COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA FORO CENTRAL JUÍZO DA 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

Transcrição

1 VISTOS, relatados e examinados estes autos de ação de indenização sob o nº , em que são autores Ademar Cunha Sobrinho e Edson Fernando Paredes Barroso e réu Estado do Paraná. Trata-se de ação de indenização proposta por Ademar Cunha Sobrinho e Edson Fernando Paredes Barroso em face do. Narra a petição inicial que o autor Ademar Cunha Sobrinho foi incluído no efetivo da Polícia Militar do em e transferido para a reserva remunerada compulsória em , por meio da Resolução nº O autor Edson Fernando Paredes Barros, por sua vez, foi incluído no efetivo em e transferido para a reserva remunerada compulsória em E mais. Teriam os autores direito a receber em pecúnia as licenças especiais não gozadas, referentes ao terceiro decênio. Além disso, o autor Ademar Cunha Sobrinho teria direito a receber em pecúnia as férias não usufruídas referentes aos anos de 1980, 1981, 1982, 1984, 2011, 2012 e Daí o manejo da presente ação, pela qual pretendem a condenação do réu ao pagamento de indenização relativa às licenças especiais e férias não gozadas. Pela parte autora foram ainda colacionados artigos de lei e jurisprudência que, no seu sentir, seriam aplicáveis à espécie. Juntou documentos (seq. 1.6 a 1.8). Ao processo foi imposto o rito ordinário (seq. 10.1). Citado, o apresentou contestação (seq. 15.1). Sustentou, preliminarmente, a necessidade de formação de litisconsórcio passivo com a Paranaprevidência. Em prejudicial

2 de mérito, advogou a prescrição. Já no mérito, advogou a improcedência do pedido. Para tanto, sustentou a ausência de previsão legal no tocante à conversão em pecúnia das férias e licenças especiais não gozadas. Ao final, pleiteou o julgamento de total improcedência do pedido formulado pelo autor. Houve réplica (seq. 21.1). Instadas a especificarem as provas que pretendiam produzir, a parte autora pugnou pelo julgamento antecipado (seq. 28.1); o Estado, a seu turno, renunciou ao prazo (seq. 26). Concedida vista ao Ministério Público, o seu Órgão de Execução se pronunciou pela desnecessidade de intervenção (seq. 31.1). Na parte essencial, o relatório. Decido. O feito encontra-se ordenado. Inicialmente, não assiste razão ao Estado do Paraná quanto ao interesse do Paranaprevidência na presente lide. Com a edição da Lei Estadual nº /2012, o Regime Próprio de Previdência Social do passou a ser financiado mediante segregação de massas, por meio de Fundos Públicos de Natureza Previdenciária (art. 3º). Esses fundos são administrados pelo Paranaprevidência (art. 3º, 2º), e atendem exclusivamente ao pagamento dos respectivos benefícios previdenciários (art. 7º). Por sua vez, a responsabilidade pelo pagamento das dívidas pretéritas ou diferenças que decorram de decisões administrativas ou judiciais caberá aos Poderes ou Órgãos do Estado que administram orçamento próprio, no caso, ao próprio. Não apenas isso. Na presente ação, pleiteiam os autores a conversão de licença especial e férias não gozadas em pecúnia, relativa ao período em que estavam em atividade. Isto é, não se está a tratar de benefício previdenciário. Portanto, desnecessária a inclusão do Paranaprevidência na presente lide. A outro giro, a prejudicial de mérito também não merece ser acolhida. O termo inicial para a contagem do prazo prescricional de cinco anos deve ser o da ocorrência da efetiva lesão à parte autora. Aqui,

