Chuvas Intensas e Cidades

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1 Chuvas Intensas e Cidades Mario Thadeu Leme de Barros Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental lda Escola Politécnica da USP Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) EVENTOS EXTREMOS: FENÔMENOS NATURAIS OU CONSEQÜÊNCIAS DAS AÇÕES HUMANAS? 28 de fevereiro de 2011 São Paulo

2 Principais Preocupações Nos últimos anos (2009, 2010 e 2011) tem-se observado eventos de chuvas extremamente intensos, em dias consecutivos, nas grandes cidades brasileiras: quais são as causas? São eventos raros? Já foram observados no passado?

3 Vamos ver alguns desses eventos, todos observados na Bacia do Alto Tietê, onde está localizada a Região Metropolitana de São Paulo

4 2009/2010

5 Os Anos 2009/2010 A precipitação foi sistematicamente acima das médias mensais. Julho/ % acima da média desse mês Agosto/ % acima da média desse mês Setembro/ % acima da média desse mês Outubro/ % acima da média desse mês Novembro/ % acima da média desse mês Dezembro/ % acima da média desse mês Janeiro/ % acima da média desse mês Chuvas de em São Paulo Fonte: SAISP, período % Média Mensal, mm 2009/10, mm + 37% % + 106% + 30% + 35% % 0 jul ago set out nov dez jan

6 Observamos, portanto, um período seco úmido seguido por um período úmido, muito úmido!

7 mm

8 Os Anos 2009/2010: Alguns Comentários A sequência de meses com chuva acima da média, mais de 45 dias desde o início de dezembro de 2009 até o final de janeiro de 2010; Solo da bacia com baixa capacidade de infiltração desde o período seco e devido à sequência ininterrupta de chuvas no período dezembro/janeiro, ocorreu maior aporte água superficial nos rios e canais; As chuvas de 08/12/2010 (duração de 12 horas e 90 mm de média geral) foram quantitativamente maiores que as de 21/jan/2010 (duração de 6 horas e 60 mm de média geral). Ambos os eventos cobriram a bacia do Alto Tietê de forma generalizada; No entanto, os impactos em termos de inundações foram semelhantes. À primeira i vista tais impactos deveriam ser proporcionalmente menores em 21/jan/2010.

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13 Evento de chuva de 13 de dezembro de 2010 na BAT - Inundação na bacia do Córrego da Mooca e Aricanduva

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18 2011

19 mm Chuvas Observadas (acumulado de 24 horas) na RMSP no dia 16/02/2011 até as 23:00 horas

20 distribuição típica de chuva intensa na cidade de São Paulo: geralmente associado a inundações localizadas li (flash h flood)

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24 O evento de ontem na região oeste de São Paulo

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27 70 mm em 70 minutos 80 mm em 60 minutos

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29 mm Evento do dia 27/02/2011 (em mm)

30 Principais Preocupações Os impactos dessas chuvas, gerando inundações, são cada vez maiores: Porque? São Paulo entra em caos com chuvas variando entre 35 e 60 mm, ocorrendo entre 30 e 80 minutos: Isso é razoável? Observando dia a dia, as chuvas diárias apresentam baixas recorrências. Observando consecutivamente, t o volume acumulado apresenta elevada recorrência (?)

31 Porque esses impactos crescentes? Porque aparentemente os sistemas de drenagem são tão ineficazes? Será que o culpado é só o sistema de drenagem?

32 Ocupação do Solo e Urbanização Intensa

33 Crescimento da Mancha Urbana de São Paulo POPULAÇÃO: 0,9 milhões ÁREA URBANA: 180km² POPULAÇÃO: 4,8 milhões ÁREA URBANA: 930km² POPULAÇÃO: 11,3 milhões ÁREA URBANA: 1710km² POPULAÇÃO: 15 milhões ÁREA URBANA: 1860km²

34 São Paulo Hoje milhões de habitantes

35 Mancha Urbana e a BAT

36 Mancha Urbana Atual da BAT

37 Crescimento Demográfico

38 urbanização e seus impactos no ciclo hidrológico

39 Urbanização x Aumento de Vazão Esteves, USP São Carlos, de Vazão Específic ca Inc cremento TR 5 anos TR 10 anos TR 25 anos TR 5 anos- curva ajustada TR 10 anos - curva ajustada TR 25 anos - curva ajustada % de Urbanização

