ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

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1 (358C) ATRIBUTOS REPRESENTATIVOS DA INSERÇÃO DAS EMPRESAS NO MERCADO DE CAPITAIS E AS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DAS COMPANHIAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA RENATA ROUQUAYROL ASSUNÇÃO Universidade Federal do Ceará (UFC) renatafeaac@gmail.com SÍLVIA MARIA DIAS PEDRO REBOUÇAS Universidade Federal do Ceará (UFC) smdpedro@gmail.com FRANCISCA JULIANA DE ANDRADE ARAÚJO Universidade Federal do Ceará (UFC) juliana18andrade@hotmail.com RESUMO A inserção das empresas no mercado de capitais geralmente ocorre em razão da necessidade de captar recursos externos. Porém para que a empresa tenha êxito na obtenção desses recursos, é necessário que esta seja atrativa para os investidores que normalmente buscam companhias que lhe deem mais garantias. Nesse sentido, adotar práticas de governança corporativa pode ser considerada uma estratégia que atrai investidores que buscam segurança ao realizar um investimento. Diante desse entendimento, pode-se considerar que há atributos representativos da inserção das empresas no mercado de capitais que podem influenciar as companhias a adotarem determinadas práticas de governança corporativa. O objetivo desse estudo foi identificar os atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais que influenciam a adoção das práticas de governança corporativa das companhias listadas na BM&FBovespa. Para consecução do estudo, foram considerados como atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais: o tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais, o valor de mercado da empresa, os investimentos estrangeiros e a inserção da companhia no mercado externo. Para mensuração da governança corporativa, foi construído um check-list com 16 práticas de Governança Corporativa para determinar o Índice de Governança Corporativa (IGC). Por meio da Regressão Linear Múltipla, constatou-se que a governança corporativa sofre influência das variáveis inserção da companhia no mercado externo, investimentos estrangeiros e tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais, sendo esta última uma relação inversa. Compreende-se, portanto, que o fato da companhia estar a menos tempo registrada na Comissão de Valores Mobiliários faz com que a mesma adote mais controles para mitigar os riscos dos investidores, a captação de investimentos estrangeiros influencia a companhia a adotar um modelo de gestão que ofereça mais segurança ao investidor e a quantidade de bolsas de valores estrangeiras em que são negociadas ações da empresa, que reflete a inserção da empresa no mercado de capitais externo, gera efeito positivo na adoção das práticas de governança corporativa. Para complementar a análise dos dados, optou-se por investigar através da Regressão Logística três práticas de governança corporativa. Observou- -se que a quantidade de anos que a empresa negocia suas ações na BM&FBovespa influencia a adoção da ocupação ds cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO não ser pela mesma pessoa embora verifique-se que a cada ano a chance das empresas de adotarem essa prática diminui em 3%. Em relação às empresas que possui apenas ações ordinárias, os atributos tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais e investimento estrangeiro na empresa apresentam significância estatística sendo a primeira uma relação negativa. Já no que se refere a prática de possuir outros comitês de assessoramento que não compreenda o de auditoria, verificou-se que apenas o atributo investimento estrangeiro na empresa não apresentou significância. Ou seja, os outros atributos analisados influenciam a adoção dessa prática. Palavras-chave: Inserção no mercado de capitais. Governança corporativa. Atributos representativos. 1

2 20º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE FORTALEZA CE 1. INTRODUÇÃO O fato da empresa abrir seu capital não garante que ela obterá sucesso ao negociar suas ações na bolsa de valores, visto que, no que diz respeito à proteção e à garantia de seus direitos, os investidores estão cada vez mais exigentes. Nessa situação, observa-se que a adoção de práticas de governança corporativa pode ser uma maneira de atrair investidores (SIRQUEIRA; KALATZIS; TOLEDO, 2007). Para Silveira (2004), a governança é o conjunto de mecanismos de incentivo e de controle. De acordo com a CVM (2002, p. 2), a governança é o conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao proteger todas as partes interessadas. Segundo Carvalho (2002, p. 19), a governança corporativa é um conjunto de regras que visa minimizar os problemas de agência. A adesão às práticas de governança corporativa é uma indicação da postura das companhias em relação a valores como transparência, integridade das informações, conformidade com a regulamentação e adoção de modelos confiáveis de gestão (ROSSETTI; ANDRADE, 2011, p. 186). Sabe-se que os