Direito Ambiental. Algumas Políticas Nacionais Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997) Irrigação (Lei /2013)
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1 Direito Ambiental Algumas Políticas Nacionais Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997) Irrigação (Lei /2013)
2 Os RH no mundo e no Brasil (1) água no mundo 97% salgada, 2,5% doce (volume fixo, imutável): 68,9% nas geleiras e calotas polares, 29,9% no subsolo, 0,3% nos rios e lagos, 0,9% em outros reservatórios 30% da chuva vai aos oceanos, 70% retida nos solos água no Brasil bacia amazônica maior do mundo - 45% território brasileiro Amazonas: 20% água doce nos oceanos bacia do Prata 2ª da Am do Sul 10,5% do território brasileiro bacia do São Francisco 8% território brasileiro águas subterrâneas abastece 72% municípios SP aquífero Guarani 1,2 milhão de km²
3 Os RH no mundo e no Brasil (2) água no mundo 70% agricultura, 22% indústrias, 8% residências água no Brasil 62% agricultura, 18% indústrias, 20% residências perdas no uso/distribuição 50% agricultura, 40-50% indústrias, 40%residências custo para acesso à água, em média: população z central urbana 1% ganhos população z periférica urbana 15% ganhos
4 Elementos de atenção ao tema (1) relatórios GEO 2002/OCDE GEO ¼ dos Estados sofrerão de stress hídrico aumento na poluição dos aquíferos pela agricultura de 200 milhões sob stress hídrico conflitos pelo RN água redução de consumo per capita, mas aumento da população: demanda sempre além das capacidades do RN oeste da África - + de 70 milhões em áreas de stress hídrico ( PED falta de tratamento de esgotos (29% em média
5 Elementos de atenção ao tema (2) Água para produzir 1 kg de: batata 500 l trigo 900 l sorgo l arroz l carne de frango l carne bovina l (1 litro) gasolina 10 l aço 95 l papel 324 l
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8 A PNRH no Brasil Lei 9.433/1997
9 Fundamentos (art. 1º) A água é bem de domínio público (uso comum do povo) É bem dotado de valor econômico É recurso natural limitado O uso prioritário se destina a humanos e animais A unidade de gestão é a bacia hidrográfica Gestão: descentralizada e participativa propiciar o uso múltiplo*
10 O uso múltiplo dos RH consumo humano, dessedentação animal abastecimento público/privado diluição de esgotos potenciais hidrelétricos, transporte/navegação agricultura, pesca, aquicultura esportes, recreação, turismo, usos estéticos usos industriais diversificados mineração
11 Objetivos (art. 2º) quantidade e qualidade de água às presentes e futuras gerações uso racional e adequado RH, garantia de DS prevenção/defesa contra eventos ( água (stress/contaminação
12 Diretrizes de ação (art. 3º) gestão sistêmica, garantia de quantidade/qualidade adequação de gestão às diversidades do país integração e articulação da gestão dos RH à gestão ( sensu ambiental (lato cooperação horizontal e vertical p/ planejamento (integração ( Estados entre União e gestão das bacias hidrográficas, estuários, z. costeiras
13 Instrumentos (art. 5º) os Planos de Recursos Hídricos; o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água; a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; a cobrança pelo uso de recursos hídricos; o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
14 Instrumentos Planos de recursos hídricos (art. 6º e s.) planos diretores de longo prazo fundamentar/orientar PNRH e gestão RH por bacias, por Estado, para o País elaboração participativa conteúdo: diagnóstico, alternativas uso RH ( futura conflitos, disponibilidade e demanda (presente e metas: racionalização, quantidade, qualidade medidas, programas, projetos p/ metas prioridades de outorga diretrizes/critérios para cobrança criação de áreas sujeitas a restrição de uso
15 Instrumentos Classes de corpos d'água (art. 9º e Res. 357/2005/CONAMA) águas doces salinidade < ou = a 0,5% águas salobras salinidade entre 0,5 e 30% águas salinas salinidade > 30%
16 Instrumentos Outorga de direitos de uso (art. 11 e s.) )1( objetivos: controle do uso e de direitos de uso ( Municípios dada pelo poder executivo (União, Estados, DF, usos sujeitos à outorga: derivação ou captação d'água p/ consumo final (incluídos ( produtivo abastecimento público e insumo de processo extração de água de aqüífero subterrâneo p/ consumo final ( produtivo (inclui insumo de processo lançamento de esgotos e resíduos líquidos ou gasosos ( não (tratados ou aproveitamento dos potenciais hidrelétricos outros usos - alterem regime, quantidade ou qualidade
17 Instrumentos outorga (art. 11 e s.) )2( dispensa: pequenos núcleos populacionais em zona rural derivações, captações, armazenamento insignificantes prazo máximo de 35 anos suspensão: não cumprimento dos termos sem uso por 3 anos atendimento de calamidades prevenção de dano ambiental usos prioritários, sem fonte alternativa navegabilidade de corpo d'água
18 Instrumentos cobrança pelo uso (art. 19 e s.) usos sujeitos a outorga objetivos: valor econômico, uso racional, financiamento dos planos de RH fatores a considerar: volume e variação p/ captação volume lançado e características físico-químicas aplicação prioritária na bacia financiamento estudos, projetos, obras ( máx custeio administrativo gestão RH (7,5%
