, também citadas em [TRAN01], relativas ao fluxo global no arco ( e que inibem sub-ciclos. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [BLUM94] A. Blum and P. Chalasani and D. Coppersmish and B. Pulleyblank and P. Raguavan and M. Sudan. The minimum latency problem, Proc 26th Annual ACM Symposium on Theory of Computting, [BOW56] E. H. Bowman. Production scheduling by the transportation method of linear programming, Operations Research, vol 4, num 1, pages , [BRS89] L. Bianco and S. Ricciardelli and M. Spadoni. A new algorithm for the single vehicle delivery problem, Conference on the Practice and Theory of Operations Management et 4 es Journées Francophones sur la Logistique et le Transportes,pages , [CH79] N. Christofides. The traveling salesman problem, Wiley Chichester, pages , [CON67] R. Conway and W. Maxwell and L. Miller. Theory of scheduling, Addison- Wesley, [DANT54] R. Dantzig and R. Fulkerson and S. Johnson. Solution of a large-scale travelingsalesman problem, Operations Research, vol 2, pages , [EIJL95] C. El. A polyhedral approch to the delivery man problem Eindhoven University of Tecnology Memorandum COSOT 95, [FCG84] G. Finke and A. Claus and E. Gunn. A two-commodity network flow approach to the traveling salesman problem, Congress Numerantium, vol 41, [FIS93] M. Fischetti and G. Laporte and S. Martelo. The delivery man problem and cumulative methods, Operations Research, vol 6, pages , 1993 [FOX73] K. Fox. Production scheduling on parallel lines with dependencies. Johns Hopkins University, [FOX79] K.R. Fox and B. Gavish and S. C. Graves. The time dependent traveling salesman problem and extensions, Boeing Commercial Airplane Company, University of Rochester e Massachusetts Institute of Tecnology, 1979 [FOX80] K. Fox and B. Gavish and S. Graves. An n-constraint formulation of the (timedependent) traveling salesman problem, Operations Research vol 28, pages

12 1021, [GOL00] M. Goldbarg and H. P. L. Luna. Otimização combinatória e programação linear, Campus, [HAD64] G. Hadley. Nonlinear and dynamic programming, Addison-Wesley Publishing Co, [HAM99] M. Hammar. Lower bounds and approximation guarantees for parallel search on concurrent rays and time dependent traveling salesman problems, Departament of Computer Science, Lund University, [LUC90] A. Lucena. Time-dependent traveling salesman problem - the deliveryman case. Networks 20, pages , [MD92] C. Malandraki and M.S. Daskin. Time dependent vehicle routing problems: formulations, properties and heuristic algorithms, Transportation Science, vol 26, num 3, pages , [MTZ60] C.E. Miller and A.W. Tucker and R.A. Zemlin. Integer programming formulation of traveling salesman problems, ACM, vol 7, number 4, pages , [NEM88] G. Nemhauser and L.A. Wolsey. Integer and combinatorial optimization, Wiley Interscience Series in Discrete Mathematics and Optimization, [PIC78] J. C. Picard and M. Queyranne. The time-dependent traveling salesman problem and its application to the tardiness problem in one-machine scheduling, Operations Research, vol 26, pages , [SAH76] S. Sahni and T. Gonzalez. P-Complete approximation problems, Journal of the Association for Computing Machinery, vol 23, num 3, pages [SIM91] D. Simchi-Levi and O. Berman. Minimize the total flow time of n jobs on a network, IIE Trans, vol 23, pages , [TRAN01] C. D. Randazzo. Algoritmos para problemas de planejamento de redes multiníveis, Departamento de Ciência da Computação, Universidade Federal de Minas Gerais, [TSIT92] J. N. Tsitsiklis. Special cases of travelling salesman and repairman problems with time windows, Networks, vol 22, pages , [WAG69] H. M. Wagner. Principles of operations research - with applications to managerial decisions, Prentice-Hall,

UM NOVO MODELO DE FLUXOS PARA O PROBLEMA DA MÍNIMA LATÊNCIA

UM NOVO MODELO DE FLUXOS PARA O PROBLEMA DA MÍNIMA LATÊNCIA UM NOVO MODELO DE FLUXOS PARA O PROBLEMA DA MÍNIMA LATÊNCIA João Fernando Machry Sarubbi 1 Universidade Federal de Minas Gerais Av. Antônio Carlos 6627 Pampulha CEP 31270-901 Belo Horizonte MG - ICEX -

Leia mais

Computando Limites Inferiores e Superiores Justos para o Problema de Mínima Latência

Computando Limites Inferiores e Superiores Justos para o Problema de Mínima Latência Computando Limites Inferiores e Superiores Justos para o Problema de Mínima Latência João Fernando Machry Sarubbi, Henrique Pacca Loureiro Luna 2, Gilberto de Miranda Jr., Ricardo Saraiva de Camargo Departamento

Leia mais

Um Algoritmo Branch-and-Bound para o Problema da Mínima Latência

Um Algoritmo Branch-and-Bound para o Problema da Mínima Latência Um Algoritmo Branch-and-Bound para o Problema da Mínima Latência Gabriel A. C. Mattar João F. M. Sarubbi Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Belo Horizonte-MG, Brasil gabrielmattar41@gmail.com

Leia mais

Resolução do problema do caixeiro viajante assimétrico (e uma variante) através da relaxação Lagrangeana

Resolução do problema do caixeiro viajante assimétrico (e uma variante) através da relaxação Lagrangeana Resolução do problema do caixeiro viajante assimétrico (e uma variante) através da relaxação Ana Maria A.C. Rocha e João Luís C. Soares Departamento de Produção e Sistemas Escola de Engenharia Universidade