pilares da governança corporativa são constituídos pela proteção ao valor patrimonial e ao valor dos acionistas e é nesse sentido que a adesão às boas práticas de governança corporativa pressupõe mais segurança e valor para as empresas (ALBERTON; MOLETTA; MARCON, 2011). Diante desse entendimento, pode-se considerar que há atributos representativos da inserção das empresas no mercado de capitais que podem influenciar as companhias a adotarem determinadas práticas de governança corporativa. Destarte, pretende-se responder ao seguinte problema de pesquisa: Quais atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais influenciam a adoção das práticas de governança corporativa das companhias listadas na BM&FBovespa? Para tanto, foram considerados como atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais: o tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais, o valor de mercado da empresa, os investimentos estrangeiros e a inserção da companhia no mercado externo. Para consecução da presente investigação, definiu-se como objetivo principal desse estudo identificar os atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais que influenciam a adoção das práticas de governança corporativa das companhias listadas na BM&FBovespa. Embora exista na literatura pesquisas que analisam a relação da adoção das práticas de governança corporativa e variáveis específicas, como, por exemplo, valor de mercado (SILVEIRA; BARROS; FAMÁ, 2003), internacionalização (MOIZINHO et al., 2014) e abertura de capital (BOMFIM; SANTOS; PIMENTA JÚNIOR, 2007), esse estudo se justifica pela possibilidade de compreender melhor a relação entre os atributos da inserção da empresa no mercado de capitais e a adoção das práticas de governança corporativa partindo da hipótese de que esses atributos influenciam a adoção dessas práticas. As proxies utilizadas nesse estudo para a determinação das variáveis diferem das utilizadas em pesquisas anteriores, além de a utilização dessas variáveis em conjunto não ter sido encontrada em estudos anteriores. O presente trabalho está estruturado em cinco seções. Após a introdução, é feito um levantamento dos principais assuntos que compõe o referencial teórico sobre o tema em questão. Em seguida, é apresentada a metodologia da pesquisa, a análise dos resultados e, por fim, na quinta seção, a conclusão do estudo, destacando-se os achados mais relevantes e as considerações finais. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Existem como fruto do distanciamento entre propriedade e controle, os problemas de agência, em que o principal designa ao agente a responsabilidade para tomar decisões o que, consequentemente, provoca desalinhamento tanto relacionado às motivações quanto aos interesses ocasionados pela busca da maximização de resultado a favor dos gestores (agentes) em detrimento dos proprietários (principal) (BERLE; MEANS, 1932; JENSEN; MECKLING, 1976; ALMEIDA et al., 2010). A literatura indica que o despertar da governança foi ocasionado pelo entendimento e pela necessidade de se criar mecanismos de controle, proteção e transparência das relações entre principal e agente (SIL- VEIRA, 2004; SUBRAMANIAM, 2006; OLIVEIRA et al., 2013). No Brasil, a partir dos anos de 1990, muitas empresas tiveram suas atividades descontinuadas em razão da má administração e do abuso de poder dos administradores e que, apenas nestas circunstâncias, a preocupação com os padrões de governança corporativa foi fortalecida (CARVALHO, 2002). 2

3 Pode-se afirmar, então, que a governança surgiu como uma resposta às demandas do mundo dos negócios e da sociedade por igualdade no tratamento dos acionistas, transparência na prestação de contas e responsabilidade corporativa (OLIVEIRA et al., 2013). Segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2003), a governança estabelece a ordem entre as partes, que podem estar envolvidas em conflito. A maioria dos estudos considera que a governança é um mecanismo desenvolvido para as organizações serem gerenciadas, dirigidas e controladas (CORREIA; AMARAL, 2006). O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2009) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, 2004) compreendem que a governança corporativa é um sistema pelo qual as empresas são dirigidas, monitoradas e controladas. Existem atores importantes para a consecução dos objetivos para os quais a governança corporativa foi concebida que são conhecidos como agentes e órgãos da governança corporativa. Os agentes de governança corporativa referem-se aos sócios, administradores (conselheiros de administração e executivos/gestores), conselheiros fiscais e auditores (MELO; CARVALHO, 2003; IBGC, 2009) enquanto que os órgãos compreendem a assembleia geral, o conselho de administração, os comitês de assessoramento, o conselho fiscal, a auditoria independente, a auditoria interna e a direção executiva (ROSSETTI; ANDRADE, 2011). Esses órgãos e agentes podem ser considerados essenciais para o desenvolvimento