Seminário franco-brasileiro sobre saúde ambiental : água, saúde e desenvolvimento. 1ª sessão : Água, saúde e desenvolvimento : que direitos?
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- Carolina Thais Gentil Aveiro
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1 Seminário franco-brasileiro sobre saúde ambiental : água, saúde e desenvolvimento de junho de 2011, Auditório da Fiocruz, Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília - Brasília DF 1ª sessão : Água, saúde e desenvolvimento : que direitos? Problemáticas atuais ligadas aos recursos hídricos e suas consequências na saúde humana, novos (e velhos...) riscos Brasília, 28 de junho de 2011 Oscar de Moraes Cordeiro Netto r Professor da UnB Universidade de Brasília cordeiro@unb.br
2 Plano da Apresentação Questão da Água no Brasil Água e Desenvolvimento Água, Saúde e Qualidade de Vida Velhos e Novos Riscos (um olhar sobre o saneamento...) Objetivo suscitar reflexão sobre interações entre água, saúde e desenvolvimento para subsidiar agenda de discussões entre Brasil e França
3 Questão da Água no Brasil
4 Disponibilidade de Água no Mundo
5 ÁGUA E GEOPOLÍTICA As áreas dos países são proporcionais à média de volume de água doce escoado anualmente em seu território
6 DISPONIBILIDADE E DEMANDAS DE RECURSOS HÍDRICOS NO PAÍS Contribuição média anual das regiões em km 3 Brasil: km 3 (12%) Brasil + Territ. Estrang: km 3 (18%) ESCALA Mundo: 44 mil km 3
7 Recursos hídricos, superfície e população nas regiões geográficas do Brasil % Norte Centro Oeste Sul Sudeste Nordeste Recursos hídricos Superfície População
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9 DISPONIBILIDADE E DEMANDAS DE RECURSOS HÍDRICOS NO PAÍS Razão entre a vazão de retirada para usos consuntivos e a disponibilidade hídrica < 5% - Excelente 5 a 10% - Confortável 10 a 20% - Preocupante 20% a 40% - A situação é crítica > 40% - A situação é muito crítica vazão disponível: vazão natural com permanência de 95% ou vazão regularizada somada ao incremento de vazão natural com permanência de 95 %
10 Bacias Hidrográficas de Ríos Fronteriços e Transfronteriços
11 Evolução recente do marco legal Antecedentes: Código de águas de 1934 Gerenciamento setorial Marco atual: Constituição de 1988 Gestão integrada das águas Art. 21, XIX. Compete à União instituir o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso. Art`s 20 e 26. As águas são bens públicos, de domínio da União e dos Estados.
12 RIOS DE DOMÍNIO UNIÃO E ESTADOS Domínio Estadual Domínio da União
13 Evolução recente do marco legal Lei 9433/97 Política Nacional de Recursos Hídricos Fundamentos Bem de domínio público; Recurso natural limitado, dotado de valor econômico; Na escassez - o uso prioritário é o consumo humano e a dessedentação de animais; Gestão deve proporcionar o uso múltiplo das águas; Bacia hidrográfica - unidade territorial de gestão e planejamento; Gestão deve ser descentralizada e participativa (poder público, usuários e sociedade civil). Instrumentos da Gestão Planos de recursos hidricos; Enquadramento dos corpos de água em classes; Outorga dos direitos de uso; Cobrança pelo uso de recursos hídricos; Compensação a municípios; Sistema de Informações.
