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Transcrição

1 N- RN 1L-~jh ' t' -: t I j- :: -'; : t flt;' 1 _ 'A- tl : ESTADO DA PARAÍBA r 4 PODER JUDICIÁRIO 1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB DES MARCOS A SOUTO MAIOR ACÓRDÃO :I 1 RECURSO OFICIAL E APELAÇÃO CÍVEL N /001-1 ESPERANÇA - RELATOR ': Dr Romero Carnero Fetosa (Juz Convocado) APELANTE : Mara de Lourdes Alves Costa ADVOGADO : Sebastão Araújo de Mara III APELADO : Muncípo de Esperança representado por seu Prefeto '; Consttuconal João Delfno Neto ADVOGADO : Lucano Pres Lsboa REMETENTE: Juízo de Dreto da 1" Vara da Comarca dá Espyr91 CONSTITUCIONAL - COBRANÇA DE DIFERENÇA SALARIAL - INCIDÊNCIA SOBRE REMUNERAÇÃO INFERIOR AO SALÁRIO MINIMO - VIOLAÇÃO DO ART 39 3 C/C 7 0 IV VII DA CONSTITUIÇÃO t - FEDERAL - OCORRÊNCIA - CONFIGURAÇÃO DA PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO ÀS PRESTA (:01'` DEVIDAS ANTES DO QUINQUÊNIO ANTERI01-; ' PROPOSITURA DA AÇÃO - REEXAME NECESSÁP!' ' EFETUADO PELO PRÓPRIO RELATOR - RECURSO ' VOLUNTÁRIO - IRRESIGNAÇÃO QUANTO AO ' PERCENTUAL DE HONORÁRIOS ADVOCATICIOS E : DESCONTO DE COMPLEMENTO DE SALÁRIO - '- ALEGAÇÃO DE JULGAMENTO EXTRA PETITA - DESACOLHIMENTO - DESPROVIMENTO DOS RECURSOS - SÚMULA N 27 DO TJ/PB "É obrgação consttuconal do Poder Públco remunerar seus servdores atvos e natvos com pso nunca nferor ao saláro mínmo naconal unfcado nsttuído por Le Federal" - A prescrção em relação às prestações peródcas devdas pela Fazenda ncde sucessvamente sobre as parcelas em atraso qünqüenal e os juros respectvos não ncdndo todava sobre o dreto segundo a Súmula 85 do STJ '

2 é 4' I ' L : - É extra petta a sentença que decde questão estranha à dscussão travada nos autos e emte pronuncamento/ '' dverso do peddo formulado na exordal o que não ocorreu no presente caso onde o magstrado a quo apenas acolheu parcalmente o peddo ncal lmtando-o aos dtames legas - Analsando os parâmetros do 3" do art 20 do Códgo de Processo Cvl quas sejam o grau de zelo do 1 profssonal o lugar de prestação co servço a natureza e mportânca da causa bem como o trabalho realzado pelo advogado e o tempo exgdo para o seu servço o percentual de 10% sobre o valor da condenação resta por demas adequado j VISTOS relatados e dscutdos estes 211t0:-: :-IC 2-- fl: : 4 e Apelação Cível em que fguram como partes as acma nom nadas 1 ACORDA a Prmera Câmara Cível do Egrégo Trbunal de 1 0 2r Justça da Paraíba na conformdade do voto do relator e da súmula de : : julgamento de fls 50 por votação unânme CONHECER E NEGAR ; PROVIMENTO a ambos os recursos em consonânca com o parecer mnsteral I RELATÓRIO Trata-se de Apelação Cível nterposta por Mara de LourdeT Alves Costa já qualfcada nos autos nconformada com a decsão do -Juz de - Dreto da 1" Vara da Comarca de Esperança que julgou parcalmente procedente seu peddo ncal para condenar o Muncípo de Esperança a pagarlhe as dferenças salaras referentes ao período de cnco anos anterores à : propostura da ação bem como as dferenças relatvas aos décmos tcrecc- saláros féras adconal de tempo de servço e gratfcação de pó de carvão relatvos ao mesmo período 1 Alega a apelante em síntese que houve julgamento extra petta especfcamente na parte da decsão em que restou determnado o desconto dos valores pagos a título de complementação de saláro mês a mês Insurgu-se também a apelante com relação ao percentual arbtrado pela sentença referente aos honoráros advocatícos no que pletea a sua elevação O apelado apresentou contra-razões às fls pugnando pelo desprovmento do recurso apelatóro confrmando-se a sentença de prmero grau em todos os seus termos e efetos Instada a se pronuncar a douta Procuradora de Justça opnou - pelo desprovmento do apelo e do recurso ofcal É O RELATÓRIO EM SÍNTESE