da governança corporativa tendo em vista que, com o intuito de minimizar os problemas de agência, buscam alinhar os interesses dos gestores aos dos acionistas. Nesta perspectiva, entende-se que nas companhias eles são os atores que instituem e fomentam os mecanismos de governança corporativa assim como são os próprios mecanismos a serem incorporados à gestão. Sendo considerado o principal órgão do sistema de governança corporativa, o Conselho de Administração tem destaque na Cartilha da CVM (2002) e no Código do IBGC (2009) em seções próprias onde são apresentadas recomendações sobre tempo de mandato, número de membros, avaliação, entre outros. Quanto ao fato dos cargos de presidente do Conselho de Administração e Chief Executive Officers (CEO) serem ocupados pela mesma pessoa, isso não é recomendável (CVM, 2002; SILVEIRA, 2004; SILVA; LEAL, 2005; IBGC, 2009; LAMEIRA; NESS JÚNIOR, 2011). Há algumas práticas relacionadas à estrutura de propriedade e controle. Silveira (2004) propõe que a empresa tenha mais de 70% de ações ordinárias, enquanto que para as empresas listadas no Novo Mercado, por exemplo, obriga-se ter todas as ações do tipo ordinárias (BM&FBOVESPA, 2011). O IBGC (2009) e a CVM (2002) aconselham que o direito de voto deve ser assegurado a todos os sócios. Lameira e Ness Júnior (2011) pactuam com essa prática visto que entendem que cada ação vale o direito a um voto e confirmam através de seu estudo que empresas com estruturas de propriedade menos concentradas melhoram suas estruturas de controle. Outra prática sugerida tanto pela CVM (2002) como pelo IBGC (2009) é a criação de comitês de assessoramento tendo em vista o volume de atividades atribuído ao conselho de administração. Em se tratando de assuntos específicos, haveria uma demanda maior de tempo para discussões, consequentemente, implicando na necessidade de dispor de um órgão de apoio. Por exemplo, o comitê de recursos humanos, responsável pelos temas: sucessão, desenvolvimento de pessoas e remuneração (IBGC, 2009); o comitê de sustentabilidade aborda as temáticas: meio ambiente, sustentabilidade e responsabilidade corporativa (BUENO; SEO, 2009); e ainda o comitê de auditoria, que trata de controles internos e demonstrações financeiras (BERNARDES; GUARIENTE, 2008). Rossetti e Andrade (2011) entendem que a adesão às práticas não é uma blindagem de segurança para os riscos dos investimentos no mercado de capitais, mas é uma indicação da postura das companhias. Nesse sentido, pretende-se identificar no presente estudo os atributos referentes à inserção da empresa no mercado de capitais que influenciam as companhias a adotarem práticas de governança corporativa. Para tal, deve-se ponderar as seguintes considerações a respeito desses atributos. Sobre o tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais, observa-se que a necessidade de captação de recursos externos, a busca pelo fortalecimento e/ou pela melhoria da imagem institucional e a profissionalização da gestão são alguns dos motivos que levam as empresas a negociarem no mercado de capitais suas ações (CAVALCANTE FILHO; MISUMI, 2001; BOMFIM; SANTOS; PIMENTA JÚNIOR, 2007; SIRQUEIRA; KALATZIS; TOLEDO, 2007; BORTOLON; SILVA JÚNIOR, 2015). Os investidores exigirão uma postura por parte da empresa que lhes assegurem retorno do investimento feito. Nesse sentido, ao longo do tempo, a companhia tenderá a adotar controles que mitiguem os riscos dos investidores. 3

4 20º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE FORTALEZA CE Em relação ao valor de mercado, Zingales (1995) e Brigham e Ehrhardt (2006) afirmam que o principal incentivo para a abertura de capital é o aumento do valor de mercado das empresas que são negociadas em público, se consideradas com o valor das empresas de capital fechado, devido à pressão de preço dos possíveis adquirentes. O valor de mercado da empresa está atrelado ao julgamento que o mercado faz dos fluxos futuros de caixa decorrentes dos investimentos feitos pelas empresas (ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 1995, p. 168). Nessa perspectiva, as companhias com maior valor de mercado poderão adotar práticas de governança corporativa pela necessidade de melhorar tanto os meios e os métodos de supervisão de gestão quanto os de controle em razão das pressões dos investidores. Os investimentos estrangeiros permitem a internacionalização da companhia (SOUZA; COLLAZIOL, 2006) e, nesse contexto, deve-se considerar que esse fato pode favorecer a adesão às práticas de governança corporativa pelas empresas brasileiras tendo em vista a postura desses investidores, que estão cada vez mais exigentes e conscientes de seus direitos (BORSATO; PIMENTA; LEMES, 2011). Ou seja, a internacionalização da empresa através da captação de investimentos estrangeiros poderá demandar a adoção de um modelo de gestão em busca oferecer mais segurança ao investidor. Por fim, o atributo referente à inserção da empresa no mercado de capitais que, nesse