Competitividade é a resposta?

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1 Trade-off inflação x desemprego, mas não inflação x crescimento: Competitividade é a resposta? Apresentadores: PET - Economia - UnB 1 o de Março de 2013

2 O que é a Curva de Phillips?

3 O que é a Curva de Phillips? Baseada na não neutralidade da moeda no curto prazo, a Curva de Phillips é uma proposição empírica que estabelece um tradeoff entre a inflação (variável nominal) e o desemprego (variável real).

4 O que é a Curva de Phillips? Baseada na não neutralidade da moeda no curto prazo, a Curva de Phillips é uma proposição empírica que estabelece um tradeoff entre a inflação (variável nominal) e o desemprego (variável real). No longo prazo não existe trade-off. Os preços são flexíveis, a moeda neutra e a economia se ajusta para o seu nível de pleno emprego (u = u n ).

5 Exemplo

6 Primeiras Contribuições

7 Primeiras Contribuições A curva de Phillips original propunha uma relação negativa entre a taxa de crescimento dos salários e taxa de desemprego: δw = α βu.

8 Primeiras Contribuições A curva de Phillips original propunha uma relação negativa entre a taxa de crescimento dos salários e taxa de desemprego: δw = α βu. Samuelson e Solow batizaram a curva e substituíram a taxa de crescimento dos salários w pela taxa de inflação π.

9 Shake it up! Críticas de Friedman e Phelps: 1 Carência de microfundamentos sólidos (e.g.: utilização do salários nominal ao invés do salário real); 2 Não respaldada empiricamente (e.g.: a década de 60 foi um período de grande crescimento e baixa inflação).

10 Shake it up! Incorporações propostas: 1 Expectativas dos agentes; 2 Taxa de desemprego natural; π t+1 = π e t+1 β(u u n )

11 Curva de Phillips Aceleracionista

12 Curva de Phillips Aceleracionista O desemprego natural, u n, é a taxa de desemprego compatível com a não aceleração da inflação. Uma medida de estabilidade e equiĺıbrio. Para expectativas adaptativas, u = u n, π t+1 = π e t+1.

13 Curva de Phillips Aceleracionista O desemprego natural, u n, é a taxa de desemprego compatível com a não aceleração da inflação. Uma medida de estabilidade e equiĺıbrio. Para expectativas adaptativas, u = u n, π t+1 = π e t+1. Como há uma defasagem na determinação dos salários, veja que se u > u n, π t+1 < π e t+1.

14 Dinâmica

15 Dinâmica A redução do desemprego é temporária, ao custo de um aumento nos preços permanente;

16 Dinâmica A redução do desemprego é temporária, ao custo de um aumento nos preços permanente; A taxa de desemprego u só pode ficar abaixo de u n por meio de uma inflação crescente.

17 Dinâmica

18 Taxa de sacrifício Quanto o desemprego precisa crescer além da taxa natural para que a inflação se reduza em 1%? Para expectativas adaptativas, u u n = ( 1 b )(π t+1 π e t+1)

19 Lei de Okun

20 Lei de Okun Propõe uma relação inversa entre desemprego e a produção;

21 Lei de Okun Propõe uma relação inversa entre desemprego e a produção; Combinando a Lei de Okun com a Curva de Phillips, tem-se que Y +1 = Y e +1 + j(π t+1 π e t+1 ).

22 Lei de Okun Propõe uma relação inversa entre desemprego e a produção; Combinando a Lei de Okun com a Curva de Phillips, tem-se que Y +1 = Y e +1 + j(π t+1 π e t+1 ). Se u < u n, π t+1 > π e t+1 e, logo, Y +1 > Y e +1.

23 Expectativas Racionais Pressupostos: 1 Expectativas racionais; 2 Credibilidade do BC; 3 Flexibilidade de preços; 4 Moeda não neutra no CP.

24 Expectativas Racionais Na ausência de choque aleatórios de demanda, a Curva de Phillips é explica somente por erros de previsão dos agentes. Com agentes racionais a redução da inflação pode ser muito menos onerosa do que sugerem as estimativas por expectativas adaptativas.

25 Conclusão

26 Conclusão É esperado que a economia apresente um trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego e entre a inflação e a produção.

27 Conclusão É esperado que a economia apresente um trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego e entre a inflação e a produção. O que possivelmente poderia dar errado? 1 Credibilidade do BC Expectativas Instáveis; 2 Moeda neutra no CP; 3 Choques aleatórios; 4 Invalidade da Lei de Okun.

28 Dinâmica

29 Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação O que está por trás do fraco desempenho da indústria? A perda de competitividade não é um processo recente, e é resultado de uma combinação de fatores. Não é efeito apenas da crise internacional que assola, sobretudo, os países desenvolvidos. O problema tampouco é atribuído à falta de demanda. Entre 2008 e 2011, o consumo das famílias cresceu 16,3%; o PIB do comércio cresceu 13,5% e o PIB de serviços cresceu 10,7%. Mas neste mesmo período o PIB da indústria de transformação cresceu apenas 0,6%.

30 Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação O que está por trás do fraco desempenho da indústria?

