Perspectivas do Setor Usuários
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- Cacilda Avelar Valverde
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1 Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari) 1ª Assembleia Geral Extraordinária de 2015 Perspectivas do Setor Usuários Cléber Frederico Ribeiro 1º Secretário Nacional da Assemae e Assessor de Tecnologia da Informação do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba - CODAU
2 Sobre a Assemae A Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento Assemae é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, criada em Atualmente, reúne quase dois mil associados de municípios brasileiros que operam os serviços de água e esgoto, de resíduos sólidos e drenagem urbana. Participa dos principais fóruns nacionais que debatem o saneamento básico, incluindo o Conselho das Cidades, Conselho Nacional de Recursos Hídricos, conselhos estaduais de saneamento e comitês de bacias hidrográficas.
3 Recursos Hídricos O aumento populacional, desenvolvimento econômico e diversificação das atividades desenvolvidas pelo homem resultaram no aumento da demanda pelos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Os usos múltiplos dos recursos hídricos incluem a irrigação, abastecimento público, mineração, industrialização, produção de energia hidrelétrica, dessedentação animal, navegação, recreação e turismo.
4 Recursos Hídricos Quando existe crescimento da demanda, consequentemente, podem surgir conflitos entre usuários, fazendo com que haja a necessidade de medidas de controle para evitar esses conflitos. Daí tem-se a gestão dos recursos hídricos, que existe para minimizar e/ou evitar tais situações, além de auxiliar a tomada de decisão no momento em que o conflito acontece.
5 Gerenciamento dos Recursos Hídricos Tipos de conflitos de uso: Conflito de destinação de uso: utilização da água para finalidades diferentes daquelas estabelecidas pelo órgão gestor; Conflito de disponibilidade qualitativa: utilização de água proveniente de corpos hídricos poluídos para o fim a que se destinam; Conflito de disponibilidade quantitativa: esgotamento da disponibilidade quantitativa devido ao uso intensivo da água. Fonte: LANNA, A. E. L. (Org) Técnicas quantitativas para gerenciamento de recursos hídricos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, p.
6 Gerenciamento dos Recursos Hídricos Com o intuito de minimizar os cenários conflituosos pelo uso da água, a Lei nº 9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, tem como principal objetivo garantir a disponibilidade necessária de água, em quantidade e qualidade adequadas, para a atual e as futuras gerações. Para alcançar esse objetivo, a Lei adotou como instrumentos da PNRH: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> planos de recursos hídricos, enquadramento dos corpos d água em classes, outorga de direito de uso de recursos hídricos, cobrança pelo uso de recursos hídricos, compensação a municípios e o Sistema de Informações de Recursos Hídricos.
7 Outorga Visando controlar a demanda pela água, a Política Nacional de Recursos Hídricos adotou a outorga de direito de uso como um dos instrumentos para assegurar a quantidade, a qualidade e o regime do recurso. A concessão de outorgas é condicionada à disponibilidade hídrica da bacia, pois fornece o limite máximo permissível para as demandas.
8 Outorga Além da Lei Federal nº 9.433/1997, tem-se a Lei Estadual nº /1999, que instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais (PERH). Quando se tratarem de corpos de água de domínio do Estado, a outorga para uso de recursos hídricos deve ser solicitada junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Nos casos de rios de domínio da União, o processo é de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA).
9 Tempos de Crise Hídrica O crescimento da demanda por água aumenta a necessidade de planejamento e controle desse recurso, uma vez que representa variável dependente de fatores demográficos, econômicos, sociais, políticos, tecnológicos e de desenvolvimento regional. Para existir esse planejamento, faz-se necessário conhecer o montante de água disponível para uso, bem como adotar ferramentas de efetivo controle quantitativo e de destinação do recurso.
