TÍTULO DO TRABALHO: Comitê de Bacia Hidrográfica - Poderosa Ferramenta para o Saneamento - Experiência do Baixo Tietê.

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1 TÍTULO DO TRABALHO: Comitê de Bacia Hidrográfica - Poderosa Ferramenta para o Saneamento - Experiência do Baixo Tietê. NOME DO AUTOR: Luiz Otávio Manfré CURRÍCULO DO AUTOR: Luiz Otávio Manfré, Engenheiro Civil, CREA , Secretário Executivo do CBH-BT (42 municípios) desde 1998, Gerente de Recursos Hídricos da Bacia do baixo Tietê DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo desde 1983 (109 municípios). ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Secretaria Executiva do Comitê da Bacia do Baixo Tietê Rua Silvares, 100 Birigui S.P. CEP: cbh-bt@uol.com.br EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS NA APRESENTAÇÃO ORAL: Projetor multimídia com computador Programa Power Point PALAVRAS-CHAVE: Comitê de Bacia, Comitê e Saneamento.

2 OBJETIVO: Apresentar a experiência em saneamento básico do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, que reúne 42 municípios no oeste do Estado de São Paulo, cujos trabalhos, per si, ou em parceria com outros órgãos, fizeram com que esta região tenha alcançado os melhores índices em saneamento do Estado. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO: O racionamento de água no Brasil começou antes da energia, embora o segundo também tenha sido atingido pelo mesmo motivo do primeiro: a falta do produto. Em alguns municípios paulistas como a própria capital a falta da água nas torneiras não se deve apenas à ineficiência de administrações, mas principalmente à escassez do líquido, sem cor, inodoro e sem sabor, definido quimicamente por duas partículas de hidrogênio e uma de oxigênio. Os desmatamentos inconseqüentes, a falta de proteção das nascentes dos rios e das áreas de recarga dos aqüíferos, somados ao desperdício no uso dos Recursos Hídricos, podem se tornar permanentes os problemas com de disponibilidade, se não houver uma coibição imediata. O alerta vem sendo feito mundialmente, por entidades civis e governamentais. Com a lei 7663/91 que estabeleceu a política de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo e com a definição nacional através da lei 9433/97 que criou a política nacional dos Recursos Hídricos, houve uma mudança de paradigmas com relação a questão dos recursos Hídricos. A política de Recursos Hídricos tem como princípios básicos: A Bacia Hidrográfica torna-se a unidade de planejamento Deve-se promover a igualdade ao acesso pelo uso múltiplo das Águas A água é um bem finito e vulnerável A água tem um valor econômico e seu uso e sua poluição serão cobrados para que haja um consumo racional. A gestão das águas deve ser descentralizada e participativa A partir de outubro de 1988 todos os corpos d água superficiais são de domínio público, federal ou estadual. As águas subterrâneas são de domínio somente do Estado. Neste contexto, foram criados os Comitês de Bacias Hidrográficas em número de 22 no Estado de São Paulo, e em especial, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê foi instalado em 26 de agosto de 1994, com o objetivo principal de gerenciar os recursos hídricos, visando a sua recuperação preservação e conservação. Sua composição é tripartite, constituída da seguinte forma: Plenário do Comitê composto de 15 membros prefeitos, 15 representantes de órgãos do Estado e 15 representantes da sociedade civil. O presidente do Comitê tem sido sempre um prefeito; a Secretaria Executiva do Comitê ocupada por um órgão do Estado e o vice-presidente do Comitê tem sido um representante da sociedade civil organizada.. Possui seis câmaras técnicas: Assuntos Institucionais; Conservação e Proteção dos Recursos Naturais; Planejamento e Avaliação; Outorgas e Licenças; Turismo e Educação Ambiental, e uma de Saneamento.

