Local Conference Call. Alupar. Resultados do 1T de maio de 2017

Transcrição

1 Local Conference Call Alupar Resultados do 1T17 16 de maio de 2017 Operadora: Boa tarde, senhoras e senhores. Sejam bem-vindos à teleconferência da Alupar para discussão dos resultados referentes ao 1T17. O áudio e os slides desta teleconferência estão sendo transmitidos simultaneamente pela Internet no site de RI da companhia: A apresentação também está disponível para download. Informamos que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação e em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência durante a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando asterisco zero. Informamos que previsões acerca de eventos futuros estão sujeitas a riscos e incertezas que podem fazer com que tais expectativas não se concretizem ou sejam diferentes do esperado. Estas previsões emitem a opinião unicamente na data em que são feitas, e a Companhia não se obriga a atualizá-las. Está presente nesta teleconferência o Sr. José Luiz de Godoy Pereira, CFO e Diretor de Relações com Investidores da Alupar e o Sr. Luiz Coimbra, Gerente de Relações com Investidores. Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. José Luiz de Godoy, que dará início à apresentação. Por favor Sr. José Luiz pode prosseguir. Sr. José Luiz de Godoy Pereira: Muito obrigado boa tarde a todos pela presença em nossa apresentação de resultados do 1T. Eu vou passar os pontos principais, os principais eventos do tri para ressaltar esses pontos que acho que foram os pontos mais relevantes e depois o Luiz Coimbra que é gerente de RI vai explorar um pouco com vocês sobre o desempenho da companhia e os resultados do período. Então nós tivemos no 1T aprovação pela assembleia geral da distribuição de R$ 150,2 milhões de dividendos, transações passaram a ser ex-dividendos a partir de 6 de abril de 2017 com pagamentos de 90 milhões no dia 26 de junho de 2017 e os 60 milhões restantes dentro do exercício de 2017 em data a ser definida até o final do exercício logicamente. 1

2 Nós tivemos também o leilão de transmissão que houve o leilão de transmissão, houve bastante competição no leilão de transmissão e nós sagramos vencedores do lote 19. É um lote previsto de ter uma RAP de R$ 100 milhões, R$ 99 milhões. É uma linha que passa no interior de São Paulo na região do vale do Paraíba e indo até o começo do RJ, não chega a chegar na cidade do Rio de Janeiro mas ele sai para o Rio de Janeiro. Tivemos também a homologação do aumento de capital da companhia. Nós fizemos um aumento de capital através de um follow on, eu acho que foi evento bastante marcante da companhia. Tivemos a colocação de R$ 833 milhões, foram novas ações que foram alocadas ao mercado e isso fez com que nós aumentássemos o free float da companhia relevantemente. Eu acho que o reflexo disso já está aparecendo. Vocês que acompanham devem estar vendo que a liquidez aumentou tremendamente, estamos com liquidez bastante interessante e superior às nossas expectativas. Em média após essa oferta nós estamos vendo em média R$ 24 milhões de negociações/dia, o que é número interessante para a companhia e acho que bom para todos os investidores. O quarto ponto tivemos também alteração da composição societária das subsidiárias TPE e TCC. Nós fizemos o anúncio ao mercado. Esses foram dois projetos que nós participamos e veremos o leilão de outubro do ano passado, outubro de Ganhamos esses lotes e tínhamos uma parceria com o Perfin. Naquele momento ele tinha um asset management e naquele momento ele tinha 1% do consórcio através de dois veículos do Perfin e nós tínhamos 99. Mas já estávamos combinados com ele que desde o nosso acordo pré-leilão que nos lotes que ele decidisse participar efetivamente ele teria que participar aumentando o capital dele até 49%. Basicamente o acordo que a gente tem é que ele vai ficar com 49% dos stake, das ações da companhia, e nós vamos ficar com 51%. E nós temos um direito a recomprar 30% das ações deles num período pré-definida, eu acho que oito ou nove anos mais ou menos, a partir da entrada de operação dos empreendimentos com taxa para definida. Eu acho que essa parceria foi muito interessante na medida em que nós conseguimos um parceiro financeiro importante, que ajudou a companhia a bidar em mais projetos do que ela bidaria se estivesse sozinha. Ajuda a financiar um pouco da nossa capacidade de aportar capital, nós conseguimos aportar mais capital e ao mesmo tempo para o fundo ele tem um parceiro estratégico, que conhece o setor e que vai ter a segurança de que o projeto vai sair dentro das premissas definidas. Vou passar agora para o Luiz Coimbra que vai explorar um pouco mais as questões do desempenho financeiro da companhia e aí a gente abre para 2

