Infraestrutura Latino Americana: Portos, Estradas e Ferrovias. São Paulo, 17 de Outubro de Pedro Moreira Presidente da ABRALOG
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- Irene Damásio Bentes
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2 Infraestrutura Latino Americana: Portos, Estradas e Ferrovias São Paulo, 17 de Outubro de Pedro Moreira Presidente da ABRALOG
3 Agenda 1. Sinopse da Infraestrutura de Transporte no Brasil 2. Infraestrutura, Custo Logístico e a Eficiência da Cadeia Produtiva 3. Rodovias, Portos e Ferrovias 4. Multimodalidade 5. Planos e Programas Governamentais 6. Integração Sul Americana
4 Infraestrutura de Transportes - Diagnóstico Desequilíbrio da matriz de transportes Deterioração da infraestrutura Deficiência na regulação do setor Déficit nos investimentos Demora no processo de licenciamento ambiental
5 Infraestrutura de Transporte e Modais Area (million km²) Fonte: World FactBook e World Bank Road (Paved) (1.000 km) Rail (1.000 km) Pipeline (1.000 km) Waterway (1.000 km) BRAZIL 8, CHINA 9, INDIA 3, RUSSIA 17, USA 9, CANADA 9, ,6 5
6 Brasil investe pouco em infraestrutura %PIB Investimentos do Ministério dos Transportes / PIB (%) Fonte: PNLT Plano Nacional de Logística e Transporte 2011 Ano Em 1975 os investimentos brasileiros em infraestrutura logística foram de cerca de 1.8% do PIB; Entre 1990 e 2004 se estabilizou em torno de 0.2%, num momento em que, em virtude do brutal crescimento da concorrência internacional, o país mais necessitava de infraestrutura logística adequada. A partir de 2004, os investimentos voltaram a crescer, atingindo em 2011 cerca de 0.65% do PIB. Investimento em Infraestrutura (média ): China: 7.3% Índia: 5.6%
7 Posicionamento A competitividade logística do Brasil segue estagnada: Brasil no ranking do Banco Mundial: Desempenho logístico Infraestrutura
8 A qualidade da infraestrutura e o investimento produtivo A má qualidade da infraestrutura nacional vem afetando o crescimento e o perfil da indústria e, sobretudo, a competitividade da economia: aumenta custos e incertezas; reduz a taxa de retorno dos investimentos produtivos; A Indústria necessita de sistemas integrados de transportes e sistemas logísticos eficazes;
9 Logística - Carga Extra 1.0% do faturamento das empresas industriais é gasto devido à deficiente infraestrutura logística do país; Essa carga extra para a cadeia produtiva na forma de custos com logística é da ordem de R$17.1 bilhões anuais, sendo: R$10.2 bilhões referentes a custos com transporte, R$6.2 bilhões a custos com manutenção de frota, R$675 milhões a armazenamento de mercadorias devido a atrasos e esperas. Fonte: FIESP/DECOMTEC 2012
10 Infraestrutura: o efeito dominó entre os elos da cadeia de suprimento Infraestrutura deficiente gera ciclos longos os quais estimulam maiores custos com transportes e estoques para evitar desabastecimento no ponto de venda ou nos fluxos de exportação; Custo Logístico Brasileiro: 12.8% do PIB Estados Unidos: 8.2% do PIB; Europa: próximo de 9% do PIB. Fonte: Ilos 10
11 Expectativas do Mercado 1. Incremento do nível do serviço de transporte rodoviário; 2. Expansão da malha ferroviária, deteriorada durante o período de monopólio público; 3. Acessibilidade aos Portos, aumento da capacidade e da eficiência dos terminais portuários; 4. Consolidação do modelo multimodal de transportes, principalmente em áreas mais remotas (Norte e Centro-Oeste); 5. Expansão do sistema de armazenamento, inclusive para fins de regulação de estoque; 6. Expansão das atividades Hidroviárias; 7. Expansão das atividades Dutoviárias, para o álcool, principalmente; 8. Equilíbrio quando da avaliação dos impactos ambientais decorrentes de intervenções logísticas.