3 A Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê possui uma área de km2, abrangendo 42 municípios do oeste do Estado de São Paulo, com população de habitantes. Possui abundancia de recursos hídricos superficiais ao longo do rio Tietê, com excelente qualidade das águas, possuindo 111 m3/s de disponibilidade média, uma demanda atual de 14 m3/s, e um índice pluviométrico anual de 1370 mm. A exploração dos recursos hídricos se dá através de mananciais subterrâneos de média a alta potencialidade; a exploração dos mananciais superficiais tem alta exploração nos afluentes do rio Tietê e baixa nos grandes lagos da bacia. Com referência ao uso e ocupação do solo, a Bacia possui 75% de pastagens, 8% de culturas perenes, 7% de culturas semi-perenes, 7% de cana-de-açúcar, 2,6% de matas e reflorestamento, 0,4% de áreas urbanas. Sendo que, de maneira geral, o solo possui de média a alta suscetibilidade a erosão e como conseqüência grandes possibilidades de assoreamento de corpos d água. Dos proprietários rurais da bacia 80% tem energia elétrica e 6% possui irrigação, sendo que devido a presença de grandes áreas planas e agricultáveis, este setor tende a aumentar substancialmente. A bacia possui uma excelente infra-estrutura: três usinas hidroelétricas que produzem cerca de de KW; conta com um completo sistema viário longitudinal e transversal (rodovias Washington Luiz ao norte e Marechal Rondon ao sul); hidrovia, portos e terminais intermodais. O gasoduto Brasil Bolívia atravessa toda a Bacia. O abastecimento público é feito com 60% de águas subterrâneas e 40% de águas superficiais. A utilização de águas subterrâneas na Bacia é feita quase que exclusivamente através do Aqüífero Bauru (5 a 20 m3/h) e no Aqüífero Guarani com poços com vazão até 600 m3/h. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Ao longo dos últimos anos os investimentos efetuados na área de saneamento e saúde permitiu que houvesse impactos da qualidade dos recursos hídricos e na saúde da população, reduzindo o índice da mortalidade infantil e as taxas de mortalidade relativas às doenças de veiculação hídricas. Cerca de 99% da população tem abastecimento de água e o mesmo índice de esgoto coletado, sendo que aproximadamente 85% da população tem esgoto tratado. No período de 1998 a 2000, houve uma queda de internações hospitalares oriundas de doença de veiculação hídrica diante dos investimentos efetuados nesta área. Conta também com cerca de 85% dos municípios com disposição adequadas de Resíduos Sólidos. Até o ano de 2003 houve investimentos na área de Saneamento como tratamento de esgoto, resíduos sólidos, galerias, qualidade da água, perfazendo um montante de R$ 12 milhões. Resumindo o objetivo deste comitê é reduzir os problemas sócio-ambientais, ter disponibilidade da água e de melhor qualidade na Bacia, sendo nossa missão continuar contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. Para conseguir esses objetivos, o Comitê deliberou um Programa de Investimentos dentro dos Programas de Duração Continuada do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos, que contém as seguintes principais prioridades para os próximos anos :

4 PDC-01: Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos: Atualizar o diagnóstico completo da situação dos recursos hídricos da bacia.executar o Plano da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê. PDC-02: Aproveitamento Múltiplo e Controle dos Recursos Hídricos:Incentivar o maior uso da hidrovia:estabelecer programa de ocupação de áreas ribeirinhas com legislação especifica para os grandes lagos. Incentivar o mapeamento de áreas potenciais para instalação de industrias próximas a portos fluciais.incentivar o investimento no setor de lazer e turismo para se aproveitar o imenso potencial que a bacia tem, principalmente com relação a qualidade e quantidade dos recursos hídricos e dos índices de saneamento alcançado.incentivar a instalação de geração de energia termoelétrica com aproveitamento racional dos recursos hídricos, equacionando e compatibilizando com o uso do gasoduto, sob rígido controle ambiental. PDC-03: Serviços e Obras de Conservação, Proteção e Recuperação da Qualidade dos Recursos Hídricos: Tratar 100% dos esgotos urbanos até o final de 2005 e dispor sanitariamente adequado 100 % do lixo até o final de PDC-04: Desenvolvimento e Proteção das Águas Subterrâneas:Adoção de medidas reservacionistas aos mananciais subterrâneos, principalmente do Aqüífero Guarani, reserva paras as gerações futuras. PDC-05: Conservação e Proteção dos Mananciais Superficiais de Abastecimento Urbano:Estabelecer um criterioso uso do solo ribeirinho e recomposição das matas ciliares junto aos mananciais de abastecimento publico. PDC-08: Prevenção e Defesa contra Inundações:Conhecer os principais pontos de inundações e suas conseqüências e investir em planos de macro-drenagem e principalmente em medidas não estruturais para controle de cheias. PDC-09: Prevenção e Defesa contra Erosão do Solo e Assoreamento dos Corpos d água:conhecer os pontos e os tipos de erosão rural e urbana. Investir e incentivar o investimento no combate à erosão e assoreamento dos corpos d água, com reflorestamento e uso de técnicas agrícolas adequadas. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS: Relatório Zero do CBH-BT Manuais Técnicos do DAEE Manuais Técnicos da CETESB Legislação Básica. Constituições da Republica e do Estado de São Paulo. Lei Estadual 7663 de 30/12/91. Lei Federal 9433 de 8/01/97. Código de Águas. Documentos do CBH-BT: Atas, relatórios, Projetos Aprovados Documentos diversos de divulgação dos Comitês. Relatório de Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo

5 Assembléia com todos os segmentos da sociedade para debater o saneamento e os recursos hídricos da Bacia. Assembléia com todos os segmentos da sociedade para debater o saneamento e os recursos hídricos da Bacia. Assembléia com todos os segmentos da sociedade para debater o saneamento e os recursos hídricos da Bacia.

6 Reunião de câmaras técnicas Região dos Lagos Região dos Lagos

7 Hidrovia Tietê-Paraná Hidrovia Tietê-Paraná Hidrovia Tietê-Paraná