14 Evolução das Leis Estaduais de Recursos Hídricos 1991 a 2007 Estados com lei que institui PERH situação em 1991 Estados com lei que institui PERH situação em 1994 Estados com lei que institui PERH situação até dez/2007 Estados com lei que institui PERH situação em 1997 Estados com lei que institui PERH situação em 2003 País Todas UFs com PERH instituída por lei
15 Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos Evolução de 1987 a 2007 UFs com CERH situação em 1987 UFs com CERH situação em 1991 Estados com CERH situação até dez/2007 País 1 UF com CERH País 2 UFs com CERH UFs com CERH situação em 1997 UFs com CERH situação em 2003 País 24s UFs CERH com País 9 UFs com CERH País 20 UFs com CERH
16 Comitês Estaduais de Bacias Hidrográficas Evolução de 1988 a 2007 Comitês situação em 1988 Comitês situação em 1991 Comitês situação em 1994 Comitês situação em 2007 Comitês situação em 1997 Comitês situação em 2000 Comitês situação em 2003
17 A Complexa Regulação de Uso e Aproveitamento da Água Regulação de uso da água via outorga estadual ou federal, dependendo da dominialidade da água Regulação ambiental via licenciamento ambiental municipal, estadual ou federal, dependendo da natureza do impacto ou do tipo de empreendimento. Regulação Econômica e de Qualidade de Serviço Energia Elétrica federal Saneamento municipal (em implantação...) Regulação sanitária via padrão de potabilidade federal
18 Água e Desenvolvimento
19 Avanços e Desafios da Gestão Dimensão econômica - Água e desenvolvimento econômico Usuários Energia Agricultura irrigada Transportes Indústria Abastecimento público e diluição de efluentes Aqüicultura Lazer Desafios Promover eficiência Aperfeiçoar regulação Promover participação Valor econômico da água
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21 MUNDO EUA BRASIL 82% 56% 51,5% 95,2% 85,2% 62,2% 94,2% 81% 59% 44% 49,5% 37,8% 41% 18% 2,4 X 2,75 X 3,1 4,8% X 14,8% 7,9 X 5,8% 3,3 X 19% 7,1 X ÁREA COLHIDA PRODUÇÃO VALOR DA PRODUÇÃO ÁREA COLHIDA PRODUÇÃO VALOR DA PRODUÇÃO ÁREA COLHIDA PRODUÇÃO VALOR DA PRODUÇÃO FONTE: FAO (2004) FONTE: O Futuro da Irrigação (1996) FONTE: Christofidis (2005) IRRIGAÇÃO SOB CHUVA
22 Água, Saúde e Qualidade de Vida
23 Avanços e Desafios da Gestão Dimensão social - Água e sociedade Elementos Escassez Poluição Enchentes Impactos na saúde e na qualidade de vida Água e cidadania Desafios Implementar o sistema Promover participação
24 Avanços e Desafios da Gestão Dimensão ambiental Água e qualidade ambiental Dimensões Proteção de ecossistemas Preservação de corpos hídricos Recuperação de corpos hídricos Serviços ambientais Qualidade das águas Mudanças do clima Desafios Especificidade do recurso água Conhecer as interfaces Avaliar as mudanças
25 PIB e PEA do Ceará 6% PEA Agricultura 44,8% 67% PIB 27% 39,7% Indústria 15,5% Serviços
26 Velhos e Novos Riscos (um olhar sobre o saneamento...)
27 VELHOS RISCOS Passivo Sanitário e Ambiental decorrente de um processo de urbanização acelerada, de industrialização rápida e de opções políticas inadequadas Deficiências no saneamento (abastecimento público de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana, gestão de resíduos sólidos urbanos) Doenças de origem hídrica mercúrio, flúor, pesticidas Doenças de veiculação hídrica amebíases, verminoses, esquistossomose, leptospirose, gastroenterites, hepatite A No ritmo atual das obras, levaremos mais de 100 anos para completar a rede de esgotos em todo o país Cláudio de Moura Castro (Revista Veja, 24-29/junho/2011) Com efeitos sobre saúde, qualidade de vida e desenvolvimento...
28 E NOVOS RISCOS... Poluentes/contaminantes emergentes Eutrofização/salinização de reservatórios e açudes Qualidade da água de drenagem urbana Geração e lançamento concentrado de águas servidas Reúso de águas servidas Em um contexto de: Crescimento econômico Urbanização Migrações internas Falta de prioridade política para o saneamento Ausência de uma cultura de gestão eficiente de serviços Pressão sobre áreas protegidas de mananciais Falando-se, até, em mudanças climáticas...
29 COMO EVOLUIR... O que esperar... A questão do Saneamento deve ser levada ao topo da agenda política do país rompendo o ciclo vicioso Prioridades - Investimentos para eliminar déficit de atendimento - capacitação e apoio para gestão eficiente dos serviços - regulação de serviços, - C,T&I No contexto do presente seminário possibilidades de cooperação França-Brasil em inúmeros temas desde pensar modelos de gestão e de regulação até desenvolver técnicas de remoção de poluentes emergentes em águas de abastecimento...
30 Obrigado Obrigado br
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