3 perguntas e respostas para quem quiser algum tipo de esclarecimento, estamos à disposição. Sr. Luiz Coimbra: primeiramente boa tarde a todos e obrigado pela participação no call de resultados do 1T da companhia. Vou começar minha apresentação no slide 7 onde a gente mostra as principais variações tanto nos números societário como nos números regulatórios. Começando no primeiro gráfico a gente tem a variação da receita líquida. A receita líquida totalizou 372,1 milhões no 1T17, bem em linha com os 372,7 que foram registrados no mesmo período do ano anterior. Essa conta foi impactada pela receita de 16 milhões na receita de suprimento de energia que totalizou 129 milhões nesse trimestre agora ante 113,8 no 1T16. Esse crescimento nos clientes de energia ele foi em razão do início de operação comercial da PCH Morro Azul, isso trouxe impacto de 5,1 milhões; a gente teve variação positiva de 2,1 milhões nas usinas Foz do Rio Claro e Juí em razão da alteração do regime de tributação para lucro presumido; e a gente teve o reajuste dos contratos de preços de energia, o CCAR. Em contrapartida a gente teve redução de 19 milhões na receita de remuneração do ativo. Essa receita foi reduzida em virtude da projeção de inflação que a gente utiliza no cálculo dessa taxa de remuneração. No 1T16 a gente tinha uma projeção de inflação bem maior do que a gente utilizou agora nesse trimestre. Seguindo o próximo slide a gente fala um pouquinho do Ebitda. O Ebitda totalizou 305,9 milhões agora nesse trimestre frente aos 311 que a gente teve no mesmo período do ano anterior. Essa variação do Ebitda é resultado dessa redução de 0,6 milhões na receita líquida que eu acabei de explicar para vocês e a gente teve também aumento no custo de compra de energia de 8,1 milhões devido à estratégia de sazonalização que a companhia adotou esse ano. Seguindo aqui o lucro líquido totalizou 73,7 milhões, crescimento de 36% se comparado aos 54 milhões que a gente teve no 1T do ano passado, esse lucro foi impactado negativamente por dois fatores: o primeiro foi essa redução de 5,3 milhões no Ebitda que acabei de explicar e o segundo foi aumento de 4,5 milhões na linha depreciação e amortização devido à entrada em operação em dos parques eólicos Energia dos Ventos que foi em março do ano passado e da PCH Morro Azul e que foi em setembro do ano passar. Em contrapartida o lucro foi impactado positivamente pela redução de 14 milhões no imposto devido à obtenção dos benefícios fiscais de Sudam e Sudene nas transmissoras ETEP, STN ENTE no final do ano passado e a gente também teve a constituição do IR diferido na PCH Morro Azul. 3