40 Efeitos da Urbanização Desordenada sobre o Regime Hidrológico INUNDAÇÕES EROSÃO ASSOREAMENTO POLUIÇÃO DAS ÁGUAS RECARGA DO AQÜÍFERO TEMPERATURA REGIME DE CHUVAS DISPONIBILIDADE AUMENTAM AUMENTA AUMENTA AUMENTA DIMINUI AUMENTA ALTERA DIMINUI

41 Ilhas de Calor

42 ILHAS DE CALOR Dados: IAG-USP

43 Desafios Técnicos Critérios de projeto (estruturais e não estruturais) A questão do RISCO

44 Projeto (Design): Como estimar a chuva de projeto diante deste novo quadro? Como considerar a distribuição temporal e a distribuição espacial (em geral não considerada adequadamente) da precipitação? Como considerar a complexidade de bacias com diversas obras conectadas (sistemas complexos)? Extraordinária não linearidade do sistema E o risco envolvido???

45 Risco risco 1 (1 1 T ) n Este risco define o nível de segurança da obra?

46 NÃO

47 Este é o risco hidrológico e não o risco real a que um indivíduo (ou um grupo) está sujeito!

48 O Conceito do Risco Risco = Vulnerabilidade d * f (T) A Vulnerabilidade é função de : Posição no espaço Desempenho hidráulico (de uma obra e de um conjunto de obras do sistema) Manutenção Chuvas antecedentes Resíduos sólidos (lixo) Etc...

49 Outras causas: Ocupação indevida de áreas de risco (áreas ribeirinhas e encostas de morros) Falta do mapeamento de áreas de inundação (função do risco) Falta de Planejamento Integrado dos Sistemas de Drenagem Ub Urbana (Aflt falta do Planejamento com o enfoque na bacia hidrográfica x enfoque por área administrativa) Gerenciamento Integrado de Manutenção e Operação do Sistema Macro e Micro drenagem deficiente, necessitando se adaptar aos novos critérios i de risco hidrológico i

50 O que fazer? Curto prazo: revisão imediata dos planos atuais; integração com outros planos setoriais; diversos municípios não possuem Planos Curto prazo: Planos executados segundo critérios técnicos sustentáveis (medidas estruturais e não estruturais, renaturalização de bacias urbanas, etc.) Curto prazo: revisão técnica dos critérios de projeto, principalmente os critérios hidrológicos (papel relevante das Universidades) id d Curto prazo: iniciar o processo de remoção de famílias em áreas de elevado risco (revisão dos Planos Diretores) Curto prazo: Sistema de Alerta a Inundações Curto prazo: Operação Integrada Curto prazo: Maior participação da população

51 O que fazer? Curto prazo: Obras emergenciais (estabelecer prioridades técnicas com base nos maiores danos evitados) Médio prazo e longo prazo: Implantação dos programas estabelecidos pelos Planos de Drenagem (Gestão Integrada Metropolitana Distritos de Drenagem) Horizonte 2040: As cidades protegidas para risco hidrológico de no mínimo 100 anos!

52 Respondendo a questão proposta neste evento: EVENTOS EXTREMOS: FENÔMENOS NATURAIS OU CONSEQÜÊNCIAS DAS AÇÕES HUMANAS?

53 Chuvas e secas extremas sempre ocorreram, fazem parte da variabilidade climática. As séries observadas nos últimos 2 séculos são pouco representativas de fenômenos desse tipo. Se existem impactos antrópicos nesses fenômenos de grande escala é cedo para saber, é preciso ainda muita pesquisa. Sabemos que localmente eles existem. Agora, os impactos negativos desses eventos extremos - chuvas e secas - são cada vez maiores, principalmente pela crescente urbanização sem critérios sustentáveis. Isso vale para pequenas, médias e grandes cidades. d Devemos nos adaptar a essas novas condições, mas até quanto isso é possível?

54 OBRIGADO

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