3 t VOTO: O Exmo Sr Dr ROMERO CARNEIRO FEITOSA 4 - Juz de Dreto Convocado/Relator ; A' A Cçnsttução Federal de 1988 é cogente ao determnar em seu j art 7 0 IV que é dreto dos trabalhadores urbanos e ruras a percepção de saláro mínmo fxado em le naconalmente unfcado capaz de atender às necessdades vtas báscas do trabalhador e de sua famíla Posterormente a Magna Carta enfatza no árt 70 VII que o saláro nunca será nferor ;In mínmo para os que percebem remuneração varável Assm mesmo rp saláro seja fxado por tarefa ou peça e haja ou não servço a ser efetuado a -remuneração do trabalhador nunca poderá ser nferor ao saláro mínmo vgente Além dsso o art 39 3 da CF manda aplcar aos servdores ocupantes de cargo públco o dsposto no art 7 ncsos IV e VII 41 G A mpossbldade do pagamento de remuneração nferor ao saláro mínmo está pacífca e sumulada por este E grá go Trlm vejamos: obrgação consttuconal do Podpr P ' h remunerar seus servdores atvos e natvos COM pso nunca nferor ao saláro mínmo naconal unfcado nsttuído por Le Federal" (SÚMULA N" 27) I No mesmo sentdo é o aresto do Supremo Trbunal Fr(lprpl 111 dz: 4 "A fxação do saláro mínmo naconalmente unfcado pela Unão Federal é norma que gera conseqüênca em todas as undades da federação tanto estaduas e muncpas Uma vez observado o saláro mínmo pela Unão não podem as undades federadas nobservá-lo Não vulneração à competênca prvatva do Chefe Executvo Estadual para o desencadeamento do processo legslatvo sobre vencmentos porque a fxação do saláro mínmo assegurado consttuconalmente a todo trabalhador é da competênca da Unão Federal" (STF Rel Mn Mauríco correa 2" T n RS) Vejamos o entendmento de José Afonso da Slva: "O sstema de saláro consttu fundamental exgênca para o estabelecmento de condções dgnas de trabalho Quanto a sso há dos aspectos báscos: o da fxação e o da proteção ao saláro do trabalhador Quanto à fxação a Consttução vgente ao contráro das anterores oferece váras regras e condções tas como: (a) saláro mínmo fxado em le naconalmente unfcado capaz de atender a suas necessdades vtas báscas e às de sua

4 : À 1 I- - l í 1ç t I 11:: '? I ' trabalho; t ' a famíla com morada almentação educação saúde lazer vestuáro hgene transporte e prevdênca socal com reajustes peródcos que lhe preservem o poder aqustvo sendo vedada sua vnculaçã o para qualquer fm; (b) pso salaral proporconal à extensão e à complexdade do (c) saláro nunca nferor ao mínmo para os que percebem remuneração varável caso dos garçons ofcas de barberos por exemplo que têm sua remuneração composta de saláro pago pelo empregador e gorjetas; aquele não poderá mas ser nferor ao saláro mínmo()" Assm verfca-se que a matéra objeto desta VPIIIPS gn of! I pacfca na jursprudênca deste Trbunal e nos trbunas superore j n :-t 1' : n parte dela devdamente sumulada Por tas razões de logo deve-s 11 rl '! ''' fxado que o recurso ofcal não deve prosperar mantendo-se a scrtcnç:: :1; todos os seus termos Com relação à apelação nterposta por Mara de Lourdes Alves J s Costa argumenta esta que houve julgamento extra petta especfcamente na parte da decsão em que restou determnado o desconto dos valores 11:Igor' d "4 e título de complementação de saláro mês a mês; além + mc : ; % (dez por cento) fxado na sentença referente aos lonora ros :4(1v-1-- tera sdo rrsóro no que pletea a sua elevação í Com relação ao prmero aspecto entendo que não houve? julgamento extra ou ultra petta O que se deu na verdade fo apenas um f acolhmento parcal do peddo restando estabelecdo na sentença o desconto dos valores pagos a título de complementação de saláro mês a mês em ' _ homenagem ao prncípo da probção do enrquecmento lícto : É extra petta a sentença que decde questão estranha à dscussão travada nos ' autos e emte pronuncamento dverso do peddo formulado na exordal o que não ocorreu no presente caso onde o magstrado a quo apenas acolheu parcalmente o peddo ncal lmtando-o aos dtames legas '' Com relação ao percentual de honoráros fxado consdero também desnecessára qualquer modfcação na sentença porquanto fo ' graduado em patamares razoáves Analsando os parâmetros do 3" do art 20 do Códgo de Processo Cvl quas sejam o grau de zelo do profssonal o lugar de prestação do servço a natureza e mportânca da causa bem como o trabalho realzado pelo advogado e o tempo exgdo para o seu servço o percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação resta por demas adequado Por tas razões conheço de ambos os recursos e NE00-1Ill-n PROVIMENTO É como voto ;

5 ; '~au 11 '' r h:n:r1: ;!fn:': ll' ' :"' 1;: Presdu a Sessão o Excelentíssmo Desembargador MANOEL SOARES MONTEIRO que partcpou do Julgamento com este Relator - em stbsttução ao Excelentíssmo Desembargador MARCOS A SOUTO MAIOR e com o Excelentíssmo Desembargador JOSÉ DI LORENZO SERPA Presente à Sessão a Excelentíssma Doutora MARILENE LIMA C CARVALHO Promotora de Justça Convocada l n 1- ; n I Sala das Sessões da Prmera Câmara Cível do Egrégo Trbot I de Justça do Estado da Par íba em João Pessoa/PB 23 de novembro de 200G / 1 ' - q Dr C ERO CARN 'IRO FEII1OSA Juz e Dreto Conv( cadontelator II n f - : ;: 41111a 1 ' O III-

6 TRIBUNAL DE JUSTIÇA Coordenadora Judcára Regstrado em_j_ L/~ 4 _