Leia mais

Aula 12: Programação Inteira

Aula 12: Programação Inteira Aula 12: Programação Inteira Otimização Linear e Inteira Túlio A. M. Toffolo http://www.toffolo.com.br BCC464/PCC174 2018/2 Departamento de Computação UFOP Aula de Hoje 1 Programação Inteira: A Formulação

Leia mais

Prática 00. Total 04. Pré-requisitos. No. De Créditos 04

Prática 00. Total 04. Pré-requisitos. No. De Créditos 04 Disciplina Otimização Combinatória Departamento Carga Horária Semanal MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 1 PROGRAMA DE DISCIPLINA Departamento de Computação Teórica Pré-requisitos

Leia mais

3 Extensões dos modelos matemáticos

3 Extensões dos modelos matemáticos 3 Extensões dos modelos matemáticos Os modelos matemáticos definidos por (2-1) (2-6) e (2-7) (2-13), propostos por Achuthan e Caccetta e apresentados no Capítulo 2, são reforçados neste trabalho através

Leia mais

COMPARAÇÃO ENTRE FROTA HOMOGÊNEA E HETEROGÊNEA EM PROBLEMAS DE ROTEAMENTO DE VEÍCULOS CAPACITADOS

COMPARAÇÃO ENTRE FROTA HOMOGÊNEA E HETEROGÊNEA EM PROBLEMAS DE ROTEAMENTO DE VEÍCULOS CAPACITADOS COMPARAÇÃO ENTRE FROTA HOMOGÊNEA E HETEROGÊNEA EM PROBLEMAS DE ROTEAMENTO DE VEÍCULOS CAPACITADOS Rosiana da Silva Lopes Danilo César Rodrigues Azevedo rosianalopes16@gmail.com danilo.azevedo@ufpi.edu.br.com

Leia mais

Análise Comparativa de Algoritmos Heurísticos para Resolução do Problema do Caixeiro-Viajante em Grafos Não Clusterizados

Análise Comparativa de Algoritmos Heurísticos para Resolução do Problema do Caixeiro-Viajante em Grafos Não Clusterizados Análise Comparativa de Algoritmos Heurísticos para Resolução do Problema do Caixeiro-Viajante em Grafos Não Clusterizados Daniela Brandão Nascimento (UNISUL) danibra@unisul.br João Neiva de Figueiredo

Leia mais

PCC173 - Otimização em Redes

PCC173 - Otimização em Redes PCC173 - Otimização em Redes Marco Antonio M. Carvalho Departamento de Computação Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Universidade Federal de Ouro Preto 31 de maio de 2017 Marco Antonio M. Carvalho

Leia mais

Problema do Caixeiro Viajante

Problema do Caixeiro Viajante Problema do Caixeiro Viajante 1 Introdução Minimizar o custo de um ciclo hamiltoniano em um grafo completo (William R. Hamilton,1857,Around The World); Solução por enumeração: R( n ) = ( n - 1 )! Um computador

Leia mais

Resolução de problemas difíceis de programação linear através da relaxação Lagrangeana

Resolução de problemas difíceis de programação linear através da relaxação Lagrangeana problemas difíceis de programação linear através da relaxação Lagrangeana Ana Maria A.C. Rocha Departamento de Produção e Sistemas Escola de Engenharia Universidade do Minho arocha@dps.uminho.pt http://www.norg.uminho.pt/arocha

Leia mais

04 Grafos: caminhos e coloração SCC0503 Algoritmos e Estruturas de Dados II

04 Grafos: caminhos e coloração SCC0503 Algoritmos e Estruturas de Dados II 04 Grafos: caminhos e coloração SCC0503 Algoritmos e Estruturas de Dados II Prof. Moacir Ponti Jr. www.icmc.usp.br/~moacir Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação USP 2011/1 Moacir Ponti Jr.

Leia mais

Lista de Exercícios Programação Inteira. x 2 0 e inteiros.

Lista de Exercícios Programação Inteira. x 2 0 e inteiros. Lista de Exercícios Programação Inteira ) Resolva os problemas a seguir usando o método B&B a) Max z = 5 x + 2 y s.a x + y 2 x + y 5 x, y 0, x e y inteiros b) Max z = 2 x + y s.a x + 2y 0 x + y 25 x, y

Leia mais

Otimização Combinatória - Parte 3

Otimização Combinatória - Parte 3 Graduação em Matemática Industrial Otimização Combinatória - Parte 3 Prof. Thiago Alves de Queiroz Unidade de Matemática e Tecnologia - CAC/UFG 2/2016 Thiago Queiroz (DM) Parte 3 2/2016 1 / 23 Problemas

Leia mais

Departamento de Engenharia de Produção UFPR 22

Departamento de Engenharia de Produção UFPR 22 Departamento de Engenharia de Produção UFPR 22 Geralmente, temos três objetivos i. Redução de custos (custos variáveis) Redução de capital (investimento, custos fixos) i Melhoria do serviço (pode conflitar

Leia mais

Formulações Multifluxo de Problemas de Otimização Combinatória

Formulações Multifluxo de Problemas de Otimização Combinatória Formulações Multifluxo de Problemas de Otimização Combinatória Henrique Pacca L. Luna Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional Escuela Latino Americana de Verano de Investigacion Operativa - XII ELAVIO

