SUBAVALIAÇÃO OU SUPERAVALIAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS. Prof. Eric Duarte Campos
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- Pedro Lucas Natal Quintanilha
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1 SUBAVALIAÇÃO OU SUPERAVALIAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS Prof. Eric Duarte Campos
2 O risco de amostragem O risco de amostragem é a possibilidade de a conclusão obtida com base na amostragem ser diferente daquela que seria obtida se 100% da população fosse examinada pelo mesmo procedimentodeauditoria. O risco de amostragem, segundo o CFC, pode abranger:
3 Superavaliação de confiabilidade ou superdependência dos controles internos: possibilidade de que a amostragem conduza o auditor a concluir que o grau de confiança dos controles internos da entidade auditada é maior do que o real, ou seja, embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra seja satisfatório, o restante da população possui maior nível de erro do que aquele detectado na amostra.
4 Subavaliação de confiabilidade ou subdependência dos controles internos: possibilidade de que a amostragem leve o auditor a concluir que o grau de confiança dos controles internos na entidade auditada é menor do que o real.
5 Risco de aceitação incorreta: possibilidade deque a amostragem conduza o auditor a considerar que a informação auditada está correta, quando na realidade, não está, ou seja, embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra leve á conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações registradas não está, relevantemente, distorcido, mas efetivamente está;
6 Risco de rejeição incorreta: possibilidade de que a amostragem conduza o auditor a julgar que a informação auditada está incorreta, quando de fato não está.
7 ERRO TOLERÁVEL O erro tolerável é o erro máximo admitido pelo auditor para poder emitir uma opinião favorável sobre a população examinada. Ele deve ser definido na fase de planejamento de auditoria. Nos testes de observância, o erro tolerável é a taxa máxima de desvio de um procedimento de controle estabelecido. Nos testes substantivos, é o erro monetário máximo no saldo de uma conta ou uma classe de transações
8 ERRO PROJETADO OU ESPERADO O erro projetado ou esperado é a quantidade de erro que o auditor espera que a população contenha. Portanto, muitas vezes, seránecessário ampliar o tamanho da amostra, quando o erro da população exceder o erro tolerável. Nessa situação, o auditor deve reconsiderar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a ampliação do procedimento de auditoria ou executar procedimentos alternativos.
9 A superavaliação ou subavaliação de ativos e passivos O saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da demonstração de resultado do exercício pode estar errado para mais (superavaliado) ou para menos (subavaliado).
10 A superavaliação ou subavaliação de ativos e passivos Devido a esse risco, todas as contas da contabilidade devem ser testadas para superavaliação ou subavaliação. A experiência tem demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras(normalmente as contas de ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (geralmente, contas de passivo e receitas).
11 A superavaliação ou subavaliação de ativos e passivos Devido ao fato de as transações na contabilidade serem registradas pelo sistemas de partidas dobradas, quando se testam as contas devedoras para superavaliação, as contas credoras também estão sendo testadas indiretamente nessa mesma direção.
12 Exemplo Por exemplo, se durante o exame das demonstrações contábeis de uma empresa, para o ano findo em , o auditor descobre que as despesas de pessoas estão superavaliadas, em função de os salários do mês de janeiro de 2001 terem sido provisionados indevidamente em 2000, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, também está superavaliada. Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para subavaliação, as contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma direção.
13 Teste para Superavaliação No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no razão geral para o documento-suporte da transação. O registro final representa o último registro contábil antes do razão geral.
14 Teste para Superavaliação O registro inicial é elaborado com base no documento e representa o primeiro registro contábil em função de uma operação. O registro intermediário representa qualquer registro contábil elaborado entre o registro inicial e o registro final
15 EXEMPLO Por exemplo, a filial A prepara o resumo das compras do dia (registro inicial) com base nas notas fiscais de compra dos fornecedores. Posteriormente, a filial A elabora o resumo mensal de compras (registro intermediário), que representa o somatório dos resumos diários de compra.
16 EXEMPLO O resumo mensal de compras de cada filial é enviado à matriz, onde é preparado o resumo de compras do mês de todas as filiais. Este último resumo é que serve de base para contabilização no razão geral.
17 PROCEDIMENTOS BÁSICOS Os procedimentos básicos de auditoria do teste para superavaliação são os seguintes: Conferir a soma da conta do razão geral; Selecionar débito e conferir seu valor com o valor total do registro final; Conferir a soma do registro final; Selecionar parcela no registro final e conferir seu valor com o valor total do registro intermediário; Conferir a soma do registro intermediário; Selecionar parcela no registro intermediário e conferir seu valor com o valor total do registro inicial; Conferir a soma do registro inicial; Selecionar parcela no registro inicial e conferir o seu valor com a documentação comprobatória.
18 OBJETIVO DOS PROCEDIMENTOS O objetivo dos procedimentos citados anteriormente é detectar superavaliação de débitos. Essa superavaliação poderia ser feita verificandose o seguinte: Falta de documento ou documento não válido; Soma a maior dos registros ou razão geral; Transporte a maior do valor do documento para o registro inicial e do valor de um registro para outro, ou para o razão geral.
19 TESTE PARA SUBAVALIAÇÃO No teste de subavaliação, o auditor parte do documento para o razão geral.
20 EXEMPLO a Filial A prepara o resumo das vendas do dia (registro inicial) com base nas notas fiscais de venda. Depois, a filial A elabora o resumo mensal de vendas (registro intermediário), que representa o somatório dos resumos diários de vendas. O resumo mensal de vendas de cada filial é enviado para a matriz da empresa, onde é preparado o resumo de vendas do mês de todas as filiais.
21 EXEMPLO somatório dos resumos diários de vendas. O resumo mensal de vendas de cada filial é enviado para a matriz da empresa, onde é preparado o resumo de vendas do mês de todas as filiais.
22 PROCEDIMENTOS BÁSICOS Os procedimentos básicos de auditoria do teste para subavaliação são os seguintes: Selecionar e inspecionar o documento suporte; Verificar a inclusão do valor do documento no registro inicial; Conferir a soma do registro inicial; Verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro intermediário; Conferir a soma do registro intermediário; Verificar a soma do registro final; Verificar a inclusão do valor total do registro intermediário no registro final; Conferir a soma do registro final.
23 Os créditos poderiam ser subavaliados das seguintes formas: Não inclusão do documento no registro inicial; Soma a menor dos registros ou do razão geral; Transporte a menor do valor do documento para o registro inicial e do valor de um registro para outro, ou para o razão geral.
Os testes em auditoria constituem o processo pelo qual o auditor reúne elementos comprobatórios.
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