12 Rodovias 65.6% da matriz de transportes; Longas distancias sendo vencidas pelo transporte rodoviário: Produto Origem Destino Distância (km) Soja Campo Novo (RS) Porto Velho (RO) Milho Nova Mutum (MT) Maraú (RS) Açúcar Barra do Bugres (MT) Santos (SP) Arroz Bagé (RS) Ilhéus (BA) Carne Itaporã (MS) Recife (PE) Algodão Diamantino (MT) Natal (RN) Fertilizante Paranaguá (PR) Nova Olímpia (MT) Fonte: Ilos e Polícia Rodoviária Federal
13 Rodovias Malha rodoviária tem 1.6 milhão de km de extensão apenas 13% pavimentados; 60% estão em mau estado; Principais Problemas: Déficit de capacidade da malha em regiões desenvolvidas; Inadequação de cobertura nas regiões em desenvolvimento; Níveis insuficientes de conservação e recuperação gerando asfalto de má qualidade; Excesso de peso nos caminhões; Fonte: Ilos e Polícia Rodoviária Federal
14 Condições das Rodovias Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias 2011 ( km)
15 Rodovias Brasil tem 2.5 milhões de caminhoneiros: 700 mil pegam a estrada levando mais de 40 toneladas; Levam 6% do PIB do país; 2 em cada 3 mortes em rodovias federais envolvem veículo de carga (imprudência e fadiga); Usam rebite e anfetaminas para aguentar o tempo de viagem (pressão da entrega); Lei de abril de 2012: Profissionalização do setor. Fonte: Ilos e Polícia Rodoviária Federal
16 Portos Lei 8.630/93 Modernização dos Portos: Objetivo de baixar custos, aumentar a produtividade nos portos e retomar o crescimento econômico; Notória a evolução do setor portuário nesses quase 20 anos; Mas é preciso atentar para um novo ciclo de ajustes de modo a evitar estrangulamentos nos fluxos e ineficiências na cadeia produtiva.
17 Portos Crescimento de 5,8% ao ano Movimentação Total de Cargas nos Portos Brasileiros (milhões de toneladas) 571 Crescimento Total no Período 75% Fonte: Antaq.
18 Portos Quase 5 mil carretas circulam diariamente em Santos. Não são raros episódios de filas quilométricas ultrapassando as imediações do porto e chegando até a Via Anchieta; No porto de Paranaguá (PR), durante o escoamento da safra de grãos, o tempo médio de espera para atracação dos navios é de oito a dez dias. No pico da safra, chega-se a verificar períodos de até 25 dias.
19 Portos: Oportunidades Gestão Modelo gerencial da Administração Portuária desatualizada; As administrações das Cias. Docas não são profissionalizadas, com raras exceções. Procedimentos Alfandegários e Burocracia O tempo médio para desembaraço no Brasil é de 5.5 dias, mais que o dobro da média mundial Acessibilidade Restrições ao acesso terrestre (rodo e ferroviário); Dificuldade de expansão A oferta de espaço nos portos não tem acompanhado o forte e contínuo aumento das cargas; Deficiências de retro área e berços;
20 2012: 15 anos de concessões das Ferrovias no Brasil Malhas ferroviárias concedidas à iniciativa privada = k Em operação = km Subutilizados ou sem tráfego de cargas = km (*) Nota: (*) Deliberação nº 124/ANTT/2011. Transnordestina Logística EFVM - Estrada de Ferro Vitória a Minas EFC - Estrada de Ferro Carajás FCA - Ferrovia Centro - Atlântica ALL - América Latina Logística Malha Paulista ALL - América Latina Logística Malha Norte ALL - América Latina Logística Malha Oeste ALL - América Latina Logística Malha Sul FTC - Ferrovia Tereza Cristina MRS Logística Tramo Norte da Ferrovia Norte Sul Processo de Desestatização: 1996 a Malhas concedidas à iniciativa privada
21 Resultados das Concessões das Ferrovias...R$ 30,3 bilhões de investimentos na malha existente, somando o realizado entre 1997 e 2012, sem contar os investimentos na construção para expansão da malha Investimentos nas Malhas Existentes concedidas à Iniciativa Privada (R$ Milhões) Total União R$ 1,39 bilhão Notas: 1) O ano de 1997 contém os investimentos de 1996; 2) Outros valores são correntes Fontes: Ministério dos Transportes, DNIT e Associadas ANTF º Sem Total Concessionárias R$ 30,33 bilhões 1º Semestre 2012 Total Concessionárias R$ 1,748 bilhões Crescimento de 11,2% frente ao realizado no 1º Sem Atingiu 33 % do previsto para Investimentos da União Investimentos das concessionárias Projeção de Investimentos das concessionárias para 2012
22 Resultados das Concessões das Ferrovias A evolução da frota de material rodante das malhas concedidas cresceu 131,2% no período de 1997 a 2011, além da qualidade e nova tecnologia adquiridas pelas Concessionárias locomotivas locomotivas vagões vagões Fonte: ANTT e Associadas ANTF Projeção de aquisição de material rodante (2012 a 2020): Locomotivas = unidades Vagões = unidades Trilhos = 1,5 milhão de toneladas Idade média da Frota de Vagões: 1990 = 42 anos 2010 = 25 anos Projeção 2020 = 18 anos Obs.: A vida útil dos vagões é de 30 a 35 anos.
