ANTIBIOTERAPIA ORAL CRÓNICA: UMA PRÁTICA COMUM?
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- Ângelo Alvarenga Amado
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1 ANTIBIOTERAPIA ORAL CRÓNICA: UMA PRÁTICA COMUM? Mafalda van Zeller Centro Hospitalar de São João 3ª REUNIÃO DO NÚCLEO DE ESTUDOS DE BRONQUIECTASIAS
2 Antibioterapia oral crónica: uma prática comum? Sumário Fundamento Teórico Revisão da Literatura a evidência científica Orientações atuais - guidelines
3 Antibioterapia oral crónica: uma prática comum? Nos doentes com bronquiectasias as alterações brônquicas são provocadas pela resposta inflamatória a micro-organismos colonizadores, originando lesão sustentada dos tecidos e produtos da inflamação que no seu conjunto condicionam o clearence da arvore brônquica e o ciclo vicioso da colonização microbiana, resposta, lesão e promoção da colonização Cole PJ. Inflammation: a two-edge sword the model of bronchiectasis. Eur J Respir Dis 1986; 69: 6 15.
4 Antibioterapia oral crónica: uma prática comum? A terapêutica antibiótica é essencial e determinante no plano terapêutico dos doentes com bronquiectasias Antibioterapia Tratamento de exacerbações Tx supressivo crónico Erradicação C.S. Haworth, 2011
5 Antibioterapia oral crónica: uma prática comum? Objetivo: Diminuição sintomas (tosse, quantidade e purulência de expetoração, dispneia) Redução do número e gravidade das exacerbações Melhoria da qualidade de vida mas perfil de segurança padrões de resistência antibiótica surgimento de novos organismos (bactérias e fungos)
6 Antibioterapia oral crónica Bronquiectasias
7 62 doentes 38 doentes com bronquiectasias Tratamento intensivo (1 semana) com cloranfenicol (n=26) ou penicilina (n=12) seguido cloranfenicol 3x/semana (4-6 meses) Eficaz nos doentes com supuração brônquica Redução volume expetoração (em 66% doentes a redução > 75%) Sem perfil de segurança adequado (anemia aplásica)
8 Estudo multicêntrico, randomizado e duplamente cego 122 doentes com bronquiectasias cumpriram tratamento durante 1 ano Penicilina/Oxitetraciclina/Placebo Outcomes: volume e odor da expetoração, tosse, dispneia, hemoptises e morbilidade Sem analise estatística formal Sem avaliação microbiológica da expetoração
9 Bacteriologic studies of the sputum in patients with chronic bronchitis and bronchiectasis. Results of continuous therapy with tetracycline, penicillin, or an oleandomycin-penicillin mixture. Dowling HF, et all. Am Rev Respir Dis Mar;81: Estudo randomizado que inclui 89 doentes com duração de 3 meses Microbiologia STB basal 59% H. influenza 5% S. pneumoniae 21% Staphylococcus spp. 12% Pseudomonas spp. Tetraciclina Penicilina Oleandomicina/Penicilina H. influenza, S. pneumoniae, S. aureus S. pneumoniae H. influenza, S. pneumoniae, S. aureus Pseudomonas spp Klebsiella spp Proteus spp
10 46 doentes com bronquiectasias e expetoração purulenta persistente: exacerbações amoxicilina 3g, 2x/dia durante 7 dias (n=25) durante 1 ano Tratamento contínuo com amoxicilina oral 3g, 2x/dia (n=11)durante 6 meses Tratamento contínuo com amoxicilina neb, 1g, 2x/dia (n=10) durante 6 meses
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13 38 doentes (24% tinha P. aeruginosa), duração de 32 semanas Amoxicilina 3g, 2x/dia Placebo O tratamento permitiu: Melhoria sintomática 65% vs. 21% (p=0.02) Redução volume 24h expetoração 20% vs. 88% (p=0.01) Menor nº de dias de incapacidade laboral Exacerbações menos graves mas sem diferença na frequência
14 Estudo retrospetivo de 10 doentes que efetuaram tratamento continuo com ciprofloxacina durante 90 dias 90% doentes estava colonizado (50% P. aeruginosa, 30% H. influenza, 10% S. pneumoniae) Em 7 doentes melhoria sintomática significativa, melhoria do FEV1 e do RV e diminuição do nº exacerbações ( de 6.2 ± 2.9 durante 365 dias para 0.5 ± 0.53 durante 412 dias) 90% colonização 60% 20% P. aeruginosa resistente à ciprofloxacina
15 Se por um lado Melhoria sintomática Redução da quantidade e purulência da expetoração Diminuição da gravidade e duração das exacerbações Redução da inflamação da via aérea (atividade da elastase)
16 Por outro... Melhor caracterização dos doentes (etiologia das bronquiectasias, comorbilidades, função respiratória ) Avaliação microbiológica detalhada e influência na escolha de antibióticos Sintomas, exacerbações e função respiratória Qualidade de vida Morbilidade e Mortalidade Duração da antibioterapia crónica Desenvolvimento de resistência antibiótica a longo prazo Patogéneos emergentes Papel da rotação de antibióticos
17 Antibioterapia inalada Macrólidos
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19 Recomendações Doentes com 3 exacerbações/ano com recurso a antibioterapia ou menor nº mas com morbilidade significativa devem ser considerados para antibioterapia crónica Escolha de antibiótico com base nos isolamentos STB durante períodos de estabilidade Quinolonas não devem ser utilizadas como antibioterapia cronica na ausência de mais estudos Macrólidos poderão ter atividade modificadora de doença
20 Recomendações C.S. Haworth. Antibiotic treatment strategies in adults with bronchiectasis. Bronchiectasis (2011) 1(1):
21 Antibioterapia oral crónica: uma prática comum?
22 ANTIBIOTERAPIA ORAL CRÓNICA: UMA PRÁTICA COMUM? Mafalda van Zeller Centro Hospitalar de São João 3ª REUNIÃO DO NÚCLEO DE ESTUDOS DE BRONQUIECTASIAS
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