19 Instrumentos sistema de informações sobre RH (art. 25 e s.) infos/dados s/ RH e fatores intervenientes na sua gestão ( DF sistemas de informações sobre RH (U, E, objetivos: federar dados/infos quantidade e qualidade RH demanda/capacidade atualizada subsídios para elaboração de planos de RH princípios de funcionamento: descentralização da produção de dados/informações ( nacional ) coordenação unificada acesso a dados e infos à população
20 Sistema nacional de gestão de RHs objetivos coordenar gestão integrada arbitragem de conflitos s/ RH implementar política nacional de RH planejar, controlar, regular uso de RH promover a cobrança pelo uso membros: Conselho Nacional de RH Conselhos de RH dos Estados e DF Comitês de Bacia Hidrográfica órgãos federais, estaduais e municipais relação c/ RH Agências de água
21 Conselho nacional de RH composição Ministérios, Conselhos Estaduais RHs, usuários, MMA orgs. civis (art. 34), presidência: ( 35 (art. competências articulação entre planos nacional, regional, estadual execução plano nacional RH arbitrar conflitos entre Conselhos estaduais deliberar sobre: projetos de efeito regional, questões trazidas por Conselhos estaduais ou Comitês de bacia analisar propostas de alteração normativa diretrizes complementares p/ PNRH, instrumentos, sistema nacional de gestão aprovar implementação de Comitês de bacia critérios gerais p/ outorga e cobrança pelo uso de RH
22 Comitês de bacia hidrográfica composição representantes: União, Estados, Municípios, usuários, entidades civis (MRE, ( indígenas FUNAI, comunidades ( máx (poder público 50% ( 37 (art. atuação por bacia, sub-bacia, grupo de bacias competências: debate s/ RH, articulação entidades intervenientes arbitrar conflitos s/ uso RH aprovar e acompanhar execução do plano de RH da bacia propor (Cons Nac/Estad) casos de uso insignificante de RH estabelecer cobrança RH
23 Agências de água Secretaria executiva dos Comitês de Bacia área de atuação idêntica ao Comitê de Bacia criação autorizada pelo(s) Conselho(s) de RH requisitos para criação: existência de Comitê de bacia respectivo ( RH viabilidade financeira (cobrança uso competências: disponibilidade RH, cadastro de usuários, cobrança uso RH, gerir sistema de info RH, estudos p/ gestão RH etc.
24 A PNRH e o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado) Diretrizes para a adoção de medidas e ações: Integração das ações de monitoramento e controle de órgãos federais; Regularização ambiental das propriedades rurais; Gestão florestal sustentável e combate às queimadas; OT p/ conservação da biodiversidade, RHs, DS; Fomento a atividades econômicas sustentáveis; Manter áreas nativas, recuperar áreas degradadas.
25 Política Nacional de Irrigação Lei /2013 (Dec /1984)
26 Objetivos (art. 4º) Aumento área irrigada e produtividade c/ DS Redução dos riscos climáticos da agropecuária Promoção do desenvolvimento local e regional Aumento da competitividade do agronegócio brasileiro Geração de emprego e renda Abastecimento do mercado interno (alimentos e energia renovável) Capacitar recursos humanos Transferência de tecnologias de irrigação Incentivo a projetos privados de irrigação
27 Princípios (art. 3º) Uso e manejo sustentável dos solos e rec. hídricos; Integração c/ políticas de rec. hídricos, ½ ambiente, energia, saneamento, crédito e seguro rural; Prioridade a projetos visando ao uso múltiplo dos RHs; Articulação das ações de irrigação entre: Diferentes instâncias e esferas de governo; As ações do setor privado; Gestão democrática e participativa dos Projetos Públicos de Irrigação (futuro regulamento); Prevenção de endemias rurais de veiculação hídrica.
28 Instrumentos Planos e Projetos de Irrigação; Sistema Nacional de Informações sobre Irrigação; Incentivos fiscais, o crédito e o seguro rural; Formação de recursos humanos; Pesquisa científica e tecnológica; Assistência técnica e a extensão rural; Tarifas especiais de energia elétrica para irrigação; Certificação dos projetos de irrigação; Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura; Conselho Nacional de Irrigação.
29 Planos e projetos de irrigação Planos de irrigação (art. 6º) Orientar o planejamento e a implementação da Pol. Nac. de Irrigação, em consonância com os Planos de Recursos Hídricos; Nacional, Estadual, Distrital; Diagnóstico ambiental, aptidão de áreas, infraestrutura p/ irrigação etc. Projetos públicos de irrigação (art. 7º) Planejados e implementados segundo os Planos de Irrigação
30 Sistema nacional de informações sobre irrigação (art. 8º) Informações sobre Áreas irrigadas, culturas, métodos de irrigação; Inventário de RHs; Mapeamento de solos c/ aptidão para rega; Agroclimatologia; Infraestrutura de suporte (H2O e energia); Informações socioeconômicas; Destinação dos produtos irrigados; Áreas públicas p/ projetos de irrigação.
31 Fomento à sustentabilidade Incentivos fiscais, acesso ao crédito (art. 11 e s.) Áreas mais carentes; Agricultores familiares; Equipamentos mais eficientes Assistência técnica rural (art. 15 e s.) Formação de recursos humanos. Certificação dos projetos de irrigação (art. 19) Uso racional RHs.
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