caso, refere-se ao mercado externo. Pressupõe-se, portanto, que a adesão ao mercado externo por meio da listagem de suas ações em bolsas de valores estrangeiras, principalmente na New York Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova Iorque), sob a forma de American Depositary Reciepts (ADRs), seja um atributo incentivador à adoção das práticas de governança corporativa (SILVA, 2004; BORSATO; PIMENTA; LEMES, 2011). A partir da análise da relação entre esses atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais e a adoção das práticas de governança corporativa será possível compreender melhor os possível fatores que podem influenciar a mudança de postura das companhias em razão das pressões que existem inerentes à abertura de capital. 3. METODOLOGIA A partir do objetivo principal estabelecido nesta pesquisa, que consiste em identificar os atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais que influenciam a adoção das práticas de governança corporativa das companhias listadas na BM&FBovespa, realizou-se um estudo descritivo, o qual consiste em avaliar e relatar as características de um determinado problema ou questão, estabelecendo-se relações entre as variáveis em foco (SAMPIERE; COLLADO; LUCIO, 2006). Quanto à abordagem da pesquisa, destaca-se a sua natureza predominantemente quantitativa, já que os dados coletados são submetidos à análise estatística (ROESCH, 2005). No que se refere aos meios, a pesquisa é documental visto que usa documentos não editados como, por exemplo, relatórios e estudos. Nesse caso, utiliza-se o Formulário de Referência e as Notas Explicativas às demonstrações contábeis. Quanto aos dados, são secundários visto que já foram coletados e se encontram organizados em arquivos, banco de dados, entre outros (MARTINS; THEÓPHILO, 2007). A população desta pesquisa compreende as companhias não financeiras listadas na BM&FBovespa, em dezembro de 2013, que reúne 365 empresas, distribuídas em nove setores de atividade. Considerando a classificação da BM&FBovespa, as empresas do setor Financeiro e Outros não compõem a população desse estudo e foram excluídas por apresentarem particularidades que muito as diferenciam das demais companhias. Em uma linha de pensamento semelhante à citada quanto às instituições financeiras, as Holdings, cuja atividade compreende adquirir e manter ações de outra entidade com o objetivo de controlá-las, sem praticar, portanto, atividade comercial ou industrial (LODI; LODI, 2011), foram excluídas da população. Para identificá-las, foram analisados os Formulários de Referência 2013 das empresas, especificamente nos itens dados cadastrais (tipo de registro espécie de controle acionário), 7.1 e 8.1, em que a companhia que indicasse ser uma Holding ou informasse que desenvolve especificamente a atividade de gerenciar outras empresas foi excluída. 4

5 Dessa maneira, evidencia-se na Tabela 1 a quantidade de empresas que compõe a amostra final da pesquisa. TABELA 1 AMOSTRA DA PESQUISA Discriminação Quantidade de empresas População 365 (-) Holdings (135) (-) Em recuperação judicial ou equivalente (07) (-) Formulário de Referência não disponível (12) (-) Não evidenciaram todas as variáveis (57) = Amostra 154 Fonte: Dados da pesquisa (2015) De acordo com a Tabela 1, foram excluídas da população 135 empresas identificadas como Holdings; sete que no período da coleta de dados não disponibilizaram o Formulário de Referência 2013; 12 que estavam em recuperação judicial ou em liquidação extrajudicial ou com as atividades paralisadas; e 57 que não dispunham de todas as variáveis estabelecidas para proceder com a análise. Assim, após essas exclusões, a amostra do estudo totalizou 154 empresas. Para a consecução do objetivo principal, adotam-se como atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais as seguintes variáveis: idade (tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais), tamanho (valor de mercado da empresa), internacionalização (investimentos estrangeiros na empresa) e diversificação (inserção da companhia no mercado externo). Para tanto, os dados foram coletados nos Formulários de Referência 2013 das empresas, nas Notas Explicativas às demonstrações contábeis encerradas em 31/12/2012, ambos disponibilizados no website da BM&FBovespa durante o período de janeiro e fevereiro de 2014, e na base de dados Economática, em dezembro de O Quadro 1 apresenta as proxies, a respectiva fonte de dados e a operacionalização utilizadas na pesquisa. QUADRO 1 VARIÁVEIS, PROXIES, OPERACIONALIZAÇÃO, FONTE DE DADOS E BASE TEÓRICA Variável Proxy Operacionalização Fonte de dados Base teórica Idade Ano em que a empresa foi registrada na CVM (IDA) Diferença entre o anobase (2012) e o ano que a empresa foi registrada na CVM Formulário de Referência 2013 Item Dados cadastrais Dados gerais Data de Registro na CVM Almeida et al. (2010) e Assunção et al. (2012) Tamanho Valor de mercado da empresa (VM) Valor de mercado da empresa, em milhares de