Leia mais

NOTAS DE AULA 1 METAHEURÍSTICA 13/10/2016

NOTAS DE AULA 1 METAHEURÍSTICA 13/10/2016 NOTAS DE AULA 1 METAHEURÍSTICA 13/10/2016 Metaheurística: São técnicas de soluções que gerenciam uma interação entre técnicas de busca local e as estratégias de nível superior para criar um processo de

Leia mais

Análise de Desempenho da Paralelização do Problema de Caixeiro Viajante

Análise de Desempenho da Paralelização do Problema de Caixeiro Viajante Análise de Desempenho da Paralelização do Problema de Caixeiro Viajante Gabriel Freytag Guilherme Arruda Rogério S. M. Martins Edson L. Padoin Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande

Leia mais

Programação Linear/Inteira

Programação Linear/Inteira Unidade de Matemática e Tecnologia - RC/UFG Programação Linear/Inteira Prof. Thiago Alves de Queiroz Aula 7 Thiago Queiroz (IMTec) Aula 7 Aula 7 1 / 25 Problemas de Caixeiro Viajante Envolvem um conjunto

Leia mais

Aula 17: Planos de Corte

Aula 17: Planos de Corte Aula 17: Planos de Corte Otimização Linear e Inteira Túlio A. M. Toffolo http://www.toffolo.com.br BCC464/PCC174 2018/2 Departamento de Computação UFOP Previously... Branch-and-bound em programação inteira

Leia mais

Formulação de Programação Linear Inteira para o Problema de Particionamento em Conjuntos Convexos

Formulação de Programação Linear Inteira para o Problema de Particionamento em Conjuntos Convexos Formulação de Programação Linear Inteira para o Problema de Particionamento em Conjuntos Convexos Teobaldo L. Bulhões Júnior a a Instituto de Computação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brazil

Leia mais

Um Método Exato para o Problema do Caixeiro Viajante com Grupamentos Euclidiano e Simétrico

Um Método Exato para o Problema do Caixeiro Viajante com Grupamentos Euclidiano e Simétrico Trabalho apresentado no XXXV CNMAC, Natal-RN, 2014. Um Método Exato para o Problema do Caixeiro Viajante com Grupamentos Euclidiano e Simétrico Mário Mestria, Coordenadoria de Engenharia Elétrica, Campus

Leia mais

Cap. 2 Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos

Cap. 2 Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos Teoria dos Grafos e Aplicações 8 Cap. 2 Conceitos Básicos em Teoria dos Grafos 2.1 Grafo É uma noção simples, abstrata e intuitiva, usada para representar a idéia de alguma espécie de relação entre os

Leia mais

Técnicas para Programação Inteira e Aplicações em Problemas de Roteamento de Veículos 41

Técnicas para Programação Inteira e Aplicações em Problemas de Roteamento de Veículos 41 4 Resolução de IPs A teoria de programação linear foi proposta na década de 40 e logo foi observado que seria desejável a resolução de problemas que apresentavam variáveis do tipo inteiro [37]. Isto levou

Leia mais

Lista de Exercícios Programação Inteira. x 2 0 e inteiros.

Lista de Exercícios Programação Inteira. x 2 0 e inteiros. Lista de Exercícios Programação Inteira ) Resolva os problemas a seguir usando o método B&B a) Max z = 5 x + y s.a x + y x + y 5 b) Max z = x + y s.a x + y 0 x + y 5 c) Max z = x + y s.a x + 9y 6 8 x +

Leia mais

Algoritmo Aproximação. Prof. Anderson Almeida Ferreira [DPV]9.2 [ZIV]9.2.2 e 9.2.3

Algoritmo Aproximação. Prof. Anderson Almeida Ferreira [DPV]9.2 [ZIV]9.2.2 e 9.2.3 Algoritmo Aproximação Prof. Anderson Almeida Ferreira [DPV]9.2 [ZIV]9.2.2 e 9.2.3 Heurísticas para Problemas NP- Completo Heurística: algoritmo que pode produzir um bom resultado (ou até a solução ótima),

Leia mais

Teoria dos Grafos. Valeriano A. de Oliveira, Socorro Rangel, Silvio A. de Araujo. Departamento de Matemática Aplicada

Teoria dos Grafos. Valeriano A. de Oliveira, Socorro Rangel, Silvio A. de Araujo. Departamento de Matemática Aplicada Teoria dos Grafos Valeriano A de Oliveira, Socorro Rangel, Silvio A de Araujo Departamento de Matemática Aplicada Capítulo 12: Grafos Hamiltonianos Preparado a partir do texto: Rangel, Socorro Teoria do

Leia mais

Algoritmo Aproximado. Prof. Anderson Almeida Ferreira [DPV]9.2 [ZIV]9.2.2 e 9.2.3

Algoritmo Aproximado. Prof. Anderson Almeida Ferreira [DPV]9.2 [ZIV]9.2.2 e 9.2.3 Algoritmo Aproximado Prof. Anderson Almeida Ferreira [DPV]9.2 [ZIV]9.2.2 e 9.2.3 Heurísticas para Problemas N P- Completo Heurística: algoritmo que pode produzir um bom resultado (ou até a solução ótima),

Leia mais

Programação Linear Aplicada em Redes de Telecomunicações. Prof. Rodrigo de Souza Couto

Programação Linear Aplicada em Redes de Telecomunicações. Prof. Rodrigo de Souza Couto Programação Linear Aplicada em Redes de Telecomunicações Prof. Rodrigo de Souza Couto Informações Gerais Prof. Rodrigo de Souza Couto E-mail: rodsouzacouto@ieee.org Página da disciplina: http://www.lee.eng.uerj.br/~rodrigo/proglin

Leia mais

Introdução à Teoria do Grafos Notas de aula. Socorro Rangel últimas atualizações: (2009), (2012)