3 os atos de aposentação. Como as aposentadorias dos autores se deram em datas de e e a presente ação foi ajuizada em em menos de cinco anos, portanto - verifica-se que a pretensão não foi atingida pela prescrição. Rejeita-se, pois, a prejudicial de mérito. Nesse sentido já decidiu o Tribunal de Justiça do Paraná: APELAÇÃO CÍVEL - SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - LICENÇA ESPECIAL NÃO USUFRUÍDA - PRAZO PRESCRICIONAL QUE COMEÇA A FLUIR NA DATA DA APOSENTADORIA - PRESCRIÇÃO NÃO CONSUMADA - CONVERSÃO DO BENEFÍCIO EM PECÚNIA - POSSIBILIDADE - VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DO ESTADO DO PARANÁ EM DETRIMENTO AO DIREITO DO SERVIDOR - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1 ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE LICENÇA ESPECIAL NÃO GOZADA. CONVERSÃO EM PECÚNIA. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. INVESTIGADOR DA POLÍCIA CIVIL APOSENTADO. PRESCRIÇÃO. AFASTADA. TERMO INICIAL. DATA DA APOSENTADORIA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CONVERSÃO DO BENEFÍCIO (LICENÇA ESPECIAL NÃO USUFRUÍDA) EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. VEDAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DO ESTADO EM DETRIMENTO DO DIREITO DO SERVIDOR. RECURSO DESPROVIDO. 2 Ressalte-se que o feito comporta julgamento antecipado, sendo despicienda a dilação probatória. Cabe salientar que a prova tem por destinatário o Juiz da causa, de forma a propiciar-lhe a formação de sua convicção. É neste aspecto, e na condição de dirigente do processo, que erige o poder do Juiz de limitar e excluir as provas consideradas manifestamente excessivas, impertinentes ou protelatórias. Passa-se, assim, à análise da matéria de fundo. O Código da Polícia Militar do (Lei nº 1943/54, de 05 de julho de 1954) assim estabelece em seus artigos 112, 124, 125 e 144: 1 TJPR - 3ª C. Cível - AC Rel.: Fernando Antonio Prazeres - Unânime - J TJPR - 2ª C. Cível - AC Rel.: Lauro Laertes de Oliveira - Unânime - J

4 Art São Direitos do militar: m) férias e licenças; Art Férias são dispensas totais do serviço, concedidas de modo obrigatório ao militar, anualmente, de acordo com o R.I.S.G., sem prejuízo de vencimentos ou vantagens. 3º. Somente em virtude de emergente necessidade de manutenção da ordem pública ou absoluta falta de pessoal, o militar não gozará as férias a que tiver direito, e, nestes casos, as acumulará no período subsequente. 5º. O direito a férias é adquirido somente após um ano de exercício. 10. As férias não gozadas serão contadas em dobro, como tempo de serviço prestado ao Estado, para todos os efeitos legais, mediante requerimento do militar. Art Licença é o direito ao afastamento do serviço por mais de quinze dias, concedido ao militar em atividade, na forma prevista neste Código. Parágrafo único. Para efeito deste artigo as licenças são assim especificadas: d) especial. Art Ao militar, que durante o período de dez anos consecutivos não se afastar do exercício de suas funções, é assegurado o direito à licença especial de seis meses, por decênio, com vencimento integral.

5 1º. Aquele que estiver nas condições deste artigo e não quiser utilizar-se dos favores nele mencionados, ficará, para todos os efeitos legais, com o seu acervo de serviço público acrescido do dobro do tempo da licença que deixou de gozar. No tocante às férias, a Constituição do Estado do Paraná estabelece, em seus artigos 34, inciso X, e 45, 8º: Art. 34. São direitos dos servidores públicos, entre outros: X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal, vedada a transformação do período de férias em tempo de serviço; Art. 45. São servidores militares estaduais os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. (Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000). 8º. Aplica-se aos militares estaduais o disposto nos art. 27, XI, XIII, XIV, e XV e 34, II, IV, VI, X, XI, XII, XVII, XVIII e XX desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000). Pelo que, conclui-se que ao servidor é assegurado o direito à licença especial e às férias. Consequentemente, a não conversão das licenças especiais e férias não gozadas em pecúnia implicaria indevido locupletamento da Administração Pública em detrimento do servidor. Isso porque o Estado foi beneficiado do serviço prestado. Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO. INTERPRETAÇÃO DE DIREITO LOCAL. SÚMULA 280/STF. LICENÇA-PRÊMIO NÃO GOZADA. CONVERSÃO