reais, em 31/12/2012 Economática Boone et al. (2007) e Linck, Netter e Yang (2008) Diversificação Ações em bolsa estrangeira (ESTR) Quantidade de bolsas estrangeiras em que são negociadas ações das empresas Formulário de Referência 2013 Item 18.7 e Dados Cadastrais Países Estrangeiros Hassel et al. (2003), Barcellos (2010) e Santos, Vasconcelos e De Luca (2013) Internacionalização Capital social estrangeiro (CAP) Percentual de ações detidas por estrangeiros Formulário de Referencia 2013 Item 15.1 Hassel et al. (2003), Barcellos (2010) e Santos, Vasconcelos e De Luca (2013) Fonte: Elaborado pelos autores (2015). Observa-se a partir do Quadro 1 a operacionalização das variáveis utilizadas: 1) idade: medida pela quantidade de anos que a empresa está registrada na CVM; 2) tamanho: mensurado pelo valor de mercado da empresa; 3) diversificação: calculada pela quantidade de bolsas de valores estrangeiras em que são negociadas ações da empresa; e 4) internacionalização: calculada pela participação estrangeira no capital social da empresa. 5

6 20º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE FORTALEZA CE Para atender ao objetivo principal, foi construído um check-list com 16 práticas de Governança Corporativa cujo intuito é determinar o Índice de Governança Corporativa (IGC). Foram utilizados os estudos de Silveira (2004), Silva e Leal (2005) e Lameira e Ness Júnior (2011), além das recomendações propostas pela Cartilha de Recomendações da CVM sobre governança corporativa (CVM, 2002) e pelo Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2009). Os dados foram coletados no Formulário de Referência (FR) 2013 disponível no website da BM&FBovespa e nos websites da empresa e da BM&FBovespa, no período de fevereiro a maio de O Quadro 2 apresenta as práticas de governança corporativa utilizadas para a elaboração do IGC das empresas da amostra, a fonte de dados e a fundamentação teórica. QUADRO 2 PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA, FONTE DE DADOS E BASE TEÓRICA Práticas de Governança Corporativa Fonte de Dados Base Teórica A empresa disponibiliza o Relatório Anual de anos anteriores em seu site. A empresa disponibiliza seu Código de ética e/ou de Conduta em seu site. A empresa disponibiliza uma área específica sobre Governança Corporativa em seu site. A empresa evidencia Projeções operacionais e/ou econômicofinanceiras. Website da empresa Silveira (2004) e IBGC (2009) Website da empresa IBGC (2009) Website da empresa Silveira (2004) Item 11.1 do FR Silveira (2004) A empresa possui apenas ações ordinárias. O percentual de ações com direito a voto dos controladores é menor ou igual à sua participação no capital total da empresa. Itens 15.1/2 e 15.3 do FR Item 15.1/2 do FR Silveira (2004), IBGC (2009) e Lameira e Ness Júnior (2011) Silveira (2004) e Lameira e Ness Júnior (2011) A empresa oferece 100% de Tag-along para todos os sócios. Website da BM&FBovespa CVM (2002), Silveira (2004), IBGC (2009) e Lameira e Ness Júnior (2011) Os cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO são ocupados por pessoas diferentes. Item 12.6/8 do FR CVM (2002), Silveira (2004), Silva e Leal (2005), IBGC (2009) e Lameira e Ness Júnior (2011) O Conselho de Administração é composto por 5 (cinco) a 11 (onze) membros. Itens 12.1 e 12.6/8 do FR CVM (2002), Silveira (2004), Silva e Leal (2005), IBGC (2009) e Lameira e Ness Júnior (2011) O Conselho de Administração é composto de pelo menos 50% de conselheiros independentes. Item 12.6/8 do FR Silveira (2004), Silva e Leal (2005), IBGC (2009) e Lameira e Ness Júnior (2011) O mandato do Conselho de Administração não é superior a 2 (dois) anos e é unificado. Itens 12.1 e 12.6/8 do FR CVM (2002), Silveira (2004), Silva e Leal (2005) e IBGC (2009) A empresa possui mecanismos de avaliação de desempenho do Conselho de Administração. Item 12.1 do FR IBGC (2009) A empresa possui Comitê de Auditoria. Item 12.7 do FR CVM (2002) e IBGC (2009) A empresa possui outros comitês de assessoramento, que não compreenda o de Auditoria. O Conselho Fiscal da empresa é permanente. Item 12.7 do FR Item 12.1 do FR CVM (2002), IBGC (2009) e Lameira e Ness Júnior (2011) CVM (2002), Silva e Leal (2005), IBGC (2009) e Lameira e Ness Júnior (2011) A empresa apresenta a política de remuneração dos executivos. Item 13.1 do FR Silveira (2004) e IBGC (2009) Fonte: Elaborado pelos autores, com base na literatura. 6