Introdução à Teoria do Grafos Notas de aula. Socorro Rangel últimas atualizações: (2009), (2012) Campus de São José do Rio Preto Introdução à Teoria do Grafos Notas de aula Socorro Rangel (socorro@ibilce.unesp.br) últimas atualizações: (2009), (2012) Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas

Leia mais

Volmir Eugênio Wilhelm Departamento de Engenharia de Produção UFPR 21

Volmir Eugênio Wilhelm Departamento de Engenharia de Produção UFPR 21 Volmir Eugênio Wilhelm Departamento de Engenharia de Produção UFPR 21 Três objetivos i. Redução de custos (custos variáveis) ii. iii. Redução de capital (investimento, custos fixos) Melhoria do serviço

Leia mais

Estruturas de Dados Grafos

Estruturas de Dados Grafos Estruturas de Dados Grafos Prof. Eduardo Alchieri (introdução) Grafo é um conjunto de pontos e linhas que conectam vários pontos Formalmente, um grafo G(V,A) é definido pelo par de conjuntos V e A, onde:

Leia mais

Análise e Implementação de Algoritmos para o Roteamento de Veículos

Análise e Implementação de Algoritmos para o Roteamento de Veículos Análise e Implementação de Algoritmos para o Roteamento de Veículos Milton Roberto Heinen 1 1 Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) Mestrado em Computação Aplicada CEP 93022-000 - São Leopoldo

Leia mais

Um Algoritmo Genético para o Problema de Roteamento de Veículos com Janelas de Tempo

Um Algoritmo Genético para o Problema de Roteamento de Veículos com Janelas de Tempo Um Algoritmo Genético para o Problema de Roteamento de Veículos com Janelas de Tempo Francisco Henrique de Freitas Viana Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio Departamento de Informática

Leia mais

Otimização inteira: o problema do caixeiro viajante

Otimização inteira: o problema do caixeiro viajante https://eventos.utfpr.edu.br//sicite/sicite2017/index Otimização inteira: o problema do caixeiro viajante RESUMO André Luiz Atarasi andre.atarasi@hotmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná,

Leia mais

Parte II. Aplicações em Roteamento de Veículos

Parte II. Aplicações em Roteamento de Veículos Parte II Aplicações em Roteamento de Veículos 5 Problema de Roteamento de Veículos com Restrição de Capacidade O problema de roteamento de veículos com restrição de capacidade, mais conhecido pela sua

Leia mais

Teoria da Computação. Complexidade computacional classes de problemas

Teoria da Computação. Complexidade computacional classes de problemas Teoria da Computação Complexidade computacional classes de problemas 1 Universo de problemas Problemas indecidíveis ou não-computáveis Não admitem algoritmos Problemas intratáveis Não admitem algoritmos

Leia mais

Exemplos de modelos de PL ou PI

Exemplos de modelos de PL ou PI Exemplos de modelos de PL ou PI Prof. Eduardo Uchoa http://www.logis.uff.br/~uchoa/poi/ 1 Como funciona a PO? Toda a PO está baseada na construção de modelos matemáticos para representar de forma simplificada

Leia mais

Otimização Combinatória - Parte 4

Otimização Combinatória - Parte 4 Graduação em Matemática Industrial Otimização Combinatória - Parte 4 Prof. Thiago Alves de Queiroz Departamento de Matemática - CAC/UFG 2/2014 Thiago Queiroz (DM) Parte 4 2/2014 1 / 33 Complexidade Computacional

Leia mais

Teoria da Complexidade Computacional

Teoria da Complexidade Computacional Teoria da Complexidade Computacional Letícia Rodrigues Bueno UFABC Motivação Motivação I can t find an efficient algorithm, I guess I m just too dumb. Fonte: GAREY, M. R. e JOHNSON, D. S. Computers and

Leia mais

Algoritmos Exatos 3.1. Relaxação Lagrangeana

Algoritmos Exatos 3.1. Relaxação Lagrangeana 3 Algoritmos Exatos Nesse capítulo, apresenta-se alguns algoritmos exatos para o CVRP que são baseados em diferentes técnicas e formulações para a obtenção de limites inferiores para a solução ótima do

Leia mais

Problemas de otimização

Problemas de otimização Problemas de otimização Problemas de decisão: Existe uma solução satisfazendo certa propriedade? Resultado: sim ou não Problemas de otimização: Entre todas as soluções satisfazendo determinada propriedade,

Leia mais

por exemplo, a natureza dos bens que são transportados pela frota, bem como a qualidade com que o serviço deva ser prestado, seja ele de entrega ou

por exemplo, a natureza dos bens que são transportados pela frota, bem como a qualidade com que o serviço deva ser prestado, seja ele de entrega ou 1 Introdução Este capítulo tem por objetivo explanar acerca da motivação que impulsionou a realização deste trabalho, bem como expor, em linhas gerais, o problema que é abordado nessa tese e suas diversas

Leia mais

Quinta-feira, 11 de abril

Quinta-feira, 11 de abril 15.053 Quinta-feira, 11 de abril Mais alguns exemplos de programação inteira Técnicas de planos de corte para obter melhores limitações Entregar: Observações de Aula 1 Exemplo: Localização do corpo de

Leia mais

Aplicação de uma Metaheurística GRASP para o Problema da Árvore de Steiner em Grafos Direcionados

Aplicação de uma Metaheurística GRASP para o Problema da Árvore de Steiner em Grafos Direcionados Aplicação de uma Metaheurística GRASP para o Problema da Árvore de Steiner em Grafos Direcionados Marcelo Lisboa Rocha, Sóstenes Pereira Gomes Departamento de Ciência da Computação Fundação UNIRG Alameda