4 Outro fator que impactou positivamente o lucro foi a redução de 15 milhões no resultado financeiro. Esse resultado financeiro na verdade teve aumento de 18 milhões da receita, então ele reduziu nosso resultado financeiro negativo. Essa receita foi impactada, primeiro a gente teve um aumento de 5,8 milhões na holding devido ao aumento das disponibilidades principalmente em razão do aumento de capital privado que a gente fez ano passado e a venda de participação na Transchile. Então quando a gente compara o caixa da companhia no 1T16 do ano passado em relação ao 1T17 deste ano esse ano o 1T16 estava com caixa bem mais elevado. A gente teve também efeito de variação cambial na UHA La Virgen, então também trouxe impacto de 11 milhões para essa conta. Seguindo em frente falando um pouquinho na parte de baixo do slide dos números regulatórios a receita líquida totalizou 432 milhões representando crescimento de 14 milhões em relação aos 378 milhões que a gente tinha no mesmo período do ano passado essa conta foi impactada pelo crescimento de 16 milhões na receita de suprimento de energia que eu expliquei nos números societários. Já a receita de transmissão diferente do que aconteceu nos números societários cresceu 13% e totalizou 340 milhões nesse trimestre ante os 301 milhões que a gente tinha registrado no 1T16. Esse crescimento é explicado principalmente pelo reajuste da RAP. Em junho do ano passado saiu a resolução homologatória que estabeleceu reajuste de 9,32 para os contratos nossos em IPCA e 11,9 para os contratos em IGPM. Seguindo aqui o Ebitda totalizou 365,9 milhões, crescimento de 16,3% em relação aos 314 milhões que a gente tinha registrado no mesmo período do ano passado, e a margem Ebitda também subiu um pouquinho: a gente tinha 83,2 no 1T16 e fechamos esse 1T agora com 84,6. O Ebitda foi impactado por esse aumento de 54 milhões na receita que acabei de explicar e teve impacto negativo de 8 milhões na conta de energia dada a estratégia de sazonalização que a companhia adotou. Quando a gente olha o lucro o lucro totalizou 92 milhões ante os 45 milhões que a gente tinha no mesmo período do ano anterior. O lucro foi impactado pelos mesmos fatores que expliquei na variação do lucro societário e que foram o aumento na linha depreciação e amortização, a redução no resultado financeiro, a redução no imposto de renda; porém além desses fatores este caso a gente teve o aumento no Ebitda de 51,3 milhões, então o lucro acabou fechando em 92,4. Seguindo um pouquinho agora vou para o slide 10 falar do endividamento da controladora. A dívida bruta da holding ficou em 801,5 milhões, 37 bilhões 4

5 inferior aos 839 que a gente tinha registrado em dezembro. Essa variação ocorreu pela redução de 61 milhões que a gente teve em razão da amortização parcial e pagamento de juros da quarta emissão debêntures; em contrapartida gente teve aumento de 24 milhões devido à provisão de encargos e variações monetárias. Essa quarta emissão da holding ela vence em fevereiro do ano que vem e a gente vem em linha de reduzir o endividamento da holding. Então a gente pagou essa primeira parcela agora nesse trimestre, vamos pagar a segunda em agosto e a terceira em fevereiro do ano que vem. Quando a gente olha um pouquinho nos gráficos embaixo o perfil da dívida ficou muito parecido com os números que a gente tinha apresentado em dezembro: 18% dos vencimentos no curto prazo e praticamente toda a dívida em três emissões debêntures. A única alteração que a gente teve mais relevante foi a redução da dívida indexada em CDI que ficou em 12,6 agora em dezembro estava em cerca de 19%. Essa redução da dívida foi exclusivamente em razão dessa amortização, lembrando que a quarta emissão a indexada em CDI. No próximo slide, slide 11, vou falar um pouquinho do endividamento consolidado. A dívida líquida agora em março ficou em 3,534 bi, quase 99 milhões inferior aos 3,633 bi que a gente tinha em dezembro. Os vencimentos de curto prazo ficaram em 28%, em linha com os 26 que a gente tinha em dezembro. E no gráfico abaixo a gente representa abertura por indexador que também não teve alteração relevante. Acho que a maior parte da nossa dívida é em CDI, 29% seguido pela TJ LP com 28 e pelo IPCA com 23,9. A dívida em cesta de moedas que a gente sempre gosta de ressaltar representou cerca de 10% do endividamento total da companhia e a toda alocada nos projetos que a gente está implantando tanto na Colômbia quanto no Peru. Então a companhia mantém a política de não ter descasamento de moeda. No próximo slide a gente mostra o cronograma de amortização. O perfil da dívida consolidada permanece bastante alongado: mais ou menos 24% dos vencimentos estão concentrados a partir de 2022, e aqui acho importante destacar que desses vencimentos, dos vencimentos que a gente tem até dezembro de 2018 e que representam mais ou menos 1,6 bilhões 30%, 510 milhões são empréstimos ponte esses empréstimos vão ser substituídos pelas dívidas de longo prazo nos projetos. 5