7 Assim, para cada empresa da amostra foram avaliados os 16 itens elencados no Quadro 2. Atribuiu-se o valor 1 quando o item foi identificado como prática da empresa nos documentos analisados, e o valor 0 no caso contrário, podendo cada empresa atingir no máximo 16 pontos. O IGC de cada empresa foi obtido calculando-se a razão entre a sua pontuação alcançada e a pontuação máxima possível (16). A Regressão Linear Múltipla foi aplicada pelo método dos mínimos quadrados ordinários (MQO), cujo objetivo é obter a menor soma de quadrado dos resíduos (SQR), ou seja, o menor erro possível (CUNHA; COELHO, 2009). Logo, por meio da Regressão Linear Múltipla, a pesquisa investiga a relação entre a variável dependente Índice de Governança Corporativa e as variáveis independentes, representadas pelos atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais. Destaca-se que foram tratados e analisados os seguintes pressupostos para a análise da regressão: normalidade dos resíduos, homocedascidade dos resíduos, linearidade dos coeficientes, ausência de autocorrelação serial nos resíduos e multicolineariedade entre as variáveis independentes (CUNHA; COELHO, 2009). Nesse sentido, para identificar os atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais que influenciam o índice de governança corporativa, foi utilizada a Regressão Linear Múltipla para medir a força da associação entre as variáveis relacionadas à atributos representativos da inserção das empresas no mercado de capitais e ao Índice de Governança Corporativa (equação 1). IGC = α + β 1 IDA + β 2 TAM + β 3 DIV + β 4 INT + ε (equação 1) Em que: IGC: Índice de Governança Corporativa; IDA: Idade da empresa; TAM: Tamanho da empresa; DIV: Diversificação da empresa; INT: Internacionalização da empresa; α: Constante; β: Coeficiente do modelo; e ε: Erro do modelo. Para complementar a análise do objetivo principal, a Regressão Logística foi adotada tendo em vista que essa técnica busca explicar ou predizer valores de uma variável em função de valores conhecidos de outras variáveis e que se diferencia dos demais modelos de regressão em razão da variável dependente ser dicotômica (DIAS FILHO; CORRAR, 2012, p. 283). Utilizou-se os seguintes modelos (equações 2, 3 e 4) para análise individual das seguintes práticas de governança: (a) Os cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO são ocupados por pessoas diferentes; (b) A empresa possui apenas ações ordinárias; e (c) A empresa possui outros comitês de assessoramento que não compreenda o de auditoria. logit(pcaceo)= α+ β₁ IDA+ β₂ TAM+ β₃ DIV+ β₄ INT+ ε (equação 2) logit(aord)= α+ β₁ IDA+ β₂ TAM+ β₃ DIV+ β₄ INT+ ε (equação 3) logit(asses)= α+ β₁ IDA+ β₂ TAM+ β₃ DIV+ β₄ INT+ ε (equação 4) Em que: PCACEO: Os cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO são ocupados por pessoas diferentes; AORD: A empresa possui apenas ações ordinárias; ASSES: A empresa possui outros comitês de assessoramento; IDA: Quantidade de anos que a empresa está registrada na CVM; TAM: Valor de Mercado da empresa; DIV: Quantidade de bolsas estrangeiras em que são negociadas ações das empresas; INT: Percentual de ações detidas por estrangeiros; α: Constante; β: Coeficiente do modelo; e ε: Erro do modelo. Destaca-se, portanto, a robustez das estatísticas aplicadas no presente estudo, para investigar empiricamente a relação entre as temáticas. Os dados foram tabulados em uma planilha do software Microsoft Excel, sendo posteriormente tratados utilizando-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS ). 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 4.1 Regressão Linear Múltipla Para identificar os atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais que influenciam a adoção das práticas de governança corporativa das companhias listadas na BM&FBovespa foi empregada a Regressão Linear Múltipla. O objetivo dessa técnica estatística é analisar a relação existente entre uma única variável dependente e variáveis independentes (CUNHA; COELHO, 2009). 7

8 20º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE FORTALEZA CE Dessa maneira, a partir do IGC (variável dependente) e das variáveis independentes idade (tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais), tamanho (valor de mercado da empresa), internacionalização (investimentos estrangeiros na empresa) e diversificação (inserção da companhia no mercado externo) procedeu-se com a Regressão Linear Múltipla. Inicialmente, faz-se necessário avaliar o cumprimento dos pressupostos para proceder com a análise de regressão, pois caso não sejam seguidos, o resultado da análise poderá ser prejudicado. Todos os pressupostos foram atendidos, consequentemente, o modelo de Regressão Linear Múltipla está validado. Logo, para identificar as variáveis que influenciam a governança corporativa, apresenta-se o resultado da Regressão Linear Múltipla na Tabela 2. TABELA 2 RESULTADO DO MODELO DE REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA Modelo B Atributos representativos da inserção das empresas no mercado de capitais Coeficientes não padronizados Erro padrão Beta Coeficientes padronizados t Sig. (Constante) 0,539 0,024 22,571 0,000 TAM 7,45E-10 0,000 0,072 0,830 0,408 IDA -0,005 0,001-0,439-6,338 0,000 DIV 0,105 0,035 0,259 3,022 0,003 INT 0,191 0,095 0,14 2,000 0,047 Fonte: Dados da pesquisa (2015). Os dados da Tabela 2 revelam que as variáveis independentes Idade, Diversificação e Internacionalização influenciam o IGC. Em contrapartida, não se pode afirmar o mesmo da variável Tamanho, pois a mesma não apresenta