31 Tributação e Gasto Público Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação A alta carga tributária: Reduz a atração de investimentos Inibe a internacionalização de empresas Elevam os preços para o consumidor A carga tributária elevou-se de 25,7% para 35,8% do PIB entre 1993 e Esses valores superam amplamente a de outras economias em desenvolvimento.

32 Carga tributária (% PIB) Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação

33 Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação O custo do recolhimento dos tributos no Brasil Segundo o Doing Business 2010, um estudo do Banco Mundial: Uma empresa padrão no Brasil leva 2600 horas por ano para pagar os tributos cobrados. Na AL esta média é de 385 horas/ano e, nos países que compõem a OCDE, 194 horas/ano. Mas o governo brasileiro também gasta muito para recolher os tributos: Os custos para arrecadação de tributos federais no Brasil equivalem a 1,35% da arrecadação total da União. (FEA/USP) Correspondente a 0,4% do PIB R$ 11,3 bilhões, em 2009.

34 Poĺıtica Expansionista Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação Tentativa de conter a desaceleração do ritmo de crescimento econômico nos últimos meses de 2012: Aumento das despesas públicas Reduções na tributação

35 Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação

36 Pouco investimento Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação Investimentos de 2% em relação ao PIB. (CNI) Índia investe o dobro. China e Chile investem o triplo. Nos últimos anos, houve aumento nos investimentos governamentais. Ainda assim, persiste um elevado déficit na prestação de serviços de infraestrutura, em especial nos setores de saneamento básico e transportes.

37 Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação BNDES - Aumento nos investimentos

38 Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE

39 Transporte oneroso Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação Os problemas na infraestrutura de transportes implicam em custos muito superiores à média praticada no mercado mundial. Exemplo: Exportação de soja Nos EUA, os gastos com transporte representam 19% do custo total do produto exportado até o porto alemão de Hamburgo. No Brasil, essa participação chega a 30%.

40 Burocracia Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação A burocracia excessiva: Aumenta o tempo de produção Aumenta os custos Desvia recursos para atividades improdutivas Estimula a corrupção O excesso de burocracia é, inclusive, uma das causas para a alta informalidade. No Brasil, há mais de dez milhões de negócios informais, contra cinco milhões de formais. (IBGE)

41 Excessos Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação Áreas onde a burocracia é mais intensa: legislação ambiental obtenção de financiamento público legislação sanitária obrigações contábeis procedimentos aduaneiros

42 Educação e Produtividade Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação Trabalho qualificado é fundamental para ganhos em inovação. Prioridade deve ser a educação básica. O problema não é mais o acesso à educação: Entre 1996 e 2008, o percentual de crianças matriculadas nas escolas passou de 86,5% para 97,9%. (PNAD/IBGE) Dos jovens, 84,1% estão na escola. Entretanto, o estoque de analfabetos é o 9 o mais alto dentre os países da CEPAL: mais de 14 milhões.

43 Inversão de prioridades Tributação e Gasto Público Infraestrutura Burocracia Educação

44 Inflação alta Inflação, Desemprego e Crescimento Competitividade é a resposta? Inflação oficial fecha 2012 em 5,84%, acima do centro da meta de 4,5%.

45 Desemprego baixo Inflação, Desemprego e Crescimento Competitividade é a resposta? A taxa de desemprego de dezembro de 2012 ficou em 4,6%. No ano de 2012, a média foi de 5,5%. O resultado é muito melhor que o da maior parte dos países ricos que hoje têm desemprego entre 8% e 10%. Chegando a 26% na Espanha e na Grécia.

46 Desemprego baixo Inflação, Desemprego e Crescimento Competitividade é a resposta?

47 Crescimento baixo: Pibinho Inflação, Desemprego e Crescimento Competitividade é a resposta? Crescimento pífio de apenas 0,9% em 2012, comparado a O total do PIB foi de R$4,4 trilhões. (IBGE)

48 PIB Mundo Inflação, Desemprego e Crescimento Competitividade é a resposta?

49 O argumento Inflação, Desemprego e Crescimento Competitividade é a resposta? Ao contrário do que seria esperado pela Curva de Phillips, apesar da inflação alta o PIB não tem crescido tão expressivamente. É intrigante que marcas tão baixas de desemprego foram alcançadas, ainda que com um crescimento tão fraco. Questão para discussão: Será que o Brasil já atingiu um patamar de pleno emprego que exige agora um aumento de produtividade para o crescimento?

50 Notícias da semana (26/02) Brasil vai cumprir o centro da meta de inflação em 2013, afirma Mantega. - Estadão (27/02) Plenário da Câmara aprova fim dos 14 o e 15 o salários de parlamentares. - TV Câmara (27/02) Embraer anuncia que irá vender Super Tucano a Força Aérea dos EUA. - G1

51 Super Tucano A-29, da Embraer

52 Notícias da semana (28/02) Termina pontificado de Bento XVI; posto de papa fica vago. - Reuters Brasil (28/02) Produção total da Petrobras cai 2,7% em janeiro em relação à dezembro. - G1 (1 o /03) Começa hoje a entrega das declarações de IR à Receita. - Folha (1 o /03) PIB brasileiro cresceu 0,9% em IBGE

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