Leia mais

PROBLEMA DE ROTEAMENTO DE VEÍCULO UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS

PROBLEMA DE ROTEAMENTO DE VEÍCULO UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS PROBLEMA DE ROTEAMENTO DE VEÍCULO UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS FLÁVIO JOSE VIANA ORIENTADOR: GUSTAVO CAMPOS BANCA EXAMINADORA: EDUARDO BHERING FREDERICO COELHO Resumo Neste trabalho foi descrito

Leia mais

Prática 02. Total. Pré-requisitos 2 MTM112. N o

Prática 02. Total. Pré-requisitos 2 MTM112. N o Disciplina Pesquisa Operacional I MINISTÉRIO DA Departamento DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO Carga Horária Semanal Pré-requisitos 1 CIC170 Teórica EDUCAÇÃO E CULTURA DIRETORIA DE ENSINO 1 PROGRAMA DE DISCIPLINA

Leia mais

Departamento de Engenharia de Produção UFPR 57

Departamento de Engenharia de Produção UFPR 57 Departamento de Engenharia de Produção UFPR 57 Introdução a Grafos Muitos problemas de otimização podem ser analisados utilizando-se uma estrutura denominada grafo ou rede. Problemas em redes aparecem

Leia mais

Algoritmos Branch e Bound para o problema de sequenciamento em uma única máquina

Algoritmos Branch e Bound para o problema de sequenciamento em uma única máquina Trabalho apresentado no XXXV CNMAC, Natal-RN, 2014. Algoritmos Branch e Bound para o problema de sequenciamento em uma única máquina Carlos E. Ferreira Instituto de Matemática e Estatística, IME, USP 05508-090,

Leia mais

Caixeiro Viajante. Estruturas de Dados II. Prof. a Mariella Berger. 1. Objetivo

Caixeiro Viajante. Estruturas de Dados II. Prof. a Mariella Berger. 1. Objetivo Estruturas de Dados II Prof. a Mariella Berger Caixeiro Viajante 1. Objetivo O objetivo deste trabalho é implementar diferentes soluções para o problema clássico do Caixeiro Viajante. 2. Introdução O Problema

Leia mais

Estruturas de Dados II. Caixeiro Viajante

Estruturas de Dados II. Caixeiro Viajante Estruturas de Dados II Prof. a Mariella Berger Caixeiro Viajante 1. Objetivo O objetivo deste trabalho é implementar diferentes soluções para o problema clássico do Caixeiro Viajante. 2. Introdução O Problema

Leia mais

Problemas de Fluxo em Redes

Problemas de Fluxo em Redes CAPÍTULO 7 1. Conceitos fundamentais de grafos Em muitos problemas que nos surgem, a forma mais simples de o descrever, é representá-lo em forma de grafo, uma vez que um grafo oferece uma representação

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO EM SISTEMAS POR BATELADAS: UM ESTUDO PARA A OTIMIZAÇÃO DO MAKESPAN

PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO EM SISTEMAS POR BATELADAS: UM ESTUDO PARA A OTIMIZAÇÃO DO MAKESPAN PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO EM SISTEMAS POR BATELADAS: UM ESTUDO PARA A OTIMIZAÇÃO DO MAKESPAN R. P. da ROCHA 1, M. de F. MORAIS 1, M. A. da S. S. RAVAGNANI 2, C. M. G. ANDRADE 2, C. M. P. R. PARAÍSO 2 1 Universidade

Leia mais

Problema de Roteamento de Veículos com Tempos Adicionais em Fronteiras

Problema de Roteamento de Veículos com Tempos Adicionais em Fronteiras Problema de Roteamento de Veículos com Tempos Adicionais em Fronteiras Lucas Esperancini Moreira e Moreira Instituto de Ciências Matemáticas e Computação - USP Av. Trabalhador São-Carlense, 400, CEP: 13560-970,

Leia mais

Teoria dos Grafos. Valeriano A. de Oliveira Socorro Rangel Departamento de Matemática Aplicada.

Teoria dos Grafos. Valeriano A. de Oliveira Socorro Rangel Departamento de Matemática Aplicada. Teoria dos Grafos Valeriano A de Oliveira Socorro Rangel Departamento de Matemática Aplicada antunes@ibilceunespbr, socorro@ibilceunespbr Grafos Hamiltonianos Preparado a partir do texto: Rangel, Socorro

Leia mais

2 O Problema de Transferência de Cargas 2.1 Descrição do Problema

2 O Problema de Transferência de Cargas 2.1 Descrição do Problema 2 O Problema de Transferência de Cargas 2.1 Descrição do Problema O problema estudado visa maximizar os lucros na transferência de cargas, entre cidades, de uma transportadora com uma grande frota e uma

Leia mais

Problema do vendedor: uma abordagem via algoritmos genéticos

Problema do vendedor: uma abordagem via algoritmos genéticos Problema do vendedor: uma abordagem via algoritmos genéticos Dandara de Almeida Machado 1, Juliana Verga Shirabayashi 1 1 Universidade Federal do Paraná (UFPR) Campus Jandaia do Sul dandaraalmeidaa@gmail.com;

Leia mais

ANÁLISE DE ALGORITMOS (INF 1721)

ANÁLISE DE ALGORITMOS (INF 1721) PUC-Rio Departamento de Informática Prof. Marcus Vinicius S. Poggi de Aragão (3WA) Horário: 2as. e 4as. 9-11hs (3WA) 3 de dezembro de 2016 Período: 2016.2 ANÁLISE DE ALGORITMOS (INF 1721) 3 a Lista de

