PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL - CLASSE II Nº VÁRZEA GRANDE - HSBC BAMERINDUS SEGUROS S.A.

Transcrição

1 PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL GRANDE RELATOR APELANTE APELADOS - EXMO. SR. DES. LEÔNIDAS DUARTE MONTEIRO - HSBC BAMERINDUS SEGUROS S.A. - J.L.S., E.R.S., I.F.S., R.S., V.S. E M.R.S. REPRESENTADOS POR SEUS TUTORES JOÃO BATISTA VILAS BOAS E GERALDINA DOS SANTOS VILAS BOAS RELATÓRIO O SR. DES. LEÔNIDAS DUARTE MONTEIRO Egrégia Câmara: Apelo interposto contra sentença proferida pelo Dr. JURACY PERSIANI, ilustre Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Várzea Grande, nos autos de uma ação de indenização por danos morais e materiais proposta por J.L.S., E.R.S., I.F.S., R.S. e M.R.S., representados por JOÃO BATISTA VILAS BOAS E GERALDINA DOS SANTOS VILAS BOAS, contra HSBC BAMERINDUS SEGURADORA S/A. A decisão atacada, acolhendo parcialmente o pedido, condenou a seguradora ao pagamento do seguro devido aos autores, em virtude do falecimento de seu genitor, vitimado em acidente de trânsito. Inconformada, apelou a seguradora, alegando, em síntese, que não foi solicitada ao pagamento do seguro, que se faz necessário trazer à lide a corretora DELPHOS e, finalmente, que a importância a cujo pagamento foi condenada é superior àquela determinada pela FENASEG. Os apelados ofereceram resposta, batendo-se pelo improvimento do recurso e conseqüente manutenção da sentença objurgada, nos termos do parecer ministerial de primeiro grau, que reconheceu o direito dos autores a serem indenizados por danos morais. A douta Procuradoria-Geral de Justiça manifestou-se pelo improvimento do recurso. É o relatório, que submeto ao criterioso exame do eminente Desembargador Revisor.

2 GRANDE -2 P A R E C E R (ORAL) A SRA. DRA. ELIANA CÍCERO DE SÁ MARANHÃO Ratifico o parecer escrito. VOTO O SR. DES. LEÔNIDAS DUARTE MONTEIRO (RELATOR) Egrégia Câmara: Como consignado no relatório, trata-se de apelo interposto contra sentença proferida pelo Dr. JURACY PERSIANI, ilustre Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Várzea Grande, nos autos de uma ação de indenização por danos morais e materiais proposta por J.L.S., E.R.S., I.F.S., R.S. e M.R.S., representados por JOÃO BATISTA VILAS BOAS E GERALDINA DOS SANTOS VILAS BOAS contra HSBC BAMERINDUS SEGURADORA S/A. A decisão atacada, acolhendo parcialmente o pedido, condenou a seguradora ao pagamento do seguro devido aos autores, em virtude do falecimento de seu genitor, vitimado em acidente de trânsito. Inconformada, apelou a seguradora alegando, em síntese, que não foi solicitada ao pagamento do seguro, que se faz necessário trazer à lide a corretora DELPHOS e, finalmente, que a importância relativa ao seguro a cujo pagamento foi condenada é superior àquela determinada pela FENASEG. Os apelados ofereceram resposta, batendo-se pelo improvimento do recurso e conseqüente manutenção da sentença objurgada e pelo acolhimento do parecer ministerial de primeiro grau que reconheceu o direito dos autores a serem indenizados por danos morais. A douta Procuradoria-Geral de Justiça manifestou-se, também, pelo improvimento do recurso. A alegação da apelante no sentido de que, em momento algum, fora procurada pelos autores a fim de efetuar o pagamento do seguro, além de não encontrar respaldo nos autos, significa, na prática, um reconhecimento de que efetivamente é devedora da importância reclamada pelos autores.

3 GRANDE -3 De outra parte, não lhe socorre também a alegação de que o seguro deveria ser pago pela empresa DELPHOS - Serviços S/A. Ora, além da fragilidade do argumento, caberia à seguradora-ré, fosse esta a hipótese, recorrer do despacho saneador de f. 88, que indeferiu requerimento neste sentido formulado pela ora apelante. Por último, não há como se acolher o apelo na parte em que pleiteia a redução do valor do seguro. A uma, porque, além de se tratar de modesta quantia, particularmente diante da dimensão da tragédia que se abateu sobre os autores, trata-se de valor previsto em lei específica. A duas, porque nenhuma prova trouxe aos autos capaz de abonar sua tese. Improvejo, assim, o apelo. Custas pela recorrente. É como voto. seguinte: D E C I S Ã O Como consta da ata e das notas taquigráficas, a decisão foi a À UNANIMIDADE, IMPROVERAM O APELO. Cuiabá, 07 de agosto de BEL. ROBERTO CALMON CERISARA - DIRETOR DO PRIMEIRO DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO CÍVEL acar/dmbvl/40253/99

4 PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL GRANDE APELANTE APELADOS - HSBC BAMERINDUS SEGUROS S.A. - J.L.S., E.R.S., I.F.S., R.S., V.S. E M.R.S. REPRESENTADOS POR SEUS TUTORES JOÃO BATISTA VILAS BOAS E GERALDINA DOS SANTOS VILAS BOAS E M E N T A - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA - SEGURO DE DANOS CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIAS TERRESTRES (DPVAT) - PROCEDÊNCIA. Comprovando os autores a sua condição de dependentes de vítima de acidente de trânsito, impõe-se o reconhecimento do seu direito ao recebimento do valor devido aos beneficiários da vítima do acidente. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos os autos do Recurso de Apelação Cível - Classe II nº , de Várzea Grande. ACORDA, em TURMA, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, à unanimidade, em improver o apelo. Presidiu o julgamento o Desembargador LEÔNIDAS DUARTE MONTEIRO e dele participaram os Desembargadores LEÔNIDAS DUARTE MONTEIRO (Relator), JURANDIR FLORÊNCIO DE CASTILHO (Revisor) e RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO (Vogal).

5 GRANDE -2 O voto proferido pelo Desembargador relator foi acompanhado na íntegra pelos demais componentes da Turma julgadora. Cuiabá, 07 de agosto de DESEMBARGADOR LEÔNIDAS DUARTE MONTEIRO - PRESIDENTE DA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, EM SUBSTITUIÇÃO LEGAL, E RELATOR