significância estatística. Deve-se ressaltar que, diferentemente das variáveis Diversificação e Internacionalização, a Idade apresenta sinal negativo, ou seja, a relação da Idade da empresa com as práticas de governança corporativa é inversa, isto é, a Idade influencia negativamente o IGC. Esse resultado é semelhante ao encontrado por Almeida et al. (2010), que investigaram empresas públicas brasileiras com capital aberto e constataram que a idade, representada pelo tempo em que a empresa está registrada na CVM, influencia negativamente a adoção às práticas de governança corporativa; e contrário ao de Lameira e Ness Júnior (2011), que verificaram que mais tempo com ações listadas em bolsa de valores é um fator determinante para o índice de governança corporativa. Em relação às variáveis Internacionalização e Diversificação, mensuradas nesta pesquisa, respectivamente, pelo percentual de ações detidas por estrangeiros e pela quantidade de bolsas estrangeiras em que são negociadas ações das empresas, estudos anteriores apontam que a internacionalização representada por um conjunto de proxies apresenta um efeito positivo sobre a qualidade da governança corporativa (BRANDÃO et al., 2014) assim como empresas dos níveis diferenciados de governança corporativa da BM&- FBovespa apresentam maior percentual de capital estrangeiro no seu capital social (MAIA; VASCONCELOS; DE LUCA, 2013). A variável Tamanho operacionalizada pelo valor de mercado não influencia o IGC contrariando os resultados de estudos empíricos anteriores (SILVEIRA; BARROS, 2008; SILVEIRA et al., 2009; ALMEIDA et al., 2010; LAMEIRA; NESS JÚNIOR, 2011; CUNHA; POLITELO, 2013). Ressalta-se que Klapper e Love (2002) entendem que há motivos para as empresas tanto maiores como menores adotarem as boas práticas de governança corporativa. Compreende-se, portanto, que (1) o fato da companhia estar a menos tempo registrada na Comissão de Valores Mobiliários faz com que a mesma adote mais controles para mitigar os riscos dos investidores, (2) a captação de investimentos estrangeiros influencia a companhia a adotar um modelo de gestão que ofereça mais segurança ao investidor e (3) a quantidade de bolsas de valores estrangeiras em que são negociadas ações da empresa, que reflete a inserção da empresa no mercado de capitais externo, gera efeito positivo na adoção das práticas de governança corporativa. 8

9 4.2 Regressão Logística Para complementar a análise dos dados, empregou-se a Regressão Logística considerada como uma regressão múltipla cuja variável dependente é dicotômica (FIELD, 2009). Para tanto, optou-se por investigar individualmente três práticas de governança corporativa utilizando-se o modelo logístico. Desse modo, foram analisadas como variável dependente as seguintes práticas: (a) Os cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO são ocupados por pessoas diferentes; (b) A empresa possui apenas ações ordinárias; e (c) A empresa possui outros comitês de assessoramento que não compreenda o de auditoria. A partir de cada uma dessas práticas (variáveis dependentes), analisadas individualmente, e das variáveis independentes idade (tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais), tamanho (valor de mercado da empresa), internacionalização (investimentos estrangeiros na empresa) e diversificação (inserção da companhia no mercado externo) aplicou-se a técnica estatística em três modelos de Regressão Logística. Assim, para identificar as variáveis que influenciam cada prática de governança corporativa, apresenta-se o resultado da Regressão Logística na Tabela 3. TABELA 3 RESULTADOS DOS TRÊS MODELOS DE REGRESSÃO LOGÍSTICA Os cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO são ocupados por pessoas diferentes B S.E. Wald df Sig. Exp(B) TAM 0,000 0,000 0, ,724 1,000 IDA -0,030 0,012 5, ,018 0,971 DIV 0,984 0,805 1, ,222 2,675 INT 0,016 0,018 0, ,364 1,017 Constante 1,889 0,403 22, ,000 6,615 R quadrado 36,8% A empresa possui apenas ações ordinárias TAM 0,000 0,000 0, ,861 1,000 IDA -0,075 0,013 30, ,000 0,928 DIV -0,347 0,52 0, ,504 0,706 INT 0,032 0,016 4, ,040 1,032 Constante 1,595 0,361 19,56 1 0,000 4,930 R quadrado 9,4% A empresa possui outros comitês de assessoramento que não compreenda o de auditoria TAM 0,000 0,000 7, ,007 1,000 IDA -0,057 0,014 17, ,000 0,944 DIV 1,928 0,828 5, ,020 6,873 INT -0,011 0,017 0, ,519 0,989 Constante 0,124 0,334 0, ,710 1,133 R quadrado 40,8% Fonte: Dados da pesquisa (2015). Observa-se, a partir dos dados da Regressão Logística da primeira prática analisada (os cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO são ocupados por pessoas diferentes), que as variáveis independentes Tamanho, Internacionalização e Diversificação não são significativas. Isto é, esses atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais (valor de mercado da empresa, percentual de ações detidas por estrangeiros e quantidade de bolsas estrangeiras em que são negociadas ações das empresas) não influenciam a adoção dessa prática. O poder explicativo do modelo mensurado pelo R quadrado Nagelkerke é de 36,8%. 9