Leia mais

Um método ótimo para um problema de projeto de redes em anel com custos de congestionamento

Um método ótimo para um problema de projeto de redes em anel com custos de congestionamento Um método ótimo para um problema de projeto de redes em anel com custos de congestionamento João Fernando Machry Sarubbi 1, Henrique Pacca Loureiro Luna 2, Philippe Mahey 3 1 Departamento de Ciência da

Leia mais

PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE APLICADO A UMA VAN ESCOLAR UTILIZANDO DUAS ABORDAGENS DE ELIMINAÇÃO DE SUB-ROTAS

PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE APLICADO A UMA VAN ESCOLAR UTILIZANDO DUAS ABORDAGENS DE ELIMINAÇÃO DE SUB-ROTAS PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE APLICADO A UMA VAN ESCOLAR UTILIZANDO DUAS ABORDAGENS DE ELIMINAÇÃO DE SUB-ROTAS João Pedro de Sá Moreira Instituto Federal de São Paulo, IFSP CBT, Cubatão, SP, Brasil Eduarda

Leia mais

Teoria e Algoritmos em Grafos

Teoria e Algoritmos em Grafos Teoria e Algoritmos em Grafos 2018.2 Percursos Caminhos que percorrem todos os vértices ou todas as arestas de um grafo são chamados percursos. Ciclo Hamiltoniano Ciclos Hamiltonianos são ciclos que percorrem

Leia mais

3. Resolução de problemas por meio de busca

3. Resolução de problemas por meio de busca Inteligência Artificial - IBM1024 3. Resolução de problemas por meio de busca Prof. Renato Tinós Local: Depto. de Computação e Matemática (FFCLRP/USP) 1 Principais Tópicos 3. Resolução de problemas por

Leia mais

Problema do Caminho Mínimo

Problema do Caminho Mínimo Departamento de Engenharia de Produção UFPR 63 Problema do Caminho Mínimo O problema do caminho mínimo ou caminho mais curto, shortest path problem, consiste em encontrar o melhor caminho entre dois nós.

Leia mais

Problema do Caixeiro Viajante (The Travelling Salesman Problem-TSP) (Problema Del viajante)

Problema do Caixeiro Viajante (The Travelling Salesman Problem-TSP) (Problema Del viajante) Volmir Eugênio Wilhelm Departamento de Engenharia de Produção UFPR 78 Problema do Caixeiro Viajante (The Travelling Salesman Problem-TSP) (Problema Del viajante) Suponhamos que a qualquer momento em que

Leia mais

ANÁLISE DE RESULTADOS NA CONSTRUÇÃO DE ROTA PARA O PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE

ANÁLISE DE RESULTADOS NA CONSTRUÇÃO DE ROTA PARA O PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE ANÁLISE DE RESULTADOS NA CONSTRUÇÃO DE ROTA PARA O PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE Luiz Antonio Kretzschmar, Luiz Fernando Nunes, Paula Francis Benevides Departamento de Matemática Universidade Tecnológica

Leia mais

Fluxo em Redes: Ford-Fulkerson - Fluxo Máximo

Fluxo em Redes: Ford-Fulkerson - Fluxo Máximo JAILSON ALVES MICAEL AGUIAR PIETRO DALMAZIO VINÍCIUS ALVES Fluxo em Redes: Ford-Fulkerson - Fluxo Máximo Trabalho apresentado ao professor doutor Leandro Colombi Resendo como requisito para aprovação na

Leia mais

DECISÕES SOBRE TRANSPORTES (PARTE III) Mayara Condé Rocha Murça TRA-53 Logística e Transportes

DECISÕES SOBRE TRANSPORTES (PARTE III) Mayara Condé Rocha Murça TRA-53 Logística e Transportes DECISÕES SOBRE TRANSPORTES (PARTE III) Mayara Condé Rocha Murça TRA-53 Logística e Transportes Agosto/2013 Problemas de roteirização e programação de veículos (RPV) Objetivo geral: Determinar rotas de

Leia mais

Problema de Optimização. Metodologias de Apoio à Decisão 1. Slide 1

Problema de Optimização. Metodologias de Apoio à Decisão 1. Slide 1 Metodologias de Apoio à Decisão Optimização Combinatória Slide Transparências de apoio à leccionação de aulas teóricas José Fernando Oliveira Maria Antónia Carravilla Problemas de Optimização Instância

Leia mais

Teoria dos Grafos AULA 1

Teoria dos Grafos AULA 1 Teoria dos Grafos Valeriano A. de Oliveira Socorro Rangel Departamento de Matemática Aplicada antunes@ibilce.unesp.br, socorro@ibilce.unesp.br AULA 1 Introdução, Conceitos Iniciais, Isomorfismo Preparado

Leia mais

Teoria dos Grafos AULA 1

Teoria dos Grafos AULA 1 Teoria dos Grafos Valeriano A. de Oliveira Socorro Rangel Silvio A. de Araujo Departamento de Matemática Aplicada antunes@ibilce.unesp.br, socorro@ibilce.unesp.br, saraujo@ibilce.unesp.br AULA 1 Introdução,

Leia mais

Algoritmos em Grafos COM11087-Tópicos Especiais em Programação I

Algoritmos em Grafos COM11087-Tópicos Especiais em Programação I Algoritmos em Grafos COM11087-Tópicos Especiais em Programação I edmar.kampke@ufes.br Introdução Teoria dos Grafos é o estudo das propriedades e estruturas dos grafos. O objetivo é, após modelar um problema