23 Ferrovias Extensão e cobertura insuficiente da malha no território nacional; Quantidade excessiva de passagens em nível; Falta de contornos em áreas urbanas; Invasões de faixa de domínio; Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) são necessárias 141 obras de infraestrutura ferroviária para a melhoria da eficiência operacional e da competitividade do setor. Fonte: Infosurhoy.com
24 Multimodalidade - a logística como instrumento estratégico Competitividade na origem + Logística (combinação dos modos de transportes) = Competitividade no destino Implantação da Multimodalidade, transferindo carga da rodovia para os demais modais. Plataformas Logísticas: base para Multimodalidade
25 Plataformas Logísticas Modelo Fragmentado Substituir o modelo fragmentado por configurações do tipo hubs, onde cada hub é uma plataforma logística. Permite a concentração de fluxos; Se for provido de terminais intermodais poderá ensejar a transferência de cargas para vagões ferroviários ou para a hidrovia, que realizarão o transporte nas pernas mais extensas que ligam os hubs. Modelo Hub & Spokes
26 Plataformas Logísticas Integração: Rodoanel Ferroanel Hidroanel Plataformas Logísticas Campo Limpo Amador Bueno Eng. Manuel Feio Calmon Viana Mairinque Rio Grande da Serra Paranapiacaba S. B. CAMPO Evangelista de Souza Paratinga Perequê Plataforma Logística Fonte: Secretaria de Logística e Transporte do Estado de São Paulo
27 Planos e Programas do Governo Federal
28 2006: PNLT Plano Nacional de Logística de Transportes: Planejamento permanente, participativo; Plano de Estado e não de Governo; Caráter indicativo, de médio e longo prazos (visão 2023); Enfoque multimodal, envolvendo toda a cadeia logística e seus custos; Conceitos de territorialidade, segurança e ocupação do território; Desenvolvimento sustentável, associado ao desenvolvimento socioeconômico do País; Reequilíbrio da matriz de transportes.
29 MATRIZ DE TRANSPORTES: ATUAL E FUTURA % 3,6% 0,4% 29% 5% 1% 25% 58% 35% 30% Fonte: PNLT Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aéreo 29
30 2007: PAC1 - PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO O PAC é um Programa de Governo que engloba conjunto de políticas econômicas, tendo como uma de suas prioridades o investimento em infraestrutura, na melhoria do ambiente de investimentos privados, com a proposta de medidas fiscais de longo prazo, desoneração e aperfeiçoamento do sistema tributário e estímulo ao crédito e ao financiamento. As obras de infraestrutura anunciadas no PAC são importantes a todos os projetos de obras em ferrovias, portos, rodovias e hidrovias, que deverão proporcionar maior eficiência e melhores condições à intermodalidade de transportes no País. O PNLT subsidiou o PAC na classificação dos projetos prioritários.
31 2007: PAC1 - PREVISÃO DE INVESTIMENTO EM INFRA-ESTRUTURA LOGÍSTICA MODAL QUADRO DE INVESTIMENTO CONSOLIDADO R$ milhões TOTAL Rodovias Ferrovias Portos Aeroportos Hidrovias Marinha Mercante TOTAL
32 2011: PAC2 - PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO O PCA 2 é uma repaginação do lançado em 2007, contendo mais recursos para continuar construindo a infraestrutura logística e energética e sustentar o crescimento de norte a sul do País. Incorpora mais ações de infraestrutura social e urbana para enfrentar os problemas das grandes cidades brasileiras, com o desafio de levar o Brasil mais desenvolvido a todos os brasileiros.