10 20º CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE FORTALEZA CE O resultado da regressão revela ainda que a variável Idade é significativa e inversa, ou seja, a quantidade de anos que a empresa negocia suas ações na BM&FBovespa influencia a adoção da ocupação dos dois cargos não ser pela mesma pessoa embora verifique-se que a cada ano a chance das empresas de adotarem essa prática diminui em 3%. A segunda análise está relacionada à prática da empresa possuir apenas ações ordinárias. Os dados revelam que as variáveis Idade e Internacionalização apresentam significância estatística e as demais variáveis não (Tamanho e Diversificação). Já o poder explicativo desse modelo é de 9,4%. Dessa maneira, pode-se afirmar que tanto a quantidade de anos que a empresa negocia suas ações na BM&FBovespa como o percentual de ações detidas por estrangeiros influenciam a adoção dessa prática. Porém deve-se ressaltar que a Idade apresenta sinal negativo enquanto que a Internacionalização, positivo. Logo, a cada ano diminui em 7% a chance de as empresas adotarem essa prática e a cada 1% de ações detidas por estrangeiros a mais aumenta-se em 3% a probabilidade de ser adota essa prática. A última prática analisada individualmente por meio da Regressão Logística corresponde à de empresas que possuem outros comitês de assessoramento que não compreenda o de auditoria. Verificou-se que apenas a variável Internacionalização não apresentou significância enquanto que as variáveis Tamanho e Diversificação apresentaram relação significativa e positiva, com poder explicativo de 40,8%. Diante desses resultados, pode-se afirmar que o valor de mercado da empresa assim como a quantidade de bolsas estrangeiras em que são negociadas ações das empresas influenciam as empresas à criarem comitês para assessorar o Conselho de Administração. Considera-se que a cada bolsa de valores em que a companhia opere a mais há 500% de chance da empresa adotar essa prática. Assim como em todos os outros resultados apresentados, o tempo em que a empresa está registrada na CVM, que corresponde a variável Idade, apesar de apresentar sinal negativo, é significante. De maneira que empresas que estão a menos tempo no mercado de capitais adotam mais práticas de governança do que as se registraram a mais tempo. 5. CONCLUSÃO O presente artigo teve como objetivo principal identificar os atributos representativos da inserção da empresa no mercado de capitais que influenciam a adoção das práticas de governança corporativa das companhias listadas na BM&FBovespa. Para isso, utilizou-se a Regressão Linear Múltipla. A partir dos principais resultados, constatou-se que a governança corporativa sofre influência dos seguintes atributos: inserção da companhia no mercado externo, investimentos estrangeiros e tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais, sendo esta última uma relação inversa. Para complementar a análise inicial, procedeu-se com a Regressão Logística por meio de três modelos em que cada uma das três práticas de governança corporativa foi analisada individualmente. A partir dos resultados dessa análise, observou-se que em relação aos cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO serem ocupados por pessoas diferentes, somente o atributo tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais é significativa e inversa, ou seja, a quantidade de anos que a empresa negocia suas ações na BM&FBovespa influencia a adoção da ocupação dos dois cargos não ser pela mesma pessoa embora verifique-se que a cada ano a chance das empresas de adotarem essa prática diminui em 3%. Os demais atributos não influenciam a adoção dessa prática. Em relação à prática de a empresa possuir apenas ações ordinárias, os dados revelam que somente os atributos tempo de negociação das ações da empresa no mercado de capitais e investimento estrangeiro na empresa apresentam significância estatística sendo a primeira uma relação negativa. Já no que se refere a prática de possuir outros comitês de assessoramento que não compreenda o de auditoria, verificou-se que apenas o atributo investimento estrangeiro na empresa não apresentou significância. Ou seja, os outros atributos analisados influenciam a adoção dessa prática. Considera-se que em razão de existirem outros atributos que possam estar relacionados à inserção das empresas no mercado de capitais e de não terem sido explorados nessa investigação, entende-se que o estudo possui limitações. Dessa forma, sugere-se para futuras pesquisas ampliar as variáveis relacionadas aos atributos representativos e o período de análise, analisar empresas de outros países, verificar a inclusão de outras práticas de governança corporativa que não foram consideradas na presente investigação e considerar, para fins de comparação, empresas financeiras e holdings. 10

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