6 Tem embaixo uma abertura dessas dívidas de todos os bridges que a gente tem, então tem 257,7 milhões que vencem este ano e 253 milhões que vencem no ano que vem. Entrando no próximo slide, slide 13, vou falar um pouquinho do desempenho das ações da companhia. Então no acumulado do ano as ações da Alupar apresentaram valorização de 13,39%. O IEE, a gente sempre compara com o IEE e com o Ibov, então o IEE valorizou 11,62 e o Ibovespa 13,69. Um destaque que eu gostaria de dar esse slide é em relação ao aumento de liquidez. O José Luiz comentou no início então só para mostrar deixar isso mais claro a gente fez uma quebra em três períodos: o primeiro é do IPO até o aumento de capital privado e nesse período as ações negociaram na média 3,5 milhões/dia; pós o anúncio do aumento de capital privado até o anúncio do follow on esse número praticamente dobrou e foi para 7 milhões; e aí pós o follow on realizado nesse ano a gente vai para 24,3 milhões de média atingindo novo patamar de liquidez da companhia. Acho que os principais pontos eram esses. Eu vou abrir agora para a sessão de perguntas e respostas. Sessão de Perguntas e Respostas Operadora: Iniciaremos agora sessão de perguntas e respostas para investidores e analistas. Caso deseje fazer alguma pergunta por favor digite asterisco um e se sua pergunta foi respondida você pode sair da fila rejeitando asterisco dois. Nossa primeira pergunta vem de Thiago Silva, Santander. Sr. Thiago Silva: obrigado pelo call. Minha pergunta é relacionada a crescimentos. Daqui para frente o que a Alupar está pleiteando de crescimento tanto em leilão, o que a gente pode esperar de leilão no 2S agora? Vocês têm alguma coisa já na visão de vocês no pipeline da Aneel ou alguma sinalização? E também de M&A. Sr. José Luiz: a gente está olhando o leilão que vai ter no 2S. A gente acha teve competição bastante grande nesse leilão anterior. A gente vai participar como sempre participamos de todos os lotes, não sabemos ainda se com parceria ou sozinhos. Mas ainda tem mais leilão esse ano, já anunciado de R$ 5 bilhões. A gente considera... bem boa, acho que são ativos que devem voltar ao mercado, pelo menos é a nossa visão, os ativos não operacionais que devem representar 6

7 mais pelo menos de 8 a 10 bilhões. Então tem muita coisa fora os leilões do ano que vem. Eu acho que também tem um fator importante do setor e aí não falando especificamente da área de transmissão mas falando da área de geração também, que eu acho que o setor de todos setores da economia acho que foi um dos menos afetados pela crise financeira, pela crise de PIB dos últimos três anos com redução de 10%. Quer dizer o consumo de energia não reduziu na mesma proporção, o que significa para nós que não tem elasticidade tão grande e portanto no momento em que o PIB voltar a crescer iremos também, e a gente está bastante otimista com relação a isso, acho que com a queda de juro isso fatalmente deve ocorrer, vai ter muita coisa para ser feita nos próximos anos. No próprio plano decenal da Aneel ela prevê mais ou menos 7 a 8 bilhões/ano até 2020 então a gente acha que tem muitas oportunidades, que a companhia vai olhar, para eventualmente participar, se for interessante e gerar valor para a empresa. Sr. Thiago: tá ótimo e se me permite mais uma pergunta leilão então de geração, nesse próximo leilão de geração das usinas antigas, a Alupar considera participar? Sr. José Luiz: acho pouco provável, das usinas antigas né? Eu acho que aí não, não faria muito sentido dentro da nossa estratégia. Sr. Thiago: tá ótimo, obrigado. Operadora: Com licença, lembrando que para fazer perguntas basta digitar asterisco um. Não havendo mais perguntas gostaria de passar a palavra ao Sr. José Luiz para as considerações finais. Sr. José Luiz: Então mais uma vez obrigado a todos pela presença estamos à disposição de esclarecimentos de quaisquer dúvidas que eventualmente vocês tenham. Uma boa tarde e até a próxima apresentação. Operadora: A teleconferência da Alupar está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham um bom dia 7