6 EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. SÚMULA 83/STJ. 1. Segundo se observa dos fundamentos que serviram para a Corte de origem apreciar a controvérsia acerca da concessão da licença-prêmio, o tema foi dirimido no âmbito local (Leis Estaduais n /74 e 9.075/90 e Lei Complementar Estadual n /94), de modo a afastar a competência desta Corte Superior de Justiça para o deslinde do desiderato contido no recurso especial. Incidência da Súmula 280 do STF. 2. Ademais, a jurisprudência desta Corte já está firmada no sentido de que é devida a conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada, e não contada em dobro, na ocasião da aposentadoria do servidor, sob pena de indevido locupletamento por parte da Administração Pública. Precedentes. Agravo regimental improvido. 3 (grifou-se). Justiça do Paraná: Outro não é o posicionamento do Tribunal de APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. LICENÇA PRÊMIO NÃO GOZADA DURANTE O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA. SERVIDOR INATIVO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. PRESENTES OS REQUISITOS À SUA CONCESSÃO. DIREITO ADQUIRIDO PELO SERVIDOR. DESNECESSIDADE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA POSTERIOR PLEITO JUDICIAL. PRECEDENTES DO STJ E DESTA CORTE. CONVERSÃO QUE DEVE SER DEFERIDA SOB PENA DE LOCUPLETAMENTO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. INVERSÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. RECURSO DE APELAÇÃO A QUE SE DÁ PROVIMENTO. 4 (grifou-se). ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE LICENÇA ESPECIAL E FÉRIAS NÃO GOZADAS. CONVERSÃO EM PECÚNIA. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. INVESTIGADOR DA POLÍCIA CIVIL APOSENTADO. 1. PRESCRIÇÃO. AFASTADA. TERMO INICIAL. DATA DA APOSENTADORIA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CONVERSÃO DOS BENEFÍCIOS NÃO USUFRUÍDOS (LICENÇA ESPECIAL E FÉRIAS) EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. 3 AgRg no AREsp /RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/05/2012, DJe 11/05/ TJPR - 5ª C. Cível - AC Andirá - Rel.: Edison de Oliveira Macedo Filho - Unânime - J

7 VEDAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DO ESTADO EM DETRIMENTO DO DIREITO DO SERVIDOR. 2. ALTERAÇÃO DO TERMO INICIAL DE INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE O PAGAMENTO DE LICENÇA 2ª Câmara Cível - TJPR 2 ESPECIAL NÃO GOZADA PARA A DATA DA APOSENTADORIA. 3. REFORMA DA SENTENÇA QUANTO AOS ÍNDICES DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE O PAGAMENTO DA LICENÇA ESPECIAL E FÉRIAS NÃO GOZADAS, APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE EM REEXAME NECESSÁRIO. 5 (grifou-se). Aliás, o posicionamento em questão se encontra sedimentado pelo Supremo Tribunal Federal em sede de Repercussão Geral no Recurso Extraordinário com Agravo /RJ, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes. Veja-se: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. 2. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. 3. CONVERSÃO DE FÉRIAS NÃO GOZADAS BEM OUTROS DIREITOS DE NATUREZA REMUNERATÓRIA EM INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA, POR AQUELES QUE NÃO PODEM DELAS USUFRUIR. POSSIBILIDADE. VEDAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DA ADMINISTRAÇÃO. 4. REPERCUSSÃO GERLA RECONHECIDA PARA REAFIRMAR A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. Desse modo, tendo em vista que não houve a fruição pelos autores das licenças especiais e férias a que tinham direito em decorrência de suas aposentadorias, entende-se que tais benefícios devem ser convertidos em pecúnia, sob pena de enriquecimento sem causa da Administração Pública. Nem se argumente que tal raciocínio jurídico estaria a ferir o princípio da legalidade. Note-se que a percepção da verba indenizatória se traduz em direito adquirido, aliás, assegurado constitucionalmente. Observa-se, contudo, que, a partir da certidão de seq. 1.7, não é possível afirmar se o autor Ademar Cunha Sobrinho usufruiu 5 TJPR, Recurso nº , 2ª Câmara Cível, Relator: Lauro Laertes de Oliveira, Data de Julgamento: 30/10/2012.

