Mestrados em Ciências da Educação. Tecnologia e Pedagogia Construtivista
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- Gabriella Carolina Morais Beppler
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1 Faculdade de Ciências Sociais Departamento de Ciências da Educação Mestrados em Ciências da Educação Tecnologia e Pedagogia Construtivista Docente: Prof. Doutor Carlos Nogueira Fino cfino@uma.pt web page: Funchal, 2015
2 1. Objetivos de aprendizagem Entendendo que o público-alvo é constituído por professores, educadores sociais, gestores educacionais, outros profissionais interessados no aprofundamento de questões de educação, esta unidade curricular pretende que sejam capazes do seguinte: 1. Conhecer as principais linhas de incorporação de TIC na educação e seus inspiradores; 2. Problematizar a utilização de TIC como suporte para a criação de contextos de aprendizagem novos; 3. Aprofundar a importância do construtivismo / construcionismo como fundamentos de um projeto de intervenção pedagógica; 4. Reconhecer à interação social um papel essencial na aquisição, construção e partilha do conhecimento; 5. Compreender a importância da aprendizagem colaborativa e das comunidades de aprendizagem em que os aprendizes são os protagonistas; 6. Entender a função do professor/tutor como organizador dos contextos da aprendizagem, dinamizador da atividade e agente metacognitivo. 2. Conteúdos programáticos No seu conjunto, os conteúdos programáticos visam dotar os alunos de instrumentos conceptuais que os habilitem a compreender a orientação paradigmática da escola da modernidade, as razões da sua obsolescência e a importância das TIC como elementos com potencial para mudarem os ambientes de aprendizagem, formais e não formais, na medida em que ajudam a redefinir a relação entre os aprendizes e os objetos do conhecimento. Visam, também, explicitar as principais tendências da utilização de TIC na educação, e respetiva fundamentação em teorias sobre a aprendizagem. Finalmente, visam agrupar de forma coerente o conjunto de elementos, tangíveis e conceptuais com os quais seria possível a emergência de um novo paradigma educacional. São os seguintes: Paradigma fabril e invariante cultural; Deslocalização da informação, autonomia do aprendiz e currículo; Inovação como busca de um novo paradigma educacional; Incorporação de tecnologia, disrupção e mudança; Tecnologia e instrucionismo (Pressey, Skinner e a instrução programada como precursores); Principais tendências da utilização de TIC na educação: Ensino-assistido-por-computador, e-learning e derivados (inspirados na instrução programada); Tools-to-think-with (Papert) ou ferramentas da mente (Jonassen); Inventário de elementos existentes para a construção de um novo paradigma educacional: Tecnologia e os seus ambientes virtuais emergentes; Construtivismo; Teoria histórico-cultural da atividade (Vygotsky e continuadores); Construcionismo, ligando a tecnologia e os construtivismos; Sistemas de aprendizagem colaborativa. 3. Metodologias de ensino/aprendizagem
3 A unidade curricular requer vasta reconceptualização dos contributos que, habitualmente, fundamentam a ação pedagógica. Também requer o esclarecimento pormenorizado do contributo de alguns autores, como Vygotsky, por exemplo, cuja entrada no universo da formação dos professores é mais recente. Por outro lado, coloca a questão da incorporação de tecnologia como elemento central da discussão, sendo necessário inventariar as principais implicações dessa incorporação, incluindo as falsas expectativas, alguns becos sem saída e os caminhos que há que desbravar para que a tecnologia possa ser um utensílio de inovação pedagógica. Espera-se dos formandos autonomia e participação, nomeadamente ajudando a preencher o complexo puzzle teórico da disciplina. E, discutindo-se a utilização de TIC na educação, recorre-se com frequência a elas como suporte. A avaliação incide na redação de um trabalho individual escrito com o formato de um artigo científico, cujo tema será indicado no final das aulas, com um mínimo de e um máximo de palavras, excluindo capa, resumos, sumário e referências bibliográficas, a ser submetido por em documento editável do Microsoft Word. Requisitos necessários para uma avaliação positiva: 1. Correção ortográfica e sintática; 2. Aprofundamento teórico demonstrativo de leitura de textos originais; 3. Tomada de posição crítica fundamentada; 4. Estilo académico de artigo formal. 4. Bibliografia essencial Aukrust, V. G. (2011). Learning and Cognition in Education. Oxford: Elsevier. Gee, J. P. (2004). Situated Language and Learning - A critique of traditional schooling. New York and London: Routledge. Christensen, C., Horn, M. & Johnson, C. (2011). Disrupting Class - How Disruptive Innovation Will Change the Way the World Learns. New York: McGraw-Hill. Fino, C. N. (2000). Novas tecnologias, cognição e cultura: um estudo no primeiro ciclo do ensino básico (tese de Doutoramento). Lisboa: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (disponível em ou em Jonassen, D., Carr, C. & Yueh, H. (1998). Computers as Mindtools for Engaging Learners in Critical Thinking. TechTrends, vol 43, n. 2 p Kincheloe, J. (2006). Construtivismo Crítico. Mangualde: Edições Pedago. McDermott R., Snyder W. M. & Wenger E. (2002). Cultivating Communities of Practice. Boston: Harvard Business School Press. Papert S. (1985). Logo: computadores e educação. S. Paulo: Editora Brasiliense. Papert, S. (1993). The children s machine: Rethinking schools in the age of computer. New York: Basic Books. Toffler, A. (s/d). O choque do futuro. Lisboa: Livros do Brasil. Vygotsky L. S. (1978). Mind in Society. Cambridge MA: Harvard University Press. 5. Bibliografia geral (em construção)
4 Ackermann, E. (1990). From Descontextualized to Situated Knowledge: revising Piaget s waterlevel experiment. Epistemology and Learning Group Memo Nº 5. Cambridge: Massachusetts Institute of Technology. Aukrust, V. G. (2011). Learning and Cognition in Education. Oxford: Elsevier. Barton, D. P. & Tusting, Karin (2005). Beyond communities of practice: language, power and social context. Cambridge: Cambridge University Press. Bialo, E. e Sivin-Kachala, J. (2000) Research Report on the Effectiveness of Technology in Schools. Washington: SIIA. Brown, J. S. e Duguid. P. (1991). Organizational learning and communities-of-practice: Toward a unified view of working, learning, and innovation. (acedido a 10/04/2013). Cole, M. (1985). The zone of proximal development: where culture and cognition create each other. In James V. Wertsch (Ed.), Culture, communication and cognition: Vygotskian perspectives (pp ). Cambridge MA: Cambridge University Press. Cole, M., Gay, J., Glick, J. e Sharp, D. (1971). The cultural context of learning and thinking: An exploration in experimental anthropology. New York: Basic Books. Dillenbourg, P., Baker, M., Blaye, A. e O'Malley, C. (1996). The Evolution in Research on Collaborative Learning. In Peter Reimann e Hans Spada (Ed.), Learning in Humans and Machines: Towards an Interdisciplinary Learning Science (pp ). New York: Elsevier. Fino C. N. (1998). Um software educativo que suporte uma construção de conhecimento em interacção (com pares e professor). In Actas do 3º Simpósio de Investigação e Desenvolvimento de Software Educativo. Évora: Universidade de Évora.. Fino C. N. (2001). Escola da Pena: o emergir de uma cultura nova, in Albano Estrela e Júlia Ferreira (Editores), Tecnologias em Educação, estudos e investigações, Actas do ao X Colóquio Internacional da AFIRSE/APELF (pp ). Lisboa: Universidade de Lisboa. Fino C. N. (2001). Um novo paradigma (para a escola): precisa-se. In FORUMa Jornal do Grupo de Estudos Clássicos da Universidade da Madeira, 1, 2. Funchal: Universidade da Madeira. Fino, C. N. (2001). Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): três implicações pedagógicas. Revista Portuguesa de Educação, vol 14, nº 2, pp Fino, C. N. (2003). Walls to be demolished: Moving from a closed teaching factory towards an open learning place. Proceedings of the 28th ATEE Annual Conference (publicação em CD- Rom). Malta: Malta University. Fino, C. N. (2008). Inovação Pedagógica: Significado e Campo (de investigação). In Alice Mendonça & António V. Bento (Org). Educação em Tempo de Mudança. Funchal : Grafimadeira, pp Fino, C. N. (2008). A etnografia enquanto método: um modo de entender as culturas (escolares) locais. In Christine Escallier e Nelson Veríssimo (Org.) Educação e Cultura. Funchal: DCE Universidade da Madeira, pp Fino, C. N. (2008). E-learning como imprecisão linguística: uma visão prospectiva. In In J. M. SOUSA (Org.). Educação para o sucesso: Políticas e actores. Actas do IX Congresso da SPCE. (pp ). Porto: SPCE e LivPsic. Fino, C. N. (2009). Inovação e invariante (cultural). In In Liliana Rodrigues & Paulo Brazão (Org.). Políticas educativas: discursos e práticas. Funchal : Grafimadeira, pp