Leia mais

Programação Matemática

Programação Matemática Programação Matemática Professoras: Franklina Toledo e Maristela Santos* Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - ICMC Universidade de São Paulo USP *Estes slides foram feitos em colaboração

Leia mais

n Professor n Duas Avaliações prático-teóricas: n Componente Teórico: 20 pontos n Componente Prático: 15 pontos

n Professor n Duas Avaliações prático-teóricas: n Componente Teórico: 20 pontos n Componente Prático: 15 pontos Projeto e Análise de Algoritmos Problemas e Algoritmos Altigran Soares da Silva Universidade Federal do Amazonas Instituto de Computação Sobre o Curso Professor Altigran Soares da Silva Professor Associado

Leia mais

O estudo utilizando apenas este material não é suficiente para o entendimento do conteúdo. Recomendamos a leitura das referências no final deste

O estudo utilizando apenas este material não é suficiente para o entendimento do conteúdo. Recomendamos a leitura das referências no final deste O estudo utilizando apenas este material não é suficiente para o entendimento do conteúdo. Recomendamos a leitura das referências no final deste material e a resolução (por parte do aluno) de todos os

Leia mais

Otimização. Conceitos Fundamentais. Paulo Henrique Ribeiro Gabriel Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 2016/2

Otimização. Conceitos Fundamentais. Paulo Henrique Ribeiro Gabriel Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 2016/2 Otimização Conceitos Fundamentais Paulo Henrique Ribeiro Gabriel phrg@ufu.br Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 2016/2 Paulo H. R. Gabriel (FACOM/UFU) GSI027 2016/2 1 / 30 Agradecimentos

Leia mais

Aula 20: Revisão Otimização Linear e Inteira Túlio A. M. Toffolo

Aula 20: Revisão Otimização Linear e Inteira Túlio A. M. Toffolo Aula 20: Revisão Otimização Linear e Inteira Túlio A. M. Toffolo http://www.toffolo.com.br BCC464 / PCC174 Departamento de Computação - UFOP Breve Revisão Programação Linear vs Programação Inteira Modelagem

Leia mais

BCC204 - Teoria dos Grafos

BCC204 - Teoria dos Grafos BCC204 - Teoria dos Grafos Marco Antonio M. Carvalho (baseado nas notas de aula do prof. Haroldo Gambini Santos) Departamento de Computação Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Universidade Federal

Leia mais

AULA 11 PROJETO E ANÁLISE DE ALGORITMOS. Conceitos básicos e representação de grafos Karina Valdivia Delgado

AULA 11 PROJETO E ANÁLISE DE ALGORITMOS. Conceitos básicos e representação de grafos Karina Valdivia Delgado AULA 11 PROJETO E ANÁLISE DE ALGORITMOS Conceitos básicos e representação de grafos Karina Valdivia Delgado Roteiro Motivação Conceitos básicos Representação Motivação Um grafo é uma abstração que permite

Leia mais

Circuitos Hamiltorianos

Circuitos Hamiltorianos Circuitos Hamiltorianos Vimos que o teorema de euler resolve o problema de caracterizar grafos que tenham um circuito em que cada aresta apareça exatamente uma vez. Vamos estudar aqui uma questão relacionada.

Leia mais

Otimização em Grafos

Otimização em Grafos Otimização em Grafos Luidi G. Simonetti PESC/COPPE 2017 Luidi Simonetti (PESC) EEL857 2017 1 / 35 Teoria dos Grafos - Relembrando Árvore Um grafo G é uma árvore se é conexo e não possui ciclos (acíclico).

Leia mais

Algoritmos Combinatórios: Introdução

Algoritmos Combinatórios: Introdução lucia@site.uottawa.ca UFSC, Fevereiro, 2010 Estruturas e Problemas Combinatórios Introdução a Algoritmos Combinatórios O que são: Estruturas Combinatórias? Algoritmos Combinatórios? Problemas Combinatórios?

Leia mais

Problema de Roteamento de Veículos (VRP)

Problema de Roteamento de Veículos (VRP) Problema de Roteamento de Veículos (VRP) 1 Definição Um PRV consiste basicamente em estabelecer e organizar rotas ou itinerários eficientes para veículos realizarem entrega/captação de mercadorias. Dispondo

Leia mais

1_1 1_2 2_1 1_ _ _ Fonte: Autor

1_1 1_2 2_1 1_ _ _ Fonte: Autor 75 7. Resultados Os resultados aqui apresentados utilizam o modelo proposto na Seção 6.2, resolvido através do software de otimização AIMMS para os problemas com Datas prometidas. Já para o problema sem

Leia mais

ANEXO II MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

ANEXO II MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ANEXO II MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Departamento de Informática e Matemática Aplicada Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal RN. CEP: 59.078-970 Fone: (84) 3215-3814

Leia mais

Ciclos hamiltonianos e o problema do caixeiro viajante

Ciclos hamiltonianos e o problema do caixeiro viajante Ciclos hamiltonianos e o problema do caixeiro viajante Algoritmos em Grafos Marco A L Barbosa cba Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

Leia mais

Um Arcabouço para o Problema de Roteamento Dinâmico de Veículos com Janelas de Tempo e Tempos de Viagem Variáveis

Um Arcabouço para o Problema de Roteamento Dinâmico de Veículos com Janelas de Tempo e Tempos de Viagem Variáveis Um Arcabouço para o Problema de Roteamento Dinâmico de Veículos com Janelas de Tempo e Tempos de Viagem Variáveis Francisco Henrique de Freitas Viana 1, Geraldo Robson Mateus 1 1 Universidade Federal de

Leia mais

Thiago Christiano Silva

Thiago Christiano Silva Thiago Christiano Silva Conteúdo Conceitos Relevantes Problemas de Otimização Conceitos de Estabilidade e Convergência Teoremas de Lyapunov Rede Neural de Hopfield Aplicações do modelo de Hopfield Clusterização

Leia mais

2 Definição do Problema

2 Definição do Problema Definição do Problema. Formulação Matemática O problema do Fluxo Máximo entre todos os pares de nós surge no contexto de redes, estas representadas por grafos, e deriva-se do problema singular de fluxo

Leia mais

OTIMIZAÇÃO DE COLETA COM FROTA DE VEÍCULOS HETEROGÊNEA APLICADA A UM CASO REAL

OTIMIZAÇÃO DE COLETA COM FROTA DE VEÍCULOS HETEROGÊNEA APLICADA A UM CASO REAL OTIMIZAÇÃO DE COLETA COM FROTA DE VEÍCULOS HETEROGÊNEA APLICADA A UM CASO REAL Fernanda M. P. Raupp Laboratório Nacional de Computação Científica fernanda@lncc.br Lincoln Wolf TV Globo lwaneves@uninet.com.br

Leia mais

Otimização. Otimização em Redes. Paulo Henrique Ribeiro Gabriel Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 2016/2

Otimização. Otimização em Redes. Paulo Henrique Ribeiro Gabriel Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 2016/2 Otimização Otimização em Redes Paulo Henrique Ribeiro Gabriel phrg@ufu.br Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 2016/2 Paulo H. R. Gabriel (FACOM/UFU) GSI027 2016/2 1 / 51 Conteúdo

Leia mais

Formulações de Programação Matemática para o Problema de Seqüenciamento em uma Máquina com Janelas de Entrega Distintas e Tempo de Preparação

Formulações de Programação Matemática para o Problema de Seqüenciamento em uma Máquina com Janelas de Entrega Distintas e Tempo de Preparação Anais do CNMAC v.2 ISSN 1984-820X Formulações de Programação Matemática para o Problema de Seqüenciamento em uma Máquina com Janelas de Entrega Distintas e Tempo de Preparação Dependente da Seqüência de

Leia mais

UM ALGORITMO BRANCH-AND-CUT PARA O PROBLEMA DO CICLO DOMINANTE

UM ALGORITMO BRANCH-AND-CUT PARA O PROBLEMA DO CICLO DOMINANTE UM ALGORITMO BRANCH-AND-CUT PARA O PROBLEMA DO CICLO DOMINANTE Lucas Porto Maziero Instituto de Computação Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Campinas - SP - Brasil lucasporto1992@gmail.com Fábio

Leia mais

ANÁLISE DE ALGORITMOS (INF 1721)

ANÁLISE DE ALGORITMOS (INF 1721) PUC-Rio Departamento de Informática Prof. Marcus Vinicius S. Poggi de Aragão (3WA) Horário: 2as. e 4as. 9-11hs (3WA) 24 de novembro de 2015 Período: 2015.2 ANÁLISE DE ALGORITMOS (INF 1721) 3 a Lista de

Leia mais

Módulo 2 OTIMIZAÇÃO DE REDES

Módulo 2 OTIMIZAÇÃO DE REDES Módulo 2 OTIMIZAÇÃO DE REDES Grafos e Redes Está contida na área de Pesquisa Operacional. Pode ser considerada como uma teoria baseada na interligação de pontos e linhas, utilizada principalmente na solução

Leia mais

Geração de Colunas Aplicada a uma Decomposição do Problema de Programação Quadrática Binária Irrestrita

Geração de Colunas Aplicada a uma Decomposição do Problema de Programação Quadrática Binária Irrestrita Geração de Colunas Aplicada a uma Decomposição do Problema de Programação Quadrática Binária Irrestrita Geraldo R. Mauri Universidade Federal do Espírito Santo - UFES mauri@cca.ufes.br Luiz A. N. Lorena

Leia mais

Pesquisa Operacional / Programação Matemática

Pesquisa Operacional / Programação Matemática Pesquisa Operacional / Programação Matemática Otimização discreta Modelagem com variáveis binárias: problemas clássicos Breve Comentários (aula anterior) Em geral, não faz sentido resolver a relaxação

Leia mais

Centro de Tecnologia, Campus I - Bloco G, Cidade Universitária, , João Pessoa, PB RESUMO

Centro de Tecnologia, Campus I - Bloco G, Cidade Universitária, , João Pessoa, PB RESUMO UMA HEURÍSTICA BASEADA EM GRASP E ITERATED LOCAL SEARCH PARA O PROBLEMA DA MÍNIMA LATÊNCIA Marcos de Melo da Silva 1, Anand Subramanian 1,2, Luiz Satoru Ochi 1 1 Instituto de Computação - Universidade

Leia mais

Grafos: caminhos mínimos

Grafos: caminhos mínimos quando o grafo é sem pesos, a determinação de um caminho mais curto pode ser feita através de uma busca em largura caminho mais curto é aquele que apresenta o menor número de arestas quando o grafo tem

Leia mais

Algoritmos de Aproximação para o Problema do Caixeiro Viajante

Algoritmos de Aproximação para o Problema do Caixeiro Viajante TSP p.1/19 Algoritmos de Aproximação para o Problema do Caixeiro Viajante 24 de agosto de 2004 TSP p.2/19 Problema do Caixeiro Viajante Dados grafo comprimento da aresta ( ) TSP p.2/19 Problema do Caixeiro

Leia mais