10 A falta de água causa impactos diretos e indiretos sobre a saúde humana, o meio ambiente, a economia e a oferta de serviços públicos. Se antes a preocupação era expandir os sistemas de abastecimento e produção de água para atender a demanda de crescimento no país, hoje há um desafio mundial: manter a quantidade e qualidade das fontes de abastecimento
11 Segundo a ANA, são necessários R$ 22,2 bilhões para evitar que o desabastecimento se amplie cada vez mais. O dinheiro deverá financiar um conjunto de obras para o aproveitamento de novos mananciais e para adequações no sistema de produção de água. Existe ainda a necessidade de investimentos significativos em coleta e tratamento de esgotos. Também é preciso investir na redução da poluição de águas que são utilizadas como fonte de captação para abastecimento urbano.
12 O caminho é investir na segurança hídrica, ou seja: A capacidade da população de garantir o acesso sustentável à quantidade e qualidade adequada de água para a subsistência, bem estar humano e desenvolvimento socioeconômico Fonte: ONU
13 Alternativas Campanhas periódicas de comunicação e educação ambiental; Construção de planos de contingência; Instituição dos órgãos colegiados de controle social para o saneamento básico; Compromisso com políticas planejadas e integradas.
14 Perdas de Água O cenário brasileiro de perdas de água no setor de saneamento é bastante problemático. A média nacional de perdas de água é de aproximadamente 40% (incluindo perdas reais e aparentes), mas em algumas empresas de saneamento essas perdas superam 60%. Fonte: SNIS 2013
15 Perdas Existem dois conceitos para perdas de água: A perda de água física ou real, quando o volume inicial de água disponibilizado no sistema de distribuição pelas operadoras de água é desperdiçado durante o processo de distribuição, e; A perda de água comercial ou aparente, quando apesar da distribuição de água atingir o consumidor final, o produto não é cobrado adequadamente, tanto por problemas técnicos na medição dos hidrômetros quanto por fraude do consumidor.
16 Perdas O elevado índice de perdas de água reduz o faturamento das empresas e, consequentemente, sua capacidade de investir e obter financiamentos. Além disso, gera danos ao meio ambiente na medida em que obriga as empresas de saneamento básico a buscarem novos mananciais.
17 Perdas Meta do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab): O índice de perdas em âmbito nacional tem que cair de 39% em 2010 para 31% em 2033 O Plano separa o foco de atuação no saneamento, em: Ações estruturais foco na ampliação e melhoria do ativo; Ações estruturantes - foco é a gestão de ativos
18 O Plano de Bacia é o instrumento para auxiliar a gestão, combater a escassez hídrica e diminuir as perdas
19 Plano de Bacia O objetivo geral de um plano de bacia é a compatibilização entre oferta e demanda de água, em quantidade e qualidade, para todos os pontos da bacia hidrográfica.
20 Os Planos de Bacia devem ser integrados com os Planos Municipais de Saneamento Básico
21 O que são Os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) são instrumentos de planejamento que estabelecem diretrizes para a prestação dos serviços públicos de saneamento. Conforme Política Federal de Saneamento Básico Lei n /2007, os Planos devem abranger:
22 Planejamento e Participação Por meio dos Planos, a sociedade pode identificar os problemas, diagnosticar demandas de expansão, estudar alternativas, e também delimitar objetivos, metas e investimentos necessários, com vistas ao pleno atendimento da população em abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana.
23 Fim do Prazo O Decreto nº 8.211/2014 exige dos municípios a finalização dos planos até dezembro de Após essa data, a apresentação do documento será condição para o acesso a recursos orçamentários geridos ou administrados por órgãos ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico.
24 Para refletir A busca pela ampliação e excelência dos serviços de saneamento básico reflete o compromisso com a saúde pública, a inclusão social e a preservação ambiental, e por isso, deve ser prioridade de todos os setores que formam a sociedade
25 Cléber Frederico Ribeiro 1º Secretário Nacional da Assemae e Assessor de Tecnologia da Informação do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba - CODAU
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