5 Fino, C. N. (2011). Demolir os muros da fábrica de ensinar. Humanae, v.1, n.4, p.45-54, Ago Fino, C. N. (2011). Investigação e inovação (em educação). In Fino, C. N. & Sousa, J. M. (2011). Pesquisar para mudar (a educação). Funchal: Universidade da Madeira - CIE-UMa, pp Fino, C. N. (2011). Inovação Pedagógica, Etnografia, Distanciação. In Fino, C. N. (2011). Etnografia da Educação. Funchal: Universidade da Madeira - CIE-UMa, pp Fino, C. N. & Sousa, J. (2005). As TIC redesenhando as fronteiras do currículo in Revista Educação & Cultura Contemporânea, 3(2), º Semestre Rio de Janeiro: Universidade Estácio de Sá. Gatto, J. T. (2009). Weapons of Mass Instructidn - A Schoolteacher s Journey Through the Dark World of Compulsory Schooling. Gabriola Island: New Society Publishers. Gee, J. P. (2004). Situated Language and Learning - A critique of traditional schooling. New York and London: Routledge. Gimeno Sacristán, J. (1985). La pedagogia por objetivos: obsesión por la eficiencia. Madrid: Morata. Kincheloe, J. (2006). Construtivismo Crítico. Mangualde: Edições Pedago, S.A.. Kuhn, T. S. (1962). The Structure of Scientific Revolutions. Chicago: University of Chicago Press. Lave, J. (1988). Cognition in Practice. Cambridge MA: Cambridge University Press. Lave, J. (1993). The practice of learning. In Seth Chaiklin and Jean Lave (Ed.), Understanding practice: Perspectives on activity and context (pp. 3-32). Cambridge MA: Cambridge University Press. Lave, J. e Wenger, E. (1991). Situated learning: Legitimate peripheral participation. Cambridge USA: Cambridge University Press. McDermott R., Snyder W. M. & Wenger E. (2002). Cultivating Communities of Practice. Boston: Harvard Business School Press. Moll, L. C. (Ed.) (1990). Vygotsky in education. New York: Cambridge University Press. Moll, L. e Whitmore, K. (1993). Vygotsky in Classroom Practice: Moving from Individual Transmission to Social Transaction. In Forman Ellice, Minick Norris e C. Addison Stone (Ed.), Contexts for Learning (pp ). New York: Oxford University Press. Papert S. (1985). Logo: computadores e educação. S. Paulo: Editora Brasiliense. Papert, S. (1986). Constructionism: A New Opportunity for Science Education - A Proposal to the National Science Foundation. Cambridge - Massachussets: MIT Media Laboratory. Papert, S. (1990). Introduction. In Idit Harel (Ed.), Constructionist Learning. Cambridge, MA: MIT Media Laboratory. Papert, S. (1991). Situating Constructionism. In I. Harel e S. Papert (Ed.), Constructionism (pp. 1-12). Norwood, NJ: Ablex Publishing. Papert, S. (1993). The cildren s machine: Rethinking schools in the age of computer. New York: Basic Books. Papert S. (1997). A família em rede. Lisboa: Relógio d Água, Editores. Roberts T. S. (2003), Online Collaborative Learning: Theory and Practice. Hershey: Information Science Publishing.
6 Sousa, J. M. & Fino, C. N. (2008). As TIC abrindo caminho a um novo paradigma educacional, in Revista Educação & Cultura Contemporânea, 5(10), Toffler, A. (s/d). O choque do futuro. Lisboa: Livros do Brasil. Toffler, A. (1984). A terceira vaga. Lisboa: Livros do Brasil. Turkle, S. (1989). O Segundo Eu - Os computadores e o espírito humano. Lisboa: Editorial Presença. Turkle, S. (1997). A vida no ecrã. Lisboa: Relógio d Água, Editores. Valsiner, J. (1988). Developmental Psychology in the Soviet Union. Sussex UK: Harvester Press. Veer, R. e Valsiner, J. (1991). Understanding Vygotsky - A Quest for Synthesis. Cambridge MA: Blackwell. Veer, R. e Valsiner, J. (1994). The Vygotsky Reader. Oxford: Blackwell. Vygotsky L. S. (1978). Mind in Society - The Development of Higher Psychological Processes. Cambridge MA: Harvard University Press. Vigotski L. S. (1999). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. S. Paulo: Martins Fontes. (Nota: Todos os textos de Fino, C. N. estão disponíveis em formato PDF, em
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