33 2011: PAC 2 - PREVISÃO DE INVESTIMENTO EM INFRA-ESTRUTURA LOGÍSTICA QUADRO DE INVESTIMENTO CONSOLIDADO PAC 2 - Plano de Aceleração de Crescimento R$ bilhões Modalidade Pós 2014 Total Rodovias 48,4 2,0 50,4 Ferrovias 43,9 2,1 46,0 Portos 4,8 0,3 5,1 Hidrovias 2,6 0,1 2,7 Aeroportos 3,0 0,0 3,0 Equipamentos Estradas Vicinais 1,8 0,0 1,8 Total 104,5 4,5 109,0
34 O PAC é um avanço, mas a execução não tem alcançado o montante e a velocidade esperadas. Investimentos do Ministério dos Transportes em Valores Constantes R$ bilhão * Orçamento Autorizado Valor Pago do Orçamento * Até 31 de julho de lb ó dd d f
35 Agosto de 2012: O Governo Federal lança o Programa de Investimentos em Logística - Rodovias e Ferrovias Governo dá demonstrações que quer encarar de frente o problema da infraestrutura do país; Quer aumentar a participação do setor privado na realização dos novos investimentos para assegurar a execução das obras; Cria a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) para racionalizar e priorizar o uso dos recursos disponíveis.
36 O Programa de Investimentos em Logística é o início da modernização do setor Investimentos do Programa (R$ bilhões) Fonte: Governo Federal. 18,5 23,5 Rodovia Investimento em 5 anos 56 Ferrovia Investimento em 20 a 25 anos
37 Rodovias BR-101 BA BR-262 ES/MG BR-153 TO/GO BR-050 GO/MG BR-163 MT BR-163 MS, BR-262 MS, BR-267 MS BR-060 DF/GO, BR-153 GO/MG, BR-262 MG BR-116 MG BR-040 DF/GO/MG PAC em execução Malha anterior ao PAC 5 6 Porto de Santarém Porto de Itaqui Porto do Pecém Porto de Salvador Porto de 2 Vitória Porto do Rio de Porto Janeiro de Porto Itaguaí Porto de de Santos Paranaguá Porto de Suape Porto de Rio Grande
38 Rodovias: o novo programa de concessões é 56% superior ao que já foi concedido... Entre 1995 e 2011 foram concedidos 4,8 mil km de Rodovias. Trechos Rodoviários Concedidos X Trechos Rodoviários Previstos no Programa 4,8 7,5 Mil km Assinatura dos Contratos entre mar e jul/2013. Trechos já concedidos Trechos previstos no Programa Fonte: ANTT.
39 Ferrovias
40 Ferrovias: a dimensão do novo programa é superior a tudo que já foi realizado a partir do PAC Entre 2007 e abril/2012 foram concluídos 1,3 mil km de Ferrovias. Trechos Ferroviários Concluídos X Trechos Ferroviários Previstos no Programa 10,0 Mil km Ferrovia Norte-Sul: 704 km FIOL: 41 km Transnordestina: 388 km Ferronorte: 153 km Contornos ferroviários: 37 km 1,3 Trechos concluídos Fonte: ANTT. Trechos previstos no Programa
41 Portos e Aeroportos Até o momento o Governo não divulgou o seu novo Programa de investimentos para os portos e aeroportos; O discurso tem sido de que também aqui seriam removidos todos os obstáculos que estão impedindo os investimentos nessas áreas; Será uma medida muito importante para a modernização da infraestrutura.
42 A criação da EPL Se corresponder às expectativas, será o grande diferencial da nova situação na infraestrutura; Vai responder pelo planejamento das ações e o acompanhamento dos projetos vinculados ao Programa de Investimentos em Logística; A integração dos modais, objetivo maior da nova empresa, é indispensável à eficiência logística e o consequente desenvolvimento de preços competitivos ao longo da cadeia de transportes.
43 Integração Sul Americana O Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), da União dos Países Sul-Americanos (UNASUL) consolidou os projetos de infraestrutura contemplados na Agenda de Projetos Prioritários de Integração (API) com meta para 2022; São 8 Eixos de Integração da Infraestrutura da América do Sul que incluem 31 projetos estruturantes relacionados aos setores de transporte e energia; Investimentos na ordem de US$21 bilhões.
44 Integração Sul Americana Projeção de Vídeo
45 OBRIGADO ABRALOG Associação Brasileira de Logística Tel: Pedro Moreira Presidente
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