8 ou não férias relativas aos anos de 2011, 2012 e Isso porque o documento em questão apresenta informações conflitantes, ao certificar que foi verificado que o PM usufruiu as férias de 1983, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e Não usufruiu e nem contou em dobro as férias relativas ao ano de 1980, 1981, 1982, 1984, 2011, 2012 e Registre-se, ainda, que dada a natureza indenizatória das verbas ora reconhecidas, não há incidência de imposto de renda. A questão é assente na jurisprudência, inclusive em razão do editado na Súmula 136 pelo Superior Tribunal de Justiça, com a qual se pode traçar um paralelo para extrair conclusão coerente: o pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao imposto de renda. ANTE O EXPOSTO, forte no art. 269, I, do CPC, dou por resolvido o processo com resolução de mérito, a fim de julgar parcialmente procedentes os pedidos formulados com a petição inicial. Consequentemente, condeno o ao: i) pagamento, em favor do autor Ademar Cunha Sobrinho, de licença especial e férias não usufruídas em decorrência da sua aposentação, relativa ao 3º decênio e aos anos de 1980, 1981, 1982 e 1984, respectivamente, e ii) pagamento, em favor do autor Edson Fernando Paredes Barroso, de licença especial não usufruída em decorrência da sua aposentação, relativa ao 3º decênio. Os valores deverão ser corrigidos pelo INPC desde a data em que deveriam ter sido pagos até 29 de junho de 2009 (data da entrada em vigor da Lei nº 11960/2009, que alterou o artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97), a partir de quando passará a incidir nos índices oficiais de remuneração básica aplicados à caderneta de poupança. Os juros serão devidos a partir da citação no montante equivalente àqueles aplicados para a remuneração da caderneta de poupança. 6 6 Certo é que a declaração de inconstitucionalidade da Emenda Constitucional 62/2009 foi levada a efeito pelo Supremo Tribunal Federal nas ADI e Porém, o Ministro Luiz Fux, relator dessas ações, considerando ainda a pendência de decisão alusiva à modulação de seus respectivos efeitos, determinou, em sede de Reclamação MC/RS, que os pagamentos devidos pela Fazenda

9 Diante da sucumbência mínima dos autores, condeno o ao pagamento das custas, bem como dos honorários advocatícios em favor do mandatário dos autores, os quais arbitro em R$ 4.000,00 (quatro mil reais), 7 com fundamento no artigo 20, 4º, do Código de Processo Civil, levando em conta o trabalho realizado, a importância da causa, a matéria controvertida e o tempo de duração do processo. O valor dos honorários advocatícios deverá ser atualizado pelo índice de atualização monetária aplicado à poupança desde a data do arbitramento e acrescido dos juros de mora pela variação da taxa de juro aplicada também à caderneta de poupança, a partir do trânsito em julgado desta sentença. Forte na Súmula 490 do Superior Tribunal de Justiça, independentemente de recurso voluntário, determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Paraná para fins de reexame necessário. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Desnecessária a ciência ao Ministério Público, na medida em que seu Órgão de Execução manifestou ser despicienda a respectiva intervenção. Curitiba, 03 de julho de Guilherme de Paula Rezende Juiz de Direito Pública sejam efetuados observada a sistemática anterior à declaração de inconstitucionalidade parcial da EC n. 62/2009, até o julgado final pelo Supremo Tribunal Federal relativamente as efeitos das decisões nas mencionadas ações diretas de inconstitucionalidade. Julgamento 12/12/ Tem este Juízo que, a despeito da singeleza da causa, o trabalho do Advogado deve aqui ser valorizado, sob pena de desprestígio institucional. Com efeito, o fato de a demanda versar sobre tema conhecido ou aparentemente simples não deve servir de motivo para o aviltamento da verba honorária; nesses casos, muito mais razão existe para o estabelecimento de honorários em valor condizente, de forma a desestimular as resistências obstinadas às pretensões sabidamente legítimas, como o são aquelas em que a jurisprudência está há tempos pacificada. (STJ AgRg nos EDcl no Ag /RS Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho)